O caminhoneiro gasparense Aldo Back saiu de casa às 4h de domingo, dia 5 de abril, com destino ao estado de Minas Gerais. Seus planos eram entregar uma carga de colchões e voltar com o caminhão carregado, para não perder a viagem. A ideia era chegar ao bairro Belchior, onde mora com a esposa e os dois filhos, na quinta-feira, dia 9, data em que completa 52 anos. Tudo corria dentro do combinado até que uma ação criminosa mudou tudo.
Por volta das 11h desta segunda-feira, dia 6 de abril, Aldo parou para comprar o almoço. No caminho do caminhão até o restaurante, percebeu que havia esquecido a carteira e retornou para o veículo. Ao se aproximar do caminhão novamente, um homem colocou a mão em sua cintura e mostrou uma arma. Aquele era o início de longas duas horas que seriam marcadas por um sequestro relâmpago seguido do roubo do caminhão.
Os bandidos ordenaram que Aldo entrasse no caminhão e dirigisse pela rodovia. No caminho, foi questionado se o caminhão possuía rastreador e, ao receberem um ‘sim’ como resposta, os bandidos tiraram o motorista do caminhão e o colocaram em um veículo Fox, onde estavam seus comparsas.
Por volta das 13h, Aldo foi libertado e sua primeira ação foi ligar para a Polícia Rodoviária Federal.
Em seguida, por volta das 13h10, Aldo fez contato com a filha Franciele Back. “Ele ligou pra mim e eu perguntei se estava tudo bem. É costume fazer essa pergunta, porque ele liga várias vezes durante o dia pra casa. Aí ele disse que a coisa tava ruim e começou a chorar. Contou que haviam roubado o caminhão, que fizeram ele refém, que obrigaram ele a dirigir e que estavam armados e largaram ele no mato. Ele contou que colocaram um saco na cabeça dele também. Mas, segundo ele, não o agrediram, graças a Deus”, conta Franciele.
Além da ligação de Aldo, a família recebeu outro telefonema: de um dos criminosos. “Um homem que dizia se chamar Sampaio ligou e disse que queria dinheiro. Disse que se quiséssemos o caminhão de volta era para depositar na conta deles”, diz a filha, lembrando que recebeu três ligações dos criminosos.
A noite de segunda-feira Aldo dorme em Minas Gerais. Na terça, dia 7, ele pega carona com um amigo caminhoneiro de Gaspar. Ele deve chegar em casa na quinta. “O pai já foi assaltado outras vezes, em outros estados. Mas, essa é a primeira vez que roubam o caminhão. O que sentimos é uma sensação de impotência muito grande. Havíamos acabado de pagar o caminhão em dezembro e isso tinha dado um alívio para a família. Mas, graças a Deus ele tinha seguro e não machucaram o pai”, desabafa.
Aldo Back é casado com Marlise Back e pai de Diego e Franciele. É morador do bairro Belchior e caminhoneiro há mais de 30 anos.
O caminhão de Aldo é um Volvo VM270, placas MMB 5178, de Gaspar. Qualquer informação sobre o roubo pode ser repassada à Polícia Militar pelo 190, Polícia Rodoviária Federal pelo 191, ou Polícia Rodoviária Estadual pelo 198.
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