Depois de seis meses e meio sem qualquer equipamento de fiscalização eletrônica funcionando nas ruas de Gaspar, enfim foi lançado o edital para a contratação da empresa que vai operar o serviço na cidade nos próximos anos. Apenas quatro dos 10 pontos que contavam com lombadas eletrônicas até o final do ano passado fazem parte da licitação recém-lançada, que tem abertura dos envelopes prevista para o dia 14 de agosto.
Mesmo que apenas parte dos equipamentos volte ao funcionamento, isso já representa um importante passo para levar mais segurança a motoristas, pedestres e ciclistas que dividem espaço nas disputadas ruas gasparenses. Afinal, por mais que sejam alvo de críticas de parte dos motoristas, os equipamentos de fiscalização eletrônica ajudam no combate a uma das principais causas de acidentes e que por vezes fica esquecida das políticas públicas de conscientização e prevenção: o excesso de velocidade.
Se em alguns pontos estudos técnicos mostram que a necessidade de lombadas eletrônicas não existe mais, em outros é possível observar com clareza que a velocidade média dos veículos é muito superior à registrada quando ainda havia as lombadas eletrônicas em funcionamento. Quem sofre com isso é o ciclista que precisa lutar por respeito no trânsito, a mãe que precisa se expor ao perigo de um atropelamento para atravessar em meio à alta velocidade dos carros e os próprios motoristas que correm mais risco de acidentes nos trechos em que não há redução de velocidade.
Uma última ressalva que cabe neste momento é o desejo de que as opiniões infundadas que colocam as lombadas eletrônicas como vilões do trânsito não inibam os gestores públicos de fazer o que deve ser feito e instalar os equipamentos nos locais em que a comunidade precisa.
Edição 1506
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