No dia 20 de março de 2014, a prefeitura de Gaspar emitiu uma nota à imprensa ressaltando que a administração municipal, desde o ano de 2009, vinha unindo esforços para sanar distorções salariais existentes em algumas funções no quadro de aservidores, porém era necessário criar um “ambiente financeiro econômico favorável para viabilizar o avanço”.
Nesta semana, a prefeitura de Gaspar respondeu a um ofício enviado pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Gaspar, Sintraspug, com as pautas da campanha salarial deste ano, oferecendo 4% de aumento na remuneração dos servidores, sendo que a inflação atual é de 11,4%. De acordo com o secretário interino de Administração e Gestão, Carlos Alberto Peixer Vinci, a “situação econômica é desfavorável”. De novo? De acordo com ele, o município não pode ultrapassar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, LRF e que no momento o Executivo não está conseguindo seguir a Lei Orgânica do Município.
O desequilíbrio nas contas do setor público destinado a reduzir o déficit no orçamento federal não deve ser partilhado entre os trabalhadores do setor público. Os déficits para 2016 nas três esferas da federação resultam de vários fatores: estagnação econômica, queda no Produto Interno Bruto, PIB, redução na arrecadação tributária, aumento dos gastos públicos e a eterna incapacidade do governo para cortar despesas da máquina estatal. Pelo visto, essa eterna incapacidade de cortar despesas e de não saber gerir os recursos tende não acabar tão cedo. Os servidores da prefeitura de Gaspar que o digam.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).