O ritmo acelerado da construção da Ponte do Vale nunca perde o ar de notícia animadora para a população de Gaspar, que vê um dos projetos urbanos mais complexos sair do papel com mais facilidade do que todos imaginavam. Um ponto do projeto, no entanto, tem desencadeado discussões neste início de ano, quando a obra caminha para a segunda metade dos trabalhos.
As alças de acesso da ponte, que podem forçar motoristas que venham dos bairros Margem Esquerda e Lagoa a ir até a BR-470 para depois alcançar a Ponte do Vale, passaram a ser alvo de sugestões e discussões. Na Câmara de Vereadores, o assunto ganhou corpo e deve ser tema de uma audiência pública para ouvir o que a comunidade pensa a respeito e buscar soluções para antes e depois do término da obra.
A iniciativa dos vereadores envolvidos na comissão que discute o caso é relevante, ajuda a complementar um projeto já muito importante para a cidade. Igualmente elogiável é a postura da secretária Patrícia Scheidt, que mesmo cética quanto a alterações na obra se propõe a participar do debate. No entanto, o fato de rediscutir uma obra desta magnitude quando mais da metade do cronograma está pronta mostra que ainda não entendemos o real sentido da palavra planejamento.
Lamentação feita, é preciso projetar o futuro. Se rediscutir as alças de acesso da Ponte do Vale pode trazer benefícios à comunidade daquela região, que seja feito. Uma audiência pública, aliás, talvez seja o passo ideal neste momento, já que ajudará a medir se os moradores estão ou não interessados e dispostos a colaborar com o tema. Mesmo com o despertar tardio, os envolvidos que quiserem colaborar devem aproveitar o momento, ainda mais oportuno do que depois que a ponte e a duplicação da BR-470 saiam de vez do papel.
Edição 1469
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