No meio do caminho - Jornal Cruzeiro do Vale

No meio do caminho

08/03/2013 04:12

 

A recusa dos servidores públicos de Gaspar à proposta oferecida pelo Executivo prorroga o impasse sobre o reajuste dos vencimentos do funcionalismo público. A promessa do sindicato da categoria de apresentar a negativa à prefeita em exercício, Mariluci Deschamps Rosa, mostra que os profissionais têm urgência no aumento dos salários e no atendimento das demandas que fazem parte da lista de propostas.

A tendência, no entanto, é de que a definição só ganhe novos capítulos após o retorno do prefeito Pedro Celso Zuchi da Alemanha, onde ele participa de missão da Associação de Municípios do Médio Vale do Itajaí, Ammvi. A menos que Mariluci decida, de forma pouco provável, assumir o risco de encaminhar avanços em questão tão polêmica. O quadro mostra que muita água ainda deve passar sob a ponte da negociação entre categoria e município.

Outra mostra disso é o desejo do sindicato de discutir propostas dos servidores que sequer ganharam uma resposta do Executivo. A proposta do município, segundo a argumentação dos diretores, se ateve aos índices de reajuste dos vencimentos, mas não mencionou avanços considerados importantes para o funcionalismo de qualquer cidade e que constavam na lista de reivindicações.

A bem da verdade, é preciso reconhecer que a saúde financeira não permite a qualquer município brasileiro repor, numa tacada só, perdas históricas de 10 a 15 anos, como costumam pedir servidores país afora. Em contrapartida, apenas a correção da inflação é insuficiente para adequar os vencimentos do funcionalismo a fatores como custo de vida e remuneração à altura das funções exercidas e da capacitação individual. A receita, então, é convocar o bom senso para intermediar uma possível proposta que fique no meio do caminho e possa deixar minimamente satisfeitos os dois lados envolvidos na mesa de negociação.

 

Edição 1468

 

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