Os alunos especiais matriculados em classes regulares da rede de ensino de Gaspar terão atendimento especializado a partir do próximo ano letivo. A proposta educacional foi apresentada na noite de ontem, quinta-feira, e está incluída na Política de Educação Especial do município, uma normatização exigida pelo Ministério da Educação que deve beneficiar alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
De acordo com um levantamento feito pela Secretaria de Educação de Gaspar, cerca de 100 alunos se enquadram na condição. Apesar de todos os estudantes já serem assistidos de alguma maneira pelo sistema de ensino, a proposta deverá ampliar o atendimento através da disponibilização de espaços adaptados e equipados.
Para isso, serão montadas salas com recursos multifuncionais. Os ambientes terão computadores, impressoras e outras ferramentas que deverão facilitar o processo de ensino e aprendizagem. "Também haverão profissionais adequados e capacitados para atender a estes alunos em especial", acrescenta a responsável pelos estudos no município, fisioterapeuta e pós-graduada em educação especial Rosana Mara Crestani.
A profissional explica o desenvolvimento da Política de Educação Especial foi formulada através de debates com diversas entidades gasparenses para que fosse possível mapear a realidade do município. "Buscamos descobrir quem atende esses alunos, onde e como se dá o atendimento. Assim organizamos todo o projeto com base na nossa realidade", conta.
Marlene Almeida Santos, diretora de Ensino da Secretaria de Educação, ressalta que o novo plano serve para que sejam reforçadas as atividades voltadas a estes alunos e para que seja dada a devida atenção para as crianças.
Para o secretário de Educação, Neivaldo da Silva, o objetivo é colocar em prática gradativamente uma política de acesso para os portadores de necessidade no município. "Vamos trabalhar na implantação do projeto e oferecer acessibilidade dentro de uma política educacional adequada", garante.
Inclusão
O presidente da Fundação Catarinense de Educação Especial, Pedro de Souza, destaca que o propósito de inclusão da pessoa com deficiência nos diferentes segmentos da sociedade não é algo novo, mas ainda se constitui num tema de grande complexidade que precisa estar presente na pauta dos debates contemporâneos. "Precisamos evoluir dos belos discursos para a implementação de políticas públicas que resultem na garantia dos direitos da pessoa com deficiência", finaliza.
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