27/06/2016
UM BECO PERIGOSO I
O vereador Giovânio Borges, PSB, que foi escolhido e eleito pelo PT para a presidência da Câmara, está se metendo numa enrascada que pode lhe custar caro, inclusive o de ser pré-candidato a vice de Marcelo de Souza Brick, PSD, outro que foi presidente da Câmara por escolha do PT no acordo feito com PP e DEM, mas que não se cumpriu com Andreia Symone Zimmermann Nagel: ela se negou a se ajoelhar para o PT de Gaspar.
UM BECO PERIGOSO II
Giovânio resiste a ler o pedido de cassação do prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, na Câmara, por prevaricação ao não instaurar sindicância e punir servidores públicos lotados na Ditran, já condenados na Justiça e no Tribunal de Contas. Veja a argumentação de Pedro da Silva. Este assunto fui o único a tratar na imprensa de Gaspar (veja na edição do dia 17 de julho). O eleitor Pedro da Silva, fez a terceira correspondência neste sentido e a protocolou na Câmara. O PT do vereador presidente do partido, José Amarildo Rampelotti, e do presidente da Comissão de Economia, Antônio Carlos Dalsochio, PT, e cunhado de Zuchi, onde tudo parou, orienta a manobra Giovânio.
UM BECO PERIGOSO III
Rampelotti diz que quer saber quem está por detrás deste pedido. Como escrevi: a lei, a mesma que o PT exige para os outros, mas joga no lixo quando trata de um dos seus. O PT e Giovânio erram no essencial em assunto tão grave, para preservar os detalhes. Ora: O PT com quatro votos somados com o PSB de Giovânio, o PSD de Marcelo, bem como o PP de José Hilário Melato, tem tudo para colocar este assunto sob votos no bolso e sumir com ele logo do radar. Mas, por que não faz? Porque isto seria usado na campanha. Então, acorda, Gaspar!
BREXIT
O que Gaspar tem a ver com o referendo britânico que isolou a Grã Bretanha da União Europeia e suas consequências? Não sei, sinceramente. Mas, o que ficou claro? É que os jovens ingleses eram favoravelmente à permanência da Inglaterra na União Europeia. Era o futuro deles que estava em jogo. E o que aconteceu? Só 36% desses jovens foram defender as suas ideias e este futuro nas urnas. Já o que têm 65 anos ou mais foram em massa votar e decidiram pela separação, frustrando os jovens. Ou seja, os mais velhos deram mais um exemplo aos jovens, preguiçosos e alienados. Quem quer, faz a hora, acontece. Aí sim está a lição aos gasparenses que querem ou pregam mudanças na política local, mas estão omissos para as eleições de outubro. Vão pagar por esta atitude, como os jovens ingleses estão se lamentado agora. Acorda, Gaspar!
O RISCO I
O PMDB de Gaspar já começou a avaliar como temerária, ou no mínimo displicente, a sua atuação durante os últimos quatro anos do mandato da administração petista de Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa. Foi omisso e essa omissão, está sendo cobrada por eleitores inconformados com o que acontece aqui e em Brasília. E isto traz reflexos diretos nas ações, discursos e cobranças ao seu pré-candidato. O PMDB se omitiu ou se disfarçou na omissão, achando-se que assim se passaria por bonzinho perante a população. O PMDB de Gaspar poderá estar sendo vítima de um cálculo mal feito desta percepção.
O RISCO II
Por mais que a imprensa evite até agora perguntas embaraçosas ao pré-candidato do partido, as respostas de todos os assuntos graves passam muito perto dos problemas. Elas mostram que o PMDB de Gaspar é cumplice pelo silêncio do quadro de degeneração que engoliu a cidade e os resultados de uma administração caótica e sem transparência. A degeneração administrativa-financeira irá pegar se Kleber Edson Wan Dall ganhar o pleito em outubro, com o seu vice, Luiz Carlos Spengler Filho, PP, partido, que teve na figura de José Hilário Melato, o mais ferrenho dos defensores das manobras petistas na Câmara que geraram os problemas estruturais de hoje para o município.
O RISCO III
Nas entrevistas que vêm concedendo no embate comparativo como pré-candidato, Kleber tem certeza que Gaspar está mergulhada num buraco. A maioria dos gasparenses também, segundo poucas pesquisas internas de partidos e que estão disponíveis para privilegiados. Mas, o que o seu PMDB fez na Câmara para impedir este buraco se isto não foi proposital, ou seja impondo sacrifícios aos gasparenses? O que o próprio pré-candidato, que já foi vereador e presidente da Câmara, fez depois que perdeu a eleição para os petistas e ficou sem mandato para advertir, impedir e denunciar? Um programa de rádio para falar de água com açúcar, bem como encontrinhos nos bairros para saber o que as pessoas “pensam” e querem para Gaspar. Ou seja, espuma, pois ele próprio deveria pelo tempo disponível, conhecer bem do que perguntava nesses encontrinhos.
O RISCO IV
De verdade? O PMDB e o eterno pré-candidato Kleber não fizeram nada de concreto para reverter este quadro como oposição. Nem mesmo do seu emprego na tal Agência de Desenvolvimento Regional ousou colocar o dedo na ferida. O PMDB – malandramente - achou que outros deveriam se desgastar para este tipo de serviço. E viu a vereadora Andreia Symone Zimmermann Nagel, ex-DEM e agora PSDB, a inocente útil a fazer este papel para ele, o de questionar, o de discordar, e o de tentar impedir os desatinos dos petistas, de Zuchi, Mariluci, Rampelotti, Dalsochio, Mitinho, Lovídio... Deu tudo errado para o PMDB no resultado. A vereadora cresceu e agora o PMDB, de verdade, que já tentou descarta-la várias vezes do jogo sucessório via as artimanhas aqui em Gaspar, em Blumenau, Florianópolis e Brasília, não sabe o que fazer dela que virou uma concorrente a incomodá-lo. Ou seja, o próprio PMDB deu chances ao azar e Andreia apareceu no vácuo das omissões do PMDB gasparenses por quase quatro anos.
O RISCO V
Neste final de semana mais uma entrevista. Kleber falou que a revisão do Plano Diretor montada pela Iguatemi Engenharia, que recebeu uma dinheirama dos gasparenses para algo que não seguiu a lei, que não teve a participação popular, que conseguiu desagradar a todos e que não prosperou na Câmara, será revisto se ele for eleito. E vai ser revisto com a participação da sociedade. Excelente. É o mínimo. O óbvio. É o que está no Estatuto das Cidades. Mas, o que fez o PMDB de Kleber para que isto não chegasse torto onde chegou e que agora ele condena?
O RISCO VI
Kleber fala que a revisão – que ainda não foi votada na Câmara - do Plano Diretor desagradou o setor Imobiliário e o da Construção como argumento para desqualifica-lo. Opa! Cuidado. Ou Kleber não conhece a tal revisão do Plano Diretor, ou não a leu, ou está mandando recado para seus possíveis apoiadores, ou então está ensaiando bobagem maior a que já está aí. A revisão do Plano Diretor desagrada pelo simples fato porque ela não nasceu na consulta da sociedade como manda a lei. Consulta que deveria ter sido feita por um partido que se diz popular, assembleísta, ético etc, o PT. E tudo feito nas barbas e sob a complacência do PMDB de Gaspar que ficou quieto na Câmara. Então Kleber reclama exatamente do que? Culpa quem se não os seu PMDB onde foi presidente até recentemente, onde preferiu o silêncio sobre o que acertadamente reclama e aponta como defeito?
O RISCO VII
Kleber já reconhece que se ganhar as eleições de outubro – e quem ganhar, inclusive o do próprio PT – terá uma vida difícil pelo estado lastimável que receberá a prefeitura no que tange os aspectos administrativos e principalmente o financeiro. Estará sem sustentabilidade econômica e levará tempo para arrumar a casa em prejuízo dos gasparenses. Outra vez: o PMDB com a sua representação de quatro vereadores foi quase totalmente omisso (e disto se deve excluir Charles Roberto Petry, DEM, que substituiu Ivete Mafra Hammes, em licença médica. Ele foi um questionador frequente das intenções petistas).
O RISCO VIII
Se existe um caos, nem Kleber e nem o PMDB sabem hoje aponta-los em números e erros fundamentais feitos por Zuchi, Mariluci e o PT, PDT, PCdoB, PR e PRB. Então além de não se ter autoridade neste assunto, o PMDB de Gaspar não possui soluções claras, assertivas e caminhos. Kleber diz que para remediar vai fazer uma gestão austera. Ótimo. Mas qual, como, em que prazo e o que vai ser afetado nesta austeridade? Com quais sacrifícios os gasparenses concorrerão para os novos tempos de desenvolvimento e bonanza? Kleber não responde (ao menos na entrevista deste final de semana). Generaliza aos que lhe perguntam nas entrevistas. Um pastor prometendo milagres e ensaiando perdões aos culpados (Hum!). Diz que vai atrair empresas. Excelente. Mas, evita dizer o que se perdeu e apontar os culpados. E se vai atrair, os resultados só virão depois que ele sair do governo. Então até lá...
O RISCO IX
Kleber conclui que precisa ser criativo. Sim. Mas como e por que? Evita a todo o instante dizer quem errou para que ele tenha que promover o milagre. Ou seja, Gaspar tem um problema grave na administração municipal que vai sacrificar o próximo prefeito, a cidade e os cidadãos. O PMDB tem consciência disso, mas evita a todo o momento de nominar que isto tem nome e origem: o PT, o PDT, o PCdoB, parte do seu PP coligado via José Hilário Melato, o PR, o PRB, Pedro Celso Zuchi, Mariluci Deschamps Rosa. Evita apontar que Lovídio Carlos Bertoldi é a continuação de oito anos daquilo que está deixando a cidade num caos, sem transparência, cheia de processos nos tribunais. E sobre o Hospital e a saúde pública? Enrola e não diz se vai devolver a administração Hospital de Gaspar aos que a administravam, o que será feita da dívida que o PT aumenta a cada dia no Hospital quando prometeu saneá-la e apontar os ladrões, se vai continuar a intervenção e por quê, ou se há outra solução em mente. Ou seja, Kleber está há quatro anos candidato, melhorou muito a sua articulação e desenvoltura de comunicação, mas ainda não sabe exatamente o que vai fazer se eleito prefeito de Gaspar. Ou se sabe, esconde com medo de ser questionado ou perder supostos votos que possui.
O RISCO X
O PMDB quer ser governo em Gaspar, mas estranhamente não diz claramente o porquê disto. Não diz claramente que a cidade no entender do partido está mal administrada, está com problemas, que precisa mudar de mãos e que mudando, vai fazer diferente. Transparece apenas nas entrelinhas. Assume que vai fazer diferente porque presume possuir capacidade para tal. O PMDB de Gaspar quer a prefeitura, mas não quer expor o PT (seu parceiro até então na vida nacional em todas as misérias que ambos produziram juntos até se divorciarem recentemente).
O RISCO XI
O PMDB de Gaspar quer a prefeitura, mas não quer apontar os erros da administração do PT, Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschampos Rosa. O PMDB de Gaspar quer a prefeitura, mas não quer dizer claramente que Lovídio Carlos Bertoldi é a continuação do que está dando errado e que o PMDB quer mudar este quadro de vulnerabilidade. O PMDB de Gaspar quer a prefeitura, mas não trabalhou para pedir correções ou para apontar os erros nestes últimos quatro anos. Preferiu terceirizar o que era sua obrigação fazer e assim se estabelecer apropriação do que não fez. O PMDB de Gaspar quer a prefeitura nas eleições de outubro, mas não diz o que efetivamente vai fazer de diferente ao que está aí. O PMDB de Gaspar continua fazendo a política antiga, num ambiente que mudou, o qual exige postura diferente, transparência e comprometimentos com o eleitorado. O PMDB de Gaspar não percebeu, mas é preciso urgente se posicionar e buscar conteúdo pragmáticos para fazer frente à grave realidade municipal. Quem mesmo está orientando o Kleber?
Falta de transparência. A Câmara de Vereadores de Gaspar continua desafiando a Justiça que mandou dar mais transparência ao seu portal. A Câmara retirou as resoluções da mesa diretora da internet. Ou então as escondeu.
Na terça-feira passada, a pauta trouxe só o título de quatro delas. O que se esconde da população de Gaspar? E quem são os responsáveis por estas resoluções? O presidente Giovanio Borges, PSD, e os vereadores José Hilário Melato, PP, Ciro André Quintino, PMDB e José Amarildo Rampelotti.
Para eles, a Justiça e o Ministério Público que cuida da moralidade pública, merecem bananas. Os gasparenses que lhes dão os votos e os pagam, também.
A pauta da Câmara emagreceu. E em época de pré-campanha o que engordam os requerimentos de cumprimentos, moções de aplausos e votos de pesar.
Casa de ferreiro, o espeto é de pau. Termina esta semana o prazo de 15 dias para a Câmara de Gaspar responder Ofício nº 0172/2016/01PJ/GAS, da promotora de Justiça, Débora Pereira Nicolazzi, da 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Gaspar.
E o que ela quer saber?“(...) com fundamento no artigo 129, VI, da Constituição Federal, artigo 83 da Lei Complementar Estadual n. 197/2000 e informações contidas no Notícia de Fato n. 01.2016.00009300-8, cujo objeto é Averiguar possível falta de equipamentos que garantam a acessibilidade na Câmara de Vereadores.
E o que a doutora Débora quer no fundo, pois a falta de acessibilidade é notória? Quais medidas serão tomadas no sentido de solucionar a questão da falta de acessibilidade ao edifício. Acorda, Gaspar!
Ilhota em Chamas. Sem controle. Na semana passada, um ônibus escolar (AGS 4037) que transporta alunos para a secretaria da Educação no interior de Ilhota, ficou parado no Boa Vista. Faltou combustível.
O deputado Décio Neri de Lima, o padrinho da administração petista de Gaspar e que correu de Blumenau onde foi prefeito, para concorrer a prefeito em Itajaí, sua terra natal, está saindo de fininho desta corrida.
Esta coluna foi a primeira a noticiar tal pretensa desistência. Na edição de segunda-feira, o Jornal de Santa Catarina, fez a mesma leitura. Depois de terem o prefeito de Brusque, Paulo Roberto Eccel cassado, todos do PT – Itajaí, Blumenau e Brusque - vão se concentrar em Gaspar como único reduto do Vale do Itajaí possível.
Entretanto, se as pesquisas do próprio PT estiverem certas, vai ser outra derrota e com uma tropa de choque nunca antes vista por aqui.
O deputado Roberto Freire, a maior liderança do PPS, declarou na semana passada o partido não se alinharia em qualquer lugar com o PT, PCdoB e PDT nas eleições de outubro. Ele vai queimar a língua, pois não conhece o acordo que o PPS fez com o PT de Pedro Celso Zuchi para apoiar a candidatura do pré-candidato Lovídio Carlos Bertoldi.
Este apoio, inclusive, começa a ser questionado. Alguns filiados dizem que não foram ouvidos, não houve reunião do partido e nem mesmo assinaram nenhuma ata declarando formalmente este apoio. Não é isto o que pensa o presidente do partido em Gaspar, Vitório Marquetti.
Pesquisa política. Ontem os gasparenses foram surpreendidos por pesquisadores no Centro e bairros. É para orientar campanhas de partidos.
Ilhota em chamas. Depois que anunciou que não vai mais correr a reeleição, o prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, disse ter tirado um peso de 300 quilos das suas costas. Ao mesmo tempo, e contraditoriamente, a sua aceitação aumentou, afirmam seus correligionários. Então...
A promotora Chimelly Louise de Resenes Marcone que cuida da Moralidade Pública deu uma “trégua” de um mês aos políticos gasparenseses e ilhotenses. Ela está em Perúgia, na Itália, terminando parte do seu curso de mestrado. Na semana que vem estará de volta, para desespero de muitos deles.
Há meses que esta coluna pergunta: quanto vai custar a passagem da tocha olímpica para os gasparenses? Na prefeitura, um silêncio só desde então. O leitor assíduo desta coluna, Sidney Luiz Reinert, pesquisou e encontrou esta notícia. Uma boa pista: cidades desistem de receber a tocha olímpica por causa do alto custo, em média R$ 180 mil
Com o país em crise, fica difícil para algumas cidades custearem o importante evento. Cidades começam a desistir de revezamento da tocha Cidades. O maior símbolo dos Jogos Olímpicos, a tocha olímpica, está visitando várias cidades de todas as regiões do Brasil nesse exato momento, até antes do início dos jogos na cidade do Rio de Janeiro, em 5 de agosto.
No entanto, prefeituras como a de Ipatinga, Gouveia e Betim, no estado de Minas Gerais, desistiram de realizar o evento alegando que não têm dinheiro para bancar os gastos que, segundo o prefeito de Betim, chega a incrível marca de R$ 180 mil.
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