30/10/2015
CASINHAS DE PLÁSTICO, A REVOLTA I
Nada como um dia após o outro. O tempo é o senhor da razão. A pedido do vereador Jaime Kirchner, PMDB, e de Hamilton Graf, PT, armou se uma audiência pública lá no loteamento das Casinhas de Plástico. Foram para lá fazer palanque os dois, mais o secretário de Obras, Lovídio Carlos Bertoldi e o secretário de qualquer coisa e agora do Planejamento, Soly Waldrick Antunes Filho. Por pouco, todos não sairam corridos de lá. Uma pena que o prefeito Pedro Celso Zuchi, a sua vice Mariluci Deschmps da Rosa, o cunhado de Zuchi, Antonio Carlos Dalsochio, e o presidente do PT e campeão de votos, José Amarildo Rampelotti, não foram.
CASINHAS DE PLÁSTICO, A REVOLTA II
Nada foi dito além do que já escrevi aqui várias vezes e fui desmentido, desmoralizado e intimidado. Lovídio – o mais valente de todos – engrossou a voz, alterou o tom e até ensaiou mais uma vez a intimidação comum do poder de plantão com quem lhe diz a verdade e cobra o míninio de dignidade, mas recuou rapidamente, diante do clima que se criou e concluiu: “realmente isto aqui está uma merda, tem muita coisa errada, temos culpas, mas preciso de todos para buscar uma solução”. Como assim?
CASINHAS DE PLÁSTICO, A REVOLTA III
Esgoto dentro da casa, fedor, lama, poeira, casas sem números e denominação das ruas, sem posto de saúde (obrigam ir ao Belchior para onde faltam linhas de ônibus, quando o sensato seria ir ao Centro), falta de horário de ônibus; para suprir se gasta R$ 17,00 de taxi ou a pé por quase cinco quilometros; crianças expostas ao perigo da BR-470 atravessando-a, falta da ligação das ruas Carlos Schramm e Luiz de Franzoi para não atravessar a BR, a falta de Correios. Ufa! Lovídio e Soly acham que isso é sopa. O povo de lá teve sorte: perderam tudo na catastrofe ambiental de novembro de 2008, ganharam um lugar para morar, são usados a cada eleição e fazem mal em reclamar com quem já lhe deu a esmola. Vergonha. Discurso que beira o crime.
CASINHAS DE PLÁSTICO, A REVOLTA IV
Para resolver isto, só falta um projeto de reurbanização. Ele se enrola na prefeitura há anos, repito: há anos. Ele ficou pronto há poucos dias. Só há poucos dias. O dinheiro Soly e Lovídio garantem que existe e está na Caixa, mas não querem que nenhum morador vá lá tirar isso a limpo. Também não falam qual a incompetência técnica está na prefeitura que não consegue pôr um projeto para ser aprovado na Caixa. Estranhíssimo tudo isso. A contar pelas enrolações que se contaram lá, esta é mais outra.
CASINHAS DE PLÁSTICO, A REVOLTA V
A prefeitura do PT de Gaspar escolheu um terreno para desapropriar porque ele era de um empresário, o ex-dono da Sulfabril. Uma lição “social”. Uma orientação do PT de Blumenau (e agora Itajaí), que manda no daqui. Era um charco, instável e hoje causa problemas para esgotos e escoamento pluviais. Decidiram impor um preço, bem menor ao de mercado. A discussão na Justiça impede a regularização da área (sempre escrevi) e com isso, acesso a verbas federais para a urbanização, sem a regularização não há correios, posse para seus verdadeiros donos, as famílias. Para tudo, a prefeitura inventa culpados, menos ela, que armou tudo isso.
CASINHAS DE PLÁSTICO, A REVOLTA VI
Até o nome do loteamento que estão impondo de Arábia Saudita, é contestado. A imposição é da bancada de vereadores do PT ao prefeito. Ninguém consultou o povo de lá. A escola, modelo, que existe lá, e onde foi feita a audiência, a Angélica Costa, só foi construída porque o prefeito e outros obrigaram a Bunge a fazer isso. Meu Deus! Mentira deslavada e contada por Lovídio. Está gravado. Foi exatamente o contrário. Cinco anos a Bunge esperou e suplicou para o prefeito Pedro Celso Zuchiu, PT, indicar o local da construção. A Bunge, por sua única iniciativa, logo após a catástrofe anunciou que reergueria a escola soterrada no Sertão Verde. Afinal, onde está a verdade e a mentira deslavada. Gaspar começou a acordar. E o pessoal das casinhas de plástico mostrou isso. Acorda, Gaspar!
Notícia do final da semana que passou: morre o jovem Felipe Lana em acidente de moto. Mais um. Mas é preciso prestar atenção. Foi na Rua Silva, a que mora o diretor da Ditran, Dirceu dos Passos. Aquela rua – como outras - está cheia de tachos na transversal. Isto é proibido pela resolução 336/2009 do Conselho Nacional de Trânsito.
Nepotismo. Desfeito em mais um caso em Gaspar (o outro era de Marlene Almeida, da Educação, e Jackson José dos Santos, da Ditran). Ana Janaina que possui uma união com Roberto Prócopio de Souza, PDT, do Procon, está agora em Brusque. Mas não totalmente desligada. Na terça-feira esteve por aqui para fazer uma apresentação pela Secretaria de Desenvolvimento Social. Ué! E a titular Maristela Cizeski não tem isso de cor e salteado. São muitas as viagens...
Desconfiado. O ex-petista, mas dissidente do grupo de Amarildo e Zuchi, Francisco Anhaia, está encucado. Ele foi para o PMDB com promessas mil para ser o representante da Margem Esquerda na campanha de vereador. E o PMDB agora só tem olhos para Osni Antonio Woleck, o Toni da Churrascaria. A verdade é que Toni não será candidato. A família não deixa, mas não disse até agora se ajudará ou não atrapalhará Chico Anhaia.
Duas ausências na convenção do PMDB que homologou, no domingo passado, o advogado Carlos Roberto Pereira presidente do partido por aqui no lugar do prefeiturável Kleber Edson Wan Dall: o ex-prefeito e presidente de honra, Osvaldo Schneider, o Paca, e o PP. Ausentes, mas juntos.
Agora é oficial. Os leitores e leitoras da coluna já sabiam que isso aconteceria; Laércio Pelé Krauss, suplente de vereador do DEM, pediu a vaga na Câmara de Andreia Symone Zimmermann Nagel, hoje no PSDB. Motivo? Infedelidade partidária. O advogado da causa é Luiz Roberto Schmitt Júnior, sobrinho do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, inconformado com a mudança de Andreria sem a sua benção; de Pedro Celso Zuchi, PT, e que não quer Andreia como candidata, e filho de Bebeto, ex-vereador pelo PSDB, o novo partido de Andreia, troca que originou a Ação.
Termina hoje o prazo anunciado pelo deputado Décio Neri de Lima, PT, garantindo a liberação dos R$14,7 milhões para a ponte do Vale pagar os atrasados da empreiteira Artepa Martins. Esta verba foi dada como liberada em abril. Acorda, Gaspar!
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