Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

29/09/2015

COMPRA DE VOTOS NA MARINHA I
Lembram-se daquela rumorosa denúncia de compra de votos na Marinha, ali no Bela Vista na campanha de 2008? Foi tema muitas vezes aqui. E quase sempre com exclusividade, principalmente por desinteresse da mídia regional. Pois é: o ex-candidato a vereador pelo PV e hoje secretário de Agricultura, Alfonso Bernardo Hostert, PRB, foi finalmente condenado aqui na Comarca. Há possibilidade de recursos. O prefeito Pedro Celso Zuchi e sua vice Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT, já tinham se livrado da acusação solidária, o que os livrou também do processo de cassação. (Da esquerda para a direita: Alfonso, Schiller, Zuchi e Mariluci).


COMPRA DE VOTOS NA MARINHA II
A denúncia foi feita pelo advogado Aurélio Marcos de Souza. O PT, o principal envolvido e interessado, tentou desqualificá-la por dois aspectos: primeiro foi feita fora do tempo da denúncia e a segunda, por interesse de agir. É que Aurélio tinha sido procurador-geral do município ao tempo do governo de Adilson Luiz Schmitt, na época do episódio no PPS, e que tentava se reeleger. Foi derrotado por Pedro Celso Zuchi e a compra de votos, configurada para favorecer Zuchi e Mariluci, poderia dar novas chances a Adilson.


RAUL SCHILLER É ABSOLVIDO

Na mesma sentença do juiz eleitoral Raphael de Oliveira e Silva Borges, o ex-vereador, que tentava a reeleição mas ficou na suplência, também envolvido no caso, Raul Schiller, PMDB, foi absolvido. Ele foi defendido por Carlos Roberto Pereira. Quem ainda logrou absolvição nesse complexo caso foi o líder comunitário José de Carvalho e do eleitor Luiz Jorge Pereira.


A PENA DE ALFONSO HOSTERT

Alfonso Bernardo Hostert foi condenado a um ano e oito meses de reclusão. Esta pena foi transformada na prestação de serviços comunitários a razão de uma hora por dia neste tempo de condenação. Ele terá que pagar ainda mais 45 dias multas, calculada ao salário mínimo ao tempo dos delitos. Alfonso, depois do caso, como é característica do PT e o daqui por ser uma franquia nacional não foge da regra, foi protegido pelo esquema. Transformou-se no secretário da Agricultura, mudou de partido (o PV pelo PRB) e se manteve no cargo até hoje (seis anos), mesmo sob questionamentos ou qualificação.


PEGA QUE O FILHO É TEU
A campanha já começou. O vereador Giovano Borges, PSD, nas redes sociais, questionou neste final de semana quem era pior: o PT ou PMDB (no âmbito nacional). Para quê? O vereador Jaime Kirchner, PMDB, do Belchior, entrou de sola no debate. Giovano, na mesma rede, lembrou a Kirchner e aos demais a defesa que vereador do Belchior sempre fez de Dilma, PT, e principalmente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cujo retrato ele um dia pendurou lá no gabinete. Kirchner, às vezes, deixava em dúvida se era um filiado do PMDB ou do PT, ou até líder do governo de Pedro Celso Zuchi, onde tentava vantagens, mas não conseguiu. Agora, com o barco afundando, tenta se livrar dessa mancha. Mas poderá ser tarde. O debate ainda envolveu, entre outros, Carlos Roberto Pereira e o questionamento por parte de Giovano da ausência, ou falta de opinião, do presidente do PMDB local, Kleber Edson Wan Dall.


MAICON ASSUMIU I
Jogo é para ser jogado. E no PT, seus filiados e protegidos são meras peças de um jogo, do qual não possuem domínio. Lembram-se daquela novela em que da prefeitura de Gaspar se propagou propaganda eleitoral com pesquisa falsa em favor da então candidata ao governo do estado, a gasparense honorária Ideli Salvatti, PT? É crime. Mas levou-se anos (foi em 2010) para descobrir o autor e a trama. Ela saiu do computador na prefeitura do gerente do Orçamento Participativo, Mauro José Gubbert. Ao final, para não ser condenado, Gubbert aceitou um acordo, a transação penal, com a Justiça. Está se apresentando no Fórum e pagando multas (por algo que não fez?).


MAICON ASSUMIU II
Tudo ia bem até Gubbert entrar na Justiça para processar quem divulgou o fato. E na prefeitura rolava, na surdina, também por anos e é muito comum isso por aqui, uma sindicância para apurar a responsabilidade do mesmo fato. Ora, se Gubbert se dizia inocente e preferiu fazer acordo para não se apontar um culpado, quem era afinal o autor de tal delito? Encurralada, a prefeitura teve que produzir o final dessa apuração interna. E quem ela apontou como autor? O companheiro, o ex-comissionado e já então demitido Maicon Oneda, líder da Margem Esquerda. Pensou que o caso estaria encerrado.


MAICON ASSUMIU III
Essa conclusão, todavia, por obrigação legal foi parar no Ministério Público enviada pelo próprio prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. E lá a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon viu o assunto e achou estranha toda essa história. E não teve dúvidas: agora Maicon Oneda responde a uma Ação Civil por Ato de Improbidade Administrativa. O que ela pediu à Justiça? Perda da função pública [já saiu do emprego], suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos”.


MAICON ASSUMIU IV
A promotora Chimelly, que cuida da Moralidade Pública e está atarefada com tantas demandas da prefeitura, ressaltou na sua peça à Justiça: “do manejo dos autos, infere-se que o requerido Maicon Oneda prestou depoimento na Delegacia de Polícia Federal, em 24.02.2011, e posteriormente, quando da instrução da Sindicância nº 01/2013 instaurada pelo Município de Gaspar, em 07.08.2013, sendo que nas duas ocasiões asseverou não ter sido o remetente da correspondência eletrônica. Contudo, no decorrer da Sindicância realizada pelo ente municipal, o demandado Maicon Oneda, em 01.07.2014, assumiu a autoria do ilícito (fls. 390 da sindicância), isentando qualquer outro servidor público de responsabilidade pelo ato. Aliás, em nova ouvida, agora no âmbito do inquérito civil público que embasa a presente ação, o demandado Maicon Oneda esclareceu com detalhes a conduta ímproba”. O que não se entende, até agora, é a razão pela qual Gubbert resolveu fazer o acordo na Justiça para não ser julgado. É um jogo.


ATOCHA I
O que o PT de Gaspar tem a ver com o de Brasília? Tudo. A começar pela “adoração” das viagens do prefeito Pedro Celso Zuchi para lá, e de onde não traz nada para a cidade. Costuma ir em silêncio e na volta, cobrado normalmente nesta coluna, arruma assuntos e culpados. O PT quebrou o Brasil, principalmente por ser autoritário, vingativo, impostor, destruir o funcionava como a estabilidade econômica, por se estabelecer no empreguismo dos seus incompetentes, pela falta de foco voltado para os resultados e principalmente por viver de propaganda enganosa.


ATOCHA II
Na última semana de agosto, o prefeito de Gaspar foi com uma comitiva a Florianópolis. Trazer verbas? Discutir algo essencial? Nada. Foi lá, num auditório, ouvir que a nossa cidade será passagem, repito, passagem, caminho da “tocha olímpica”. Serão alguns minutos, se o engarrafamento de sempre não atrasar nada. Aliás, o engarrafamento e a falta de estrutura da Ditran foram as principais preocupações dos organizadores, que como alternativa podem até passar por fora da cidade, pela BR-470. A imprensa daqui fez manchete com essa “tocha olímpica” como se fosse algo vantajoso para a cidade e os cidadãos, ou resolvesse os problemas de infraestrutura, mobilidade, fomento ao esporte amador, escolar, o de inclusão social ou até, a falta de atletas que temos para disputar os Jogos Abertos.


ATOCHA III
Então o prefeito e comitiva teve tempo (e diária) para irem a Florianópolis para coisa pequena, simplória? Mas para ações necessárias como o Anel de Contorno, ele preferiu ficar por aqui quando o pessoal foi lá tentar discutir esse assunto. A mesma coisa aconteceu com o acesso dos que moram na Margem Esquerda à BR-470, quando ela estiver duplicada, se um dia for. Os líderes da Margem Esquerda, como o Francisco Anhaia, tiveram, sem amparo oficial, que ir à luta com o Dnit. O fato se repetiu no caso das alças de acesso da Ponte do Vale, e que não necessitava viajar para lugar nenhum, para os que moram na Margem Esquerda. Ficou ausente do Plano de Mobilidade Urbana. Faltou atitude em favor da segurança e da vida dos moradores de lá.


ATOCHA IV
Essa miopia na escolha de prioridades para defender os gasparenses e seu futuro revela de forma escancarada, o autismo e as opções erráticas, ou autoritárias do PT daqui e do prefeito Pedro Celso Zuchi. Elas nada diferem das escolhas do PT nacional. Ambos preferem então culpar o povo, presente somente na propaganda para emocionar analfabetos, ignorantes, desinformados e esperançosos e angariar votos para se manter no poder. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

O ex-secretário de Obras de Gaspar, o engenheiro e radialista Joel Reinert, tentou se livrar mais uma vez de uma multa de R$ 800 no Tribunal de Contas do Estado, mas não conseguiu.


O processo provou que ele usou as verbas de indenização do terreno para a construção de prédios populares no Gaspar Mirim para pagar parte da infraestrutura do terreno. Pelo convênio, isso era proibido.


No mesmo caso, o seu ex-chefe, o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, foi multado duas vezes pela mesma questão.


Obsessão. A cada notícia publicada no jornal ou no portal Cruzeiro do Vale sobre atuação do Corpo de Bombeiros de Gaspar no salvamento de vidas, um e-mail é enviado desqualificando esta ação, lembrando que isto é ação exclusiva do Samu. Até pode ser, se ele funcionasse em favor da população.


Esquecido. O vereador Jaime Kirchner, PMDB, fez uma indicação. Como dar nomes a bens públicos em Gaspar passou a ser privilégio único do PT e do prefeito Pedro Celso Zuchi, pediu ele para nomear um bem público com o nome Alfonso Schmitt. O seu Alfonso foi um vereador de quatro mandatos e “um cidadão atuante nas causas da comunidade do Belchior”, região que Jaime hoje representa.


Fogo amigo ou criação de um palanque para a prefeitura se justificar? Elias Anísio Lana - Presidente AMVI (Associação de Moradores Residencial Vila Isabel e Adjacências), reduto petista e bem longe do Centro, mandou uma carta para a Câmara.


Lana quer que os vereadores autorizem uma audiência pública para discutir com a comunidade, “chamando o
Executivo Municipal, para saber o uso e finalidade do espaço do posto de saúde do centro que ficou de pé, após a prefeitura derrubar sem ouvir a comunidade, o antigo prédio”.


Chega ao final do ano, chegam também à Câmara de Gaspar projetos polêmicos para passarem sem muito debate público e outros para se passarem na marra. O Samae é uma máquina de fazer dinheiro e lixo combina com a autarquia faz tempo.


O projeto de lei 47 que deu entrada na Câmara, e que pelo título “dispõe sobre a taxa de coleta de resíduos sólidos urbanos e dá outras providências”, aumenta o preço deste tipo de serviço para os gasparenses via linhas tortas. Entre elas, limitando a quantidade de lixo de 100 quilos por passada em cada unidade residencial ou comercial. Nada foi discutido com a comunidade. Transparência, como sempre, zero.


O pessoal da Dança, dança. Veja o que está no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para ser publicado: extrato do Termo de Ajuste Nº 01/2015-FIA entre o Município de Gaspar, o Estado de Santa Catarina, por meio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Gaspar e Grupo Detalhes de Teatro e Produções Artísticas.


Com ele estão sendo repassados R$ 32.200,00 para o desenvolvimento do Projeto “Oficina Experimentando Teatro – Continuação”, conforme plano de trabalho aprovado pela Resolução nº. 015/2015 – CMDCA de Gaspar.


Meia volta vou ver! O PT de José Amarildo Rampelotti, o chefe de gabinete, Doraci Vanz, o secretário de Administração e Finanças, Michael Maicon Zimmermann, bem como o prefeito Pedro Celso Zuchi, já avaliam que o Projeto de Lei Complementar 14/2014 está seriamente ameaçado de não prosseguir na Câmara. Ele “estabelece a nova estrutura administrativa do Poder Executivo, estabelece gratificação de função de confiança e dá outras providências”.


E por que está ameaçado? Porque o PT quis surpreender a todos, quis, como é do seu feitio, passar o PLC goela na Câmara, mesmo sendo a bancada minoria (tem quatro de 13 vereadores) e quis mandar uma banana para o Sintraspug, que ensaiou uma discussão prévia deste assunto para seus representados.


Os vereadores do PMDB, PSD e PSDB entendem que nada pode ser feito no apagar de uma administração para uma outra “engolir” o que não foi amplamente conhecido e debatido. E o PT apesar de pregar quando na oposição, mas no governo não pratica o debate e a transparência. É que o PT tem grandes chances de perder a eleição aqui em Gaspar. Então o PMDB, PSD e PSDB temem que se um deles for eleito, ficará engessado pelo aparelhamento e armadilhas do PLC. PMDB, PSD e PMDB em campanha possuem interesses num canal de negociação com os servidores e o Sindicato e o PT não quer permitir isto.


O canal extravasor para o Rio Itajaí Açú e que drena parte da Margem Esquerda, principalmente a área onde está Arena Multiuso, foi posto à prova neste final de semana. E foi comemorado pelo PT. Mas não foi unanimidade, como em outros tempos.


O ex-vereador Miro Sálvio, ex-PFL, hoje radialista, na rede social ao ver a comemoração do porta voz Élcio Carlos de Souza, presidente do Samae, parabenizando o prefeito Pedro Celso Zuchi, lascou: “Élcio, eu fui vereador entre 2001 e 2004. Está registrado. Fiz o pedido dessa obra em 2003. Somente em 2015... somente 11 anos depois, e foi feita para atender a obra da Arena Multiuso e do CTG. Se fosse para atender comunidade da Margem Esquerda e o interesse do povo nunca seria feito...”


Edição 1718

Comentários

Pernilongo Irritante
01/10/2015 22:06
A Dilma está mudando os ministros.

Pra que ministros ou ministérios se não tem dinheiro pra eles?
Não tem dinheiro nem pra comprar papel higiênico.

Então porque não vão cagar no mato em vez de cagar nas nossas cabeças?
Herculano
01/10/2015 22:00
À Ana Amélia que não é Lemos

A coluna de amanhã feita para o jornal impresso, mais antigo, de maior circulação em Gaspar e Ilhota e de maior credibilidade, Cruzeiro do Vale, já está pronta, editada e no parque impresso.

Ela vai tratar, essencialmente, de uma Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa em que a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, procura o ressarcimento de políticos matreiros que usam os seus cargos para suas coisas particulares.
Despetralhado
01/10/2015 20:01
Oi, Herculano.

A frase com a palavra FORA, está mais comprida:
FORA Dilma, FORA Lulla, FORA PT e FORA PMDB.
Anônimo disse:
01/10/2015 19:57
Herculano, acabei de ver LuLLa no programa de sua quadrilha.
O excesso de botox é para esconder a cara de pau?
Juju do Gasparinho
01/10/2015 19:06
Prezado Herculano:

O O Antagonista fez um concurso no face, e hoje saiu o resultado:

"Ser Dilma é...": os vencedores

Prezados leitores,

Já temos o resultado do concurso "Ser Dilma é ....", que promovemos no Facebook. Ao todo, nos enviaram 1 038 frases, em menos de 24 horas.

Diante dessa quantidade, escolhemos quatro frases ganhadoras. Ei-las:

?Ser Dilma é... fazer você sentir-se inteligente?, da leitora Janice Pinheiro.

?Ser Dilma é... ser o oposto do espelho. O espelho reflete sem falar; Dilma fala sem refletir?, do leitor Paulo Toledo.

?Ser Dilma é... ser torturada pela ditadura, apoiar ditaduras e torturar os brasileiros?, do leitor Ricardo Ghion.

?Ser Dilma é... ser o futuro Collor?, do leitor Clélio Lemos.

Parabéns aos vencedores e a todos que participaram do concurso".

Enquanto esse cérebro de ameba estiver na presidência, é o que vamos ler. Mas convenhamos, se tem uma coisa boa que o LuLLa nos ensinou foi o desrespeito.


o desrespeito
Maria Amélia que não é Lemos
01/10/2015 18:36
Sr. Herculano:

Que coisa boa que amanhã muda a coluna.
Não aguento mais ver as fotos dos quatro vermelhos com chifre.
Herculano
01/10/2015 17:31
QUAL A DIFERENÇA ENTRE O PT E O PMDB? NENHUMA. AMBOS SÃO GOVERNO E COMND O CONGRESSO. POSAM DE VESTAIS PARA ANALFABETOS, IGNORANTES E DESINFOMADOS. MAS TODOS ESTÃO ENLAMEADOS. SUÍÇA ENCONTRA QUATRO CONTAS BANCÁRIAS ATRIBUÍDAS A EDUARDO CUNHA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Mário César Carvalho. Procuradores da Suíça não acharam uma só conta secreta, mas quatro, pelo menos, cujo controle é atribuído ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo a Folha apurou junto a investigadores que atuam no caso.

Uma dessas contas tem como beneficiários Cunha e sua mulher, a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, que foi apresentadora de telejornais da Rede Globo ente 1989 e 2001.

Nesta quarta (30) o presidente da Câmara se recusou a comentar se tinha conta no exterior. Em março deste ano, em depoimento à CPI da Petrobras, ele disse que não tinha dinheiro fora do Brasil.

A Folha revelou nesta quarta (30) que a Suíça descobrira contas, sem especificar o número delas.

Os valores depositados nas quatro contas foram bloqueados pelas autoridades suícas por conta da suspeita de que receberam recursos de suborno, que chegaram àquele país por meio de processos de lavagem de dinheiro.

A Suíça não revelou ainda o montante que foi bloqueado.

As contas foram abertas em nome de empresas offshores, que ficam em paraísos fiscais para dificultar as investigações, já que esses países, diferentemente da Suíça, não costumam colaborar com apurações sobre lavagem de dinheiro e corrupção.

Para evitar receber dinheiro de terrorismo, de drogas e de suborno, a Suíça exige que toda conta tenha um beneficiário final. Em quatro delas o beneficiário é Cunha, segundo as autoridades que investigam o caso.

O Ministério Público da Confederação Suíça começou em abril a investigar a suspeita de que Cunha escondera dinheiro naquele país.

A Suíça não irá prosseguir a apuração criminal sobre Cunha, como ocorre com outros suspeitos da Lava Jato. O país decidiu mandar para o Brasil todo o material encontrado sobre o presidente da Câmara para que a apuração seja feita aqui.

A transferência da investigação para o Brasil está prevista no acordo de cooperação em matéria criminal que a Suíça assinou com o Brasil em 2009. Não é a primeira vez que isso ocorre. Autoridades suícas já haviam transferido para o país a apuração sobre o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

DEPÓSITO DE LOBISTA

Uma das contas cujo controle os suíços atribuem a Cunha recebeu recursos de um lobista do PMDB chamado João Augusto Henriques, preso pela Operação Lava Jato em 21 de setembro.

Em depoimento à Polícia Federal, Henriques disse que fizera um depósito na conta de Cunha sem saber que era do deputado. Segundo o lobista do PMDB, ele fizera a transferência a pedido do economista Felipe Diniz, filho do deputado Fernando Diniz (PMDB-MG), que morreu em 2009.

Ainda segundo Henriques, o valor depositado não era propina, mas uma comissão lícita porque Diniz o ajudara a costurar um negócio que resultara na compra pela Petrobras de um campo de exploração de petróleo no Benin, na África.

Os investigadores na Lava Jato desconfiam que essa versão possa ter sido criada por Henriques para protejer Cunha.

OUTRO LADO

O advogado de Cunha, o ex-procurador geral da República Antonio Fernando de Souza disse por meio de nota que não comentaria as contas encontradas na Suíça. Souza disse que pretende se defender no inquérito contra o presidente da Câmara instaurado no Supremo Tribunal Federal.

A Folha não conseguiu localizar o advogado de Fernando Diniz
Herculano
01/10/2015 13:40
MILHÕES REFÉNS DA CHANTAGEM DE POUCOS. INSTITUIÇÕES E GOVERNANTES FRACOS E DISTANTES DA SOCIEDADE. EM QUEM CONFIAR?

Manchete do Jornal de Santa Catarina, da RBS Blumenau. "Se começar a chover e precisar fechar as comportas não vai dar", diz operador da barragem de José Boiteux. Estrutura para contenção de cheias está inativa desde junho de 2014, após invasão dos índios
Belchior do Meio
01/10/2015 13:36
Sr. Herculano:

Eduardo Cunha está acabado. Do blog do Coronel.

"Resta a Eduardo Cunha rolar o seu processo no STF e tentar todos os truques legais para evitar a sua cassação. A Suiça, ao que tudo indica, encontrou as digitais do presidente da Câmara no desvio de dinheiro da Petrobras. Quem esperaria algo diferente deste verdadeiro meliante peemedebista, espécime do mesmo gênero de um Temer, Renan, Jucá, Eunício, Raupp e outros da "famiglia" do partido que rouba para si, cada um cuidando do seu feudo?
O PMDB, neste momento, organiza a pilhagem final dos cofres do país com a reforma ministerial, beneficiando-se dos estertores do PT.
O PT, sem base parlamentar, vê o dinheiro que ele mesmo roubava ser drenado para os bolsos do PMDB. Por isso, a choradeira sem fim. Eduardo Cunha ainda terá tempo de infernizar a República e uma das suas boas ações será o encaminhamento do impeachment de Dilma. Para isso, ele terá tempo, com briga ou sem briga com Renan Calheiros. Será o seu legado. "

Português arcaico: É o que esperamos, senão, pho...deu.
Herculano
01/10/2015 12:59
ASSUTADOR. MANCHETE DE CAPA DESTA QUINTA-FEIRA DO JORNAL O ESTADO DE S. PAULO MOSTRA COMO O DINHEIRO COMPRA E VENDE FACILIDADES DO GOVERNO DO PT E CONTRA OS BRASILEIROS. DOCUMENTOS APONTAM QUE MEDIDA PROVISORIA EDITADA NA GESTÃO LULA FOI "COMPRADA" POR LOBBY

Texto de Andrezza Matais e Fábio Fabrini. Documentos obtidos pelo Estado indicam que uma medida provisória editada em 2009 pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido "comprada" por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras de veículos. Empresas do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir do Executivo um "ato normativo" que prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano. Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto, em vigor até o fim deste ano. Uma das montadoras envolvidas no caso foi alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira.

Para ser publicada, a MP passou pelo crivo da presidente Dilma Rousseff, então ministra da Casa Civil. Anotações de um dos envolvidos no esquema descrevem também uma reunião com o então ministro Gilberto Carvalho para tratar da norma, quatro dias antes de o texto ser editado. Um dos escritórios que atuaram para viabilizar a medida fez repasses de R$ 2,4 milhões a um filho do ex-presidente Lula, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, em 2011, ano em que a MP entrou em vigor.

O roteiro para influenciar as políticas de desoneração do governo e emplacar a MP é descrito em contratos de lobby pactuados antes da edição da norma. Conforme os documentos, a MMC Automotores, subsidiária da Mitsubishi no Brasil, e o Grupo CAOA (fabricante de veículos Hyundai e revendedora das marcas Ford, Hyundai e Subaru) pagariam honorários a um "consórcio" formado pelos escritórios SGR Consultoria Empresarial, do advogado José Ricardo da Silva, e Marcondes & Mautoni Empreendimentos, do empresário Mauro Marcondes Machado, para obter a extensão das benesses fiscais por ao menos cinco anos. Os incentivos expirariam em 31 de dezembro de 2010, caso não fossem prorrogados.

IPI
Os contratos obtidos pelo Estado datam de 11 e 19 de novembro de 2009. No dia 20 daquele mês, o ex-presidente Lula assinou a MP 471, esticando de 2011 até 2015 a política de descontos no IPI de carros produzidos nas três regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste). À época, a Ford tinha uma fábrica na Bahia e CAOA e Mitsubishi fábricas em Goiás. A norma corresponde ao que era pleiteado nos documentos. Em março do ano seguinte, o Congresso aprovou o texto, convertendo-o na Lei 12.218/2010. Suspeitas de corrupção para viabilizar a medida provisória surgiram em e-mails trocados por envolvidos no caso.

Uma das mensagens, de 15 de outubro de 2010, diz que houve "acordo para aprovação da MP 471" e que Mauro Marcondes pactuou a entrega de R$ 4 milhões a "pessoas do governo, PT", mas faltou com o compromisso. Além disso, o texto sugere a participação de "deputados e senadores" nas negociações. Não há, no entanto, menção a nomes dos agentes públicos supostamente envolvidos.

Acordo

O e-mail diz que a negociação costurada por representantes das empresas de lobby viabilizou a MP 471. O remetente - que se identifica como "Raimundo Lima", mas cujo verdadeiro nome é mantido sob sigilo - pede que o sócio-fundador da MMC no Brasil, Eduardo Sousa Ramos, interceda junto à CAOA para que ela retome pagamentos. Diferentemente da representante da Mitsubishi no Brasil, a CAOA teria participado do acerto, mas recuado na hora de fazer pagamentos. Um dos lobistas não teria repassado dinheiro a outros envolvidos. "Este (Mauro Marcondes Machado) vem desviando recursos, os quais não vêm chegando às pessoas devidas (...) Comunico ao senhor do acordo fechado para a aprovação da MP 471, valor este do seu conhecimento. (...) o sr. Mauro Marcondes alega ter entregado a pessoas do atual governo, PT, a quantia de R$ 4 milhões, o qual (sic) não é verdade", alega.

A mensagem, intitulada "Eduardo Sousa Ramos (confidencial)" foi enviada às 16h54 por "Raimundo" à secretária do executivo da MMC, Lilian Pina, que a repassou a Marcondes meia hora depois. O remetente escreve que, se o dinheiro não fluísse, poderia expor um dossiê e gravações com detalhes das tratativas. "A forma de denúncia a ser utilizada serão as gravações pelas vezes em que estive com Mauro Marcondes, Carlos Alberto e Anuar", avisa, referindo-se a empresários da CAOA. "Dou até o dia 21 para que me seja repassada a quantia de US$ 1,5 milhão", ameaça.

Os dois escritórios de consultoria confirmam ter atuado para emplacar a MP 471, mas negam que o trabalho envolvesse lobby ou pagamento de propina.

Ambos são investigados por atuar para as montadoras no esquema de corrupção no Carf. A MMC e a CAOA informam ter contratado a Marcondes & Mautoni, mas negam que o objetivo fosse a "compra" da Medida Provisória. Dono da SGR, José Ricardo era parceiro de negócios do lobista Alexandre Paes dos Santos, ligado à advogada Erenice Guerra, secretária executiva de Dilma na Casa Civil quando a MP foi discutida. Marcondes é vice-presidente da Anfavea, na qual representa a MMC e a CAOA
Sidnei Luis Reinert
01/10/2015 12:32
Denúncia Grave - Dilma sabotou hidrelétricas estatais para favorecer termelétricas de amigos

Apenas Entre 2012 e 2014, o governo e a Aneel drenaram R$ 32 bilhões para as termelétricas de grupos ligados à família Sarney e Eike Batista, repassando todos os custos ao consumidor. Os repasses podem superar a casa dos R$ 50 bilhões em 2015.

http://sintesenews.blogspot.com.br/2015/10/denuncia-gravedilma-sabotou.html
Sidnei Luis Reinert
01/10/2015 12:25
Medida que reduziu IPI foi 'comprada' por montadoras durante governo Lula

Agência Estado - 01/10/2015 -- 09:08

Documentos obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo indicam que uma medida provisória editada em 2009 pelo governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria sido "comprada" por meio de lobby e de corrupção para favorecer montadoras de veículos.

Empresas do setor negociaram pagamentos de até R$ 36 milhões a lobistas para conseguir do Executivo um "ato normativo" que prorrogasse incentivos fiscais de R$ 1,3 bilhão por ano. Mensagens trocadas entre os envolvidos mencionam a oferta de propina a agentes públicos para viabilizar o texto, em vigor até o fim deste ano.
Herculano
01/10/2015 11:14
SÓ INVESTIGAÇÃO ESCLARECERÁ "LOBBY" DE LULA, editorial de O Globo

E-mails apreendidos na sede da Odebrecht reforçam denúncias de que o ex-presidente se empenhou mais do que o aconselhável na defesa da empresa

Admita-se que no presidencialismo brasileiro, em que o poder da caneta do chefe do Executivo é imenso, proporcional à capacidade que tem o Estado de favorecer empresas bem relacionadas em Brasília, Lula não tenha sido o primeiro a passar pelo Planalto em meio a nuvens de suspeição.

A diferença é que, com o tempo, os rumores se transformaram em indícios, fortalecidos com a apreensão pela Polícia Federal, em junho, na sede da Odebrecht, em São Paulo, de e-mails que indicam intromissão de uma empresa privada em atos de Estado. E, por parte de Lula e também Dilma, uma indesejada permissividade no relacionamento com executivos da empreiteira. A começar pelo próprio Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba, na Operação Lava-Jato.

Não se discute que governos de países em que há empresas que disputam concorrências no exterior atuam para que licitações sejam arrebanhadas por compatriotas. Mas deve haver uma linha divisória entre os interesses de Estado e de empresas privadas, além de cuidados para que governantes não sejam vistos como lobistas, geralmente bem remunerados.

O discurso de defesa de Lula vai nesta direção: o ex-presidente nada mais fez do que, como vários chefes de Estado, atuar no exterior a fim de trazer negócios para o Brasil.

Alguns dos e-mails transmitidos pela Odebrecht, até do próprio Marcelo, na prática converteram o Planalto numa espécie de escritório avançado da empreiteira. Com interesses em Angola, por exemplo, nas proximidade de uma visita do presidente angolano, José Eduardo dos Santos, ao Brasil, Marcelo pediu a Lula que enaltecesse o papel de José Eduardo como "pacificador e líder nacional", e lembrasse a atuação de empresas brasileiras em Angola, em especial a sua. Não deve ter sido coincidência que, no dia seguinte, ao recepcionar José Eduardo, Lula, em discurso, afirmou que o colega soubera "liderar Angola na conquista da paz."

A julgar pelos e-mails divulgados, parece haver farto material em que Lula é instruído a defender interesses comerciais da empreiteira em seus contatos com dirigentes estrangeiros. Tudo fica ainda mais apimentado com um e-mail de resposta a um executivo da empreiteira em que o então ministro do Desenvolvimento Miguel Jorge garante que o "PR" (presidente da República) "fez o lobby". Tratava-se de defender junto ao governo da Namíbia o consórcio brasileiro da qual a Odebrecht participava na disputa pela construção de uma hidrelétrica.

Esta clara ingerência da Odebrecht no Planalto se soma a tudo o que foi descoberto até agora pela Lava-Jato e serve de forte justificativa para que haja séria investigação sobre este "lobby". Não pode pairar a suspeita de que o Brasil virou uma republiqueta de banana em que um telefonema libera bilhões do BNDES, em nome dos "interesses nacionais".
Herculano
01/10/2015 11:09
REFORMA DA PREVIDÊNCIA DE COLOMBO GANHA CARA, por Upiara Boschi, no Bloco de Notas, para Diário Catarinense, da RBS Florianópolis

Citada em todos os discursos em que o governador Raimundo Colombo (PSD) cita a necessidade de mudanças na máquina pública - não só em Santa Catarina - a prometida reforma da previdência estadual ganhou cara. O governador e os chefes dos poderes assistiram à apresentação da proposta na manhã de ontem e à tarde o secretário Antonio Gavazzoni (PSD), da Fazenda, fez a apresentação à imprensa.

A reforma foca no mais simples e tenta evitar polêmicas adicionais. Está lá o fim da aposentadoria quase integral (80% dos maiores salários) e a criação do fundo complementar para quem quiser receber mais do que os R$ 4,6 mil - que limitam a previdência dos trabalhadores privados e que passarão a ser o teto também no funcionalismo estadual. O modelo vinha sendo citado desde fevereiro, quando Gavazzoni deu início aos estudos da reforma. A partir de maio, a equipe foi completada com técnicos do Tribunal de Justiça, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

O grupo evitou colocar no debate o aumento da alíquota de 11% para os atuais servidores, que incendiaria o debate e geraria cerca de R$ 100 milhões anuais ? quase nada diante de um rombo que ficou em R$ 3,6 bilhões em 2014. Com a experiência de ter comandado a reforma administrativa de 2008, ainda no governo Luiz Henrique (PMDB), Gavazzoni deve atalhar algumas discussões. Não pretende, dessa vez, promover audiências públicas regionalizadas sobre o tema. Acredita piamente ? e quer convencer Colombo e a base aliada disso ? que discutir as regras para os futuros servidores com os antigos é perda de tempo.

Discurso ganha forma

Aos poucos, a reforma administrativa que Raimundo Colombo prometeu no final do ano passado vai aparecendo. Da tímida fusão das agências Agesc e Agesan, o enxugamento das secretarias regionais e agora a reforma da previdência. Para 2016, ficariam as discussões sobre extinção de benefícios dos servidores - triênio, licença-prêmio, promoções que aposentam na carreira militar, etc. Claro que isso vai depender das condições de temperatura e pressão e das eleições municipais.
Herculano
01/10/2015 10:54
FÔLEGO CURTO, por Merval Pereira, de O Globo

Não é possível mais dizer que a presidente Dilma está apática diante da crise em que se meteu e ao país, mas a reação que esboça só faz afundar mais ainda seu governo de coalizão em um lamaçal político que não pode ser a solução a lhe dar tranquilidade para governar.

O PMDB, no entanto, ao mais uma vez ceder a seu lado fisiológico, se coloca como avalista da continuidade do governo e retira- se, inglório, do campo oposicionista em que parecia estar alojado, especialmente depois daquela propaganda televisiva em que defendia que só a verdade liberta.

Mesmo depois de constatar mais uma vez que o PSD de Kassab pode ser acionado a qualquer momento para tentar fragilizá- lo, o PMDB prefere o regaço governamental à aventura do impeachment. Se o fizesse por defender a democracia, vá lá. Mas abandona as negociações de bastidores na ilusão de que pode usufruir do governo mais um pouco, até que se deem as condições naturais para a troca de guarda na presidência da República. É de seu feitio não resistir às tentações de momento em vez de pensar no longo prazo.

Aceitando os sete ministérios, o PMDB convalida a reforma ministerial e dá razão aos que, na oposição, não o levam a sério para um eventual governo de coalizão nacional num pós- Dilma.

Dando esse passo, o PMDB reforça os laços com o PT e dá à presidente Dilma necessariamente um fôlego a mais para essa difícil travessia, que a qualquer momento pode ser interrompida, seja pela derrubada de um veto presidencial, seja pela não aprovação da CPMF, ou então pelas ondas da Operação Lava- Jato que podem engolfar de uma vez só a cúpula partidária.

Com as novas denúncias contra Eduardo Cunha, e a confirmação pelo procurador- geral da República de que ele tem, segundo a polícia suíça, contas não declaradas naquele país, fica impossível tê- lo no comando da Câmara, aumentando a imprevisibilidade do quadro político em relação ao PMDB.

Seguindo os conselhos de seu tutor Lula, a presidente Dilma livrou- se de Mercadante no Planalto e tenta criar um clima mais ameno com o bom baiano Jacques Wagner. Sem dúvida, conseguiu abrir um espaço de respiro na mesma semana em que o Tribunal de Contas da União ( TCU) deve começar a examinar o parecer do ministro Augusto Nardes que condena as contas do último ano do governo Dilma, caminho legal para basear o pedido de impeachment.

Muitas manobras ainda se seguirão até que o Congresso se decida a analisar o documento, até mesmo a tentativa, até agora inútil, de adiar o julgamento das contas no próprio tribunal.

Revigorada momentaneamente por meio de manobras políticas que acabam por enfraquecê-la no longo prazo, Dilma tenta ganhar tempo, mas a crise econômica não dá mostra de que arrefecerá.

A testemunha
O advogado Sergio Mazzillo explica a situação de testemunha em que Lula se encontrará se o ministro Teori Zavascki autorizar que seja ouvido pela Polícia Federal, o que já foi admitido pelo procurador- geral da República, Rodrigo Janot: "A testemunha, no cível ou no crime, ou em qualquer processo, ainda que administrativo, dá testemunho sobre o fato de terceiro, alheio; não comenta, não opina, apenas relata o fato de seu conhecimento;

- Testemunha é obrigada a dizer a verdade, sob pena de falso testemunho ( Código Penal, artigo 342; Código de Processo Civil, artigo 415); é bem verdade que, no processo, no inquérito, o falso testemunho raras vezes é punido, pois existe a possibilidade da retratação; - Testemunha é obrigada a responder o que lhe for perguntado; a recusa só se justifica se a testemunha desconhecer o fato;

- E, lógico, testemunha que não responde à inquirição por, eventualmente, existir a possibilidade de sua própria incriminação, deixa de ser testemunha e pode invocar o seu direito ao silêncio, para não incriminar- se ( Constituição, artigo 5 º . , inciso LXIII; por interpretação do Supremo Tribunal Federal, pois o texto constitucional refere- se ao "preso").

Portanto, o compromisso da testemunha para dizer a verdade implica, necessariamente, a obrigação de responder o que sabe. Sabendo a testemunha do fato, mas reconhecendo que se responder poderá incriminar- se, deve ficar em silêncio. E assumir as consequências de seu ato: passar a investigado ( com direito ao silêncio). Por certo, a situação da testemunha que se cala para evitar incriminar- se é desconfortável e, certamente, lhe criará problemas.
Missinha pra boi dormir
01/10/2015 10:44
Olha só, as ferramentas de marketing utilizadas pelo PT e repetida pelo PMDB. Kleber na cozinha, fazendo comida igual Dilma na última campanha.

Uma estratégia regada ao apoio da deputada que nada fez por Gaspar.

Tudo muito lindo, mas pouco produtivo.

Herculano
01/10/2015 10:20
PIMENTEL BOLADO, O Antagonista

A PF deflagrou a terceira fase da Operação Acrônimo, que investiga o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, PT.

São cerca de 40 mandados cumpridos em Belo Horizonte, São Paulo e Brasília. Entre os alvos estão a casa do presidente da Cemig, Mauro Borges, e a sede da empresa Mafrig, em São Paulo.
Herculano
01/10/2015 07:50
LULA 3, GOVERNO PRVISÓRIO, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Ex-presidente "ajuda" Dilma na reforma ministerial, mas caldo na economia ainda ferve

EM CERCA de 15 dias, Lula evitou o desmoronamento final de Dilma Rousseff. Tornou-se um regente provisório, cargo informal no qual pode durar dias, não se sabe, dadas as intermitências do coração da presidente, para dar um nome proustiano às inconstâncias dilmianas.

Parece novidade. Enquanto durar.

Faz duas semanas, Lula negocia de modo frenético um modo de esfriar a chapa do impeachment e de embananar a Lava Jato. Ao menos, parece ter conseguido dobrar Dilma Rousseff a render-se a grossas obviedades da política politiqueira.

A presidente já bebia água do terceiro volume morto do PMDB, mas foi Lula que abriu as torneiras de modo a matar sedes variadas do partido e, de quebra, dar uma regada no PDT e até no PSB.

Assim talvez pelo menos se adie o impeachment e se leve apoio no Congresso a fim de catar dinheiros para remendar o buraco nas contas do governo. No caso de a abdicação branca de Dilma Rousseff ser mais completa, se especula se Lula arranjaria algum plano mais ambicioso (menos medíocre e derrotado) de colocar ordem na economia (evitar novos desastres no curto prazo).

Quanto ao impeachment, o calendário do drama ainda está mantido. Ou seja, o TCU deve votar na semana que vem se acusa Dilma de crime fiscal. A oposição pretende desencadear testes da votação do impeachment no final de outubro. A festa do adeus (ao governo) do PMDB ainda está marcada para novembro.

Os empecilhos eram ainda ontem os mesmos. Isto é: 1) Elites do dinheiro muito divididas sobre a conveniência política, econômica e democrática de jogar o país no conflito do impeachment; 2) PSDB dividido; 3) PMDB dividido.

O PMDB pode desfazer o circo do impeachment. Tem até bancada no TCU, ministros vinculados à sigla.

Suponha-se que o PMDB pelo menos adie o início do show. Como fica, por exemplo, o remendo fiscal? Passam a CPMF, a apropriação do dinheiro do Sistema "S", o corte do reajuste dos servidores e o confisco das emendas parlamentares, que perfazem 80% do pacote? Ontem, ainda parecia difícil.

Sem tal dinheiro, que em si não resolve grande coisa, o caldo entorna um tanto mais. Mais ainda: o deficit vai ser bem maior que o previsto até "no mercado". Sem tal remendo, há risco renovado de paniquitos como o da semana passada, altas de juro, rebaixamento formal de crédito do governo etc., a bola de neve que engorda desde julho. Em suma, isso dá em recessão maior e mais profunda.

Não precisa ser assim. Seria até possível salvar 2016 se por um milagre aparecesse um plano de mudança econômica.

Mas nem a paz com o PMDB é certa. Ontem, Michel Temer se reuniu com a bancada do impeachment. É difícil saber de Eduardo Cunha, sangrando mortalmente no Petrolão. Apesar dos ataques, a Lava Jato está muito operante. A tensão no "mercado" ainda é brutal. A Petrobras, com reajuste e empréstimo do BB, tem um pé na cova.

Lula, reunido ontem com o PT, tentava animar torcidas dizendo que quer a turma na rua e crédito do BNDES para empresas. Além de jogar para suas galeras e além da política politiqueira, tentaria articular algum plano de recuperação econômica sério? Combinou com Dilma Rousseff? E o povo bestificado e esfolado na recessão?
Herculano
01/10/2015 07:47
NAUFRÁGIO DAS CONTAS PÚBLICAS, por Antonio Gavazzoni, secretário da Fazenda, em artigo publicado hoje no jornal Folha de S. Paulo, e cujo título poderia ser: confissão

Por um conjunto histórico de decisões desastradas, o sistema previdenciário brasileiro está se dirigindo a um mar tomado por icebergs

No dia 10 de abril de 1912, um transatlântico espetacular deixou a Inglaterra rumo aos Estados Unidos. Tido como inexpugnável, o navio se tornaria protagonista do mais famoso naufrágio da história. Ao menos 1.500 pessoas morreram.

Os estudiosos ainda discutem se a tragédia poderia ter sido evitada, mas ninguém ousou enquadrar o naufrágio do Titanic na categoria dos acidentes previsíveis. Entre a constatação do impacto e o choque em si, passaram-se só 37 segundos.

Nesta sexta-feira (2), Florianópolis vai sediar a 158ª reunião do Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), composto pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e pelos secretários da Fazenda de todos os Estados. Debateremos o possível naufrágio das contas públicas, um acidente que, diferente do caso do Titanic, é mais do que previsível.

Trataremos de questões complexas, como rombo orçamentário, guerra fiscal e o deficit da Previdência. A sociedade, passageira do navio, deveria prestar mais atenção a este assunto. Basta ver o que foi feito com a Previdência Social. Por um conjunto histórico de decisões desastradas, o sistema se dirige a um mar tomado por icebergs. Mantida a rota, vamos bater e afundar.

Quando a notícia do grande naufrágio do século 20 correu o mundo, as pessoas se espantaram. Como o mais moderno navio do seu tempo não oferecia as condições de segurança esperadas aos passageiros? Nossa Previdência também não oferece. A vantagem é que ainda podemos nos ajustar. Haverá tragédia, e das grandes, somente se insistirmos em fingir que está tudo bem.

Na esfera federal, o deficit da Previdência projetado para 2015 é de R$ 72,8 bilhões, 28,4% maior do que o de 2014. A União gasta com previdência cinco vezes mais do que com educação e saúde.

Essa desproporção tende a aumentar. Em 2050, o Brasil terá três vezes mais idosos do que tem hoje. Lembremos: a crise de 2008 na Europa teve origem na Previdência grega, cujos números eram melhores do que os do Brasil atual.

Em Santa Catarina, o descompasso previdenciário é gritante. Em 2014, o gasto com pagamento de proventos a 60 mil servidores e pensionistas equivaleu a todo o Orçamento da rede pública de saúde, que atende mais de 6 milhões de pessoas. É o maior problema do Estado. Não temos como equacionar os desajustes do passado, mas não podemos aceitar que as dificuldades impeçam a busca por soluções.

No caso da Previdência local, acabamos de pactuar a redação de um projeto de lei conjunto entre os três Poderes, que institui a previdência complementar para os servidores públicos estaduais. Todos receberão até um teto de R$ 4.600. Quem quiser mais, contribui. O projeto respeita os direitos adquiridos de quem está no sistema. É no futuro que estamos mirando.

Arrecadar sempre acima da inflação é atualmente o instrumento à disposição dos Estados e da União para manter as contas em dia. Se isso não ocorrer permanentemente ?e não está ocorrendo?, o Brasil poderá ter que optar entre pagar os inativos ou assistir a sociedade.

No Titanic, quando todos os botes salva-vidas já haviam sido baixados, metade dos passageiros e tripulantes foram obrigados a permanecer no navio. Precisamos discutir abertamente quem deverá ceder para que o sistema não afunde. Como países não dispõem de bote salva-vidas, se não nos mexermos juntos para enfrentar o desafio das contas públicas, ninguém vai se salvar.
Herculano
01/10/2015 07:44
RACIOCÍNIOS E CONTRADIÇÕES, por Sacha Calmon, advogado tributarista, para o jornal Estado de Minas

Houve um tempo - enganoso, por sinal -, em que o PT fez três coisas de efeitos efêmeros, porém fatais para a economia:

a) aumento do gasto público nos programas sociais, tipo Bolsa-Família e assentamentos do MST, financiamentos ao consumo de bens duráveis (crédito) e ao setor privado, inclusive no exterior, Minha casa, minha vida, PACs, transposições de rios, Copa do Mundo, Olimpíada et caterva, usando o Tesouro, o BNDES, o FGTS, o FAT e outros fundos além dos de pensão. O Postalis está falido por causa de aplicações na Venezuela, crime de lesa-pátria;

b) aumentos ao funcionalismo e aos trabalhadores acima não apenas da inflação, mas da produtividade do trabalho, onerando as empresas e os preços dos bens finais;

c) aumento descontrolado da dívida pública, duplicando-a a ponto de estarmos beirando o volume de 70% do PIB, rolada a juros nominais (14,25%) e reais bem maiores, tipo bola de neve, ou melhor, bomba mesmo, mas sem efeitos retardados. É para 2016.

Pois bem, agora no meio da recessão, esse governo faz um ajuste que não diminui o tamanho do Estado nem o seu custo, nem sequer muda a fórmula inflacionária do salário mínimo nem as participações do governo e suas instrumentalidades em concessões. Resume-se a contingenciar despesas, aumentar impostos e negar reajustes a pensionistas, aposentados e carreiras de Estado fundamentais: auditores da Receita, Polícia Federal, Advocacia-Geral da União e procuradores da Fazenda Nacional, cujos ganhos já foram corroídos pela inflação dos últimos 24 meses.

Quem te viu e quem te vê, diria o crítico lusitano. Qualquer movimento do Congresso é tachado de impatriótico e logo se faz a conta. Vai custar mundos e fundos (terrorismo político cínico). Para o PT e a base aliada, não faltou dinheiro. Saquearam e sucatearam o Estado, a Petrobras e a infraestrutura do país. Deviam estar presos em vez de nos governar.

Nelson Barbosa, ministro do Planejamento, reforçou a defesa do ajuste fiscal: "A PEC 443 é incompatível com a situação econômica do país. Somos contra", disse ao Valor. Ele considerou uma distorção tratar de política de reajuste de salários para um segmento do funcionalismo na Constituição, condenou a vinculação de salários e ressaltou que as questões salariais da União, responsabilidade de sua pasta, estão sendo negociadas. Cálculos do Planejamento indicam que apenas a PEC 443 produz um gasto adicional de R$ 2,45 bilhões por ano. Considerando as outras PECs em tramitação, que tratam de salários do funcionalismo, o impacto sobe para R$ 9,85 bilhões por ano.

Agora vejam só! Somente com os swaps cambiais para "segurar" o dólar, uma estupidez, o governo gasta à vontade e nada se diz. O Valor esquadrinhou o assunto. Se contarmos o que se paga de juros, a conta não vai fechar nunca. Foi nisso que deu eleger o lulopetismo, os Kirchner e os Maduros, ou seja, a "esquerda": "As perdas acumuladas pelo Banco Central (BC) com intervenções no mercado de câmbio já alcançam R$ 57,04 bilhões em junho, muito mais do que os aumentos votados no Congresso. O prejuízo foi provocado pelos contratos de swap cambial, instrumento derivativo oferecido pelo BC ao mercado. Nesses contratos, a autoridade monetária assume o risco da variação da taxa de câmbio e o comprador do contrato no mercado fica com o risco da variação da taxa de juros em um mesmo período. Apenas em julho, esses contratos deram prejuízo contábil de R$ 23,906 bilhões por causa da valorização do dólar em relação ao real. Como essa tendência se acentuou nos últimos dias, as perdas devem aumentar. Até outubro, orçam 100 bilhões".

O BC adotou a política de swaps cambiais em agosto de 2013. O objetivo era oferecer proteção ao mercado (hedge) diante da valorização mundial do dólar. Desde maio, o BC vem reduzindo a rolagem dos contratos, mas ainda existe um estoque de US$ 102 bilhões no mercado. Nas contas do governo central, a perda contábil do BC com swaps é registrada como despesa com juros, o que aumenta o desafio na área fiscal.

Durma-se com um ajuste desse. Sacrifica as pessoas e faz mimos aos rentistas internacionais. A alta do dólar é até salutar a médio e longo prazo. Acaba com os convescotes de brasileiros das classes A e B, compradores compulsivos de coisas úteis e inúteis no exterior, estimula a compra de ativos nacionais, o investimento da poupança externa e o turismo internacional. Além disso, fortalece as exportações e a substituição das importações. É ruim para quem se endividou em dólar (bancos e empresas grandes), geralmente protegido por hedge. Os especuladores que se danem.

Além do mais, a proposta de ajuste fiscal é restrita a 2016. E depois? O Brasil quer uma macroeconomia de longo prazo com metas definidas, mormente a redução do tamanho do Estado e de suas despesas (50%), além de privatizações.
Herculano
01/10/2015 07:42
IMPEACHMENT À VISTA, por Rosângela Bittar, para o jornal Valor Econômico

Tudo o que a presidente Dilma Rousseff pensa, a forma como age, negocia, formula, discute, representa, tem no horizonte o impeachment. Conquistar maioria, reter a base, agradar às inúmeras correntes do PMDB, punir o vice-presidente que acredita estar secando o seu lugar, tudo, tudo, tudo.

Nada tem a ver com a derrubada de vetos que impôs a despesas criadas pelo Congresso para o orçamento deficitário da União, nem à necessidade de aprovar a PEC da DRU, siglas arrecadatórias; sequer a ver com veleidade de aprovar a desaprovável e odiosa CPMF, ou ameaçar o PMDB com sangria na migração para o partido de Gilberto Kassab, aquele que nunca chega perto de cumprir a missão pela qual veio ao governo, criar um partidão de apoio a Dilma tirando filiados do PMDB.

Tudo isto Dilma e seus coordenadores políticos estão fazendo, mas sabem que os vetos não serão derrubados, e a CPMF não será aprovada.

Aproveitando as concessões na reforma ministerial que nunca conclui, para manter acesa a chama da barganha e aproveitamento máximo de uma dádiva em diferentes negócios, os coordenadores políticos do governo e a presidente ganham tempo.

Para enxergar melhor o que interessa e ela não tem controle, não tem ideia de como se dará, e por isso faz o jogo no escuro.

Seu problema é o impeachment e esse está nas mãos de José Sarney, Renan Calheiros, Leonardo Picciani e Eduardo Cunha. O impeachment é possível.

A crise econômica, política e moral vai demorar muito tempo em cartaz; o impeachment, se é que se pode tratá-lo de forma independente, deve correr em paralelo e rapidamente.

O veredito que definirá a sorte presidencial é o do Tribunal de Contas da União e não o do Tribunal Superior Eleitoral, segundo avaliam experientes políticos ligados ao judiciário. O TSE, tão cedo, não julgará a ação contra Dilma. Imagina-se que ficará anos no TSE, sem possibilidade de prosperar, só com protelações, recursos, pedidos de vista.

É um processo cheio de nuances, investigação, prazos, difícil crer que por aí avance de forma a se tornar realidade.

A manifestação do Tribunal de Contas da União, ao contrário, é a que tem a força, o poder de fazer algo acontecer. O governo sabe disso, por isso empurrou o processo até agora, pediu prorrogação de prazo, dois ministros do governo passaram a se dedicar integralmente à argumentação com o tribunal, Luís Inácio Adams e Nelson Barbosa, em intermináveis périplos entre o TCU, o Congresso e seus gabinetes, onde tiveram encontros com integrantes decisivos da corte de contas.

O governo não se deu por achado e fez uma defesa sem argumentação de nível para justificar o erro. Pedalou despesas, sim, mas todos fizeram e ainda fazem isso. É como o PT se defende em tudo, jogando para cima dos outros a prática do erro. A pedalada, porém, não é questão fundamental na análise do TCU. Essa transgressão há muito deixou de fazer parte do conjunto de práticas que podem dar razão à desaprovação das contas da presidente.

Há um conjunto de ações e omissões às quais o TCU atribui maior gravidade, como explica um ministro: "Dilma seria obrigada a contingenciar as despesas para obter a meta prevista em lei, e ela não só não contingenciou como editou decreto ampliando os gastos". Isso seria infinitamente mais grave que a pedalada.

Foi para responder a essas questões que o governo pediu ao TCU mais prazos, todos já esgotados.

Portanto, a possibilidade do impeachment está concentrada no TCU e no PMDB, em equação simples. O PMDB tem três ministros fechados com o partido no Tribunal, Raimundo Carrero (de Sarney), Vital do Rego e Bruno Dantas (de Renan). Se eles aprovarem as contas, o impeachment não vai adiante no Congresso porque os ministros já terão votado em acordo com o partido, como se espera.

Segundo o entendimento geral e a constituição, além do bom senso na avaliação dessas relações, o TCU é um órgão de assessoria do Legislativo. A posição desses ministros vai definir a posição do PMDB. Caso votem pela rejeição das contas, elas serão rejeitadas no Congresso pelo PMDB, e o impeachment será inexorável. É o que correntes substantivas de dois partidos governistas e um de oposição incluem em sua análise do processo. Quanto a Picciani, é o líder que encaminhou os pleitos dos que vão votar o impeachment e coordena a bancada. Os benefícios podem reduzir os votos favoráveis. Eduardo Cunha é quem acolhe o processo.

Se a posição dos ministros ligados aos senadores for, porém, contrária à rejeição, aprovando as contas, o impeachment se perdeu por esta vez. Até que apareçam outros fatos que justifiquem o movimento, instigados pela sociedade, que está claramente a favor do afastamento e não fala outra coisa com os políticos a não ser isso. Abordados na rua, em restaurantes, em cinemas, lhes pedem para tirar a presidente e acham que, se sair, ela já vai tarde.

O manifesto da Fundação Perseu Abramo e de acadêmicos amigos do PT abriu mais uma avenida para que o partido faça o teste das suas chances de recuperar-se como projeto político até 2018. São muitas as picadas abertas com a expectativa de que, se alguma colar, colou. Nenhum partido, e especialmente o PT, sabe o que o eleitorado vai querer ouvir na próxima campanha eleitoral. O risco é tudo soar como mentira, dado o trauma da última.

No momento, ninguém sabe o que dizer, mas no PT já há vários testes em curso: o do descolamento da cúpula, petistas e aliados, da incompetência da presidente Dilma Rousseff, fazendo-lhe oposição ou a quem vier substituí-la; o teste de preservação de alguns nomes fora da rede de denúncias, como o de Jaques Wagner, por exemplo, ministro da Defesa, para assumirem a liderança de campanha caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se veja impedido. Há o teste de defesa da política econômica para recuperar o país para o sucessor de Dilma, caso mantenham o comando. E há o teste de ataque à política econômica, esse de agora, da academia petista.

Com a fórmula mais aceita o PT marchará. Por enquanto, o partido é um grupo poderoso identificado com a corrupção, a incompetência administrativa, o aparelhamento do Estado.
Herculano
01/10/2015 07:40
REFORMA DESEDUCADORA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff prometeu transformar o Brasil em uma "pátria educadora". Nove meses depois, ela dá uma aula de deseducação política ao rifar mais um ministro do setor para atender à pressão de aliados.

Na montagem do novo governo, Dilma entregou o MEC ao ex-governador cearense Cid Gomes para garantir o apoio de 12 deputados do Pros. O arranjo não durou cem dias. Cid entrou em confronto aberto com o PMDB e caiu após chamar o presidente da Câmara, o pentadenunciado Eduardo Cunha, de "achacador".

Para substituí-lo, a presidente nomeou o filósofo Renato Janine Ribeiro. A escolha foi comemorada como um raro acerto de seu segundo mandato. Em uma Esplanada loteada entre políticos de nove partidos diferentes, Dilma escalava um acadêmico respeitado para comandar o MEC.

"Renato Janine Ribeiro é uma feliz novidade: um ministro educador para uma pátria educadora", discursou a presidente, ao empossar o professor. "Sua escolha traduz em simbolismo a minha maior prioridade para esses próximos quatro anos."

A diferença entre discurso e ação foi de três anos e meio. Dias antes de completar os primeiros seis meses no cargo, Janine Ribeiro recebeu a notícia de que estava demitido.

A dispensa não tem qualquer relação com a situação das escolas brasileiras ou a gestão do ministro. Ele sai para dar espaço ao petista Aloizio Mercadante, deslocado da Casa Civil por pressões do PMDB e do PT.

Na reforma deseducadora de Dilma, fica claro que a presidente não está minimamente interessada no desempenho dos auxiliares. Para ficar no ministério, o que importa é garantir votos contra o impeachment.

*****

Do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), sobre a multiplicação de candidatos a ministro na Câmara: "Se você for até o fundo do plenário e gritar 'ministro!', metade da bancada do PMDB vira para trás..."
Herculano
01/10/2015 07:36
EXAURIDA, DILMA PODE OPTAR PELA "RENÚNCIA BRANCA", por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

A presidente Dilma pretende entregar ao PMDB não apenas sete dos maiores ministérios, mas o próprio governo, numa espécie de "renúncia branca". Refém do PMDB de Eduardo Cunha, que a ameaça com impeachment, e dependente do PMDB do Senado, ela deve transferir oficiosamente o governo para o vice, Michel Temer, e o chefe da Casa Civil, para cuidar de agenda amena, priorizando "assuntos de Estado".

Caiu a ficha

Dilma viu que é real o risco de impeachment ao ouvir de Lula que "é melhor entregar ministérios ao PMDB do que perder a presidência".

Compromisso

Dilma está abatida com o apoio da população ao impeachment. Impedir que isso ocorra é o principal compromisso que ela espera do PMDB.

Fundo do poço

O Ibope mostrou ontem que Dilma "parou de cair" porque, a rigor, já está no fundo do poço. A rejeição dos eleitores a ela chegou a 82%.

Assuntos de Estado

Sob "parlamentarismo à brasileira", não formal, e sem vocação para "rainha da Inglaterra", Dilma se dedicaria à Defesa e política externa.

Lula: faltou a demissão do ministro da Justiça

O ex-presidente Lula e a bancada petista comemoraram efusivamente o anúncio da demissão do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil), acusado de sabotar a articulação política. Lula, no entanto, avisou a Dilma que a reforma ideal passa também pela demissão de José Eduardo Cardozo (Justiça), de quem ele também não gosta. Acusa o ministro de perder o que nunca teve: o controle da Polícia Federal.

Antigo rancor

Lula detesta Cardozo porque, nos anos 1980, ele integrou comissão interna que investigou com independência mutretas de "lulistas".

Ele não perdoa

Lula também odeia o jurista Hélio Bicudo e Paulo de Tarso Venceslau, fundador do PT, que integraram a mesma comissão de Cardozo.

Reforço no elenco

O PT acredita no fortalecimento da articulação política do governo com Jaques Wagner, que substituirá Mercadante, e Ricardo Berzoini.

Dilma é um terror

Após o discurso pífio na ONU, Dilma saiu de Nova York cantando pneu, para faltar à reunião de dezenas de chefes de governo que ajustaram o enfrentamento aos terroristas covardes do "Estado Islâmico". Dilma envergonhou o Brasil, em 2014, propondo "diálogo" com os terroristas.

Papo de mulher

Dilma planeja reatar a "parceria" com o PSB, mas não quer conversar com sua direção, que não manda e nem lidera o partido. Ela sonha em conversar pessoalmente com Renata, viúva de Eduardo Campos.

Quem se habilita?

É preciso "combinar com os russos", na polêmica sobre financiamento privado de campanha. Com as doações criminalizadas na Lava Jato, o problema será encontrar empresário ansioso por fazer doações.

Um recordista

Parece que foi ontem, mas Marcelo Odebrecht, dono da empreiteira que leva seu sobrenome, e o primeiro bilionário brasileiro a completar 105 dias de prisão. Não é nada, não é nada, não é nada mesmo.

Novo recomeço

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), definiu a reforma ministerial como o "recomeço do governo". "A reforma caminha para gerar tranquilidade maior no Congresso", afirma ele.

O crime perfeito

Telegramas recebidos pela CPI do BNDES indicam que houve favorecimento desse banco público às obras financiadas em países da África conhecidos por suas ditaduras e pela ausência de órgãos de controle e de imprensa livre que denuncie seus malfeitos.

E os munícipes?

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, deveria ter ouvido seus munícipes, antes colocar o aplicativo Uber na ilegalidade. O governador do DF, Rodrigo Rollemberg, tomou decisão oposta, corajosa, respaldada por pesquisas, que indicaram: 100% da população apoia o Uber.

Contando os dias

O PSOL decidiu que só vai representar no Conselho de Ética contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), quando o parlamentar oficialmente virar réu no Supremo Tribunal Federal.

Pensando bem...

...a pesquisa de avaliação de Dilma embute notícia importante para a economia: sua popularidade (10%) é maior do que a inflação (9,5%
Herculano
01/10/2015 07:27
BAILE DE MÁSCARAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Em programa televisivo, PSDB critica incoerências de Dilma e esquece as próprias, enquanto fundação petista ataca a política econômica

As frases não poderiam ser mais comprometedoras e desmoralizantes: "não penso em recriar a CPMF porque eu acredito que não seria correto"; "a CPMF foi um engodo".

Foram pronunciadas por Dilma Rousseff (PT), primeiro como candidata, depois como presidente, antes de ser obrigada a enfrentar as dificuldades orçamentárias que seu próprio governo produziu ?e decidir recriar o tributo criticado.

As entrevistas em que a petista condenava a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira foram reproduzidas no programa eleitoral do PSDB, levado ao ar nesta semana.

Nenhum partido de oposição deixaria passar, sem dúvida, a chance de expor tão cabalmente a hipocrisia de seu adversário.

As incoerências dilmistas foram exploradas com notável habilidade, aliás, pelos marqueteiros do PSDB: assustadoras máscaras de Carnaval com o rosto da presidente, atrás das quais se revelavam cidadãs decepcionadas, conferiram à mensagem forte impacto visual.

O PSDB fez bom trabalho de rememoração histórica; pena que tão breve e limitado no tempo.

Afinal, a CPMF começou a ser cobrada em 1993, com o nome de IPMF, quando ninguém menos do que Fernando Henrique Cardoso ocupava o posto de ministro da Fazenda. Já na presidência, o tucano implantou a contribuição e elevou sua alíquota.

Do mesmo modo, soa estranho que o PSDB venha a criticar os juros "nas alturas" (14,25% ao ano) quando, na crise que sobreveio à reeleição de FHC, chegaram a 45%.

Se o roto condena o rasgado nessa farsa que nada tem de cômica, vale dizer que nem por isso foram equivocadas as decisões agora trazidas à memória. Aumentos seletivos de impostos e elevações nos juros podem ser o menor dos males, conforme a gravidade da crise.

Mas, como a demagogia não tem limites, o PSDB não está sozinho na diatribe contra as medidas impopulares. Se não tem compromisso com o próprio passado, que dizer dos especialistas do PT?

Nesta semana, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, divulgou um documento condenando de alto a baixo a política econômica de Dilma.

Pode-se dizer que são relativamente coerentes com o que sempre disseram, mas não com o presente que ajudaram a criar, nem com a política conduzida nos primeiros anos lulistas - com a contribuição, lembre-se, de Joaquim Levy, então secretário do Tesouro.

Não apenas de Dilma: máscaras de todos poderiam ser distribuídas e apresentadas na TV. Para que tanto desperdício em tempos de recessão? Basta, a cada um, que use o próprio rosto.
Pernilongo Irritante
30/09/2015 22:28
Dilma tem 10% de aprovação.

Esses 10% devem ter se vendido por um sanduiche de mortadela.

Devem estar aí incluídos, Décio lima, Zuchi, Rampelotti, Melato, Dalsochio, Ideli Salvatti, Brick, Mariluci e quá quá... quá quá... quá quá..., mas fatias finas, porque o governo da Anta está em recessão, quá quá... quá quá... quá quá...

Quá quá... KKKKKKKKKKKKK
Herculano
30/09/2015 21:49
OS SERVIDORES DE SANTA CATARINA VOLTARÃO A TRABALHAR SETE HORAS POR DIA. E A IMPRENSA ESTÁ TRATANDO COMO UMA AMPLIAÇÃO DA JORNADA E OS TORNANDO VÍTIMAS DE UM PRCESSO. COMO ASSIM? AMPLIAÇÃO DO QUE? DA REDUÇÃO PARA SEIS RECEBENDO COMO SE TRABALHASSE POR OITO HORAS? QUEM PAGA ESSA GENTE POR HORAS NÃO TRABALHADAS?

O governador Raimundo Colombo, PSD, confirmou na tarde desta quarta-feira que o horário de trabalho dos servidores públicos estaduais será ampliado para sete horas a partir do ano que vem. Atualmente, a jornada de boa parte do funcionalismo público é de seis horas diárias, entre 13h e 19h. Segundo Colombo, a medida vale já a partir de 1º de janeiro.
Herculano
30/09/2015 21:44
da série, os ratos fogem pressentido que a barca está afundando

"NADA RESTOU DA DILMA DA CAMPANHA", DIZ CRIADOR DE "DILMA BOLADA", por Mônica Bergamo, para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 1

Criador do perfil "Dilma Bolada", o publicitário Jeferson Monteiro, 25, diz que não sente "raiva" da presidente Dilma Rousseff, mas "mágoa", e que não pode "continuar fingindo que tá tudo bem".

Ele anunciou nesta quarta-feira (30) que está deixando de apoiar a petista, satirizada nas páginas criadas pelo jovem em redes sociais.

Jeferson também afirma que não restou nada "daquela Dilma da campanha" e que ela "traiu" seus eleitores.

Em seu perfil pessoal no Facebook, ao anunciar o rompimento, o publicitário escreveu que para Dilma "só importa o apoio do PMDB e de parte do empresariado para que ela se mantenha lá onde está. Trocou o governo pelo cargo. Não é o governo que eu e mais de 54 milhões de brasileiros elegemos".

Por telefone, Jeferson falou à coluna.

*

Folha - Por que tomou a decisão de romper com a presidente?
Jeferson Monteiro - Não foi do dia para a noite. Foi ao longo deste ano, com tudo que vinha acontecendo, da forma como vinha sendo conduzida a política econômica, quase paradoxal com o que fora dito na campanha, e a forma como as decisões eram tomadas. Parecia que era tudo escondido, tudo de bastidores, você não sai para a rua, você fica o tempo todo querendo evitar as pessoas que te elegeram. Isso era muito ruim.

Folha - Houve uma gota d'água?
Jeferson - Não. Até o último momento, a gente esperava uma virada, que eu espero que até mais à frente o jogo vire. Aí acho que foi acumulando. Não falo em propriamente uma guinada dela à esquerda. Mas nos anseios do povo brasileiro. A gente tem todo dia menino pobre preto morrendo em favela. Temos que repensar o nosso modelo todo de país. Na questão indígena, não foi feito nada por causa dos vários tipos de lobby que existem. Eu esperava que no segundo mandato esses temas poderiam dar uma sinalização clara que de que havia alguma coisa daquela Dilma da campanha. Mas hoje não há nada dela.
Herculano
30/09/2015 21:44
"NADA RESTOU DA DILMA DA CAMPANHA", DIZ CRIADOR DE "DILMA BOLADA", por Mônica Bergamo, para o jornal Folha de S. Paulo.

Parte 2

Folha - Quando vocês se viram pela última vez?
Jeferson - A penúltima vez que nós estivemos juntos foi aqui no Rio, na inauguração de um porto. E ela me disse: "Conto com a sua ajuda". Respondi: "A senhora pode contar, a senhora sabe que pode contar". Mas eu não sabia que a situação chegaria a esse ponto. A última vez foi no dia que ela estava com a [Cristina] Kirchner [presidente da Argentina] em Brasília. A gente [Jeferson e Dilma] ia ter uma reunião, mas ela tinha um encontro bilateral com a Kirchner, então nem deu tempo de falarmos direito. Voltei para o Rio porque tinha um compromisso no dia seguinte. Desde então, houve um afastamento meu. Eu não procurei mais, não procurei mais assessoria do governo. Antes eu dava pitacos sobre algumas coisas. Fui ficando desestimulado. O sentimento não é de raiva, é de mágoa.

Folha - Sobre o que era sua reunião com Dilma?
Jeferson - Era uma conversa que a gente teria sobre conjuntura, de levar algumas coisas... Eu mandava mensagens para ela, escrevia. E ela de fato lia. Depois me dava um "feedback" sobre as coisas que eu pensava, o que eu ouvia das pessoas.

Folha - Houve alguma reação ou algum contato do governo após seu anúncio?
Jeferson - Não houve reação. E acredito que não haverá também. [O anúncio] Não foi programado. Não imaginava que um post pessoal do Facebook tomasse essa proporção.

Folha - A reforma ministerial pesou na sua decisão?
Jeferson - Sim, o fato de o PMDB tomar o governo, de o governo ser dado ao PMDB. Ela demitiu o [Arhur] Chioro [ministro da Saúde], o [Renato] Janine [ministro da Educação]. Está acabando, pelo que li até agora, com as secretarias de Direitos Humanos, Igualdade Racial e Mulheres. São coisas que eram marcas do governo do PT, e não sei a que ponto chegou. A troca do Janine pelo Mercadante é um sinal de que não há comprometimento com relação ao próprio slogan do governo ["Brasil, pátria educadora"]. A gente não conseguirá nunca fazer grandes alterações sem educação. Eu não vejo o [Aloizio] Mercadante como uma pessoa competente para assumir o ministério nem qualquer tipo de cargo no governo.

Folha - O que você quis dizer, na postagem, com o verso "Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão"?
Jeferson - De certa forma, você dar o governo para o PMDB é trair todos os progressistas que votaram nela. Sou contra impeachment e qualquer tentativa de tirá-la do poder. Ela é a presidente em quem eu votei. É uma democracia e ela vai ficar até 2018. O certo é ela ficar no poder sim. Torço para que ela ache um caminho nesse ninho de cobras.

Folha - O perfil continua existindo?
Jeferson - No Twitter não vou abandoná-lo. Mas não sei se muda de alguma forma. Não sei se mantém o nome. No Facebook não sei que fim vai levar. Não sei se vou manter, mas postando outras coisas... No Instagram também não sei.

Folha - Os perfis perderam seguidores com a queda de popularidade de Dilma?
Jeferson - Não. O Facebook estava estabilizado, até porque dei uma diminuída no ritmo de publicações na página. Estava postando muito menos do que antes, sem hashtags. Postava mais notícias, links, fotos.

Folha -Mudou o tom dos comentários dos seguidores?
Jeferson - Tinha muito comentário contra, mas a maioria continuava a favor. Aparecia muita gente chateada. Mas ainda há um número de apoiadores muito grande.

Folha - Seu contrato com a Pepper [agência de comunicação que presta serviços para o governo] interferiu de alguma forma?
Jeferson - Meu contrato com a Pepper vai até o fim do ano que vem. E não tem nada a ver a Dilma Bolada. É pura especulação [a informação de que seria pago pelo pelo PT ou pelo governo]. Lá faço análise e monitoramento de redes. E não tenho entre os clientes nada de governo nem de PT. Este ano chegou a ter uma conversa de eu ir trabalhar para o governo, mas eu achei melhor não.

Folha -Seu rompimento com a presidente foi relacionado, nas redes sociais, ao término do contrato da Pepper com o PT.
Jeferson - Não tem nada a ver com o rompimento da Pepper.

Folha - Como fica sua relação com Dilma?
Jeferson - Ela sempre me tratou muito bem. É uma mulher íntegra. Eu torço, e muito, para que eu esteja errado. Para que de fato o governo de alguma forma dê certo. No entanto, não é nisso que eu acredito hoje. Deveria haver um pouco mais de humildade. Não é feio reconhecer erros. E aí junta uma oposição cínica. Eu retirar o apoio não significa eu torcer pela oposição. Eu torço pelo país. Eu acredito que ela é honesta e honrada, mas não posso continuar fingindo que tá tudo bem, tudo ótimo.
Herculano
30/09/2015 21:36
CRÍTICA DESMEMORIADA À POLÍTICA ECONÔMICA, editorial do jornal O Globo

Fundação Perseu Abramo, braço do PT, culpa ajuste por uma recessão que já havia sido contratada, e propõe mudanças suicidas na condução da economia

Em matéria de política econômica, o PT costuma criticar o segundo governo Dilma pelos seus méritos, sem qualquer referência aos equívocos. A mais recente prova deste cacoete é o primeiro volume do documento "Por um Brasil justo e democrático", divulgado segunda-feira pela Fundação Perseu Abramo, braço do partido, com declarações no mínimo polêmicas do presidente da fundação, Márcio Pochmann, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e Luiz Gonzaga Belluzzo, interlocutor constante de Dilma - pelo menos foi.

O documento tem como alvo óbvio a política "neoliberal" de ajuste da economia. Quanto ao erro de Dilma querer insistir na ressurreição da CPMF, nenhuma palavra. O texto-manifesto da Perseu Abramo reproduz a ideia de que a política monetária (juros) apertada e a intenção de se fazer cortes em gastos são uma "irresponsabilidade", porque desconstroem o modelo "socialmente inclusivo implantado nos últimos anos" (leia-se, Lula), ao aprofundar a queda do nível de atividade econômica.

Em sentido diametralmente oposto ao da política de ajuste, o texto prega o corte dos juros na base da canetada e a desmontagem da meta de superávit primário - pela retirada dos investimentos do seu cálculo. O resultado seria infalível: descontrole da inflação, explosão do dólar, o que realimentará a inflação numa espiral rumo ao descontrole. E mais recessão. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o inimigo a ser abatido, não se referiu diretamente ao documento. Apenas repetiu o que tem dito: o ajuste fiscal é imprescindível porque abre espaço para a queda natural dos juros. O que ele chama de "plano do 1, 2, 3".

Mas como as críticas lulopetistas estão embebidas em ideologia, ramo religioso da política, o argumento mais bem fundamentado é incapaz de convencer os sacerdotes do "desenvolvimentismo". Não importa sequer que a recessão em andamento tenha sido plantada no primeiro governo Dilma, quando políticas heterodoxas ao gosto da Perseu Abramo foram executadas. É falso culpar o ajuste pela recessão. Ela já estava contratada pelos equívocos cometidos em Dilma 1. Eis a evolução do PIB em cada um dos quatro trimestres do ano passado: - 0,7%, -1,9%, 0,1% e zero.

Os redatores do texto de crítica ao governo não se recordam desses números. Eles mostram a economia já em desaceleração, apesar de toda a expansão de despesas - maquiadas pela contabilidade criativa -, incentivos creditícios a empresas escolhidas pelo Planalto etc. Foi assim que as contas públicas explodiram - 8% do PIB de déficit, disparada da dívida pública rumo a 70% do PIB -, e daí a necessidade do ajuste. Sem ele, não se restaura a confiança na estabilidade, os investimentos não voltam, tampouco o crescimento.

O sentido da proposta de se retomar a política do novo "marco macroeconômico", que levou à crise, é resumido na imagem surrada: apagar a fogueira com gasolina.
Herculano
30/09/2015 21:32
LEVY: PT, TENHA JUÍZO, por Dora Kramer, para o jornal O Estado de S. Paulo

O ministro Joaquim Levy nunca foi tão político nesses nove meses à frente da pasta da Fazenda quanto ontem, quando apelou para o fim das "ambiguidades políticas". Avisou que é preciso unidade e alertou que tentativas de criar "cizânia" em torno do ajuste fiscal só contribuem para o aprofundamento da crise.

Ou melhor, das crises. De acordo com a fala de Levy, a conturbação política está entrelaçada à desorganização da economia e nenhuma das duas se resolve sem se encontrar uma solução para ambas. Quanto a isso, o ministro foi didático ao discursar ontem na cerimônia de entrega dos prêmios às empresas mais eficientes do País, segundo o ranking Empresas Mais, Estadão/FIA.

Manifesto. Levy provavelmente não escolheu as palavras e a ocasião ao acaso. Um dia antes, a Fundação Perseu Abramo, extensão acadêmica do PT, divulgara um documento de pesadas críticas à política econômica, atribuindo ao ajuste fiscal o risco da perda de todos os avanços sociais conquistados nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva. O manifesto estava assinado por intelectuais ligados ao partido e vocalizava as posições reiteradamente defendidas pela direção e parlamentares petistas.

Sem citar o documento ou fazer referência ao partido, o ministro da Fazenda foi claríssimo em sua exposição: "Estou pondo a casa em ordem", afirmou, condicionando o sucesso da empreitada à execução de uma estratégica cujo ponto-chave é o "acerto fiscal" com cortes onde for necessário cortar, "sem espuma" ou "soluções fáceis" que, segundo ele, não são aceitáveis nem dignas de crédito.

Joaquim Levy expôs o que chamou de estratégia do governo para sair da crise: ajuste agora para criar um ambiente propício ao "relaxamento" da economia e, mais adiante, reformas estruturais para impedir a volta da inflação e assegurar o crescimento mediante investimentos e ampliação do mercado de trabalho. Discorreu sobre a receita que executa porque nela acredita e para executá-la foi nomeado.

A julgar pelo pronunciamento de Dilma Rousseff na Assembleia-Geral da ONU, reconhecendo a falência do modelo defendido pelo PT, Levy falou com respaldo da presidente. Resta saber se ela vai seguir a cartilha com a qual ideologicamente não concorda ou se fará o que é preciso ser feito.

Seu mentor, Lula, diante da necessidade, mudou. Hoje está por trás daqueles que resistem a seguir aquela mudança contida na "Carta aos Brasileiros", que viabilizou o governo dele. Ao renegá-la, suscita dúvida sobre suas intenções em relação ao governo pelo qual é responsável, mas do qual busca de maneira oportunista se distanciar.

Ensaio geral. "O PMDB finalmente chegou à aristocracia", comentou um dirigente com o colega de partido que o acompanhava à entrada do imponente prédio de apartamentos nos Jardins, onde Marta Suplicy oferecia, sábado passado, almoço aos novos correligionários e a amigos como o casal Ivo e Eleonora Rosset.

Pouco antes, a senadora selara o fim de sua trajetória no PT com o ato de filiação ao PMDB em que reuniu centenas de lideranças e militantes oriundos de bairros da periferia. As "bases" haviam sido arregimentadas no público fiel a ela desde quando foi prefeita, gente que já vestiu a camisa do PT e no ato de sábado trajava camisetas com a sigla do PMDB entrelaçada por um desenho em forma de chama ao nome de Marta.

Juntando aristocracia e periferia, a ex-petista apresentou à cúpula de seu novo partido o capital inicial para concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2016.
Veronica
30/09/2015 20:50
Realmente nos servidores temos que ser amigo do rei.


Herculano conversei hoje com quatro zeladores, informaram que o diretor Cleber simplesmente cortou a ajuda de custo.

São pessoas que trabalham, lutam dia a dia. O que mais me chama atenção que são apenas R$ 134,00 essa ajuda.
Sr Diretor isso não irá impactar nas contas do município, favor verificar as comissões que muitos amigos seus ganham sem fazer nada, sem contribuição nenhuma ao serviço publico.

Que para o diretor Cleber não é nada, mas para um trabalhador, isso é essencial, e que contribui no orçamento da casa daqueles servidores trabalhadores.

E o comissionado pode faltar um monte, chegar atrasado que não é penalizado.
Revoltada com essa situação liguei para o RH, mas para variar não consegui conversar com ele, que estava em reunião.

E segundo atendente que por sinal muito educada disse que não podia fazer nada, que apenas o diretor poderia ver. Uma vergonha.

Cleber estas penalizando as pessoas erradas, os que trabalham.

E o ministério público cadê o relógio nas escolas a biometria, trabalho em uma escola e sou a favor da implantação, apenas assim para acabar com a farra que é, apenas quem convive no dia a dia vê como é a farra que não é pequena.

Cadê a isonomia ?

Vamos acabar com essa palhaçada ...

Despetralhado
30/09/2015 20:14
Oi, Herculano;

"Criador do DILMA BOLADA se diz traído e rompe com Dilma". Terra.

Como diz a Juju, ACREDITASSE NELLES, BEM FEITO!
Digite13, delete.
30/09/2015 20:03
Olá, Herculano:

Bibelô paraguaio - Diogo Mainardi

"Aloizio Mercadante foi reacomodado no Ministério da Educação. Mercadante é como aquele vaso barato que você ganhou de presente, mas que nunca combinou com o resto da mobília..."

O Vaso pode ser barato, mas o Mercadante custa caro para o contribuinte brasileiro.
Juju do Gasparinho
30/09/2015 19:36
Prezado Herculano:

Avaliação do Governo.

Ótimo 2%
Bom 8%
Regular 21%
Ruim 17%
Péssimo 52%
Não sabe ou não respondeu 1%

2+8+21+17+52+1=101

O IboPT conseguiu a façanha de, somando-se os percentuais, chegar em 101%. Dá pra acreditar?
Arara Palradora
30/09/2015 19:26
Querido, Blogueiro!

Se eu acreditar em pesquisa ALIADA - ALUGADA - ALICIADA, acredito também em Papai Noel, Saci-Pererê, Mula-sem-cabeça, ah! esta existe.
É a DilmANTA.

Voeeeiii...!!!
Herculano
30/09/2015 16:25
FANTASIAS NA ONU, editorial do Correio Braziliense

É preocupante ouvir a presidente da República expor ao plenário da Organização das Nações Unidas (ONU) um diagnóstico sobre a situação da economia brasileira, desconhecendo a velocidade das informações no mundo e a capacidade de análise de que é dotada a maioria dos chefes e ministros de Estado presentes à abertura da Assembleia Geral da entidade, na segunda-feira em Nova York. "O Brasil não tem problemas estruturais graves, nossos problemas são conjunturais e, diante dessa situação, estamos reequilibrando o Orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, gastos de custeio e parte do investimento", disse Dilma Rousseff.

Antes, ela repetiu a surrada versão oficial das razões da crise pela qual passa o país, como se não soubesse que praticamente todos os bancos do mundo e assessorias dos governos mais importantes têm acesso aos relatórios do Fundo Monetário Internacional e das grandes agências de risco de crédito. "A lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo das commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento. A desvalorização cambial e as pressões recessivas produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas públicas", insistiu a presidente.

Ao público interno, ou seja, nós, os brasileiros, que estamos pagando caro pelos erros de política econômica e das trapalhadas na gestão fiscal de seu primeiro mandato, a repetição dessa ladainha descolada da realidade já não causa espécie. Mas nos deixam mal pelo menos duas inevitáveis interpretações. Uma é a má impressão que o discurso - ditado pelo marketing político e não pela verdade dos fatos - pode causar naquelas autoridades e, principalmente, nos gestores de carteiras de investimentos internacionais de que tanto precisamos. A outra é a certeza de que o essencial não será enfrentado e, com ou sem cortes e aumento de impostos, os problemas vão reaparecer logo ali na frente.

Não é possível ter certeza se a presidente e a equipe palaciana ainda não entenderam que temos, sim, problemas estruturais, ou se, simplesmente, não estão interessados em enfrentá-los. É certo que a atual fase aguda da crise foi provocada por conjuntural excesso de gastos nos últimos anos, principalmente no ano eleitoral de 2014. Mas também é certo que a enorme dificuldade de reequilibrar o Orçamento (missão ainda longe de ser cumprida) se deve a grave problema estrutural no campo fiscal.

Especialistas em contas públicas desvinculados do governo informam que os gastos obrigatórios com a Previdência Social e com a folha dos funcionários consomem nada menos do que 75% das despesas da União. E a distorção tem crescimento vegetativo que, dentro de alguns anos, tornará totalmente inviável a realização de investimentos, a não ser pela via do endividamento. Estão aí duas reformas estruturais urgentes. A reforma consequente e madura da Previdência e a revisão sem viés partidário ou eleitoral do tamanho (e do custo) do Estado brasileiro. Pelo visto e pelo dito, não será sob o atual governo que o Brasil vai se orgulhar de ter dado esse passo rumo ao futuro.
Herculano
30/09/2015 15:44
RELAÇÕES VERTICALIZADAS, por Martha Medeiros, para Zero Hora,

Poder e Status
Três anos atrás, fui a Brasília receber a Ordem do Mérito Cultural. Eram entre 30 e 40 agraciados de diversas regiões do país. Chegando ao hotel, soube da programação: a entrega da comenda seria na manhã seguinte, no Palácio do Planalto, e à tardinha haveria um coquetel no Palácio da Alvorada. Fomos avisados de que cada um de nós teria um carro com motorista à disposição enquanto estivéssemos na cidade.

O dia amanheceu. Enquanto me arrumava para a cerimônia, fui até a sacada do quarto e vi uma fila de sedans pretos enfileirados na porta do hotel. Desci até o lobby para juntar-me ao grupo. Então, em fila, fomos conduzidos cada um para um carro, e saímos em comitiva, todos ao mesmo tempo, para o mesmo local. Patético, pra dizer o mínimo.

Não estou depreciando a honraria concedida, da qual me orgulho muito, mas óbvio que tinha algo errado ali, como sempre teve.

Na Suécia, deputados moram de segunda a sexta em apartamentos funcionais de 40m2 com lavanderia comunitária. Não têm empregados. Seus gabinetes de trabalho possuem 18m2, sem secretária, assessor ou carro com motorista. O dinheiro do contribuinte não é usado para privilégios de qualquer espécie. Além do bom uso do dinheiro público, essa postura é um seletor natural: quem quer mordomia, que bata em outra vizinhança. Entra para a política apenas aquele que deseja servir ao país, e não ser servido por ele.

O papa Francisco, dias atrás, circulou por Washington a bordo de um automóvel compacto e popular, um gesto simples que ajudou a redefinir o que é poder. Todos nós merecemos eficiência e conforto. Buscar mais que isso não é crime, mas é uma necessidade supérflua. Moramos em apartamentos mais espaçosos do que de fato precisamos, contratamos funcionários para fazer o que poderíamos fazer nós mesmos e dirigimos veículos cuja potência a lei nem permite testar (qual a vantagem de um carro ir de 0 a 100 km/h em cinco segundos, a não ser que estejamos fugindo da polícia?).

Em nossa sociedade, a aparência reina. O bairro em que você mora, a marca do seu jeans, o hotel em que você se hospeda: além do benefício real (a qualidade) há o benefício agregado - o status. Tudo bem. Só que status e poder não são a mesma coisa.

Status é ranking. Costuma ser valorizado por quem verticaliza as relações. Não vejo problema em se proporcionar coisas belas, saborosas, requintadas. Se são pagas com o próprio suor, é um direito adquirido, mas não confere poder algum, apenas bem-estar privado.

O poder é horizontal. Poderoso é aquele que distribui, compartilha, multiplica. Que produz ideias, arte, soluções, e as torna úteis e benéficas para os outros. Que não passa a vida tentando preencher o próprio vazio.

Não precisamos que nossas coisas falem por nós, a não ser que nossos atos já não digam nada.
Herculano
30/09/2015 15:40
O MODELO ERRADO, por Miriam Leitão, de O Globo

O Brasil vive uma crise profunda, desnecessária e evitável. Não deveria estar agora em pleno retrocesso, vivendo com medo da inflação de dois dígitos, da disparada do dólar, do desemprego que chegou em agosto a 8,6% e corre o risco de continuar subindo. O pântano em que estamos foi provocado por barbeiragem do governo. Não é um modelo que se esgotou, é uma proposta errada que cobra seu preço.

O governo atacou o edifício que o Brasil construiu por anos de ajustes e reordenações monetárias e fiscais. O país perdeu parte do terreno conquistado e desperdiçou o excelente - e finito - momento de alta das commodities. Tudo jogava a favor do PT quando ele assumiu: a herança recebida da estabilização da moeda e o salto nos preços dos produtos que o Brasil exporta. O governo perdeu esse patrimônio por incompetência.

A presidente Dilma diz hoje que o modelo instalado após a crise internacional de 2008, para evitar que o Brasil fosse atingido, esgotou- se. Isso não corresponde aos fatos. Em 2005, ela fulminou a proposta de permanecer ajustando os gastos públicos para chegar ao déficit nominal zero. Disse à equipe que fez a proposta que era preciso "combinar com os russos" e que aquela ideia era "rudimentar".

Portanto, a opção pelo gasto descontrolado, sem buscar a âncora fiscal, foi tomada por Dilma Rousseff no governo de Lula da Silva, quando ela se instalou na Casa Civil. Esse modelo Dilma- Lula faz 10 anos. Foi ele que quebrou o Brasil, fez o país perder o grau de investimento e provoca hoje uma disparada do dólar.

O que aconteceu no Brasil nos últimos 13 anos tem que ser entendido em duas fases. Na primeira, o PT se cercou de bons economistas e seguiu a lógica da política econômica que recebeu. Não o fez por crença, mas por medo do descontrole que se prenunciava nos tremores com que o mercado recebia a notícia da vitória de um candidato que dizia que mudaria tudo quando assumisse. Ele não mudou inicialmente, e o Brasil avançou.

A partir de 2005, o governo começou a mudar paulatinamente a política econômica. Mesmo assim, os efeitos positivos de 10 anos de ajuste nas contas públicas e austeridade monetária levaram o país a atingir o grau de investimento. O governo petista foi ajudado enormemente pela China, com a forte demanda por commodities. Nesse boom, o Banco Central fez a opção certa de acumular reservas. Apesar do custo de carregamento dessas reservas, foi importante tê- las em vários momentos, como agora.

Mas, naquele momento de prosperidade, em que o Brasil estava atraindo investimento, era hora de dar um salto. O "modelo", como Dilma define agora, foi o de aumentar os gastos, elevar a dívida, criar barreiras ilegais ao comércio externo, transferir R$ 500 bilhões para que o BNDES pudesse presentear os empresários com dinheiro público. A cartilha é esta mesmo. O PT acredita nisso, tanto que agora economistas do partido defendem a volta do que vigorou até a última eleição. Mesmo depois de quebrarem o país, não se dão conta do que fizeram. Culpam o magro e hesitante ajuste fiscal, que está sendo tentado pelos problemas que o Brasil vive; confundem o antibiótico com a infecção que sua política provocou.

O ambiente está tenso no Brasil. As empresas e as famílias temem os desdobramentos da conjuntura. A cada dia surgem novos dados ruins, como o déficit primário de agosto e o desemprego, que saíram ontem. A presidente está focada em como se manter no cargo, da mesma forma que na campanha sua preocupação era ganhar e não em como governar.

Dilma continua criando ficções para explicar seu péssimo desempenho. Diz que teve que fazer correções de preço, e não admite que foi ela, para seu proveito eleitoral, que manteve, com medidas artificiais, a tarifa de energia. Logo depois de fechadas as urnas, o país passou a viver um tarifaço. Diz que o modelo adotado para fugir da crise externa se esgotou e por isso está fazendo um ajuste para depois crescer. O país sabe que não foi isso. Ela adotou a política na qual ela e seu partido acreditam, quebrou o país, mas escondeu o resultado com truques eleitoreiros. A presidente não sabe ainda como corrigir o estrago que suas decisões provocaram. Quis tanto o poder e a reeleição e não tem rumo a dar ao seu governo. O Brasil não merecia estar passando por esta crise.
Mussun
30/09/2015 13:55
Será que o PMDB corrompe até pela convivência ou Lu anda cego apenas com olhos para o PODER?


Alguém um dia falou:
Toda essa energia, tempo e inteligência poderia ser gasta para melhorar a sí mesmo ao invés de usá-la para definir o outro como pior.
Papa Bagre
30/09/2015 12:52
Almir Ilhota, não é a primeira vez que os capangas do poder de Ilhota a meação os servidores que são vereadores em Ilhota. Quem não se lembra do caso do Lavino que teve que chamar a policia para poder sair do local de trabalho, do Almir que vem sendo trocado todo dia de função e que na semana passada foi ameaçado de ser despedido pelo próprio Alison Pereira que é chefe de gabinete, do Chico Caraço que foi obrigado a dirigir um veiculo sem as menores condições.
Dizem que o Doutor Daniel Bosi do PSD esta preparando o veto para o projeto de lei do nepotismo para mandar para a Câmara.
Sidnei Luis Reinert
30/09/2015 12:45
Pedalada com dívida de estatais do setor elétrico vai alimentar impeachment de Bolsonaro contra Dilma


Edição do Alerta Total ? www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Exclusivo - Mal retorna do passeio à ONU e aos EUA, Dilma Rousseff será alvo de um contundente ato de pedido de impeachment, nesta quarta-feira, ao meio-dia, no Salão Nobre da Câmara Federal. O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) apresentará 1 milhão e 800 mil assinaturas validadas que reuniu para embasar seu pedido de abertura de processo para afastar a desgastada e insustentável Presidenta - mais que pronta para ser enquadrada em crime de responsabilidade, conforme a velha Lei 1079, de 1950, ainda em vigor.

Bolsonaro ganhará o reforço jurídico em sua ação, ainda hoje, de uma representação que a ANA (Associação Nacional de Proteção aos Acionistas Minoritários) entregará ao procurador do Ministério Público Federal no Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira, demonstrando como Dilma violou o artigo 35 da Lei de Responsabilidade Fiscal em uma "pedalada" promovida pela União, Eletrobras, Petrobras, BR Distribuidora, dois Fundos Setoriais e distribuidoras estaduais de energia, para uma repactuação de R$ 3,3 bilhões em dívidas no fornecimento de combustíveis para termoelétricas.

A ANA apuração dos fatos abaixo indicados, haja vista que existem indícios concretos de infração à legislação pertinente, qual seja, responsabilidade fiscal, finanças públicas, improbidade administrativa e demais dispositivos legais, envolvendo a celebração de Termos de Confissão e Repactuação de Divida da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), configurando uma operação que ficou conhecida publicamente por ?PEDALADAS FISCAIS?. As evidencias se encontram nas notas explicativas ao Balanço da Petrobras, referente a 31 de dezembro de 2014 (nas páginas 46 e 47) e no Comunicado ao Mercado da Eletrobrás (Fato Relevante) de 14 de agosto de 2015 ? envolvendo dois fundos setoriais da área energética.

O pedido da ANA ao TCU é objetivo: "A presente Representação tem por escopo requerer a este E. Tribunal de Contas, repita-se, a apuração de violações à legislação de responsabilidade fiscal, mormente no tocante aos artigos 32, § 1º, inciso I; 35 e 38, da Lei Complementar 101/2000, artigo 359-A, da Lei 2.848/1940. Isso porque os atos descritos, praticados pelos aludidos entes públicos têm, aparentemente, a finalidade de burlar a legislação, em beneficio da União Federal e em detrimento da BR DISTRIBUIDORA e, indiretamente, da PETROBRAS que tem ações negociadas em Bolsa, impondo relevantes prejuízos aos seus acionistas".

A Eletrobras, em comunicado ao mercado de 14/08/2015, passou um recibo da "pedalada": ?Em complemento aos comunicados ao mercado de 12 de dezembro de 2014 e 17 de março de 2015, comunicamos aos senhores acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração da Eletrobras aprovou, nesta data, nova repactuação de divida das empresas de distribuição Amazonas Energia Distribuidora de Energia S.A (?Amazonas Energia?), Companhia de Eletricidade do Acre (?Eletroacre?), Centrais Elétricas de Rondonia S.A (?Ceron?) e Boa Vista Energia S.A (?Boa Vista?) perante a Petrobras Distribuidora S.A (?Br de Distribuidora?) e Petróleo Brasileiro S.A (?Petrobras?), referente ao fornecimento de combustível de óleo e gás, no montante de cerca de R$ 3,3 bilhões, data base de 10 de junho de 2015. (...) Serão pagas em 18 parcelas mensais e sucessivas, com vencimento da primeira parcela no prazo de 30 dias após a assinatura dos respectivos contratos, cujos saldos devedores serão corrigidos pela taxa de juros equivalente a taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custodia (?Selic?).
Sidnei Luis Reinert
30/09/2015 12:39
ALGUÉM AINDA DUVIDA QUE FHC E LULA SÃO CUMPANHEIROS E COMUNISTAS?

Quem assinou o TRATADO CONSTITUITIVO DA UNIÃO DAS NAÇÕES SUL-AMERICANAS (UNASUL)? FERNANDO HENRIQUE CARDOSO!!!!
Leiam o item ou artigo 2:
...conforme disposição em seu artigo 19, prevê a participação na UNASUL de outros "ESTADOS" da América Latina e Caribe como estados associados, sendo-lhes ainda facultativo solicitar a adesão de membros plenos , nos termos previstos no artigo 20...
O QUIE DÁ PARA ENTENDER POR AÍ?
ORA, QUE A "PÁTRIA GRANDE", INICIALMENTE PARA SER SÓ DA UNIÃO DA AMÉRICA DO SUL, FUTURAMENTE TERÁ COMO INTEGRANTE OUTROS POVOS DA AMÉRICA LATINA E CARIBENHA, E É CLARO, CUBA ( a célula mãe do comunismo e criadora do FORO DE SÃO PAULO)!!!
É LÓGICO QUE FERNANDO HENRIQUE SEMPRE ESTEVE POR TRÁS OU , QUEM SABE, BEM A FRENTE DA CRIAÇÃO DESTE BLOCO COMUNISTA QUE INICIA NA ARGENTINA E VAI ATÉ O MÉXICO E CUBA!

http://www.camara.gov.br/sileg/integras/588472.pdf
Herculano
30/09/2015 11:40
PT ERROU AO SE ENVOLVER EM ESCÂNDALOS DE CORRUPÇÃO, DIZ GILBERTO CARVALHO

Conteúdo da Agência Brasil (a oficial do governo). Texto de Marcelo Brandão. Gilberto Carvalho defendeu o veto de Dilma ao financiamento de partidos por empresas. O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho afirma que o PT errou ao se envolver em escândalos de corrupção e que está pagando por isso. Para ele, o partido "tem que sofrer". Em entrevista, nessa terça-feira (29), ao programa Espaço Público, da TV Brasil, ele se referiu à Operação Lava Jato e reclamou do que chama de "vazamentos seletivos? ou "interrogatórios parciais". "É duro ser apontado na rua, chamado de bandido, ter companheiros presos. Temos nossa cota de responsabilidade, temos que sofrer. Mas a grande pergunta é: por que os vazamentos da Operação Lava Jato só saem nas questões do PT? Os vazamentos estão sendo seletivos ou os interrogatórios são parciais? De qualquer forma, isso é errado".

O ex-ministro disse ainda que a operação da Polícia Federal, que investiga pagamentos de propina na Petrobras, está "desmontando um processo oligopólico que sempre existia no Brasil". Ele ressaltou que se essa estrutura de corrupção deixar de existir, então não "tem problema" o partido passar pelo que está passando. Carvalho, que é presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), defendeu o veto da presidenta Dilma Rousseff ao financiamento de partidos por empresas, proibido pelo Supremo Tribunal Federal. Ele disse estar orgulhoso da decisão, cobrou a postura de todos os partidos e chamou de "hipócrita" aqueles que não levantarem a bandeira do veto à matéria.

"Estou orgulhoso da nossa presidenta e da decisão tomada pelo Supremo [Tribunal Federal]. Agora vamos ver quem é de fato a favor da corrupção. Quero ver o PSDB, o PMDB e o PT se posicionarem, porque quem quiser derrubar a decisão do Supremo é demagogo e hipócrita. Com esse veto [presidencial] e essa proibição [do Supremo] daremos um passo importante no combate à corrupção", afirmou. Para ele, o PT teve que "seguir uma regra imposta" pelos outros partidos para conseguir chegar ao governo e aderir a esse tipo de financiamento, contrariando uma filosofia histórica do partido.

"Nesse processo virtuoso, estamos sujeito a erros. Fomos nos burocratizando, nos afastando das lutas sociais, criando uma certa empáfia e seguindo a prática que condenávamos nos outros partidos. [Mas vejo que] não fosse a contratação milionária do Duda Mendonça [publicitário responsável pela campanha de Lula em 2002], não teríamos feito a campanha que fizemos, não ganharíamos e não faríamos as importantes mudanças que fizemos no país. Nós seguimos a regra do jogo que estava posta."

Carvalho lembrou que o PT deveria ter proposto essa mudança após o processo do mensalão, o que acabou não ocorrendo. "Ao ver que sofremos as dores da corrupção, tínhamos que ter feito uma reforma política e colocado na pauta o fim do financiamento. Acho que estávamos tão envolvidos no projeto de mudança do país que não fizemos. Estávamos percebendo que o partido começava a apodrecer por dentro. Empresa não doa, faz investimento. Amarram o político a seus interesses."
Herculano
30/09/2015 11:33
HAVIA ALGUMA DÚVIDA? A REALIDADE E OS NÚMEROS DESMONTAM OS DISCURSOS. COM DILMA, GOVERNO TEM A MAIOR DESAPROVAÇÃO DESDE 1986, DIZ IBOPE. 69% A REPROVAM. APENAS 10% A APROVAM

Conteúdo do Uol (Folha de S. Paulo). Texto de Leandro Prazeres, da sucursal de Brasília. A desaprovação do governo da presidente Dilma Rousseff chegou a 69% segundo pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e divulgada nesta quarta-feira (30).

O índice é o maior já registrado pelo instituto desde que a pesquisa começou a ser realizada, em 1986. Em julho deste ano, o índice era de 68%.

Como a pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, não é possível dizer que a desaprovação do governo subiu. O levantamento entrevistou 2.002 pessoas em 140 municípios e tem um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de setembro.

Já a aprovação do governo Dilma chegou a 10%. Na pesquisa anterior, o índice era de 9%. Para 21%, o governo é regular, e 1% não souberam ou não quiseram opinar. A soma dá mais de 100% devido a arredondamentos.

O índice de aprovação é medido pelo percentual de entrevistados que avaliam o governo como "ótimo" ou "bom". A reprovação é medida pelo percentual de entrevistados que avaliam o governo como "ruim" ou "péssimo".

O índice de aprovação mais baixo já registrado pela pesquisa foi de 7%, durante o governo de José Sarney, entre os meses de junho e julho de 1989.

A pesquisa CNI/Ibope também pesquisou o índice de aprovação da maneira de governar da presidente Dilma. Em julho, 15% dos entrevistados aprovaram a maneira como a presidente governa. Em setembro, este índice ficou em 14%. Já os que reprovam a forma de governar de Dilma, esse índice saiu de 83% em julho para 82% em setembro.

O índice de confiança na presidente Dilma variou um ponto percentual. Em julho, 78% dos entrevistados afirmavam não confiar na presidente. Em setembro, esse número chegou a 77%. Já o índice de entrevistados que afirmam confiar na presidente se manteve em 20% entre julho e setembro.
Herculano
30/09/2015 11:27
DILMA CEDE A LULA, TIRA MERCADANTE E COLOCA JACQUES WAGNER NA CASA CIVIL, por Fernando Rodrigues


A presidente Dilma Rousseff cedeu ao seu antecessor e decidiu retirar o ministro Alozio Mercadante da Casa Civil. Para esse posto vai Jaques Wagner, atualmente ministro da Defesa.

Luiz Inácio Lula da Silva defendia de forma ostensiva a saída de Mercadante do Palácio do Planalto como forma de "distensionar'' as relações do Poder Executivo com o Legislativo. Na Casa Civil, Mercadante acumulou muito poder e era visto como um interlocutor arestoso por vários deputados e senadores aliados ao governo.

Nessa troca, a Defesa ficará com Aldo Rebelo (PC do B), que sai da pasta da Ciência e Tecnologia. Já Aloizio Mercadante, que ficou sob forte bombardeio durante vários meses, será realocado para o Ministério da Educação, local que já ocupou durante o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Será necessário um esforço final do Planalto para convencer Mercadante aceitar o deslocamento para a Educação, pois o ministro pode se sentir diminuído, "andando para trás'', como ouviu o Blog de um petista que participou das conversas.

Embora Aldo Rebelo seja filiado a um partido de esquerda e que lutou contra a ditadura militar, ele é visto como político afável e com trânsito fácil nas Forças Armadas. O desejo de Dilma é que essa troca não produza ruídos nem crie problemas onde hoje não existem dificuldades operacionais para o governo.

Essas trocas foram confirmadas por 2 ministros envolvidos nas negociações.

O Palácio do Planalto passará a ter uma trinca de ministros fortemente ligados ao ex-presidente Lula. Além de Wagner na Casa Civil, a articulação política ficará com o petista Ricardo Berzoini (que vai sair da pasta das Comunicações). E na Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República já está e vai permanecer Edinho Silva, do PT de São Paulo.

Nunca, desde a 1ª vitória de Dilma em 2010, o Palácio do Planalto teve tantos lulistas em postos de comando.

No início deste ano de 2015, quando começou a se aprofundar a crise política, Dilma tinha como principais ministros no Planalto o deputado Pepe Vargas (do PT do Rio Grande do Sul) na função de articulador político, Miguel Rossetto (também petista gaúcho) na Secretaria Geral da Presidência, Thomas Traumann (jornalista de formação) chefiando a Secom ?além de Aloizio Mercadante na Casa Civil.

Agora, a presidente terá apenas um dilmista roxo na sua equipe mais próxima: Giles Azevedo, atual assessor especial no Planalto e amigo dela desde o período em que ambos eram militantes do PDT no Rio Grande do Sul.

Giles atua ao lado de Ricardo Berzoini na articulação política. É uma espécie de "avatar de Dilma" durante negociações, oferecendo aos interlocutores, com sua presença, a garantia de que os pactos firmados estão de acordo com o que pensa a presidente da República.

SALDO POLÍTICO
Relatos de dentro do Palácio do Planalto dão conta de que Aloizio Mercadante não recebeu bem a decisão de Dilma de removê-lo da Casa Civil. O petista acha que a presidente está cometendo um erro, pois embora seu desempenho seja alvo de críticas, ele também argumenta desempenhar o papel de "anteparo" entre o meio político e a chefe do governo.

Jaques Wagner, na interpretação de Mercadante, não terá ânimo para funcionar como escudo da presidente - cuja administração ficará cada vez mais tutelada pelo lulismo e pelo PMDB, partido que está ampliando sua presença no governo.

Outro ministro que sai enfraquecido nesta reforma é o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, que também vinha sendo bombardeado por Lula nos bastidores nos últimos meses.

Cardozo tem dito a vários interlocutores que gostaria de sair do cargo para estudar no exterior (já sabe até para qual universidade iria, na Espanha). Permanece na função por fidelidade à presidente da República. Ele passa a ser um dos poucos ministros que têm proximidade com Dilma e que ocupa um cargo de relevância no governo.

Dos 29 ministros que vão ficar na administração federal (se for cumprida a meta de cortar 10 das 39 pastas atuais), poucos têm intimidade com Dilma.

Outro traço da nova composição da Esplanada é a presença preponderante do PMDB. O partido está hoje com 6 pastas e deve ficar com 7. A sétima cadeira deve ser a da Ciência e Tecnologia, a ser desocupada por Aldo Rebelo, que vai para a Defesa.

1ª CRISE A SER DEBELADA
Embora o anúncio oficial do ministério reformado esteja marcado para amanhã, 5ª feira (1º.out.2015), os novos indicados da área política já têm um desafio hoje: tentar conduzir o Congresso a realizar a sessão marcada para apreciar vetos presidenciais.

Entre os vetos há o que proíbe o aumento para servidores do Poder Judiciário. Esse aumento é uma medida considerada nociva ao ajuste fiscal em curso. É vital para o governo manter a decisão de não conceder o reajuste.

Ocorre que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não se entendem sobre o que deve ser colocado em pauta.

Renan quer apenas que a sessão desta 4ª feira (30.set.2015) retome a apreciação de vetos já iniciada na semana passada. Aí está incluído o veto ao aumento para os funcionários do Judiciário. O governo considera vital liquidar o assunto o quanto antes para sinalizar ao mercado a robustez do ajuste fiscal em curso.

Ocorre que Eduardo Cunha só concorda em fazer nesta 4ª feira a sessão do Congresso se Renan Calheiros incluir também na pauta de votação o veto presidencial - dado ontem - ao financiamento de empresas para campanhas políticas.
Herculano
30/09/2015 10:55
VEREADORES DE ITAJAI DEIXAM A CÂMARA VAZIA NA POSSE DE VEREADOR INDICIADO NA OPERAÇÃO DUPLA FACE

Conteúdo do jornal Guarda Sol, da RBS Itajaí e Balneário Camboriú. Vereadores que participavam da sessão da Câmara em Itajaí nesta terça-feira deixaram o plenário em protesto após o ex-secretário de Habitação de Itajaí, Sadi Pires (PMDB), tomar posse de uma das cadeiras do Legislativo. Apenas as vereadoras Anna Carolina (PRB), que presidia a sessão, e Neusa Geraldi (PMDB) permaneceram após o juramento do novo parlamentar. Sem quórum mínimo de sete pessoas, os trabalhos foram suspensos e só serão retomados na quinta-feira.

O ato simbólico uniu situação e oposição - um fato inédito na Câmara de Itajaí. Aderiram ao protesto os vereadores Thiago Morastoni, Rafael Dezideiro (PRP), Laudelino Lamin (PMDB), Acácio da Rocha (PSDB), Maurílio Moraes (PDT), Calinho Mecânico (PP), Giovani Felix (PT), Vanderley Dalmolin (PP), Osvaldo Mafra (SD) Tonho da Grade (PP), e Márcio Dedé (PSDB).

Sadi foi um dos presos da Operação Dupla Face, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 24 de agosto, e acabou exonerado do cargo de secretário. Liberado dias depois, foi beneficiado na Câmara pela prisão do vereador Afonso Arruda (PMDB), de quem era suplente. Arruda, que segue preso, também está entre os detidos da mesma operação.

Nesta terça-feira à tarde, um pouco antes da sessão, a assessoria de Sadi Pires encaminhou nota à imprensa dizendo que, como não foi indiciado (o inquérito segue em andamento), não responde judicialmente por atos relacionados à operação. Adiantou, porém, que como os inquéritos das operações Dupla Face e Parada Obrigatória (na qual aparece em uma das ligações interceptadas pelo Gaeco) estão em segredo de Justiça, não vai se pronunciar sobre nenhuma das investigações.

"Sei que muitos estão fazendo politicagem, alegando varias situações sem provas, distorcendo fatos e prejudicando o andamento do inquérito (?). Assumo tranquilo, certo que a verdade prevalecera e que tudo será esclarecido no seu tempo", afirma na nota.

A impossibilidade legal de falar a respeito das operações foi o argumento usado na segunda-feira por Sadi para esquivar-se de depor à CPI da Codetran. Será intimado novamente a comparecer na próxima segunda-feira, o que trará aos membros da comissão a inusitada tarefa de inquirir um de seus pares.
Missinha pra boi dormir
30/09/2015 10:42
Leitura nociva do dia:

Brick grande adversário do governo?? kkkk

E depois disso Andréia começou fazer oposição???

Só pode ser piada esse comentário na imprensa governista...

Cada um lê e interpreta com os olhos que têm, e com a inteligência que lhe convém!
Almir ILHOTA
30/09/2015 10:24
HERCULANO.

A lei de nepotismo aprovada na câmara municipal de ILHOTA, e esta no gabinete do prefeito DANIEL/JUNIOR, para sansão ou veto, continua rendendo, é que no dia de ontem o pai de um servidor, do alto escalão (Alison Pereira), o ex vereador Odair Pereira, foi tirar satisfação com a servidora e vereadora Aline Debrassi (psd), por ela ter aprovado a famigerada lei, e que possivelmente seu pupilo seria demitido, justamente ela uma das vereadoras que votou a favor do aumento de salario do chefe de gabinete, que deu status de secretaria, aos berros dentro da repartição disse a ela que as coisas não ficariam assim. Também acho que as coisas não ficarão assim, vão piorar e muito, principalmente pro prefeito Daniel, pois nossa vereadora esta deixando o Psd, que esta afundando em nossa cidade para se filiar a uma outra agremiação afim de concorrer a uma vaga ao executivo municipal com grandes chances de ser uma terceira via, pois trata-se de um nome novo. Quem sabe teremos um dia e quem sabe em breve uma prefeita governando nossa cidade.
Gasparense
30/09/2015 09:20
Ao Servidor Indignado.

Vocês também são uma raça que não mexem um fio de cabelo para fazer algo a mais, melhorar ou ser útil para cidade. Fazem mais ou menos para o que são pagos, salvo algumas exceções. O povo está de saco cheio de gente que não produz para o que são pagos. Se encostam no cargo pelo concurso prestado que lhes garantem estabilidade e produzem o mínimo do mínimo, salvo algumas exceções. Vai reclamar de coisa mais importante.
POLITICA
30/09/2015 09:07
Bom dia Povo Gasparense.
Para refletir.
Assessor Político, cargo comissionado = início dos esquemas na política.
Enquanto valer muito apena ser político $$$$ vão fazer de tudo para entrar ou se manter no cago. Sem punição severa e mudança no sistema pessoas boas e do bem não tem chance na politica.
Herculano
30/09/2015 07:48
O RETRATO DE UM GOVERNO POPULAR, PROGRESSISTA, DE ESQUERDA E PRECUPADO COM O SOCIAL. MAIS PESSOAS BUSCAM VAGA E DESEMPREGO ATINGE 8,6%

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Lucas Vettorazzo, da sucursal do Rio de Janeiro. A piora do cenário econômico no Brasil fez a taxa de desemprego continuar a subir no início do segundo semestre, quando o usual seria uma desaceleração. É o que mostra a taxa de desemprego apurada pelo IBGE para os três meses encerrados em julho, de 8,6%.

O indicador ficou acima do verificado no trimestre imediatamente anterior (fevereiro, março e abril), de 8%. Em igual período do ano passado, o índice foi de 6,9%. Os dados são da Pnad Contínua, a mais abrangente pesquisa de emprego do instituto, divulgada nesta terça-feira (29).

Segundo o economista Marcel Caparóz, da RC Consultores, os picos de desemprego ocorrem, em geral, no início de cada ano em função de dispensas de trabalhadores temporários contratados no final do ano anterior.

A taxa, explicou, costuma desacelerar na metade do primeiro semestre até chegar nos últimos meses do ano nos níveis mais baixos. Neste ano, o índice sobe mesmo após o pico de desemprego.

"Com as quedas previstas na receita para os setores de serviços e comércio, os maiores empregadores do país, a perspectiva é que também não haja uma melhora significativa de cenário com as contratações de final de ano".

A receita de desemprego se repete desde o início do ano: mais pessoas buscam trabalho enquanto não são criadas vagas na mesma proporção.

Além das demissões em setores afetados pela recessão, como construção e indústria, pessoas que não trabalhavam tentam uma vaga para compor o rendimento familiar.

O país somou, no trimestre encerrado em julho, 8,6 milhões de desocupados, que são desempregados em busca de emprego. No intervalo de um ano, 1,8 milhão de desempregados procuraram trabalho, uma alta de 26,6% no contingente de desocupados. Em relação ao trimestre anterior, 593 pessoas entraram na fila entre abril e julho.

Enquanto as filas crescem, a geração de postos não acompanha. Na passagem do trimestre encerrado em abril com o trimestre encerrado em julho, apenas 6.000 postos foram criados.
Herculano
30/09/2015 07:37
LAVA JATO NO PLURAL, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Fatiamento da operação é defensável, mas deve ser conduzido com cuidado para que o mero formalismo não comprometa as apurações

Deflagrada há pouco mais de um ano e meio, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, alcançou dimensões inimagináveis à época de seus primeiros movimentos.

A partir dos negócios de uma rede de doleiros, da qual fazia parte uma prosaica casa de câmbio instalada em um posto de gasolina brasiliense, chegou-se, sem exagero retórico, à maior investigação de corrupção da história do país.

Só em acordos com envolvidos confessos no esquema de pagamento de propinas revelado na Petrobras, R$ 1,8 bilhão será devolvido aos cofres públicos, segundo cálculo de agosto.

As condenações iniciais já passam de 40, cifra que ainda não abarca a portentosa lista de empresários e políticos ?incluindo ministros de Estado e os presidentes das duas Casas do Congresso? já mencionados pelos delatores.

Sobre os casos debruça-se uma força-tarefa de 11 procuradores em atuação na primeira instância da Justiça Federal do Paraná, além de algo como 60 policiais federais. Tal aparato investigativo gravita em torno do juiz Sergio Moro, que granjeou merecida reputação pela severidade de suas decisões.

Por tudo isso, causa compreensível inquietude a decisão ?juridicamente correta? tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de retirar das mãos de Moro processos abertos na esteira da Lava Jato, em um sinal verde para o desmembramento das apurações.

Os ministros concluíram não haver conexão entre o propinoduto da Petrobras e o processo contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), ex-chefe da Casa Civil, suposta beneficiária de recursos desviados do Ministério do Planejamento.

Por 8 votos a 2, e contra a posição do Ministério Público, o caso saiu da alçada de Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Com isso, os demais envolvidos na ação, sem foro privilegiado, passaram à Justiça de São Paulo. O precedente criado anima boa parte dos demais atingidos pela operação a tentar a sorte com outros juízes.

Prever as consequências do fatiamento da Lava Jato é tão difícil quanto encontrar um plural para o substantivo composto que dá nome à operação. Parecem precipitados, de todo modo, os temores de que os esforços feitos até aqui sejam desperdiçados.

Haverá, decerto, atrasos nos procedimentos, a serem minimizados com providências como a preparação de procuradores para atuar fora do Paraná e o intercâmbio de policiais. Seria disseminada, assim, a visão de que se deslinda uma teia de corrupção política sistêmica, não circunscrita a uma estatal.

Do Judiciário, espera-se bom senso na futura transferência de processos. O mero formalismo não deve tirar do Paraná, domicílio de doleiros das primeiras prisões, o cerne do extraordinário trabalho desenvolvido desde então
Herculano
30/09/2015 07:35
DILMA VAI PIORAR A QUALIDADE DO SEU GOVERNO PARA TENTAR SE SALVAR, por Ricardo Noblat para O GLOBO

Quem ganha com a reforma ministerial a ser anunciada pela presidente Dilma Rousseff nesta quinta-feira ou no dia seguinte?

Depende da resposta que você der à outra pergunta. A pergunta: Comparado com quê?

Se comparado com a situação que o governo vive desde janeiro último, ganha o governo e perdem todos os que a ele se opõem.

O governo balança, balança, mas não cai. Com a reforma, deixará de balançar. Ganhará alguns meses ? ou semanas, nunca se sabe - de estabilidade.

A crise política esfriará. As atenções se concentrarão na crise econômica. Se o governo reformado não souber enfrenta-la com o mínimo de eficácia, aí, sim, a crise política esquentará outra vez.

Se comparado com a situação atual do PMDB, com a reforma ganha também o partido do vice-presidente Michel Temer. E por mais que Temer finja que nada teve a ver com a reforma, ele também ganha.

O PMDB sempre foi tratado como um aliado incômodo e de segunda classe pelo PT nos últimos 12 anos, por Lula no primeiro governo dele e por Dilma no primeiro governo dela.

Muda de status com a reforma, quer saia dela com seis ou com sete ministérios. Com seis porque passará a controlar o Ministério da Saúde, a joia mais preciosa do governo com o seu orçamento bilionário.

Com sete porque ganhará um ministério a mais do que tem hoje, aí incluído o da Saúde.

Dilma apostou que o PMDB não queria sair do governo, mas entrar mais um pouco - e acertou. Espera, em troca, que ele lhe dê os votos que precisa para não ser derrubada. A conferir mais adiante.

Comparado com a situação que tem hoje, o PT sairá perdendo com a reforma. Antes já sofrera um duro golpe com a conversão de Dilma à receita de Joaquim Levy para combater a crise econômica.

Levy e PT nada têm a ver.

Agora, perde o Ministério da Saúde, ministérios que serão extintos ou fundidos, e importância.

Sempre dirá que a presidente da República é dele. Sabe, porém, que ela se casou com ele por conveniência. Acrescente-se: e separação de corpos.

Comparado com a qualidade até aqui da equipe de ministros de Dilma, tudo indica que o país perderá com a qualidade da próxima. Na melhor das hipóteses, ficará na mesma

Por mendigar apoio, Dilma a soberba, a autossuficiente, a dona da verdade, a chefe centralizadora e desconfiada rendeu-se às pressões de todos os lados e entregou os anéis. Vale tudo para não cair.

Arthur Chioro tinha credenciais para ser Ministro da Saúde. Foi demitido por telefone e cederá o lugar a um sem credenciais do PMDB.

Aloizio Mercadante, da Casa Civil, é da cota pessoal de ministros de Dilma. Por teimar em mantê-lo, Dilma fez de Mercadante o símbolo mais forte de sua autonomia como presidente da República.

A autonomia desmoronou. Se ela não mudar de opinião nas próximas horas, entrará Jaques Wagner na vaga de Mercadante.

E Mercadante será deslocado para o Ministério da Educação, desalojando dali outro ministro da cota pessoal de Dilma.

Ela pensou em despachar o ministro Hélder Barbalho, da Pesca. Advertida por Lula, decidiu mantê-lo porque ele é filho de senador com deputada federal. Só por isso.

Quando estava para perder o mandato, o então presidente Fernando Collor fez uma reforma ambiciosa do seu ministério. Montou um novo governo com nomes de peso de vários partidos.

Não adiantou. Foi cassado.

Dilma espera ter melhor sorte do que ele.
Herculano
30/09/2015 07:32
DILMA 1, O ZUMBI, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Só milagre tira governo do deficit em 2015; conta de Dilma 1 ainda assombra o país

APENAS MILAGRES vão impedir que as contas do governo terminem no vermelho outra vez. Fora do governo, os interessados já sabiam disso. Pelo menos desde agosto, a previsão é de deficit primário (despesa maior que receita, mesmo desconsiderados gastos com juros).

É o que se depreende do balanço das contas federais, divulgado ontem. Lá se confirma que o rombo não se deve apenas a queda de receita e despesas "estruturais" crescentes (previdenciárias em particular).

Esse outro motivo do rombo deriva do fato de: 1) Dilma Rousseff ter arruinado empresas estatais; 2) Dilma 1 ter maquiado gastos, escondendo despesas que reaparecem agora, muitas delas devidas ao dinheiro gasto para baratear empréstimos a grandes empresas e oligopólios, via BNDES.

Pergunta-se agora se o deficit vai piorar o bastante para degradar ainda mais as expectativas econômicas e a esperança de conter o rombo previsto para 2016 (mesmo se aprovada a CPMF). Isto é, suficiente para provocar nova rodada de tumulto financeiro.

Até agosto, o deficit federal foi de 0,62% do PIB (acumulados os resultados dos últimos 12 meses). A meta oficial para 2015 é de 0,1% do PIB. Mesmo para cumprir a minimeta, serão necessários resultados extraordinários até dezembro.

A receita não pode cair. Mas, nos 12 meses contados até agosto, caiu 6,85%, já descontada a inflação; de janeiro a agosto, caiu 4,76% ante mesmo período do ano anterior.

A despesa tem de cair mais de 2%, mas cresceu 0,7% em 12 meses.

Está difícil.

Muita gente, assim como o governo, ainda conta com receitas extraordinárias previstas, vendas de patrimônio e concessões, que estão por ora penduradas no bico do corvo. Isto é, dada a turumbamba no mercado, será difícil vender parte da Caixa, hidrelétricas e fazer algum outro leilão de concessão.

Deve ser por ainda contar com essa receita extraordinária, que economistas de alguns grandes bancos estimavam ainda na semana passada que o governo federal teria déficit de 0,1% ou 0,2% do PIB, por aí. Como se escreveu mais acima, a conta está por ora em 0,62% do PIB.

Seria um chutão dizer grande coisa sobre 2016 além do fato de que a principal previsão de receita nova para o ano que vem, a CPMF, está com o pé na cova. Confirmado também um deficit grande em 2015, logo teremos ainda mais problemas. Quer dizer, descrédito ainda maior do governo, altas de taxas de juros e dólar, seguidos de rebaixamento formal do crédito.

Quanto ao rombo deste ano, considere-se uma das contas do despautério de Dilma 1. As despesas com subsídios foram de R$ 6,8 bilhões de janeiro a agosto de 2014. Neste mesmo período de 2015, de R$ 20 bilhões. Mesmo na pindaíba, o governo deu mais subsídio?

Não. O governo agora desembolsa dinheiro para "restos a pagar", papagaios indevidos e maquiagens de 2014, cerca de R$ 13,4 bilhões, até agosto. Legal ou ilegal, é uma fraude da opinião pública.

Para terminar, a presidente que tanto amava estatais as arruinou a ponto de o governo ficar sem um naco pedaçudo de seus dividendos. Em relação a 2014, esta receita caiu R$ 12 bilhões, até agosto.

O vexame é infinito. Para dizê-lo de modo gentil.
Herculano
30/09/2015 07:29
ADORADORES DE CARGOS NO PMDB IMPEDEM CORTES, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Percebendo a fragilidade do governo, os adoradores de cargos no PMDB atacaram como predadores a "reforma ministerial", e praticamente inviabilizaram a pretendida redução de gastos, impedindo fusões de ministérios. Esses políticos obrigaram o vice Michel Temer a levar a presidente Dilma a "decisão partidária" de manter os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil), Henrique Alves (Turismo), Kátia Abreu (Agricultura), Eduardo Braga (Minas e Energia), Edinho Araújo (Portos).

Desesperados por cargos

Temer foi fortemente pressionado a levar a Dilma a "exigência" de manter Eliseu Padilha na Aviação Civil e Henrique Aves no Turismo.

Temer sob pressão total

Henrique Alves e Eliseu Padilha não largam Michel Temer há três dias, "acampados" no Palácio Jaburu do café da manhã até altas horas.

A QUOTA DOS DEPUTADOS

Temer comunicou a Dilma que o PMDB quer "incorporar" o ministério da Saúde e outro, Cultura ou Ciência e Tecnologia, à escolha dela.

?
PESCA JÁ ERA

O PMDB só abriu mão da Pesca, ministério de Helder Barbalho. Voltará a ser uma secretaria ou departamento do ministério da Agricultura.

Recursos protelatórios eternizam ação na Justiça

São até cruéis os recursos protelatórios que impedem a efetiva ação da Justiça. São frequentes casos como o de Eurípedes Pinto Moraes, ex-executivo do Banco Mercantil do Brasil que há 30 anos tenta na Justiça indenização justa pelo seu trabalho. Ganhou em todas as instâncias, do TST (Tribunal Superior do Trabalho) ao Supremo Tribunal Federal. Em junho de 2013, o caso foi declarado transitado em julgado. Só que não.

Insulto à Justiça

Desde o trânsito em julgado, Eurípedes Moraes derrotou inúmeros embargos que objetivam apenas postergar o cumprimento da sentença.

David contra Golias

Aos 66 anos e lutando contra o Banco Mercantil do Brasil na Justiça desde 1985, seu Eurípedes agora enfrenta até problemas financeiros.

Lei da embromação

O caso Eurípedes Moraes mostra que a lei favorece a embromação e que um bom advogado protela por décadas sentenças desfavoráveis.

Cala-te boca

O vice Michel Temer almoçou ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros. Ambos juraram o silêncio das catacumbas para não revelarem o que, de fato, foi dito e principalmente o que foi previsto.

Chegando lá

O deputado Manoel Júnior (PMDB-PB), cotado para assumir a pasta da Saúde, é só simpatia pelo salão verde da Câmara. Tratado por "ministro", ele abre um largo sorriso e responde: "Ainda não..."

Bolo indigesto

O primeiro pedaço do bolo de aniversário do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), celebrado ontem (29), foi oferecido para o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ). O pedaço foi recusado.

Fome de cargos

Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) ironiza a sanha do seu partido por cargos. "Não tem nenhum peemedebista no plenário. Por que?", indagava, quando a bancada discutia como ocupar dois ministérios.

Reviravolta na Terracap

Reviravolta no caso das mensagens de Whatsapp acertando propina, no DF. O celular fotografado com as mensagens abertas não era do presidente da estatal Terracap, nem a mesa onde foi "esquecido". A Polícia Civil interroga hoje o dono de um site suspeito da fraude.

Sem decreto

Grotesca a "uta" de servidores da Controladoria Geral da União (CGU) pelo "status" de ministério. Com Paulo Brossard de titular e sem esse status, tirou o sono de muitos. Autoridade não se obtém por decreto.

Miserê

Para "cortar gastos", o Ministério das Relações Exteriores decidiu encerrar o contrato com a empresa fornecedora de jornais e revistas, a partir deste dia 1º. Só falta pedir esmolas na porta de Joaquim Levy.

Duro golpe

Está difícil a vida do PCdoB, conhecido pela subserviência ao governo. Dois deputados se mandaram de lá: Aliel Machado (PR) e João Derly (RS) foram para o Rede. A bancada agora tem só 11 deputados.

Pensando bem...

... o vice Michel Temer disse que "todo o PMDB" não cabe no governo, mas os cargos do governo cabem direitinho na goela do partido.
Herculano
30/09/2015 07:18
INVESTIGAÇÃO? SÓ E FOR DOS OUTROS. PT PEDE QUE TSE ANULE PEDIDO PAA ESCLARECER PONTOS OBSCURSOS DA SUA CAMPANHA QE ELEGEU DILMA. ALEGA QUE ARGUMENTOS SÃO FRÁGEIS

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. O PT entrou, nesta terça (29), com um recurso no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) pela anulação de uma decisão do ministro Gilmar Mendes pedindo que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal apurem suspeita de irregularidade na campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff.

O pedido de Mendes foi enviado em agosto argumentando que há vários indicativos de que a campanha e o PT foram financiados por recursos desviados da Petrobras.

Para o PT, não há justificativa para a investigação, uma vez que as contas da campanha foram aprovadas com ressalvas pelo TSE, sendo que "a suspeita levantada pelo ministro, de que doações oriundas de empresas investigadas pela Operação Lava Jato sejam decorrentes de corrupção, é frágil".

"Constata-se que as mesmas empresas que estão sob investigação policial são doadoras de grandes somas para o PSDB e para o candidato derrotado Aécio Neves. [...] Se as doações ocorridas ao Partido dos Trabalhadores por estas empresas são consideradas como de corrupção, logicamente que as doações ocorridas ao partido PSDB também o são", afirmou o PT.

O partido diz que a investigação fere a Constituição, que prevê que os candidatos sejam tratados "com igualdade, impessoalidade e transparência".

Gilmar Mendes, que é integrante do Supremo Tribunal Federal e vice-presidente do TSE, usou em seu despacho informações da Lava Jato, como o trecho da delação do empreiteiro Ricardo Pessoa. Ele afirma ter doado R$ 7,5 milhões do esquema para a campanha de Dilma em 2014.
Herculano
30/09/2015 07:15
OPOSIÇÃO DECIDE ADIAR RECURSO SOBRE IMPEACHMENT PARA FINAL DE OUTUBRO, por Josias de Souza

Antes mesmo de ser formalmente anunciada, a reforma ministerial de Dilma reduziu o ímpeto e a emergência do bunker do impeachment. A oposição planejava levar o tema ao plenário da Câmara na semana iniciada em 5 de outubro. Adiou a providência para o final do mês. Marcou na folhinha o dia 21 de outubro. Com isso, ganha tempo para medir a temperatura do PMDB. Tomado pelo fisiologismo, o partido do vice-presidente Michel Temer revela-se mais propenso a tomar de assalto a presidência de Dilma do que a substituí-la.

Um pedaço da oposição já trabalha com a perspectiva de mudar de assunto se a tese do impeachment não se revelar viável até novembro. Avalia-se que não vale a pena desperdiçar 2016 toureando um PMDB que é contra tudo e absolutamente a favor de qualquer outra coisa e um PSDB que tem excesso de cabeças e carência de miolos. De resto, os partidos terão de se equipar para a eleição municipal.

Excetuando-se o ajuste na agenda, a estratégia dos antagonistas de Dilma permanece a mesma. Está combinado que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, mandará arquivar os pedidos de impeachment pendentes de deliberação. Quando o indeferimento de Cunha alcançar a petição subscrita pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior, o grupo pró-impeachment recorrerá ao plenário. Que decidirá, por maioria simples de votos, se o requerimento deve ou não tramitar.

O que mudou é que, hoje, é maior a consciência de que o impeachment depende mais da evolução da conjuntura do que da capacidade de articulação dos opositores de Dilma. No momento, a presidente enfrenta dois adversários mais fortes do que toda a oposição e a dissidência governista reunidas. São eles: o imponderável da Lava Jato e a própria Dilma, uma personagem que flerta ininterruptamente com a autocombustão.
Herculano
30/09/2015 07:11
PELO TELEFONE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Na última quinta, o petista Arthur Chioro fez um apelo patético a jornalistas que o entrevistavam: "Eu sou ministro da Saúde, não me demitam!". Chioro ainda estava no cargo, mas até os ascensoristas do ministério sabiam que ele não mandava mais nada. Sua cadeira estava prestes a ser entregue ao PMDB por um punhado de votos na Câmara.

Nesta terça, o telefone de Chioro tocou. Do outro lado da linha estava Dilma Rousseff, que usou poucas palavras para consumar a demissão anunciada. A presidente tem pressa. Nas próximas horas, terá que dispensar outros aliados para concluir o que chama de reforma ministerial.

O jogo do poder é bruto. Onze anos atrás, Lula também usou o telefone para demitir Cristovam Buarque do Ministério da Educação. A atitude foi muito criticada, mas o presidente tinha uma desculpa esfarrapada. Estava insatisfeito com o desempenho do auxiliar, a notícia vazou nos jornais, e Cristovam estava em Portugal.

Dilma não tem o mesmo álibi. Chioro estava em Brasília, e sua agenda não previa atividades fora do ministério. Bastava um chamado para que ele chegasse em alguns minutos ao Planalto. A presidente preferiu dispensá-lo pelo telefone, sem o trabalho de um aperto de mão.

A pasta da Saúde é valiosa, mas não saciará o apetite dos deputados do PMDB. O líder da sigla na Câmara avisou que só fecha negócio se a bancada ganhar mais um ministério. O pleito criou novo problema com o senador Renan Calheiros e o vice-presidente Michel Temer, que não aceitam perder seus lotes na Esplanada.

Os peemedebistas querem tudo, mas não garantem nada à presidente, rendida ao jogo de pressões no Congresso. "Enquanto o governo ficar se submetendo a chantagem, vai ser refém o tempo todo", protestou o deputado petista Jorge Solla, irritado com a demissão sumária de Chioro.

A queixa não sensibilizou o Planalto. Nesta terça, Dilma foi aconselhada a elevar para sete o número de ministérios que dará ao PMDB.
Herculano
30/09/2015 07:10
PELO TELEFONE, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Na última quinta, o petista Arthur Chioro fez um apelo patético a jornalistas que o entrevistavam: "Eu sou ministro da Saúde, não me demitam!". Chioro ainda estava no cargo, mas até os ascensoristas do ministério sabiam que ele não mandava mais nada. Sua cadeira estava prestes a ser entregue ao PMDB por um punhado de votos na Câmara.

Nesta terça, o telefone de Chioro tocou. Do outro lado da linha estava Dilma Rousseff, que usou poucas palavras para consumar a demissão anunciada. A presidente tem pressa. Nas próximas horas, terá que dispensar outros aliados para concluir o que chama de reforma ministerial.

O jogo do poder é bruto. Onze anos atrás, Lula também usou o telefone para demitir Cristovam Buarque do Ministério da Educação. A atitude foi muito criticada, mas o presidente tinha uma desculpa esfarrapada. Estava insatisfeito com o desempenho do auxiliar, a notícia vazou nos jornais, e Cristovam estava em Portugal.

Dilma não tem o mesmo álibi. Chioro estava em Brasília, e sua agenda não previa atividades fora do ministério. Bastava um chamado para que ele chegasse em alguns minutos ao Planalto. A presidente preferiu dispensá-lo pelo telefone, sem o trabalho de um aperto de mão.

A pasta da Saúde é valiosa, mas não saciará o apetite dos deputados do PMDB. O líder da sigla na Câmara avisou que só fecha negócio se a bancada ganhar mais um ministério. O pleito criou novo problema com o senador Renan Calheiros e o vice-presidente Michel Temer, que não aceitam perder seus lotes na Esplanada.

Os peemedebistas querem tudo, mas não garantem nada à presidente, rendida ao jogo de pressões no Congresso. "Enquanto o governo ficar se submetendo a chantagem, vai ser refém o tempo todo", protestou o deputado petista Jorge Solla, irritado com a demissão sumária de Chioro.

A queixa não sensibilizou o Planalto. Nesta terça, Dilma foi aconselhada a elevar para sete o número de ministérios que dará ao PMDB.
Herculano
30/09/2015 07:06
ATIRANDO AO ACASO, por Carlos Brickmann

A atiradora não é das mais competentas, mas seu maior erro não é a falta de pontaria, e sim a escolha dos alvos. O PMDB é um partido de profissionais, especializado em ocupar suculentas fatias do poder. Quando amadores tentam dar cargos a profissionais, para conquistá-los, tudo pode acontecer, menos dar certo.

Não adianta atender a Temer, Eduardo Cunha, Renan Calheiros, porque fica faltando atender a Jader Barbalho, Sarney, uma faminta tropa de elite. Fica faltando atender à bancada de deputados e aos senadores. E a incompetência é tamanha que se aceitou entre os reivindicantes até um dente-de-leite, o deputado federal Leonardo Picciani, do PMDB do Rio, inexperiente mas já voraz.

É provável que nem juntando a ONU inteira seja possível atender a todas as reivindicações peemedebistas por bons cargos, com verbas abundantes e amplo espaço para nomeações. E não é só o PMDB: é preciso atender também ao PT, ao PP, pois só pixulecos não enchem barriga. E, claro, aos aliados do PCdoB, até agora fiéis; e aos "movimentos sociais", aqueles que se apresentam como exércitos em defesa do que chamam de legalidade (ou seja, aquilo que os beneficia).

A falha é achar que não é preciso negociar, discutir, buscar pontos convergentes com os aliados: basta nomear e pronto. Certo, ninguém desse povo rejeita cargos, mas retribuir com apoio são outros, e muitos, quinhentos. A falha é da negocianta, que despreza os aliados e procura perder o mínimo possível de tempo com eles.

Em troca, os aliados perdem o mínimo possível de tempo com ela.

A DANÇA DAS CADEIRAS

Dilma age, na política, de forma incoerenta com as ideias que diz ter - tanto que engole Joaquim Levy enquanto abomina todo o seu pensamento econômico. Mas não pode levar a culpa sozinha: mesmo que fosse uma exímia articuladora, como poderia chegar a acordos satisfatórios se boa parte dos políticos não sabe se a campainha, de manhã bem cedinho, indica a chegada do padeiro ou do agente de viagens com a passagem para Curitiba?

Eduardo Cunha, principal nome da oposição, está na mira de cinco delatores premiados. Renan é nome recorrente nas investigações. Jarbas Vasconcelos jamais teve sua honestidade contestada - e, por isso mesmo, quem quer negociar com ele? Dilma já não é boa de conversa política, e isso piora muito quando não sabe com quem tem de conversar.

DILMA? QUEM?

O caso mais triste é dos "movimentos sociais", dos sindicatos petistas, das instituições mantidas pelo PT. Até blogueiros chapa-branca falam mal da política de Dilma. Os "movimentos sociais", as instituições mantidas pelo PT, sindicatos obedientes que muito se beneficiaram hoje ignoram a presidente e combatem sua política. A Fundação Perseu Abramo, do PT, decretou que as medidas econômicas defendidas pelo Governo são erradas.

Com esses aliados, Dilma nem precisa de oposição - ainda bem, porque oposição boazinha assim jamais se viu no mundo. Quem não diz "sim" diz "sim, senhora". E até a chama de "presidenta".

SEMANA ANIMADA

Hoje entram em votação os vetos de Dilma a itens da pauta-bomba aprovada pela Câmara (se os vetos forem derrubados, aumenta em alguns bilhões de dólares a despesa permanente do Governo). Se forem rejeitados, fora as consequências econômicas, as negociações entre Dilma e o PMDB terão de ser revistas.

À LUZ DA HISTÓRIA

O jurista Hélio Bicudo, que combateu o Esquadrão da Morte até extingui-lo e foi fundador do PT, e a advogada Janaína Paschoal, que com ele assinou o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, deram excelente entrevista à Roda Viva, na TV Cultura de São Paulo. Hélio Bicudo, 93 anos, agudo e preciso como de costume, deu sua opinião sobre a postura dos oposicionistas que combatem o impeachment (citou Geraldo Alckmin e Fernando Henrique): "Atitude covarde".

DORMINDO COM O INIMIGO

O governador Geraldo Alckmin, PSDB, tentou ser discreto: durante quase um ano seus contatos foram mantidos em segredo. Mas um dia a história vaza. E O Estado de S. Paulo descobriu que Alckmin manteve longo e cordial encontro com dirigentes do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, o que forma o tal "exército do Stedile" de que Lula falou. Seu principal interlocutor no MST é Gilmar Mauro - e foi por seu intermédio que o Governo tucano paulista investe, só neste ano, R$ 7 milhões nos assentamentos do grupo ("assentamentos" é a palavra bonita que se usa em vez de "invasões").

Segundo Gilmar Mauro, Lula aprova a aproximação entre o MST e Alckmin. Por que desaprovaria, se a injeção de dinheiro paulista no MST vai reforçar o exército de Stedile?

LOUCURA SANGRENTA

O saudita Ali Mohammed al-Nimr foi detido há quatro anos em manifestações contra o Governo (na época, vivia-se a Primavera Árabe). Tinha 17 anos. Agora, com 21, foi condenado à decapitação. Depois que lhe cortarem a cabeça, o corpo deve ser crucificado, para exposição pública. Seu pai, clérigo xiita (na Arábia Saudita, os sunitas predominam), também foi condenado à morte.

A Arábia Saudita exerce a presidência do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Herculano
30/09/2015 06:56
O DÓLAR ALTO DEVIDO AS DESCONFIANÇAS, A INFLAÇÃO SEM CONTROLE E OS BURACOS DEIXADOS PELA CORRUPÇÃO NO GOVERNO DO PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PCdoP, PTB, PR, PRB....FAZ PETROBRÁS SURPREENDER OS BRASILEROS E NA CALADA DA NOITE AUMENTA O PREÇO DA GASOLINA EM 6% E DO DIESEL EM 4%

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery, da sucursal de Brasilia. A Petrobras decidiu reajustar em 6% o preço da gasolina e em 4% o preço do diesel nas refinarias. O aumento vigorará a partir da zero hora desta quarta-feira (30).

O preço nas bombas é livre e costuma ser reajustado à medida que o combustível com preço novo chegue aos postos.

Em geral, segundo o sindicato dos postos de combustíveis, o aumento de preço para o consumidor tem sido um pouco menor que o das refinarias.

A decisão foi tomada pela companhia na noite desta terça diante dos problemas de caixa da empresa após a forte alta do dólar nos últimos dias.

A estatal informou o aumento por meio de comunicado.

O reajuste é uma sinalização ao mercado de que a empresa, hoje comandada por Aldemir Bendine, tem autonomia para definir sua política de preços dos combustíveis.

"Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS", diz o comunicado da empresa.

Integrantes do governo disseram à Folha que o próprio Palácio do Planalto considerou inevitável o reajuste em função das dificuldades financeiras da empresa, fortemente impactada pela disparada recente do dólar, o que ampliou os já elevados níveis de endividamento da companhia.

Em 10 de setembro, a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota da Petrobras, tirando dela o selo de boa pagadora.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Os combustíveis vão ficar mais caros hoje?
O preço nas bombas, que é livre, deverá ser reajustado à medida que novos estoques de combustível cheguem aos postos

Por que a Petrobras elevou os preços? O reajuste de novembro não foi suficiente?
Com a disparada do dólar, a estatal (que importa combustível) vem tendo prejuízos com a gasolina. Segundo cálculos do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), a diferença entre os preços praticados no país e a cotação internacional era de 5,8% no dia 23.

Houve momentos em que esse cálculo foi favorável à Petrobras. Ela não podia segurar o preço dos combustíveis?
Uma das dificuldades da empresa é que a sua dívida, já alta, vem sofrendo uma pressão ainda maior com a valorização do dólar, já que boa parte dela está cotada na moeda americana
Bruna Bitencourte
29/09/2015 23:25
Infelizmente tem político que é muito papudo e pouco faz e ainda quer mostrar pro povo que é pai da criança. Pensávamos que nosso bairro teria vez e voz, podia melhorar, mas o Belchior continuou esquecido. Ainda bem que tem gente que luta mesmo sem ser vereadora. Ano que vem eu e minha família temos candidata certa!!!!! vamos de Franciele Back, pro Belchior prosperar!!!!!
Herculano
29/09/2015 22:07
ONDE ESTAVA A NOSSA MAIOR AUTORIDADE?

A notícia é esta.
O Painel RBS reuniu em Blumenau autoridades e especialistas para debater nesta terça-feira a prevenção contra desastres decorrentes de fenômenos climáticos no Estado. A influência causada pelo El Niño, enchentes e obras importantes para o Estado estiveram no centro das discussões durante uma hora e meia.

Retorno
Onde estava a Mari Inez Testoni Theiss, da Indefesa Civil de Gaspar? Afinal ela é ou não é uma autoridade no assunto? Quem se atreveu a deixa-la de fora de tão importante painel? Ou não painel não estava a altura dela? Acorda, Gaspar!
Herculano
29/09/2015 22:01
A JOGADA, A MISÉRIA E O ESCÁRNIO ARQUITETADOS E PATROCINADOS PELOS POLÍTICOS QUE NÃO ESTÃO NEM AI COM AS CRISES ECONÔMICA, SOCIAL E ÉTICA. CONTRA O TEMPO E SOB PRESSÃO, DILMA CEDE A CHANTAGEM E SANCIONA A REFORMA POLÍTICA COM VETO A DOAÇÕES DE EMPRESAS PARA QUE O CONGRESSO POSSA DERRUBÁ-LO AMANHÃ

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Sob pressão de partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff publicou nesta terça-feira (29) em edição extraordinária do "Diário Oficial da União" sanção a projeto de lei da reforma política aprovado pela Câmara dos Deputados.

Como antecipado pela Folha, a petista vetou dois trechos da proposta: o que permitia o financiamento empresarial a campanhas eleitorais e o que previa que as urnas eletrônicas imprimissem o voto do eleitor, o que criaria um custo adicional de R$ 1,8 bilhão à Justiça Eleitoral.

"A possibilidade de doações e contribuições por pessoas jurídicas a partidos políticos e campanhas eleitorais, que seriam regulamentadas por esses dispositivos, confrontaria a igualdade política e os princípios republicano e democrático, como decidiu o Supremo Tribunal Federal", justifica o texto.

Para evitar agravar a atual crise com o Congresso Nacional, a presidente decidiu sancionar regra que altera fidelidade partidária. Com a mudança, deputados federais só podem mudar de partido sem risco de perder o mandato no sétimo mês anterior às eleições.

O presidente nacional do PSD, o ministro Gilberto Kassab (Cidades), havia pedido ao governo federal que vetasse a proposta. A mudança afeta os planos políticos do ministro, que tenta recriar o Partido Liberal, sigla que tem como objetivo ajudar na formação de um bloco governista que rivalize com o PMDB.

O adiamento da publicação do decreto presidencial, que seria inicialmente divulgado na sexta-feira (25), irritou partidos da base aliada como PMDB, PR e PP, que ameaçaram derrubar os vetos presidenciais na sessão desta quarta-feira (30) do Congresso Nacional.

Segundo a Folha apurou, a manobra teria como objetivo permitir que o Partido Liberal fosse autorizado pela Justiça Eleitoral e se beneficiasse de uma janela partidária antes da publicação da sanção presidencial.
Pernilongo Irritante
29/09/2015 20:17
A notícia é que a presidente Dilma demitiu o ministra da saúde por telefone.

A burra sabe usar um telefone? Sabe o que é um telefone?

Quem inventa a "MULHER SAPIENS", não sabe usar um telefone e nem comer com garfo.
Juju do Gasparinho
29/09/2015 19:38
Prezado Herculano:

Do blogueiro Manoel:

"Foi dada a largada para o processo que pode fazer com que nossa Anta Planaltina tome um belo e democrático pé no traseiro.

Dudu Cunha começa a analisar os pedidos de impeachment (parece que são 14 no total) que estão engavetados nos escaninhos da Câmara. Deixará por último, até pelo registro de entrada, aquele produzido com rara maestria por Hélio Bicudo.

Foi dada a largada. Vem aí o impeachment da mais incompetente, burra, arrogante e deseducada figura que já sentou o traseiro na cadeira de presidente deste país."

O Brasil está cheio de picareta que faz tipo - Fausto Silva.
Dilma é uma.
Tubarão
29/09/2015 19:10
Oi, Herculano;

Dilma tenta dar pedaços do governo para o pmdb, trouxa!
O pmdb vai levar o governo todo, quando ela cair, e quem vai derrubá-la? o pmdb.
Mariazinha Beata
29/09/2015 18:48
Seu Herculano;

Juro que me dá pena, eita amargura e infelicidade.
Bye, bye!
Herculano
29/09/2015 18:46
REFORMA MINISTERIAL VIROU EMBOSCADA DO PMDB, por Josias de Souza

Sem ideia nem projeto que a justifique, exceto barrar o impeachment, a reforma ministerial tornou-se uma emboscada do PMDB na qual Dilma Rousseff caiu. Depois de flertar com a oposição, o PMDB passou as últimas semanas cutucando Dilma com o pé, para ver se ela ainda mordia. Nem rosnou. Com o dedão já inchado de tanto chutar, o PMDB troca gradativamente de plano. Em vez de derrubar o governo, trama ocupá-lo até quando for conveniente. Está prestes a emplacar sete ministros. Entre eles o da cobiçada pasta da Saúde.

Os principais caciques do PMDB declaram publicamente que não têm interesse em indicar ministros. Natural. Preferem controlar a presidente. Dilma luta para consertar o estrago que fez na economia, ao mesmo tempo que tem que cuidar da unidade do PMDB da Câmara, que não quer uma biografia, mas adicionar à cota do partido duas novas boquinhas negociadas pelo neo-líder Leonardo Picciani.

Deve doer na ex-gerentona a ideia de permanecer na Presidência até 2018 como uma rainha obscura numa peça confusa, em que o personagem principal é o Lula e cujo epílogo são as sentenças judiciais que o petrolão renderá para gente como Renan Calheiros, Eduardo Cunha e um interminável etcétera.
Herculano
29/09/2015 17:49
DE PROPAGANDA ENGANOSA E FALTA DE VERGONHA NA CARA ESSE PESSOAL ENTENDE E DÁ AULAS. QUEBROU O BRASIL E IMPÕE PESADOS SACRIFÍCIOS MAS SE DIZEM ÚTEIS E CULPAM OS OUTROS. EM VÍDEOS, PT QUESTIONA A OPOSIÇÃO [QUAL MESMO?], E LULA DIZ QUE IRÁ "CONTINUAR LUTANDO"

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Em vídeo que irá ao ar no rádio e na televisão nesta terça-feira (29), o PT critica os políticos "que querem desestabilizar o governo" ?em alusão ao pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff?, questionando se eles estão pensando no Brasil ou em si mesmos.

Em outro vídeo, que também irá ao ar nesta terça, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cita programas sociais implantados pela gestão petista na Presidência da República e afirma que irá continuar lutando, "hoje e sempre".

"Pensem comigo: um país que em apenas 12 anos saiu do Mapa da Fome da ONU, colocou mais de 40 milhões de brasileiros na classe média, bateu recordes na geração de empregos e fez programas como Minha Casa, Minha Vida, o Prouni e o Fies, é capaz de vencer qualquer crise", diz Lula.

"As mensagens pretendem dialogar com os brasileiros e alertar sobre a atuação da oposição, que age na base do 'quanto pior, melhor'", informou a sigla.

No vídeo em que critica a atuação da oposição, o PT afirma que Dilma foi eleita democraticamente e pede que os brasileiros analisem quem garantiria um caminho mais seguro para o país: "Um governo eleito democraticamente ou aqueles que querem chegar ao poder custe o que custar?".

O vídeo ainda questiona se os políticos "que querem desestabilizar o governo" estão interessados em beneficiar a população "ou só querem tirar proveito da crise".
Herculano
29/09/2015 17:44
A PROVA DE QUE OS POLÍTICOS QUE ELEGEMOS E OS PAGAMOS COM OS NOSSOS PESADOS IMPOSTOS NÃO ESTÃO PREOCUPADOS EM NOS TIRAR DA CRISE, MAS NAS CHANTAGENS PARA LEVAR VANTAGENS. POUCO SE IMPORTAM COM O DESEMPREGO, A FUGA CAPITAIS, QUEBRA DAS EMPRESAS, FALTA DE ATENDEMINENTO NA SAÚDE PÚBLICA. ENFIM, NÃO ESTÃO NEM AI PARA O PAÍS E SEU POVO.

VEJA A MANCHETE DA HORA. CÂMARA DIZ QUE SÓ BARRA PAUTA-BOMBA - AQUELA QUE CRIA MAIS DESPESAS PARA O DINHEIRO QUE NÃO SE TEM - SE FINANCIAMENTO EMPRESARIAL DE CAMPANHAS PARTIDÁRIAS VOLTAR

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Ranier Bragon, da sucursal de Brasília. Em almoço nesta terça-feira (29) na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), partidos governistas e de oposição fecharam acordo para tentar recolocar de pé a possibilidade de as empresas financiarem as campanhas eleitorais.

Cunha foi autorizado por partidos como PMDB, DEM, PSDB, PP, PR e PTB a procurar nesta tarde o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para informá-lo do acordo.

O acerto é o de que os deputados só darão quórum nesta quarta (30) para que haja a votação dos vetos de Dilma Rousseff a projetos da chamada pauta-bomba caso nesse mesma sessão seja colocada em pauta o veto presidencial ao financiamento empresarial.

O Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional que empresas doem a partidos e candidatos, o que levou Dilma a vetar esse ponto da reforma política aprovada no Congresso. O veto, entretanto, não havia sido publicado até o início da tarde desta terça.

Para entrar na sessão de quarta, Dilma tem que enviar até amanhã cedo ao Congresso sua decisão e as razões que a levaram a tomá-la.

A intenção dos deputados e senadores é derrubar o veto ainda nesta semana em obediência à regra de que alterações na legislação eleitoral só valem para aquele pleito se tiverem sido tomadas com pelo menos um ano de antecedência.

Mesmo que o veto seja derrubado, não há nenhuma garantia de que as empresas poderão continuar a doar para candidatos e partidos nas eleições de 2016. Isso porque o STF deverá ser novamente chamado a se pronunciar sobre o tema.

GASTOS

O governo quer realizar a sessão de análise dos vetos de Dilma nesta quarta como forma de dar uma sinalização de austeridade ao mercado e ao mundo político. A intenção é manter os vetos de Dilma ao reajuste dos servidores do Judiciário (impacto de R$ 36 bilhões até 2019) e à extensão da política de valorização do salário mínimo a todos os aposentados (R$ 9 bilhões).

"Qualquer passo em falso até amanhã pode levar a uma corrosão do ambiente econômico", disse o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

Só não participaram do almoço na casa de Cunha o PT, o PC do B e o PDT. O presidente da Câmara é um dos principais defensores da manutenção do financiamento privado das campanhas políticas,
Herculano
29/09/2015 17:36
EM CONVERSA FRIA, DILMA DEMITE MINISTRO DA SAÚDE PELO TELEFONE. O COMPANHEIRO DEIXA O CARGO NA QUINTA-FEIRA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Natuza Nery e Gustavo Uribe, da sucursal de Brasília. A presidente Dilma Rousseff demitiu por telefone nesta terça-feira (29) o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Em uma conversa fria, ela afirmou ao petista que ele fica no cargo até quinta-feira (1°), data em que deve ser anunciada a nova configuração da Esplanada dos Ministérios.

Segundo relatos, a petista ficou irritada com declarações recentes do ministro à imprensa e com a suspeita de que ele estaria trabalhando para se manter no cargo junto a médicos sanitaristas e profissionais do ramo da saúde.

Na semana passada, o ministro já havia reunido sua equipe de secretários para falar de sua saída do cargo.

O encontro foi realizado no mesmo dia em que o Palácio do Planalto informou ao ministro que seu posto seria oferecido ao PMDB na reforma administrativa.

Na época, Chioro chegou a se queixar de que se sentia "rifado" pelo governo federal.

O nome mais cotado para assumir a Saúde é do deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI). O parlamentar é formado em medicina e especializado em psiquiatria.

Chioro não é o primeiro ministro dos governos petistas demitido por telefone. Em 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva exonerou da mesma forma o então ministro da Educação, Cristovam Buarque, que passava férias em Portugal.

Chateado, Cristovam avaliou como uma "desconsideração" ter sido demitido pelo telefone.
Herculano
29/09/2015 17:32
CPMF SERVE PARA ADIAR REFORMAS IMPRESCINDÍVEIS, editorial do jornal O Globo

Dilma traça na ONU panorama róseo da economia, enquanto fica cada vez mais evidente que imposto serve para governo não fazer os devidos cortes nos gastos.

Como reza a tradição, a presidente do Brasil fez ontem o pronunciamento de abertura de mais uma Assembleia Geral nas Nações Unidas, a 70ª. Também, como de praxe, não faltaram menções otimistas ao momento que o Brasil passa e às perspectivas para o país.

O cenário econômico visto pela presidente Dilma Rousseff da tribuna da ONU guarda razoável distância da realidade. No diagnóstico da grave crise fiscal, a presidente insistiu em responsabilizar pelas turbulências a crise mundial iniciada em 2008. Trata-se de meia verdade, porque o governo não deixou de ser alertado para o risco de o seu programa voluntarista de aumento dos gastos públicos criar a crise que afinal gerou.

A crise externa não pode ser responsabilizada pelos problemas fiscais, mas sim a forma equivocada e desmedida com que ela foi enfrentada, por meio do tal "novo marco macroeconômico", acompanhado de um arsenal de ilusionismo estatístico, a tal da "contabilidade criativa".

Ainda da tribuna da ONU, Dilma se referiu a "uma forte redução de nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento." Informação incompleta: faltou dizer que, na verdade, a viga mestra do ajuste é a recriação da CPMF, o "imposto do cheque", gravame criticado em uníssono, e por várias razões: proporcionalmente taxa mais as pessoas de renda baixa; propaga-se em cascata sobre todas as etapas da elaboração de bens e serviços, bem como de qualquer operação financeira. E assim contribui para um razoável acréscimo de custo no sistema produtivo do país - que já enfrenta problemas de competitividade no mundo.

O vice-presidente Michel Temer esteve sexta em São Paulo, num almoço com empresários do comércio, em que disse ser muito pequena a chance de o Congresso aprovar a volta da CPMF. Depois da saída de Temer, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chegou para encontrar os mesmos empresários, quando repórteres disseram-lhe que Temer havia sido pessimista com relação ao imposto do cheque. Irônico, Levy emendou: "Ótimo, então ele quer a reforma da Previdência".

Reveladora brincadeira, pois ficou explícito que o governo força a volta do imposto porque não se dispõe a fazer as reformas imprescindíveis para cortar o nó fiscal que asfixia o país. Mesmo só gerando efeitos a médio e longo prazos, a reforma da Previdência, com vistas a acabar com as aposentadorias precoces, mudaria de forma instantânea, para melhor, a percepção do futuro da economia, com reflexos positivos nos juros. Há outras mudanças a fazer, como o fim da indexação pelo salário mínimo de benefícios previdenciários e sociais de forma geral. O grande obstáculo para Dilma executar o que é preciso para acabar com o déficit estrutural nas contas públicas - que cresce sem parar devido a esta indexação - é sua base no PT. Os chamados "movimentos sociais" são bastante beneficiados pela gastança ilimitada, insana. Que não terá desfecho feliz, se nada for feito.
Servidor Indignado
29/09/2015 15:58
Prezado Herculano.
A Prefeitura de Gaspar tá com uma fartura danada. Farta papel toalha, é servidor indo ao banheiro e saindo secando as mãos na calça, Farta papel A4, estão mandando estágiário cortar papel A3 ao meio pra poder imprimir documentos. Bem que o vereador Dalsóquio e o vereador Amarildo, poderiam agora na Tribuna da Câmara defender os servidores, como fizeram com os alunos do Honório, falando do governo estadual.
Marlene Junqueira
29/09/2015 15:35
Então Herculano,

Só pra ti, não tenho seu e-mail nem telefone e sei que covardemente não vais publicar.

Agiste e queimaste o nome do prefeito e da vice e também do Raul, estes todos absolvidos e continuas queimando o nome do vermelho por dentro e verde por fora sr. Alfonso Hostert. Voce afirmou e confirmou que todos haviam comprado votos. Só Alfonso for muito burro e nao recorrer.
Do mesmo modo afirmaste que Mauro havia propagandeado que Ideli estava na frente. Mentiu por muitas vezes e queres incriminar a quem não deve.
que imprensa é esta? Você tirou ou comprou seu diploma onde? Se fosse o Mauro te processava pra ti aprender.
E o teu advogado, que papelao que fez pagou gente pra ir em Ilhota lavrar escritura falsa.
Sidnei Luis Reinert
29/09/2015 15:31
Vereador do PMDB que tem quadro do cachaceiro 9 dedos pendurado na parede? E quando se aproximar das eleições ano que vem, vai retirar o quadro do lularápio e fazer campanha com ele debaixo dos braços ??

Hélio Bicudo DISSE na entrevista ao Programa Roda Viva ontem, dia 28/09/15
"Uma das coisas que me decepcionou muito, foi o enriquecimento ilícito do Lula. Conheci o Lula quando ele morava numa casa de 40 m2, hoje o LULA é uma das GRANDES FORTUNAS do País, ele E os SEUS FILHOS!" e arremata: " É preciso ver o que que estas pessoas fizeram para ter o que têm! O que o Lula fez para ser o MILHARDÁRIO que ele é hoje?"
Hélio Bicudo também chamou Lula de caixeiro-viajante da Odebrecht, acrescentando:
"O Lula se corrompeu e corrompe a sociedade brasileira através da sua atuação como presidente da República".

Veja vídeo da entrevista:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-roda-viva-de-helio-bicudo-prestou-um-servico-contra-o-impeachment-por-kiko-nogueira/
Arara Palradora
29/09/2015 14:02
Querido, Blogueiro!

O casal de Pato Manco vai levantar voo?
Faço coro com o Mussun, JÁ VAI TARDE.

E a Mão que Balança o Berço ficará na mão?

Voeeeiii...!!!
Ilhota Querida
29/09/2015 13:55
Parabéns Almir Ilhota, mais uma vez você foge do assunto, não consegue, não tem respostas concretas para o que eu digo. Aguardar que obras? Como vocês estão dizendo por aí, que as obras são todas de vocês, que já estavam até pagas hahaha então meus parabéns novamente, só não me explicasse como não executaram então se já estava tudo feito. Para te relembrar, o Daniel não está nem 3 anos, vocês ficaram 8 anos, beleza?!
Juju do Gasparinho
29/09/2015 13:53
Prezado Herculano:

"PREPAREM AS PANELAS PARA AMANHÃ!!! (DIA 29.09.15)


Lula e PT reagem na TV

Sentindo-se acuado pelos programas de TV do PMDB e do PSDB, o PT resolveu reagir e veiculará amanhã e na quinta-feira dois comerciais, um deles com a presença de Lula.

Na primeira peça publicitária, Lula repete a cantilena da inserção social e diz que continuará lutando hoje e sempre. Na segunda, um ponto de interrogação percorre as cidades com a voz de um locutor que pergunta: "Os políticos que querem desestabilizar o governo estão pensando no bem do País ou em si mesmos?"

O Antagonista responde: os políticos do PT desestabilizaram o País pensando em si mesmos.

Borrões de mau gosto da justiça brasileira mantém esse ladrão solto.

Herculano
29/09/2015 13:49
QUEM TEME O NOVO?, por Rodrigo Constantino para o jornal O Globo

Se a Petrobras fosse privada, por exemplo, não teríamos o petrolão, e o PT não teria quebrado a maior empresa do país

O Brasil vive uma daquelas crises severas, que pune de forma desproporcional os mais pobres, que ameaça os trabalhadores com o fantasma do desemprego, que assusta com a inflação fora de controle. O brasileiro fica mais pobre a cada dia, principalmente em relação ao resto do mundo. Medido em dólar, o salário médio já despencou quase 40% nos últimos meses. A quem culpar por mais essa desgraça?

A resposta imediata é Dilma. Foram, afinal, sua incompetência como gestora, sua arrogância e sua visão ideológica equivocada que jogaram o país nesse caos. Mas, afastando-se um pouco mais, fica claro que ela não é a única responsável. O PT também tem tudo a ver com isso, e os abusos e as "pedaladas fiscais" começaram no governo Lula, que é, ainda por cima, o criador da criatura. Logo, temos o grande vilão do país: o Partido dos Trabalhadores.

Mas podemos nos afastar ainda mais. Afinal, o PT não chegou ao poder do nada. Ele foi colocado lá, pelos votos. Ou seja, boa parte da população tem culpa no cartório, acreditou nas mentiras, no estelionato eleitoral, cedeu aos encantos do populismo, endossou a "nova matriz macroeconômica", filhote de um arcaico "desenvolvimentismo" inflacionista. Não parece correto, portanto, eximir de responsabilidade aqueles que foram cúmplices do PT por meio das urnas.

E eis o ponto central aqui: os brasileiros insistem em modelos equivocados que delegam sempre ao Estado um poder desmesurado para ser a locomotiva do progresso e da "justiça social". O resultado é, invariavelmente, decepcionante. Vimos isso inúmeras vezes se repetindo. O governo cresce, aumenta gastos e crédito, adota postura intervencionista na economia, e, após a fase inicial de prosperidade ilusória, vem a enorme crise produzida por um modelo irresponsável e ineficiente.

Boa parte disso pode ser explicada pelo fator cultural: o Brasil e o capitalismo liberal nunca se deram muito bem. Há grande tensão nesse relacionamento, a população desconfia do mercado, do lucro, e acaba depositando uma esperança ingênua no Estado, esquecendo que ele é formado pelos mesmos políticos detestados pelo povo. Os artistas e "intelectuais" ajudam a jogar mais lenha na fogueira, sempre cuspindo no sistema capitalista como se fosse o próprio capeta.

Esse preconceito ideológico anticapitalista tem sido o grande responsável por nossa incapacidade de migrar para o time dos países desenvolvidos. Não resta dúvida de que os tucanos são melhores do que os petistas, de que o PSDB é uma esquerda mais civilizada e que respeita em parte o mercado. Mas, ainda assim, a agenda do PSDB está muito distante do liberalismo que funcionou como alavanca para o progresso ocidental. Ainda concentra poder e recursos demais no Estado.

O Brasil testou vários "ismos": somos mestres no corporativismo, no sindicalismo, no patrimonialismo, no clientelismo e até flertamos com o socialismo. O que realmente ainda não experimentamos foi mesmo o capitalismo liberal. O liberalismo - novo ou velho - passou mais distante do Brasil do que Plutão da Terra. Apesar disso, a esquerda insiste em jogar nos ombros do "neoliberalismo" a culpa pelos males que assolam o país, produzidos justamente pelo excesso de Estado.

Quem tem consciência disso sempre se sentiu órfão na política nacional, dominada pelos 30 tons de vermelho. Todos os partidos falam em mais Estado, no governo como uma espécie de "Messias salvador". Os liberais, então, eram obrigados a votar no "menos pior", no que mais perto do centro ficava. Mas nunca puderam votar com convicção, em um partido que efetivamente abraçasse o capitalismo liberal, com uma agenda que colocasse o indivíduo no foco, não o Estado.

Isso agora mudou. Foi homologado pelo TSE o Partido Novo, com o número 30, que clama por mais sociedade e menos Estado, que defende mais liberdade econômica e menos intervencionismo, que não teme enfrentar o vespeiro corporativista e prega privatizações. Se a Petrobras fosse privada, por exemplo, não teríamos o petrolão, e o PT não teria quebrado a maior empresa do país, depois de transformá-la numa fonte de recursos ilícitos para seu projeto de perpetuação no poder.

O Novo reconhece no empreendedor o grande criador de riquezas, e deseja reduzir os obstáculos estatais que dificultam esse processo dinâmico que leva à prosperidade. Quem pode ser contra isso? A quem interessa manter um sistema de privilégios estatais que beneficia apenas os "amigos do rei"? Vamos dar uma chance à liberdade! Vamos valorizar mais o indivíduo! Quem teme o Novo?
Herculano
29/09/2015 13:46
PROCURA-SE ESTRATÉGIA, editorial do jornal Correio Braziliense

O noticiário de 2015 apagou qualquer sombra de dúvida porventura existente sobre o risco de não traçar o futuro. Avesso a planejamento, o Brasil reage mais do que age. Fica sujeito aos caprichos de ventos que sopram interna ou externamente. Soluções erráticas, apresentadas hoje e retiradas amanhã, dão provas da falta de rumo cujo resultado o Gato, personagem de Alice no país das maravilhas, tão bem sintetizou: "Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve".

Eis a principal razão por que o país afunda numa das mais dramáticas crises da história recente. De improvisação em improvisação, de erro em erro, chegou-se ao inimaginável. Mesmo consciente do perigo que o ato representava, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso Nacional o projeto da Lei Orçamentária com deficit de R$ 30,5 bilhões. Foi a senha. A Standard & Poor"s cassou o grau de investimento do país.

À crise econômica alia-se a política. A falta de credibilidade do governo contagia os setores produtivos, que adiam investimentos à espera de ambiente menos tormentoso. Some-se a isso o lamaçal de corrupção desvendado pela Operação Lava-Jato, que respinga no Executivo, no Legislativo, em empresas públicas e privadas. Daí o sentimento de decepção, desesperança e revolta que impera na sociedade e se reflete nas pesquisas de opinião.

Nesse cenário, as palavras do comandante do Exército ganham força e dão alento. Mostram que o país conta com setores organizados que têm visão estratégica indispensável para o avanço nacional. Em entrevista exclusiva ao Correio Braziliense de domingo, Eduardo Villas Bôas analisou segurança, educação, manifestações populares, redes sociais e, sobretudo, as consequências do corte orçamentário que atingiu a instituição.

Chama a atenção não só para a repercussão nos rendimentos das tropas, mas, principalmente, para retrocesso em projetos estratégicos para o Brasil. Entre eles, a vigilância das fronteiras. São 17 mil quilômetros que, desguarnecidos, dão passagem a drogas e armas. Trata-se de problema sério cujos efeitos nenhuma autoridade pode ignorar.

Segundo consumidor de entorpecentes do mundo, o Brasil, de acordo com Villas Bôas, está na iminência de dar um passo à frente - tornar-se produtor de coca. Não só. Além das fronteiras, a defesa cibernética acendeu a luz vermelha. Na Copa do Mundo, sofremos mais de 700 ataques diretos. O Exército espera volume bem maior nas Olimpíadas.

Se houver interrupção no processo de aperfeiçoamento da área que se moderniza à velocidade da luz, ninguém pode assegurar o sucesso da proteção. É preocupante. Embora escasso, há tempo de evitar que a imagem do Brasil seja manchada mundo afora. É hora de agir.
Herculano
29/09/2015 13:42
DISPUTA DE ESPAÇO, por Merval Pereira, para o jornal O

A disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público pelas investigações da Operação Lava-Jato voltou à tona com o episódio da inclusão do ex-presidente Lula na lista dos que devem ser ouvidos no inquérito instaurado no Supremo Tribunal Federal, iniciado naquela Corte em razão de sua competência originária.

Noticiado inicialmente como tendo partido do delegado Josélio Souza o pedido de autorização feito ao STF para que Lula e outros fossem ouvidos, o que estranhei em coluna do último domingo por nenhum dos citados ter fórum privilegiado, na verdade fontes da Polícia Federal esclarecem que o que houve foi um pedido de prorrogação do prazo da investigação por 80 dias.

Esse inquérito é presidido por um ministro do STF, o ministro Teori Zavascki, e segue as regras específicas do Regimento Interno do Supremo. Segundo a explicação oficial, a Polícia Federal atua nesses casos como "Tonga manus" do ministro-presidente do inquérito, realizando as diligências investigativas.

Mesmo que fosse o caso, e há discordâncias sobre essa função da Polícia Federal, não há nada que indique que o procurador-geral da República tenha autoridade para definir o status em que Lula será ouvido, segundo Rodrigo Janot como "testemunha" e não como "investigado"

A competência do STF está firmada nos artigos 101 a 103 - A, da Constituição Federal, e entre esses dispositivos não há um sequer que o autorize a investigar crimes. Qual a razão? Resguardar a imparcialidade do julgador. Se ele investiga, não terá isenção para julgar.

O ministro que preside o inquérito deveria funcionar como juiz das garantias, cabendo a ele tão somente decidir sobre matérias como reserva da jurisdição, ou que toquem nos direitos fundamentais, tais como prisão preventiva e temporária, quebra de sigilo bancário e fiscal, sequestro de bens, etc.

Nessa interpretação do papel da Polícia Federal nos inquéritos sob a presidência do Supremo, diferentemente do que ocorre em um inquérito policial, no qual o delegado de polícia possui ampla discricionariedade para realizar as diligências que entende necessárias, sem rito ou ordem cronológica previamente estabelecidas, esta discricionariedade é muito mitigada, já que a priori a investigação não é sua, mas ele colabora com as diligências e quem preside o feito é um ministro da Corte.

Como se trata de um inquérito do STF, presidido por um ministro, o regimento interno estipula, no seu artigo 230-C: "Instaurado o inquérito, a autoridade policial deverá em sessenta dias reunir os elementos necessários à conclusão das investigações, efetuando as inquirições e realizando as demais diligências necessárias à elucidação dos fatos, apresentando, ao final, peça informativa. § 15 O relator poderá deferir a prorrogação do prazo sob requerimento fundamentado da autoridade policial ou do procurador-geral da República, que deverão indicar as diligências que faltam ser concluídas"

O delegado de Polícia Federal Josélio Souza apresentou justamente o seu requerimento de prorrogação de prazo e, por força dessa norma, ficou obrigado a indicar as diligências faltantes - dentre elas, as audiências a serem marcadas com Lula e outros.

Esta norma não fala nada com relação à obrigatoriedade de opinião do procurador-geral da República sobre essas diligências complementares necessárias, indicadas pela autoridade policial. Nesses casos decorrentes da Lava-Iato, porém, tem sido interpretado que o PGR deve se manifestar sobre as diligências indicadas pelo delegado de Polícia Federal, e já houve conflitos anteriores entre as duas áreas.

Mesmo que o procurador-geral Rodrigo lanot tenha extrapolado suas prerrogativas - segundo alguns especialistas por excesso de zelo ou outras razões -, o fato de definir o papel de Lula no inquérito como de testemunha, e não investigado, não facilitará a vida do ex-presidente.

Ele terá que assumir o compromisso de dizer a verdade. Não poderá, por exemplo, ficar em silêncio, um direito do investigado. A mentira, se constatada pela autoridade policial, ou pelo Ministério Público, ou pelo juiz, seja no momento do depoimento ou após, implicará infração prevista no Código Penal.

* Esta coluna contou com a assessoria jurídica de Cosmo Ferreira, advogado criminal, ex-promotor de justiça do Rio e procurador regional da República.
Herculano
29/09/2015 13:38
ROUBA, MAS FAZ OBRA SOCIAL, por Eugênio Bucci, para a revista Época (Globo)

O bordão "rouba, mas faz" entrou para o folclore político brasileiro na década de 50 do século passado. Os cabos eleitorais do político paulista Adhemar de Barros (1901 -1969) o repetiam para neutralizar os adversários, que o acusavam de ser ladrão. Em vez de negar as acusações, os adhemaristas afirmavam que Adhemar eram um fazedor, que construía isso e mais aquilo. Se roubava? Ora, isso era o de menos. O argumento era esdrúxulo, mas funcionava com uma boa parte do eleitorado, que também não ligava para aquele "detalhe" de roubar.

Mas não era detalhe. Naquele tempo, a corrupção não era mixaria. Ainda bem que, hoje, o adhemarismo é um capítulo encerrado.

Ou será que foi ressuscitado? De uns tempos para cá, um argumento muito semelhante começa a fazer escola em debates sobre a situação nacional. Aqui e ali, os defensores de certos governos ligados a certos atos ilícitos se especializaram em listar as chamadas "conquistas sociais" supostamente promovidas por seus ídolos, como se cada uma delas servisse de atenuante para o tal "problema" de corrupção. Eles até reconhecem que a bandeira da ética está em frangalhos em suas fileiras, mas acham que as "conquistas sociais" compensam o vexame. Argumentam com tanta convicção que fazem lembrar os velhos adhemaristas. Reeditam o velho bordão, agora com novo formato: "rouba, mas faz obra social". Eles efetivamente pensam isso, mas não têm coragem de admitir.

Nos anos 1950, o "rouba, mas faz" era combatido pelos udenistas com uma pregação moralista, histérica e metida a redentora. Era patético, mas dava resultados eleitorais. Fora isso, a pregação moralista era inócua, pois a distorção do "rouba, mas faz" não era de natureza moral. Claro que a corrupção sempre foi imoral, ultrajante e indecorosa, mas sua natureza era política - e é por aí que ela devia ser compreendida e combatida. Politicamente. Hoje também é assim. Quando alguém aceita o bordão neoadhemarista "rouba, mas faz obra social", aceita junto a premissa sobre a qual ele se apoia. Essa premissa é a crença de que, na política, a ética é um departamento separado dos outros campos, mais ou menos como, numa empreiteira, o setor de contabilidade é separado do setor de engenharia. Esse engano gravíssimo, embora bastante comum, estava na base do adhemarismo ontem e está na base do neoadhemarismo hoje.

Por que um engano gravíssimo? Muito simples. Nas democracias, a política tece um pacto de confiança entre governantes e governados, sem o qual não há estabilidade institucional. Ao trair a confiança do eleitor, o político assume o risco de romper os laços que dão coesão a essa estabilidade. Às vezes, os laços rompidos são poucos, e as coisas seguem sua rotina sem maiores abalos. Outras vezes, são laços mais profundos, mais estruturantes, e, aí, vêm as crises. Podem ser crises de governabilidade, uma das que o Brasil enfrenta hoje, e podem ser crises mais sérias.

Aí você pergunta: mas a crise de governabilidade do Brasil é resultante da corrupção? Em grande parte é, sim. É resultante da percepção generalizada de que houve muito desvio de conduta e muita mentira para acobertá-lo. O preço que pagamos pela corrupção não se resume a um caixa de bilhões de reais afanados por uns e outros. Se fosse só isso, seria fácil. O preço inclui a respeitabilidade das autoridades, o esvaziamento da capacidade de liderança dos governantes. Se um governo perde o respeito da sociedade, perde a condição de ser governo.

Não é só. Ao drenar os recursos do Estado - recursos humanos, principalmente -, a corrupção sabota a implementação das políticas públicas e, em especial, daquelas concebidas para combater a pobreza e a desigualdade social, que ficam especialmente desmoralizadas. Quem deixa roubar não combate a desigualdade coisa nenhuma, apenas contribui para perpetuá-la, pois vira serviçal do dinheiro sujo, o pior capital que existe, e vira refém das forças mais retrógradas que hoje atuam no Brasil.

Não é com moralismo vulgar que o Brasil vai superar esse mal. A propósito, fuja dos novos moralistas (neoudenistas), que dizem que todos os ladrões de dinheiro público são filiados ao PT. Isso é mentira, é cinismo. Ao mesmo tempo, cuidado com os que tentam posar de vítimas e se esconder atrás de velha mentalidade adaptada aos novos tempos: "Rouba, mas faz obra social". Outra mentira. Quem rouba faz uma coisa só, e essa coisa é roubar. Cuidado com uns e cuidado com outros.

No mais, façamos figa. A corrupção derrubou o valor de mercado e a credibilidade da Petrobras. Que ela não derrube agora o ânimo do país inteiro
Belchior do Meio
29/09/2015 13:28
Sr. Herculano:

Sinto muito desapontá-lo, o PT do Zuchi não tem competência suficiente para o Anel de Contorno. O sr. está malhando em ferro frio.

O vereador do Belchior Alto, o longevo Babaca, tens que dar um desconto, eLLe está fora da casinha faz tempo. Quem conseguiu este feito foi o outro longevo tamtam.
É o capenga servindo de bengala para o trôpego.

TUDO ROSA - pode ser remorso.
Aurélio Marcos de Souza
29/09/2015 13:02
Tem gente que ainda confunde o advogado que atua em representação e em nome de alguém, com se este fosse o autor da causa.
Pena que a pátria educadora somente começou a educar a poucos anos.
Herculano
29/09/2015 12:59
A FAMÍLIA LIMA VAI EMBORA DE BLUMENAU OU VAI DIVIDIR O FEUDO?

O Jornal de Santa Catarina, da RBS de Blumenau, traz a seguinte informação na edição de hoje: o petista Décio Neri de Lima, o que manda no PT de Gaspar, muda domicílio eleitoral para Itajaí e deve concorrer a prefeito

Confirmando as expectativas, o deputado federal Décio Lima (PT) confirmou nesta segunda-feira que transferiu o domicílio eleitoral, de Blumenau para Itajaí. A possível mudança, para fortalecer o partido na disputa pela prefeitura, já vinha sendo considerada desde o ano passado. Recentemente, ganhou mais força com a decisão de Volnei Morastoni, até então o nome de maior expressão do PT na cidade, ter decidido filiar-se ao PMDB.

Itajaiense de nascimento, Décio já flerta há tempos com a cidade. Esteve, inclusive, à frente do Porto de Itajaí enquanto Volnei respondia pela prefeitura.

Décio, advogado sindical, surpreendeu e venceu o favorito, o então deputado estadual e hoje conselheiro do Tribunal de Contas, o gasparense do Belchior,Wilson Rogério Wan Dall, PP, na corrida pela prefeitura de Blumenau. Fez dois mandatos a partir de 2000. E a onda amarela, veio dá em Gaspar que elegeu pela primeira vez, e também de forma surpreendente, Pedro Celso Zuchi.

Décio e sua mulher, a deputada estadual Ana Paula Lima e seu genro, o vereador Jefferson Forest, criaram um feudo em Blumenau e Gaspar. Os Limas não conseguiram mais ser poder em Blumenau. Na última, nem no segundo turno Ana Paula pode estar. Em Gaspar, foi diferente.

Agora, Décio desiste de Blumenau e vai para Itajaí. Não existe pior momento, quando o partido sofre um desgaste fruto dos seus erros e incapacidade para gerar resultados quando governo. Itajaí já sabe o que é ser governado por um petista: Volnei Morastoni. Em Blumenau, Décio tem a obrigação de vencer. Em Itajaí, não. E não perde nada, planta. O mandato de deputado Federal lhe garante flanar e esperar um melhor momento para ampliar o seu feudo familiar na política partidária.
Herculano
29/09/2015 12:46
Ao Raul Schiller

Esta coluna registrou a decisão do recurso do TRE do ex-candidato a vereador. Então não procede a insinuação de que houve uma omissão deste fato e notícia, amplamente .

Esta coluna, foi a única registrar a notícia nova (a de hoje, mas já sentenciada há dias), que é a absolvição do processo na Comarca, informada por seu advogado Carlos Roberto Pereira, para a qual fui atrás dos detalhes.

Quanto aos outros fatos relatados ou reclamados, os autos falam por si. É só lê-los. E todas as versões foram contempladas, inclusive a do ora suplente de vereador e neste espaço. Acorda, Gaspar!
Sidnei Luis Reinert
29/09/2015 12:45



-A filha do PORCINA foi passear na ONU com dinheiro dos contribuintes, será que ela leva EUROS na mala como fez a amante do 9 DEDOS Rosemary Noronha?

-E a GASPARENSE HONORÁRIA Indeli Salva-ti, morando e trapalhando nos U.S.A. ( por que não foi pra CU-BA?), agora leva junto o maridinho irritando o presidente do Clube Militar, General Gilberto Rodrigues Pimentel, que já soltou um comunicado "na expectativa de um posicionamento do Comando da Força Terrestre" sobre a indicação do marido da petista Indeli Salva-ti para exercer uma "boquinha" na Junta Interamericana de Defesa - fato que causou turbulência na OEA, no Itamaraty e entre os militares. Certamente, o combativo General Pimentel terá fazer outro pedido de explicação oficial ao desgoverno sobre uma portaria do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que autoriza o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu a contar o tempo que viveu na clandestinidade ? entre outubro de 1968 a dezembro de 1979 ? para efeitos de aposentadoria.

-Os casos do marido de Ideli, somado à aposentadoria do Dirceu por tempo de "vagabundagem terrorista" e às até agora inexplicáveis 23 viagens internacionais da amigona Rosemary Noronha na comitiva de Lula, são apenas uma comprovação de como politiqueiros amadores se apropriaram das doces vantagens do ineficiente, injusto e sistemicamente corrupto Capimunismo Bolivariano.

- E por último um desabafo militar para deixar os comunistas loucos:

https://www.facebook.com/video.php?v=1615356188726852&pnref=story
Almir ILHOTA
29/09/2015 10:40
Ao Ilhota querida.

Amigo mais uma vez você mostra seu despreparo psicológico e emocional para rebater argumentos ao seu estimado prefeito, logo você que esta tão próximo dele não precisa usar pseudônimos para defendê-lo pois certamente você não será perseguido pelos inimigos do REI, já nos pobres plebeus, tememos até mesmo por nossa integridade física, mas tudo bem vamos aguardar sua resposta quanto as obras conveniadas, licitadas, contratadas e terminadas que o governo DANIEL/JUNIOR, realizaram neste três anos que chamam de administração.
Raul Schiller
29/09/2015 09:55
Primeiramente quero dizer que aquela rumorosa denuncia foi uma mentira inventada pelos senhores Adilson e Aurélio, e mais outro mencionado pelo Aurelio no depoimento na justiça. Esta notícia da sentença do juiz de Gaspar já é antiga, pois houve o julgamento do recurso do Ministério Público no TRE, aonde fui novamente absolvbido por unanimidade dos juízes daquela côrte. Deveriam os senhores que escrevem sobre este assunto, assistir ao vídeo do julgamento no TRE (14-09-2015), pois assim evitaria de escrever inverdades, pois o senhor Luiz Jorge não pode ser julgado pelo TRE por não ser eleitor no território nacional, e o senhor Afonso só não foi absolvido pelo fato de não ter impetrado recurso, sendo que o TRE manteve a sentença dada pelo Juiz de Gaspar, visto que o recurso era do Ministério Público e não das vítimas desta falsa denuncia.Sinto vergonha de termos que conviver com pessoas que conseguem montar uma mentira dessas. Vão criar vergonha na cara, vocês que montaram esta farsa, sabem que estou escrevendo a verdade.
Cidadão Gasparence
29/09/2015 09:04
A lavagem de roupas sujas entre PSD, PMDB e PT (nas entre linhas) é a prova que em Gaspar estão querendo vender lobo em pele de cordeiro.
Tanto Kleber do PMDB, junto com Roberto Pereira, Jaime PT e outros dentro do partido, estão treinando um discurso de oposição, de renovação, porém fecham os punhos e levantam a bandeira do PMDB. O PMDB é o partido da base do governo Dilma e corresponsável por toda essa desgraça. Fingir que o PMDB de Gaspar é diferente é estratégia política, velha e desgastada. A briga só é menor, mas no mesmo nível, já rifaram as secretarias, o Samae, e outros cargos, apelando por apoio dos eleitores, empresários e de outros partidos. Uma vergonha. Praticando o velho e sujo jeito de fazer política como se fosse algo novo.
Já o outro cordeirinho é Marcelo Brick. Que pouco fez até neste momento pelo município. Tenta desesperadamente corrigir o tempo perdido que andou em cima do muro. Abraçado ao PT local. Faz discurso de oposição, mas o PSD é apoiador do PT, onde o Kassab é um feroz defensor de Dilma, junto com o Colombo, que nada fez por Gaspar. Nem uma VISITA de cortesia. Marcelo foi diversas vezes a Florianópolis, mas nunca trouxe nada dessas visitas, somente busca de apoio para sua candidatura a prefeito.Ele tem muita facilidade de enrolar e pouco conteúdo. E promove brigas e discussões, pois se julga superior e melhor que do PMDB.
São campanhas emparelhadas com o governo Estadual e Federal. De onde vêm os recursos, favores e aprovações. Claro e em contra partida alianças e amarras para eleições posteriores.
Empregos, boquinhas, dinheiro para campanha, empresários interesseiros, figurinhas conhecidas fazendo o jogo sujo dos bastidores, onde rolam acordos e compromissos por interesses. Rolam ameaças e discursos inibidores de que aqui quem manda é eles. E quem pensar diferente não vai longe.
É assim, simples assim. Alguns descem ao nível de enfrentar o limite do ridículo.

Ilhota Querida
29/09/2015 08:52
Caro Papa Bagre,
O prefeito já explicou sobre os 750 hectares, a prefeitura quer comprar somente 540 hectares porque é o que está escriturado, como a prefeitura poderia comprar o restante que não está legalizado? O Sr. Herbário pode dizer que tem 1 milhão de hectare que não vai adiantar nada se não estiver escriturado, simples assim amigo.
Caro Almir Ilhota,
Por que mudou de assunto? Nós estávamos falando do nepostimo e das obras. Não consegues provar o contrario do que eu digo? Hahaha Se não conheces bem das obras então não fala o que não sabe mô quiridu hahaha agora que tu vai ter o prazer de pesquisa-las para depois debate-las comigo? Por que não fez isso antes de falar bobagem? Fraco! Quer mais nomes de quem trabalhava aqui na gestão passada? Eu te dou mais uns nomes do alto escalão da época que trabalhavam aqui: Noli (ex secretário de transporte), ele e a esposa, Canha (ex secretário de obras, esse todos os munícipes lembram muito bem ;), ele e a nora, Paulo Drun (ex coordenador da InDefesa Civil haha) ele e a IRMÃ, olha o grau do parentesco hahaha, como você mesmo diz, esses mamavam nas tetas. Só estou refrescando sua memória...
Mussun
29/09/2015 08:43
Já vai tarde! Décio Lima vai tentar cantar em outro terreiro, já que em Blumenau não ganha mais nem campanha de sindico. Mudou seu domicilio eleitoral de Blumenau para Itajaí.

Por favor não esqueça de passar em Gaspar e levar, Amarildo, Tonho, Jaime PT, Doraci e outros amigos imparáveis.

Ratos do mesmo esgoto...
Justiceiro Ilhotense
29/09/2015 08:26
Papa Bagre
A prefeitura deve comprar apenas 546,7 hectares, pois essa é a área que está escriturada. Se o proprietário diz que tem 750 ou 950 hectares, isto não interessa, pois a prefeitura deve comprar apenas o que está legalizado. Isso é cumprir a lei, e não fazer como a gestão passada amigo
Papa Bagre
29/09/2015 07:54
Seu Herculano.
A comunidade que saber de quem é aquele sitio nas proximidades ou dentro do morro do Bau, em que o prefeitura colocou inúmeros caminhões de macadame?
Queremos saber pq o Prefeito somente quer usar 540 hectares para a criação do parque, se o próprio representante do Herbário Barbosa diz que tem 750 hectares?
Será que os vereadores de Ilhota não estão vendo que o município vai pagar por 750 hectares e somente vai levar 540 hectares, o resto da área servir de sitio para algum iluminado da prefeitura.
Herculano
29/09/2015 07:21
"LULA SE CORROMPEU E CORROMPE A SOCIEDADE BRASILEIRO", AFIRMA HÉLIO BICUDO

Conteúdo do Uol (Folha de S.Paulo). O jurista e um dos pioneiros do PT (Partido dos Trabalhadores) Hélio Bicudo afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, exibido pela TV Cultura, de São Paulo, nesta segunda-feira (28) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enriqueceu de forma ilícita usando a figura da Presidência da República. "O Lula se corrompeu e corrompe a sociedade brasileira como ela é hoje através da sua atuação como presidente da República", declarou.

Bicudo se afastou do PT em 2005, quando explodiu o escândalo do mensalão. Recentemente, protocolou, na Câmara dos Deputados, um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Questionado sobre o que mais o decepcionou em sua trajetória no PT, Bicudo foi taxativo: "O que mais me impressionou foi o enriquecimento ilícito do Lula. Ninguém fala nisso, mas eu conheci o Lula numa casa de 40 metros quadrados. Hoje, o Lula é uma das grandes fortunas do País. Ele e os seus filhos".

"Eu conheci o Lula quando ele era um postulante ao governo do Estado de São Paulo - eu entrei como vice na chapa, nos anos 80", disse Bicudo. "Era um panorama completamente diferente do que se vê hoje no Lula quando ele fala. Ele falava para obter o poder e usar o poder em benefício próprio e dos seus, da sua família e todo mundo sabe disso."

Futuro do PT

Perguntado sobre o futuro da sigla que ajudou a fundar, Bicudo afirmou: "Acho que o PT não tem futuro. Acho que o PT, como partido, desapareceu. Tem uma pessoa, que é o Lula. O resto não é nada. Quer dizer, é o partido do 'sim, senhor'. Eu saí do PT exatamente por causa dessa questão da hegemonia das pessoas".

Para ele, o PT "contaminou as instituições do Brasil de ponta a ponta". "O processo para você constituir um juiz do supremo é um processo completamente viciado. O PT contaminou o Judiciário e o Ministério Público."

Dilma

Questionado sobre as declarações da presidente Dilma Rousseff de que as tentativas de impeachment seriam, na verdade, um golpe de Estado, Bicudo disse: "Acho que precisa dizer para a Dilma ler a Constituição, porque lá está escrito que o impeachment é um remédio constitucional. Então, não existe esse negócio de impeachment. O impeachment é um processo democrático em curso".

O jurista, que também atuou no impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello em 1992, ponderou sobre as comparações entre aquela época e atualmente: "O Collor estava há pouco tempo no Executivo. A Dilma teve um mandato inteiro. Ela consolidou o prestígio do presidente da República. E o brasileiro é muito centrado no paternalismo". "Eu acho que a saída da Dilma não vai gerar trauma algum. As pessoas vão respirar fundo, dizendo: 'Puxa, saiu", concluiu.

Bicudo já ocupou cargos de deputado federal; vice-prefeito de São Paulo, durante a gestão de Marta Suplicy (2001-2005); e presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Durante a ditadura, enfrentou ameaças e pressões ao combater o Esquadrão da Morte, criado para eliminar os inimigos do regime.
Herculano
29/09/2015 07:14
AS ÁGUAS DO BELA VISTA

O vereador Giovânio Borges, PSD, fez de tudo para buscar uma solução para o eterno problema de drenagem do bairro do Bela Vista.

Estimulou o povo de lá comprar uma bomba, que não serve para nada, mexeu naquela comporta e que não funciona, e fez mais, virou um petista e apoiador de Pedro Celso Zuchi, José Amarildo Rampelotti, Antônio Carlos Dalsochio...

A água das chuvaradas, das enchentes continuam lá. As obras paradas, prometidas. Um inferno. Mas, a origem disto tudo é culpa do poder público, que permitiu a ocupação urbana numa área sem infraestrutura. A água estava lá primeiro.

Voltando. O que está na pauta da sessão de hoje da Câmara? Repetição. E Giovânio Borges sabe que não vai ganhar solução, mas terá discurso perante o seu povo. Espera-se que ele tenha aprendido pelo menos, que o PT e a prefeitura não ajudarão nesta, como aconteceu nos outros caso, a não ser enrolação.

No requerimento 162/2015 o vereador pede informações sobre os frequentes alagamentos que acontecem na Rua Nilton Cardoso, no Bela Vista, as quais já foram pedidas pelo Vereador ao prefeito por meio de Indicação.

Foi a 62/2015, em 10 de fevereiro de 2015. Ela pedia a manutenção da tubulação e boca de lobo na Rua Nilton Cardoso, ponto de referência: em frente à residência da Sra. Marisa, n° 442, localizada no bairro Bela Vista.

Como nada foi feito até agora, Giovânio, tascou mais uma vez:
1 - Existe algum estudo/projeto sendo desenvolvido para solucionar o problema de alagamento na Rua Nilton Cardoso?

2 - Caso a resposta ao item anterior seja afirmativa, qual a previsão para iniciar os trabalhos?

3 - Caso a resposta ao item 1 (um) seja afirmativa, solicita-se cópia do estudo/projeto e de todos os demais documentos existentes acerca do referido assunto.
Herculano
29/09/2015 06:50
UM BOM TUMULTO, por Jânio de Freitas, para o jornal Folha de S.Paulo

Ainda que paradoxal, a criação de mais um partido atenderá a uma necessidade do país: enfraquecer o PMDB

Ainda que paradoxal, na existência já de mais de 30 partidos, a criação de outro - a ser decidida hoje - é capaz de levar a um necessário tumulto no panorama partidário. Se autorizado pela Justiça Eleitoral e cumpridos os acordos para adesão de deputados, o Partido Liberal resultará, mais do que no fortalecimento de Dilma Rousseff, no enfraquecimento do PMDB. E enfraquecer o PMDB é uma necessidade do país.

Desde a volta ao regime civil, o PMDB tem usado a sua preponderância parlamentar como fator desestabilizante. Esta é uma afirmação contrária à ideia estabelecida, mas coincidente com os fatos rememoráveis. Saído da ditadura com a aura de representante da luta e da reconstrução democráticas, o PMDB se posicionou como força orientadora e incontrastável. Cabe-lhe a responsabilidade por grande parte dos fracassos administrativos e da intranquilidade política no governo Sarney, sem que isso fosse reconhecido na época nem depois.

Ulysses Guimarães, instigado pelas correntes da divergência interna no PMDB, e sempre desejoso de ser o líder de todas, foi o portador impositivo de reivindicações e ambições peemedebistas incessantes. A estas juntaram-se as manobras de Sarney para criar áreas de domínio seu no governo, de tudo decorrendo um governo inviável. Com penosas consequências para o país como um todo e sobretudo para as classes carentes. O PMDB não governou, porque não era governo, mas também não fez oposição consequente, porque se supunha e agia como o verdadeiro governo. O poder tinha que ser do PMDB.

Foi de Collor. Graças ao PMDB. A imposição do plano anti-inflacionário tresloucado só foi possível porque o PMDB garantiu-o no Congresso. Todos os desatinos que se seguiram foram apoiados ou consentidos pelo PMDB. Mesmo quando a exacerbação dos problemas de Collor, em torno dele e no governo suscitou animosidade nacional, o PMDB tergiversou o quanto pôde, acompanhado pelo PFL (hoje DEM). O país não teria passado pela maior parte do acontecido no período Collor, não fosse a garantia inicial dada pelo PMDB, com seu longo comprometimento.

Fernando Henrique hoje posa, uma especialidade, de vestal udenista. Em seu governo entregou-se ao PMDB, mas não só: também se entregou ao PFL. O método pesado de Sérgio Motta, com as mãos nos bolsos, e, depois, a eficiência sutil de Luís Eduardo Magalhães não evitaram a sucessiva entrega ao PMDB de ministérios, de pedaços do governo, de muitas verbas altas e outras vantagens pacificadoras. Dos muitos bilhões do Proer às privatizações, ou aos bloqueios à CPI da compra de votos para reeleição e a outras CPIs, o governo Fernando Henrique pagou altos preços pelo apoio ou pelo consentimento do PMDB. Sem os quais Fernando Henrique e o governo não se aguentariam com tais escândalos, mesmo sob a proteção midiática.

O primeiro mandato de Lula foi um entregar dos pontos para todos os lados. Menos para aqueles com os quais o próprio Lula e o PT tinham o seu compromisso existencial. A CPI do mensalão e o subsequente processo apenas alargaram as portas para o alheio. No centro desse enclave invasor, o PMDB - antecipando o que seria a forte "base aliada" do segundo mandato.

O governo Lula não foi erodido por crises, passado o mensalão. Mas, em grande parte, porque o toma-lá/dá-cá com o PMDB foi executado com muito mais habilidade, talvez como contribuição da experiência de Lula nas batalhas sindicais. Mas a herança de Lula para Dilma começou e terminou na entrega da faixa presidencial. O PMDB faz com Dilma o que fez com Sarney, em situações política e econômica também semelhantes. Não é preciso mencionar o que o PMDB das pautas-bombas tem feito. É suficiente chamar atenção para o verdadeiro sentido da ação do PMDB: Dilma é vítima apenas circunstancial, do PMDB como do PSDB, porque a verdadeira vítima é o país.

Se o PL nasce e recebe as adesões já combinadas, tornará possível uma aliança partidária que se equipare em número ao PMDB. Sem efeito direto sobre a crise - que a fraternidade PMDB-PSDB, com auxílio dos demais seguidores de Eduardo Cunha, é bastante para manter. Mas a nova aliança quebraria a perniciosa predominância parlamentar com que o PMDB se faz operador de crises, tanto políticas como de governabilidade. Contra o país.
Herculano
29/09/2015 06:47
ESPERANDO O QUÊ?

"O Brasil está indo para o caos e vamos ficar assim porque o PT e o Lula dizem que é golpe? Qual a moral que Lula tem para dizer que é golpe?" Jarbas Vasconcelos, deputado federal pelo PMDB de Pernambuco
Herculano
29/09/2015 06:45
A ESQUERDA NO PARAÍSO, por Rodrigo Rangel, para a revista Veja

Esquema distribuía propina, pagava despesas pessoais de políticos e mantinha um apartamento em Miami para o lazer dos petistas, os donos do poder.

Para os petistas, Cuba é um paraíso, mas só da boca para fora. Petista que se preza gosta mesmo é de Miami, especialmente se as mordomias forem pagas com dinheiro do povo trabalhador do Brasil desviado para seu bolso pelos esquemas de corrupção armados nos governos de Lula e Dilma. Os investigadores da Operação Lava-Jato descobriram que um discreto posto de gasolina em Brasília servia como entreposto de vários esquemas de corrupção.

Seguindo o dinheiro, encontraram doleiros, funcionários públicos, empresários, políticos, partidos e campanhas eleitorais que se nutriam daquela mesma fonte. Logo ficou claro que a mesma estrutura criminosa se espraiava por vários órgãos do governo como braços de um esquema único cujo objetivo comum era arrecadar e distribuir propina aos partidos que apoiavam o governo do PT - claro, com sobra para bancar as necessidades e, principalmente, os desejos ilimitados do grupo de privilegiados.

A polícia descobriu tentáculos do esquema no Ministério do Planejamento. Em troca de um contrato milionário, a Consist, uma empresa de tecnologia digital, distribuía propina aos políticos. Alexandre Romano, um ex-vereador do PT do interior de São Paulo, conhecido entre os companheiros pelo carinhoso apelido de Chambinho, era o responsável por fazer o reparte do dinheiro arrecadado. Entre os beneficiários estão Gleisi Hoffmann (PT) e o marido dela, Paulo Bernardo (PT) - ela senadora e ex-ministra da Casa Civil de Dilma Rousseff, ele ex-ministro do Planejamento e das Comunicações nos governos Lula e Dilma. Documentos apreendidos comprovam que o dinheiro desviado pagava despesas pessoais do casal em Curitiba, como o salário do motorista particular. Até mesmo uma multa aplicada a Gleisi pela Justiça Eleitoral nas últimas eleições, em que ela se candidatou sem sucesso ao governo do Paraná, foi quitada com recursos recebidos do esquema.

A prisão de Chambinho impulsionou as investigações. Há indícios de que o ex-vereador manteve laços financeiros com pessoas muito próximas do atual ministro da Previdência, Carlos Gabas, um dos auxiliares mais prestigiados pela presidente Dilma Rousseff. Foi Gabas quem levou Dilma a passeios por Brasília na garupa de sua moto Harley-Davidson. O Palácio do Planalto já sabe que o ministro pode ser alcançado pela investigação. Chambinho repassava parte da propina ao então tesoureiro do PT João Vaccari, o notório "Moch", que criou a expressão "pixuleco" para se referir à propina. Outros figurões do partido receberam repasses de Chambinho, um eficiente arrecadador. Uma operação em especial tem chamado a atenção dos investigadores. Chambinho comprou no ano passado, com a Lava-Jato já a pleno vapor, um apartamento em um condomínio de luxo nos arredores de Miami, na Flórida. Pagou 671.000 dólares - mais de 1,5 milhão de reais àquela altura. Os investigadores suspeitam que Chambinho seja apenas o laranja, tendo feito a transação com o intuito de ocultar o verdadeiro dono do imóvel.

O apartamento de Chambinho, que fica na South Tower at The Point, um dos cinco prédios do condomínio, teve ilustres ocupantes temporários, entre eles o deputado Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara dos Deputados. O condomínio é um daqueles típicos paraísos capitalistas, com uma generosa área de lazer, marina e spa. Os investigadores já sabem que Maia e Chambinho se encontraram tempos atrás nos Estados Unidos. Em julho passado, o deputado viajou para Miami com a família e passou suas férias no apartamento. Uma gentileza entre amigos, segundo o parlamentar:

Qual a relação do senhor com Alexandre Romano?
Sou amigo dele. Eu o conheci há poucos anos, quando ainda era presidente da Câmara. Ele estava representando interesses de empresas do setor elétrico, mas nada ilegal.

O senhor se hospedou em um apartamento na South Tower at The Point, em Miami?
Ah, sim. Esse apartamento é dele (de Romano). Acho que ele me convidou e eu utilizei o apartamento. Fiquei lá uns dez dias.

Quantas vezes o senhor já foi a esse apartamento?
Acho que fui uma vez só, mas tenho de ver isso com atenção.

O senhor é o verdadeiro dono do apartamento?
Não, não, não é meu. Não tenho nenhuma relação com isso.

O senhor já esteve com Alexandre Romano nos Estados Unidos?
Não, nunca... Ah, lembrei que uma vez encontrei com ele, acho que em Nova York.

Há alguma ligação financeira entre vocês?
Só amizade mesmo.

Alexandre Romano, o Chambinho, estava negociando um acordo de delação com os procuradores da Lava-Jato. Nas conversas preliminares, ele contou coisas surpreendentes. A decisão do Supremo de tirar da Lava-Jato investigações não diretamente ligadas ao petrolão, porém, vai adiar o acerto de contas de Chambinho com a Justiça. Enquanto isso, a vida continua na paradisíaca South Tower, a apenas 530 quilômetros de Cuba
Almir ILHOTA
29/09/2015 06:45
Ao ILHOTA querida.

Caro amigo, o debate aqui se refere a ideias e a abras deste ou daquele governo, me perdoe se estou deixando-o nervoso com meus comentários incisivos, contundentes, certeiros. Você fala em obras do governo Daniel/junior, já que você faz parte deste governo. e também esta mamando na prefeitura deves ter acesso a todas as informações de todas as obras conveniadas, licitadas, contratadas e terminadas que o Daniel já realizou, não é mesmo? Quanto as obras realizadas pelo governo anterior citadas por mim não as conheço bem, mas terei prazer em pesquisar e debate-las com você, fazendo um comparativo de quantidade e qualidade das mesmas, com relação ao governo Daniel/junior; Por favor nós povo, queremos que ILHOTA, cresça se desenvolva, que os governos sejam cada vez mais qualificados, mais dedicados em resolver as demandas da sociedade. Mas pelo que vejo quem se levanta contra o REI e seus amiguinhos é mandado embora de nossa cidade. Embora mesmo irá nosso alcaide em 2017, pois parentes ou compromisso com nossa cidade já provou não ter mesmo. E quanto as eleições ano que vem, podem ter certeza que desta vez o povo saberá escolher alguém com um perfil de administrator, exigência cada vez maior pelos órgãos de controle das contas publicas. Ai sim fica a dica.
Herculano
29/09/2015 06:40
DILMA: REFORMA SAIRÁ SER OS VETOS FOREM MANTIDOS, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Deputados do PMDB ameaçam recuar na negociação - para indicar dois ministros - indignados com a atitude da presidente Dilma. Após "bater o martelo", ela decidiu adiar a reforma para depois de retorno dos Estados Unidos, mas isso nada teve com eventuais dificuldades de negociação. É que ela decidiu condicionar a reforma ao comportamento do PMDB nos vetos presidenciais, ainda pendentes de votação.

Gastos

Os vetos de Dilma evitam aumentos de diversas categorias aprovados pelo Congresso que acarretariam em bilhões a mais no Orçamento.

Não vai dar certo

"Isso que ela [Dilma] está fazendo com PMDB não vai dar certo", diz Jarbas Vasconcelos (PE), que considerou a viagem dela dispensável.

Insegurança

Para Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), "a emenda será pior que o soneto: o adiamento só reforça a insegurança como característica do governo".

Pegadinha?

O PMDB indicou o deputado Manoel Jr (PB), crítico do "Mais Médicos" para ministro da Saúde. Ele também pregava a renúncia de Dilma.

LÍDER DO PR NA CÂMARA É CAMPEÃO EM VIAGENS

O líder do PR na Câmara, Maurício Quintella Lessa (AL), tomou gosto por viagens internacionais bancadas pelo contribuinte. Sob o pretexto de presidir a União Interparlamentar, consumiu mais de R$ 24 mil só em diárias viajando por países como Estados Unidos, Suíça, Vietnã, Israel e Rússia. O único mês que Lessa não realizou viagem ao exterior foi julho. É quando, sob recesso, a Câmara não banca a gastança.

Férias agitadas

Mesmo no recesso, Maurício Quintella Lessa usou o cotão parlamentar para ser ressarcido por oito passagens aéreas entre Maceió e Brasília.

Crédito ou débito?

O deputado também não economiza nos gastos para os quais pediu ressarcimento. Só em setembro, foram R$ 43.364,13.

União viajante

Por sua assessoria, o deputado Quintella Lessa diz que preside a União Interparlamentar e precisa representar o Brasil nas reuniões.

Compensação

Petistas querem indicar um novo ministro da Educação, agora que o partido deve perder a pasta da Saúde para o PMDB. Renato Janine Ribeiro, da cota pessoal de Dilma, não empolga nem o PT.

Outras boquinhas

Para minimizar a decisão de Eduardo Cunha de restringir a farra de horas extras de servidores da Câmara, um grupo de deputados quer estender de 2 para 3 os assessores que recebem adicional noturno.

Candidatura própria

Ao contrário de parlamentares do partido, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, nega com veemência um acordo com o PSDB, para as próximas eleições presidenciais. Siqueira diz que a polarização PT/PSDB envelheceu e que o PSB terá candidatura própria.

MILHÃO PELO IMPEACHMENT

O abaixo-assinado que pede o impeachment da presidente Dilma no www.proimpeachment.com.br já acumulou mais de 1,03 milhão de assinaturas em apenas vinte dias.

Fogo mui amigo

O documento da Fundação Perseu Abramo, do PT, atacando as medidas do governo contra a crise econômica, não é para ser chamado assim. Seus autores juram que querem "apenas ajudar". Ah, bom.

Acorda, Alice

Não é tucano o padrinho do documento da Fundação Perseu Abramo, mas Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central no primeiro governo Lula, quando, segundo ele, começou a gestação da crise.

Direito eleitoral

O presidente OAB nacional, Marcus Vinícius Furtado Coelho, designou o advogado Erick Wilson Pereira para presidir a comissão especial de Direito Eleitoral do Conselho Federal da OAB. Erick é parceiro de escritório de Cezar Peluso, ministro aposentado do STF.

Governista radical

Cresce no governo o cartaz de Eliseu Padilha, que o PT chamava de "Eliseu Quadrilha", nos anos FHC. Mesmo deixando a secretaria da Aviação Civil, ele continuará dando cartas no jogo do poder palaciano.

Pergunta na praça

Dizendo na ONU que "o Brasil não tolera mais corrupção", Dilma sinalizou que vai mesmo renunciar ao mandato?
Herculano
29/09/2015 06:31
O PIOR AINDA PIORA: A INFLAÇÃO, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

É remota a chance de IPCA perto da meta em 2016, mais uma frente ruim de incerteza

A PRETENSÃO de chegar à inflação de 4,5% em 2016 foi praticamente para as cucuias, como quase tudo mais na economia. Não bastassem todas as incertezas, caos, na verdade, abriu-se de vez outra frente de desarranjos sérios.

Em termos simples, a conversa na nova trincheira de desastres diz respeito ao que vai piorar mais: juros, dólar ou inflação? A pergunta é se o Banco Central vai: a) Elevar a taxa de juros (o que aprofunda ou prolonga a recessão e, agora, pode não fazer efeito); b) Intervir no câmbio (segurar o preço ora inflacionário do dólar: improvável); c) Jogar a toalha, esperar que pelo menos meia boca do pacote fiscal meia boca passe (improvável, diz o PMDB) e que seja o que Deus quiser.

Há duas opções restantes, claro. Primeira, o espírito de todos os santos baixa no governo, que apresenta milagrosamente um plano amplo e crível de arrumação de suas contas e de renúncia a bobagens econômicas de outra espécie, tirando o gás de dólar, juros etc. Segunda, credores incrédulos ligam o botão do colapso, com a disparada fatal de câmbio e juros.

Levar a inflação à meta de 4,5% no fim de 2016 sem elevar a taxa básica de juros além do nível atual, 14,25%, era o plano do BC até ao menos a quinta-feira passada, passado remoto, nas novas condições brasileiras.

Na semana passada, o próprio Banco Central previa inflação de 5,3% em 2016, mantida a taxa de juros atual, dólar ali por R$ 3,90 no final do ano etc. Ontem, os economistas que mais costumam acertar previsões, de acordo com o BC, estimavam inflação de 6,4% para 2016.

Previsões costumam estar erradas; não são destino. Mas é o que se tem à mão a fim de calibrar a taxa de juros a fim de evitar alta extra da inflação.

Pode ser que a recessão de 2015-16 seja grande o bastante para evitar altas adicionais de preços. Quer dizer, em termos "pop", só vai ser bom se for ruim.

Só que não.

A expectativas de inflação em alta, como agora, tendem a elevar a inflação. De resto, ainda não há perspectiva de contenção do preço ora inflacionário do dólar.

A economia indexada deve carregar pelo menos parte da inflação de agora para o ano que vem. Isto é, por meio de regras formais ou não, reajustar 2016 pelas altas de 2015. Por exemplo, haverá em 2016 um reajuste de 10% no salário mínimo, aliás letal para prefeituras. Mesmo que não esteja em contrato, as pessoas passam a fazer contas reajustando tudo por "10%".

Pode haver ainda reajustes de preços controlados pelo governo. Não está certo se a conta de luz já pagou todos os efeitos da seca e dos erros de Dilma Rousseff: pode haver mais reajustes extras. Dado o risco de desastre na Petrobras e a falta de dinheiro do governo para socorrê-la, não é absurdo imaginar que virão reajustes de combustíveis.

Note-se que o aumento das estimativas de inflação para 2016 não se deveu à previsão de inflação maior nos preços administrados. O pior pode piorar.

Em um governo crível, seria possível ter uma meta "extraordinária", intermediária, de inflação para 2016, com um plano estrito de redução da meta nos anos seguintes, o que permitiria segurar os juros sem rolo maior. Um governo crível teria plano fiscal para os próximos anos.

Não é o que temos.
Herculano
29/09/2015 06:29
Á ESPERA DA REFORMA MEDÍOCRE E LIMITADA DE UM GOVERNO RUIM, por Ricardo Noblat, de O Globo

De volta de Nova Iorque, depois de abrir mais uma Assembleia Geral da ONU, a presidente Dilma Rousseff deverá conferir prioridade ao desfecho da reforma do seu ministério.

Trata-se de uma tarefa que ela mesma se impôs e que se arrasta há mais de 30 dias. No momento em que mais precisa de apoio político, ela pretende cortar 10 dos atuais 39 ministérios.

Não é uma ideia inteligente. Mas Dilma é useira e vezeira em adotar ideias pouco inteligentes. Ou burras mesmo. Age assim devido à sua inexperiência política e à má qualidade dos seus conselheiros.

Do ponto de vista econômico, o corte de 10 ministérios nada significa. É só para que ela possa dizer: "Cortei". E talvez não corte 10. De alguns deles, se limitará a tirar o status de ministério.

Com o corte e a entrega de seis ministérios ao PMDB, um deles o da Saúde, Dilma imagina reunir votos o bastante para barrar na Câmara dos Deputados qualquer pedido de impeachment contra ela.

O PMDB não lhe assegura votos com tal objetivo. Nem mesmo com o objetivo limitado de recriar a CPMF. Alguns nomes do partido podem particularmente lhe assegurar seus votos. Mas é só.

Dilma procede como em 1992 também procedeu o então presidente Fernando Collor, ameaçado pelo impeachment. Collor reformou seu ministério. E mesmo assim acabou no chão.

Marcas da reforma feita por Collor: a atração de nomes de peso da política e de fora dela; e sua amplidão. Os nomes dos novos ministros de Dilma são medíocres. E a reforma, limitada.
Herculano
29/09/2015 06:22
PSDB AFIRMA QUE PETISTAS DEVEM PAGAR POR ERROS

A propaganda nacional do PSDB veiculada ontem a noite afirma que o partido não é oposição ao Brasil, mas sim ao governo, e que é hora de o PT pagar por seus erros.

Os tucanos Geraldo Alckmin, José Serra, Aécio Neves e Fernando Henrique Cardoso criticam medidas como a possível volta da CPMF e os cortes no Pronatec.

Na introdução da peça, atores usam máscaras da presidente Dilma, enquanto uma narradora diz que as pessoas que votaram nela esperavam uma coisa e se depararam com outra. Ao fim, todos tiram os adereços, e a narradora anuncia que "com tanta mentira, um dia a máscara cai".

Durante toda a propaganda, pessoas marcham com panelas, em alusão aos recentes panelaços contra o governo.

Nesta segunda, Aécio afirmou que o governo Dilma vive seus "estertores" [agonia].

"Eu falo hoje no programa de forma muito clara: a saída da crise se dará dentro daquilo que prevê a Constituição", disse o senador, no Rio.
Herculano
29/09/2015 06:19
TUDO ROSA

O presidente da Câmara, José Hilário Melato, PP, acaba de fazer a seguinte indicação ao prefeito Pedro Celso Zuchi, PT: "providenciar a adesão do Município de Gaspar à campanha Outubro Rosa, promovendo a cor rosa em diversos pontos da cidade, como pinturas em cabeceiras de pontes, parques, praças, iluminação rosa, etc. visando a conscientização da sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama".
Herculano
29/09/2015 06:16
DILMISTAS TEMEM QUE LEVY ESTEJA FORÇANDO SAÍDA

Conteúdo do jornal Folha de S.Paulo. Texto de Valdo Cruz e Natuza Nery, da sucursal de Brasília. Assessores presidenciais avaliam que o ministro Joaquim Levy (Fazenda) "está esticando a corda" ao insistir em críticas públicas à "ambiguidade" do governo na área fiscal e na defesa de mais cortes.

No Planalto, o temor de alguns é que Levy acabe comprometendo sua permanência. Nas palavras de um interlocutor da presidente, ele pode se "inviabilizar" e sair no pior momento tanto para o governo como para ele, ficando com a imagem de derrotado.

Apesar de reconhecerem que as avaliações de Levy têm procedência, auxiliares dizem que ele erra em ficar só batendo na tecla do ajuste e que deveria estar buscando melhorar o clima da economia para a volta do investimento.

Nesta segunda (28), causou desconforto a entrevista de Levy ao jornal "Valor", na qual defendeu mais cortes e criticou o envio ao Congresso da proposta de Orçamento de 2016 com deficit, que levou à perda do grau de investimento por parte de uma agência.

Um auxiliar disse que Dilma reconheceu que Levy estava correto na defesa de mais cortes ao lançar a segunda fase do ajuste, mas que ele deveria estar empenhado em ajudar a aprová-lo e não ficar fazendo críticas ao governo.

"Tinha gente que achava que o 'downgrade' estava no preço e que, portanto, podíamos ser complacentes", disse o ministro na entrevista.

Interlocutores de Levy negam que sua intenção seja sair do governo. Seu objetivo, dizem, seria acelerar a aprovação do ajuste e ele não estaria falando só ao governo, mas principalmente para a sociedade, porque é um "problema real" que afeta a todos.

Insistir na importância do ajuste, segundo Levy disse a interlocutores, é papel de ministro da Fazenda e ele não vê isso como extrapolar suas funções.
Herculano
29/09/2015 06:13
MEA CULPA, MAS SEM SAÍDA

De Dilma Vana Rousseff, PT, na ONU: "Esse esforço chegou a um limite, tanto por razões fiscais internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo".

Então está! Qual a saída? Tontos. E nós pagando esta pesada conta da mentira, irresponsabilidade, incompetência, arrogância, corrupção e roubalheira. Veja abaixo, o relato de Josias de Souza sobre a caótica situação da Saúde Pública. Os mais pobres, os analfabetos, os ignorantes, os desinformados, os que o PT engana na busca de votos, são os que mais sofrem e sofrerão. Wake up, Brasil!
Herculano
29/09/2015 06:05
COM ROMBO DE R$ 9,1 BILHÕES, A SAÚDE MENDIGA DINHEIRO DE EMENDAS PARLAMENTARES, por Josias de Souza

Às voltas com cortes orçamentários que somam pelo menos R$ 9,1 bilhões, o Ministério da Saúde prevê que o SUS evoluirá em 2016 da situação precária em que se encontra para um quadro dramático. Ignorada pela área econômica do governo, a pasta da Saúde tenta convencer deputados e senadores a usar verbas das chamadas emendas de parlamentares para restituir parte do dinheiro cortado. O quadro é de mendicância político-administrativa.

Se nada for feito, o Programa Farmácia Popular, que vende remédios a preços baixos, deixará de existir no ano que vem. Estima-se na pasta da Saúde que o dinheiro destinado a procedimentos como hemodiálise e cirurgias eletivas, com data marcada, acabará até outubro de 2016. Também a verba que financia o Samu, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, acabará três meses antes do final do ano.

Sob o impacto da queda na arrecadação de impostos, a previsão de gastos do governo com Saúde no ano que vem foi reduzida em R$ 3,8 bilhões. Como se fosse pouco, foram passados na lâmina R$ 5,3 bilhões que seriam destinados aos chamados procedimentos médicos de média e alta complexidade. Encaixam-se nessa categoria, por exemplo, as consultas especializadas, os tratamentos de câncer, as cirurgias cardíacas, as neurocirurgias, assistência a vítimas de queimaduras, distrofias musculares e um imenso etcétera.

Em meio a esse quadro de penúria que desafia a tese oficial segundo a qual os gastos sociais não foram afetados pelos cortes, Dilma Rousseff negocia com o baixo clero do PMDB da Câmara, na bacia das almas da sua reforma ministerial, o Ministério da Saúde. Faz isso para tentar reduzir os risco de abertura de um processo de impeachment.
Herculano
29/09/2015 06:02
E A REVISÃO DO PLANO DIRETOR, NADA!

A prefeitura de Gaspar pagou uma baba para a Iguatemi fazer a revisão do Plano Diretor. Era uma exigência da lei. Tudo foi feito entre gabinetes, técnicos e interesses. Nada de participação comunitária como reza o Estatuto das Cidades.

Como a sua aprovação na Câmara como está concebido ou foi feito, sem as ditas discussões públicas pode dar em complicações tanto para o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, e os vereadores, está se fatiando o que deveria ser contemplado pela tal revisão.

O que a pauta da sessão de hoje da Câmara informa mais uma vez ao distinto público? Que veio do gabinete do prefeito o Ofício nº 265/2015. O que ela traz? A mensagem nº 01/2015. E do que ela trata?. Ela é, vejam só, uma Substitutiva Geral ao Projeto de Lei nº 46/2014, que FIXA A DELIMITAÇÃO DO PERÍMETRO URBANO DO MUNICÍPIO DE GASPAR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. Acorda, Gaspar!
Herculano
29/09/2015 05:53
CUNHA É PENTA, por Bernardo Mello Franco para o jornal Folha de S. Paulo

Eduardo Cunha é penta. Com o novo depoimento do lobista João Henriques, já são cinco os investigados da Lava Jato que o acusam de se beneficiar do esquema de corrupção na Petrobras.

Nenhum outro político foi citado por tantas testemunhas do escândalo. Mesmo assim, ele continua no cargo e ainda articula a abertura de um processo de impeachment contra a presidente da República.

O peemedebista já havia sido citado por quatro pessoas: o doleiro Alberto Youssef, o lobista Júlio Camargo, o ex-gerente da estatal Eduardo Musa e o lobista Fernando Baiano.

O primeiro a falar foi Youssef. Em maio, ele acusou Cunha de exigir propina na construção de navios-sonda, usados para perfurar poços de petróleo. Dois meses depois, Camargo confirmou o relato e contou que o repasse foi de US$ 5 milhões.

Com base nas delações, a Procuradoria-Geral da República reuniu novas provas e denunciou o peemedebista por corrupção e lavagem de dinheiro. Cunha negou tudo, declarou-se "rompido" com o governo e continuou a comandar a Câmara.

O cerco voltou a se fechar neste fim de setembro. Apontado como "sócio oculto" do deputado, Baiano confirmou o pagamento pelos navios-sonda. Musa contou que ele dava a "palavra final" em nomeações para a cúpula da Petrobras.

Nesta segunda, surgiu mais uma novidade. O lobista Henriques disse ter aberto uma conta na Suíça para pagar propina ao peemedebista. Ligou o repasse à compra de um campo de exploração na África.

Em outros tempos, isso seria mais que suficiente para que Cunha perdesse o cargo. No entanto, ele nem chegou a virar alvo de investigação por quebra de decoro parlamentar.

Graças à covardia do governo e à cumplicidade da oposição, que conta com ele para derrubar Dilma Rousseff, o deputado segue firme e forte na cadeira. Até o fim da semana, ainda pode emplacar um amigo do peito no Ministério da Saúde.

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