Executivo que transformar estádios em arenas multiuso - Jornal Cruzeiro do Vale

Executivo que transformar estádios em arenas multiuso

08/03/2012

0712111323261871300x1991MD.jpgA construção e a modernização dos estádios é um dos mais importantes legados que a Copa do Mundo de 2014 vai deixar para o Brasil. Por isso, empresários e dirigentes começaram a pensar formas de obter sucesso com as novas arenas e os desafios que elas apresentam no País.

Beto Lima, presidente da BlueBox, holding que engloba empresas que atuam nas áreas de eventos e entretenimento, acredita que os estádios brasileiros precisam ter o conceito de arenas multiuso a fim de receber shows de grandes artistas internacionais.

?O fator principal para ter sucesso com o estádio é ele ser multiuso, ou seja, não estar ligado somente com o futebol e esporte. Isso porque é preciso aproveitar o recente mercado de mídia e entretenimento e a inclusão do País nas maiores turnês mundiais?, disse o executivo durante o 8º Fórum Internacional de Futebol, realizado em dezembro do ano passado, no Rio de Janeiro.
 
Beto Lima ressaltou que no período entre 2010 e 2011, 50% das maiores turnês mundiais passaram pelo Brasil. Ele também apontou estratégias de promoção dos palcos das partidas do Mundial. ?A localização precisa ter uma identificação com o público e permeabilidade dos patrocínios; mobilidade urbana, acessos e múltiplos meios de transporte; ferramentas de marketing para projetar a arena como os ?olhos? dos promotores de evento e utilizar a Copa de 2014 para promovê-los?.

O executivo falou sobre a necessidade de ampliação da vida útil dos estádios, através de uma programação de qualidade e diversidade de eventos, que tornam a experiência memorável para os espectadores, já que o conforto do público gera receitas e a ausência desses fatores pode resultar no fracasso da arena.

Em contrapartida, o diretor executivo do Botafogo, Sérgio Landau, advertiu sobre as dificuldades de administrar uma arena.  Ele usou o exemplo do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, construído para os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2007 e que atualmente é controlado pelo clube carioca. O dirigente disse que ?o público deseja mais do que futebol, ele quer serviços de qualidade?.
 
Landau falou sobre os problemas que o Engenhão sofre, como a complexa fiscalização da meia-entrada para estudantes, a presença de cambistas, pouca infraestrutura do transporte público, estacionamento irregular, comércio no entorno ? bares e lojas com venda irregular de produtos ? e a proibição de venda de bebidas alcoólicas no interior do estádio, o que dificulta a implantação de um restaurante.

O diretor alvinegro ainda informou que o Estádio João Havelange foi eleito como modelo a ser seguido para o Mundial de 2014, através de parceria entre o Botafogo e o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo.

Texto: AJEsportes

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