Vestibulandos de Gaspar intensificam rotina de estudos - Jornal Cruzeiro do Vale

Vestibulandos de Gaspar intensificam rotina de estudos

21/08/2020

Dedicação, responsabilidade, interesse e um bom planejamento. É normal que os estudantes em período de vestibular tenham uma rotina de estudos mais intensa para garantir a aprovação na universidade. Em meio à pandemia, porém, essa missão ganha um novo ritmo e requer que esse grupo se adapte às estratégias de aprendizado virtual. Jovens matriculados no Ensino Médio contam com o apoio de suas escolas e encaram o ciclo de maneiras diferentes. 

Manter um bom relacionamento com os jovens e toda comunidade escolar é uma das estratégias usadas pelo Colégio Uni, localizado no Centro de Gaspar. Assim como nas demais unidades de ensino, foi necessário colocar em prática novos métodos para repassar as matérias do ano letivo. Por isso, os estudantes têm aulas ao vivo através do Google Meet e acesso aos demais conteúdos por meio da plataforma ‘Unimestre’.

Daniela Moser, coordenadora pedagógica da instituição, explica que os professores se dedicam e muito para chamar a atenção e manter os estudantes com eles durante as videoaulas. No caso dos alunos do terceiro ano, a profissional percebe que estão todos participando intensamente das propostas de ensino, esclarecendo dúvidas e avançando cada vez mais. A aproximação dos vestibulares é um dos motivos.

Os professores procuram atender o que é solicitado pelas principais provas. “No momento, o que mais importa é o atendimento de qualidade, para que os estudantes sintam segurança no que estão aprendendo. Precisamos ensinar coisas para a vida também, como encarar emocionalmente a pandemia e ainda assim aprender”, reitera a coordenadora. Apoio, orientação e acolhimento fazem parte da rotina escolar.

Foco e empenho

Caroline Beatriz Testoni tem 17 anos e estuda no Colégio Uni. Ela ainda não decidiu o que cursar na faculdade, mas há grandes chances de prestar vestibular para Direito. Seu objetivo é fazer cinco importantes provas: Enem, UFSC, UFPR, Acafe e Udesc. Para se sair bem, a aluna do terceiro ano participa das aulas regulares durante a manhã.

Na parte da tarde, ela aproveita para sanar dúvidas com os professores, rever conteúdos, colocar os cadernos em dia e fazer suas tarefas relacionadas à escola. Além disso, Caroline estuda sozinha com a ajuda da tecnologia. “A internet tem sido minha grande aliada. De fato, dobrei meu tempo de estudo, mas em um momento tão incerto, me vi obrigada a procurar saber mais”.

Conforme destaca a estudante, o período de adaptação foi significativo: “Minha rotina mudou por completo. Se antes o meu dia era extremamente corrido, com a escola de manhã, estágio à tarde e o período da noite voltado aos estudos novamente. Agora a escola se tornou o único foco do meu dia”.

Passados alguns meses, Caroline diz ter se acostumado com a nova realidade. A garota ainda aproveita para fazer alguns cursos online de redação, matemática e alguns voltados ao Enem. “Acho de grande importância frisar o quanto eu sou privilegiada por poder manter minha rotina de estudos. Faço parte de uma parcela pequena da população e não vivo em um mundo utópico, sei que as facilidades que eu tenho em relação aos meus estudos são muito restritas a uma parte limitada da sociedade, infelizmente.

Zelo e esforço

Quem também está se dedicando aos estudos para prestar cinco vestibulares é Eloísa Gitrone Araújo, de 16 anos. Aluna do Colégio Uni, a jovem quer ingressar no curso de Engenharia Civil e almeja se dar bem nas provas do Enem, Acafe, UFSC, Udesc e UFPR. Ciente da concorrência, leva muito a sério cada novo conteúdo repassado por seus professores.

Ela tem quase a mesma rotina que a colega de turma, Caroline. “Procuro prestar atenção nas explicações e esclarecer minhas dúvidas em relação aos conteúdos. Faço minhas tarefas ou trabalhos determinados e reviso tudo que aprendi durante o dia”, descreve seu cotidiano. A garota reforça que, sua unidade de ensino ainda oferece um plantão em algumas tardes para ajudar os alunos.

Para Eloísa, a chegada ao seu último ano escolar era muito aguardada. “Sonhamos com momentos inesquecíveis, tentamos imaginar os trotes, os colegas que permanecerão até o fim, os novos que se juntariam a nós, etc. Esperava passar tudo isso com minha turma, dando risadas, levando broncas e planejando a formatura”.

A realidade é outra. “Confesso que nunca pensei que tudo isso não seria dentro da sala de aula. Então, foi difícil aceitar, mas eu precisei entender e me adaptar com o tempo”, revela a futura universitária. Logo, ela entrou no ritmo e a colaboração de amigos, professores e coordenação foi essencial para absorver os ensinamentos por meio da internet.

 

Edição 1965

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