Agências bancárias de Gaspar não aderem à greve regional - Jornal Cruzeiro do Vale

Agências bancárias de Gaspar não aderem à greve regional

30/09/2010

fotopg10abreMD.jpgEnquanto em Blumenau a maioria dos bancos está de portas fechadas, em Gaspar as agências bancárias continuam funcionando normalmente, apesar da decisão de greve tomada pelo sindicato da categoria e anunciada para esta quarta-feira, dia 29.


De todas as agências consultadas pela equipe de reportagem ? Banco do Brasil, Caixa, Itaú, HSBC, Bradesco e Banrisul ? todas continuam a atender os clientes para todos os serviços disponíveis nas agências, sem previsão de adesão à paralisação.


 A greve dos bancários de Blumenau e região, que inclui Gaspar, foi aprovada em assembleia realizada na noite do dia 28. No encontro, os bancários presentes avaliaram que diante da ausência de propostas para as reivindicações da categoria - os bancos propuseram apenas a reposição da inflação do último ano, seria necessário anunciar a greve.

Para Leandro Spezia, presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Blumenau e Região, a não adesão dos bancários de Gaspar é considerada normal. ?Normalmente a greve inicia forte nas cidades pólos e depois vai ampliando. Pois com as agências fechadas em Blumenau, por exemplo, as pessoas vão buscar o serviço nas cidades vizinhas e os bancos ficam super atarefados e então acabam aderindo à paralisação?, explica o presidente, que acredita que até a próxima segunda-feira as agências de Gaspar também deverão aderir à greve.


Os bancários estão em negociação com a Federação Nacional dos Bancos, Fenaban, desde o dia 1º de setembro. Desde então, os banqueiros negaram cláusulas relativas a condições de trabalho; saúde dos trabalhadores; combate ao assédio moral; mais segurança nas agências; valorização do piso salarial e da PLR; criação de planos de cargos e salários; reajuste salarial compatível com os lucros do setor financeiro; contratação de mais bancários para diminuir as filas e o fim dos correspondentes bancários, com a substituição desses por novas agências.


A única proposta concreta dos bancos foi um reajuste de 4,29% sobre salários e demais verbas, como tíquete-alimentação. O índice refere-se apenas à inflação do período, estando bem longe do mínimo de 11% reivindicado pelos bancários e dos lucros dos bancos. No primeiro semestre deste ano, os bancos BB, Itaú, Bradesco, Caixa e Santander tiveram, juntos, um lucro líquido de R$ 21,3 bilhões.


O que os bancários reivindicam

- 11% de reajuste salarial.
-  Piso salarial de R$ 1.510 para portaria, R$ 2.157 para escriturário (salário mínimo do Dieese), R$ 2.913 para caixas, R$ 3.641 para primeiro comissionado e R$ 4.855 para primeiro gerente.
- PLR de três salários mais R$ 4 mil fixos.
- Aumento para um salário mínimo (R$ 510) dos valores do auxílio-refeição, cesta-alimentação, 13ª cesta-alimentação e auxílio-creche/babá.
-  Previdência complementar em todos os bancos.
- Proteção à saúde do trabalhador, que inclua o combate às metas abusivas, ao assédio moral e à falta de segurança.
- Medidas para proteger o emprego, como garantias contra demissões imotivadas, reversão das terceirizações e fim da precarização via correspondentes bancários.
-  Mais contratações para amenizar a sobrecarga de trabalho, acabar com as filas e melhorar o atendimento ao público.
-  Planos de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos.

edição 1234

Comentários

Clesmar Silveira
30/09/2010 14:34
Greve de bancários é aquela coisa que, por muito pouco, ainda não é incluída no calendário oficial de atividades...

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