De acordo com o historiador Patrice de Moncan, em uma estimativa fictícia dos imóveis de Paris em 2013, o prédio vazio valeria € 7,5 bilhões, tornando-se o imóvel mais caro da cidade. Considerando a inflação e convertendo para o real, esse valor equivale a R$ 48 bilhões para o palácio de 72 mil m², cuja construção teve início em 1190. Esse montante é comparável ao valor de uma empresa do porte da Gerdau, a maior produtora de aço do Brasil, que emprega 30 mil funcionários.
Por outro lado, o preço dos 380 mil itens do Louvre é incalculável. O valor de mercado de uma pintura ou escultura é determinado pelo lance final em um leilão, e grande parte do acervo nunca foi objeto de negociação. Um exemplo é a pintura Salvator Mundi, de Leonardo da Vinci, leiloada por US$ 450 milhões em 2017, o que a torna a obra mais cara da história, equivalente a mais de R$ 2 bilhões em reais.
Embora um especialista possa estimar o valor de uma obra específica que nunca foi a leilão, como é necessário para a obtenção de um seguro quando a obra viaja para ser exposta em outra instituição, o cálculo é complexo. Em caso de perda ou dano, o valor pago ao museu de origem considera a época, autor, movimento artístico e relevância para o acervo da instituição.
É importante destacar a relevância para o acervo, o que acrescenta dificuldade ao cálculo hipotético. Comprar uma obra de um colecionador privado não é equivalente a adquiri-la de um museu. Uma pintura pode ter um baixo valor de mercado, devido, por exemplo, a um artista pouco conhecido, mas pode ter um valor histórico extremamente alto. Portanto, o valor que o Louvre cobraria, caso a obra estivesse à venda, seria significativamente maior do que o lance em um leilão.
A Mona Lisa foi emprestada apenas uma vez, em 1963, quando foi exibida nos Estados Unidos. Na época, o seguro da obra cobria um valor de US$ 100 milhões, equivalente a US$ 1 bilhão atualmente, ou R$ 5 bilhões. É possível afirmar que a Mona Lisa custaria pelo menos o dobro de Salvator Mundi.
Para uma opção mais acessível, considera-se que a Torre Eiffel pode ser adquirida por "apenas" R$ 18 bilhões, o que seria suficiente para comprar a rede Carrefour.
Com informações de: Revista Superinteressante
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