Sandro Galarça - Jornal Cruzeiro do Vale

Chega com quatro meses de atraso a notícia de que estão finalmente liberados pela Caixa Econômica Federal de Gaspar os recursos para a reconstrução das residências atingidas pelo vendaval e pelas chuvas de março deste ano. A burocracia emperrou um pouco do processo necessário para garantir a verificação adequada de quem tinha realmente direito a retirar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço para esta finalidade.

Com certeza o prazo é grande demais para quem está esperando há tanto tempo para retomar sua vida. Reconstruir uma parede, um telhado ou um muro que caiu não é uma obra estética, um acabamento supérfluo e que pode esperar para ser feito a qualquer tempo. Exige a rapidez do conserto porque põe em risco a segurança da família, é a garantia de que as coisas vão voltar ao normal depois do susto do vendaval que destruiu parcialmene diversas residências em localidades diferentes de Gaspar.

Em contrapartida, ainda no tema moradia, a prefeitura começa os estudos para a criação de um Plano Municipal de Habitação, que deve começar a ser elaborado nas próximas semanas. O plano tem a finalidade de realizar um levantamento completo sobre onde as pessoas residem, quais as principais necessidades na área habitacional de Gaspar e como aplicar com adequação os recursos relacionados à habitação.

Gaspar também vive um déficit habitacional muito grande, em todas as camadas sociais, mas quem sofre com isso é principalmente a camada que tem menor poder aquisitivo na cidade. Sem ter recursos para pagar aluguel, muitos moradores acabam invadindo áreas públicas ou vivendo na rua em condições sub-humanas. Algo precisa ser pensado para reduzir este grave problema.