Ação vai abordar os perigos da Hanseníase - Jornal Cruzeiro do Vale

Quando diversos carocinhos começaram a aparecer pelo corpo de P.C., 35 anos, pareciam ser apenas mais um problema de pele, porém, o gasparense ficou preocupado e foi em busca de ajuda médica no Posto de Saúde e após diversos exames descobriu ser portador de Hanseníase.

A Hanseníase é uma doença causada por uma bactéria que atinge a pele e os nervos e que se não for tratada pode provocar incapacidades físicas e até evoluir para deformidades no corpo. "Eu fiquei surpreso quando me falaram que eu tinha hanseníase. Eu nunca havia ouvido falar desta doença e fiquei preocupado", conta o homem, que há cerca de oito meses faz o tratamento oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde, SUS.

Além dos caroços pelo corpo, P.C. também apresentava formigamento nas pernas, pés, mãos e braços, sintomas comuns da doença.

Segundo a enfermeira Angelita Wisbeck, integrante do Programa de Controle da Hanseníase, no momento apenas duas pessoas fazem o tratamento contra a doença em Gaspar, mas a estimativa é de que pelo menos cinco pessoas sejam portadoras da doença. "A Organização Mundial da Saúde calcula que a cada dez mil habitantes, um seja portador da hanseníase. Por isso acreditamos que outras pessoas tenham a doença em Gaspar mas, por vergonha ou falta de informação, não estão em tratamento", explica a enfermeira.

Ação

É pensando em detectar estes pacientes e manter a população gasparense informada, que a Secretaria de Saúde inicia na próxima segunda-feira, 25, um trabalho intensificado de divulgação das características da doença.

A ação acontecerá nos Postos de Saúde, através de distribuição de panfletos, palestras e exibição de um vídeo sobe o tema, e segue até o dia 5 de fevereiro, como forma lembrar o Dia Mundial de Combate a Hanseníase, comemorado em 31 de janeiro.

Neste período os médicos do município também serão incentivados a fazer exames em pessoas com manchas. "Muitas pessoas possuem manchinhas pela pele que muitas vezes passam despercebidas, vamos pedir mais atenção dos médicos com relação a estes sintomas", comenta Angelita.