Ano após ano, Baptista e Maria Minella solidificam ainda mais sua relação. Na quinta-feira, 28 de maio, eles completaram seis décadas de um matrimônio marcado pelo respeito, fidelidade, compromisso e muito amor. A data especial não pôde ser celebrada da forma que desejavam por conta da pandemia, mas para registrá-la de uma maneira muito especial, o casal vai poder eternizar sua história por meio de uma reportagem.
Com 89 anos de idade, seu Baptista ainda recorda com carinho do dia em que se apaixonou pela esposa. O sentimento surgiu em um lugar sagrado: a igreja. “Eu queria caçar passarinhos, mas minha mãe disse que antes eu teria que ir à missa com nossa família. Na volta, dei a bicicleta para minha irmã e voltei caminhando com a Maria. Disse que mandaria uma carta para ela e perguntei se responderia. A resposta foi positiva”. E, assim, como nos filmes mais lindos, uma verdadeira história de amor teve início.
Trabalhador e muito honesto, ele sempre fez de tudo para estar juntinho da mulher. Na época, Baptista era funcionário do Colégio Santo Antônio, em Blumenau. E, a cada 15 dias, pegava a bicicleta e ia até Penha, cidade onde a namorada morava, para matar a saudade. “Não havia outro meio de condução. Eu fiz isso por muitos anos, enquanto construía nossa casinha no bairro Bela Vista, em Gaspar. Ela cuidava da mãe, que na época era doente. Foram tempos difíceis”.
A cumplicidade permanece até hoje. “Quando vou passear ou preciso ficar o dia fora, ele me espera ansioso no sofá da varanda”, diz dona Maria. O fato é confirmado pela bela família que formaram juntos: “Eles nunca brigaram na frente de nenhum filho. Nem se desrespeitaram. São as pessoas mais amorosas que já convivemos”, descreve uma das filhas. Todo esse afeto foi repassado aos sete filhos, dez netos e, em breve, ao primeiro bisneto do casal que já está a caminho.
De onde vem tanto amor? Da religião! Seu Bapstista e dona Maria são católicos de muita fé. Ambos se dedicaram muito à igreja de sua comunidade, exercendo papeis fundamentais como o de ministros. Além de visitar pessoas doentes, a senhora de 78 anos segue trabalhando como voluntária no bazar da capela. Por conta da idade, o respeitado morador do Bela Vista já não consegue mais acompanhar as ações, mas mantém seus princípios e valores construídos ao longo de sua trajetória.
Edição 1953
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