Ao que tudo indica, Gaspar deve mesmo receber a nova e moderna unidade da Electro Aço Altona S/A, hoje sediada em Blumenau e que já anunciou seu projeto de expansão em novo local. De acordo com informações da própria empresa, em um comunicado enviado ao mercado no dia 30 de setembro, a metalúrgica adquiriu um imóvel nas proximidades da BR-470.
O terreno mede 166 mil metros quadrados e encontra-se em fase de terraplanagem. No comunicado, a empresa informa que há a possibilidade de compra de outra área vizinha, totalizando 288 mil metros quadrados.
De acordo com o diretor-presidente da Altona, Cacídio Girardi, trata-se de uma operação de médio e longo prazo, com a finalidade de realizar a expansão e transferência das operações para Gaspar. “Estamos neste momento finalizando a aquisição e avaliando a área útil para implantação da nova unidade. Estamos estimando um prazo de 2 a 3 anos para iniciar a edificação da fábrica”, explica.
Questionado sobre os fatores decisivos para a escolha de Gaspar, Girardi respondeu que os motivos são basicamente operacionais: “Em primeiro lugar a questão logística, visto que hoje estamos no centro da cidade e a Altona é uma empresa metalmecânica. E também a oportunidade de dar início a uma unidade moderna, produtiva e competitiva no mercado mundial de fundidos de aço”, justifica.
Essa possibilidade já é comentada há pelo menos dez anos. A mudança de Blumenau se justifica porque as atuais instalações, em área urbana no bairro Itoupava Seca, impedem o crescimento. A notícia foi destaque em 2009 na coluna Olhando a Maré, de Herculano Domício. Naquela oportunidade, o local mais provável para a transferência da unidade era a cidade de Barra Velha, em um terreno ao lado da BR-101. Havia a informação inclusive da aquisição de um terreno naquela localidade, mas a implantação acabou não acontecendo.
De acordo com a nota de Herculano Domício, publicada em 24 de março de 2009, executivos da empresa liderada pelo seu ex-presidente executivo Alcântaro Correa, ex-presidente da Fiesc, visitaram Gaspar em 2007 e chegaram a sondar esta possibilidade. Quem participou das tratativas foi o presidente da Acig, Samir Buhatem, e a equipe do ex-prefeito Adilson Schmitt. Naquela oportunidade, as tratativas não evoluíram, em parte pela infraestrutura necessária no terreno escolhido, no bairro Pocinho, além do precário sistema viário, a indisponibilidade de mão de obra e o valor elevado dos imóveis na cidade.
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