Todo processo de transição administrativa recebe uma boa dose de entrave político. Isso se dá nos mais variados níveis da política brasileira e não está ligado apenas ao Executivo. As cadeiras do Legislativo sentem menos a troca de seus donos, mas o funcionamento das Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas pelo Brasil afora precisam de tempo para que alguns ajustes necessários sejam feitos.
Há o tempo de se conhecer as pessoas que compõem a equipe, os procedimentos, números, papéis, documentos oficiais. E também há os balanços legais e administrativos a serem ajustados. Quem entra e quem sai precisa ter uma pequena dose de paciência um com o outro, uma vez que em administrações públicas há um procedimento padrão para se solicitar alguns documentos e informações a respeito de qualquer setor ou departamento. Principalmente se isso envolver números e valores em dinheiro.
Na iniciativa privada o problema não é tão sentido e, quando é, tem uma dimensão apenas interna. É resolvida com um ofício, uma norma, uma reunião. Novos gerentes e diretores ocupam seus lugares e precisam interar-se da situação da empresa com o bonde andando. Não há tempo para paradas estratégicas ou encontros programados. E, o que parece lógico, os acertos acontecem no caminho e os resultados precisam aparecer dentro do menor tempo possível. No mundo empresarial, a pressão é bem maior e a cobrança custa muito caro.
Nossa transição anda a passos lentos, mas ao menos anda. Mas precisa acelerar no tempo que resta.
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