Um estudo publicado em 03 de maio na revista Immunity sugeriu que grande parte dos pacientes que se recuperaram recentemente da covid-19 criaram anticorpos e células T específicos para vírus, mas mesmo assim suas respostas imunológicas não são iguais.
Dos examinados, 14 apresentaram respostas imunes abrangentes, e outros seis ainda possuíam anticorpos em seus organismos mesmo duas semanas após terem alta. O estudo também verificou quais partes do vírus apresentam mais eficácia no desencadeamento de respostas imunes e, sendo assim, devem ser o foco de futuras vacinas.
Ainda não se sabe ao certo o motivo das respostas imunes do pacientes variarem tanto. Segundo os autores do estudo, o motivo pode estar relacionado com as quantidade iniciais do vírus que estas pessoas encontraram, seus estados físicos e até mesmo sua microbiota.
Outra questão muito importante é se estas respostas protegem mesmo contra a covid-19 no caso de uma futura reexposição ao novo coronavírus (SARS-CoV-2) e quais tipos de células T são ativadas após a infecção.
Vale ressaltar que os testes laboratoriais utilizados para detectar anticorpos em humanos contra o SARS-CoV-2 ainda precisam de mais validação para determinar a precisão e confiabilidade.
Chen Dong, coautor do estudo afirma que “esses resultados sugerem que as células B e T participam da proteção imunomediada contra a infecção viral. Nosso trabalho forneceu uma base para uma análise mais aprofundada da imunidade protetora e para a compreensão do mecanismo subjacente ao desenvolvimento da covid-19, especialmente em casos graves. Ele também tem implicações no projeto de uma vacina eficaz para proteger contra infecções”.
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