O ano de 2021 começou aquecido para o ramo de confecções. Nas empresas gasparenses, a dificuldade maior é contratar alguém com qualificação para admissão imediata, pois a maior parte das vagas oferecidas ainda não foi preenchida.
Carina dos Santos é analista financeira da Luzzitana Confecções, que tem a marca infantil Pic Nic. Desde os primeiros dias desse ano, a empresa está tentando contratar três novos funcionários para acelerar a produção, mas está efrentando dificuldades. “A mão de obra qualificada está escassa na cidade. Tenho contato com outras empresas do mesmo segmento e esse é um problema recorrente”, explicou Carina.
No início da pandemia, em março de 2020, a Luzzitana reduziu seu quadro funcional para se adaptar à baixa nas vendas, mas com o início do ano o mercado voltou a ficar aquecido e a reposição foi necessária. “Mantivemos quase o mesmo quadro, só paramos de contratar no ano passado. Agora, quando tentamos retomar a produção, não há profissionais no mercado”, justifica.
Outra empresa de confecção gasparense que enfrenta a mesma dificuldade é a Rolu, que produz uma linha de moda infanto-juvenil. De acordo com a coordenadora de Recursos Humanos, Rúbia da Silva, há dificuldade no preenchimento das vagas para a produção. “São vagas em que necessitamos certa qualificação. É difícil contratar alguém sem experiência nenhuma. Esse perfil profissional está em falta na cidade”, disse.
Uma explicação para esse quadro é a quantidade de empresas têxteis no município. Para dar conta da produção necessária e entregar a linha outono inverno para as lojas, todas as empresas precisaram contratar ao mesmo tempo, o que agravou o problema.
Jennifer Poliana Ribeiro Coutinho tem 23 anos e seu último emprego foi na área de logística, onde trabalhou até dezembro de 2020. Com o novo ano, ela renovou as expectativas para encontrar colocação na área comercial em Gaspar, mas não está conseguindo ser contratada.
Enquanto o setor de confecções continua aquecido e tem dificuldades em suprir as vagas, Jennifer segue procurando serviço na sua área. “Gostei muito de trabalhar nesse setor. Tenho experiência nos processos de distribuição e logística, mas as ofertas de emprego nessa área não estão muito fáceis. Talvez seja porque estamos no começo do ano, mas vou continuar enviando currículos para as empresas”, comentou.
Jennifer tem o Ensino Médio completo e ficou três meses em seu último emprego. Com a abertura de mais empresas na cidade, novas ofertas surgem. O importante é ter a qualificação adequada para a vaga pretendida.
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