Por Sandro Galarça - Jornal Cruzeiro do Vale

Boa parte da herança católica da cidade pode ser encontrada no livro São Pedro Apóstolo - 158 anos nas malhas da história, de autoria do Frei Elzeário Schmitt e que tem seu tão aguardado lançamento hoje à noite, no restaurante Bunge Natureza, no Poço Grande.

Livro mais recente do escritor, esta obra traz fotografias, histórias e detalhes pela ótica privilegiada de Frei Elzeário. Trata-se de um registro sem igual, e que passa desde já a ser uma referência histórica no que diz respeito à comunidade católica gasparense nestes 158 anos de Paróquia.

Além da tenacidade e da perseverança do historiador - Frei Elzeário demonstrou-se um amante da história em toda a sua trajetória de vida - cabe ressaltar o trabalho de persistência e obstinação pelo livro que iria registrar a história da Paróquia São Pedro e, em conseqüência disso, um recorte muito preciso da própria história de Gaspar.

A realização deste sonho, aos 97 anos, dá provas mais do que suficientes da determinação de quem sempre soube o que quis. E a vida de dedicação aos estudos, às pesquisas e à escrita serve de exemplo a muitos jovens que mesmo no início de sua vida acreditam que já fizeram sua parte, mesmo tendo muito a contribuir.

O lançamento deste importante livro sobre a história de Gaspar e da Paróquia São Pedro Apóstolo concentra uma série de motivos para serem comemorados. Num tempo em que se precisa lutar pela manutenção dos valores culturais e da história de nosso município, o surgimento de um livro com este porte e que reúne um material desta qualidade traz um pouco de alento a um povo conhecido por não investir em sua própria memória.

E a memória do autor é a principal fonte de inspiração para trazer a público datas, fatos, partes importantes da história que teriam se perdido sem este livro. Algumas iniciativas escolares e até mesmo fora da sala de aula vêm apresentando ótimos resultados, buscando histórias orais das pessoas mais idosas dos bairros, buscando traçar um perfil cultural, social ou mesmo registrando o início da colonização de nosso município.

Um bom hábito que se pode desenvolver em casa é buscar a árvore genealógica de cada família. O cruzamento dos dados pode revelar informações importantes e servir para pesquisas futuras.