24/04/2017
A LAVA JATO E O EPITÁFIO DOS NOSSOS POLÍTICOS.
OU DO JORNALISMO NA IMPRENSA CATARINENSE?
Nas antigas redações dos atuais veículos de comunicação e aí me refiro aos jornais que eram a referência da elite produtiva e intelectual da época por aqui (e temos que excluir então o Diário Catarinense da RBS), o aprendizado se dava não apenas pelos egressos das então raras escolas de “jornalismo” brasileiras. A “formação” dava-se nas redações. Eram os egressos dos mais diversos cursos superiores (ou não). Vinham especialmente do direito, filosofia, sociologia, história, letras, pedagogia... Aqueles ambientes (redações) eram infestados de experiências, experimentados, abnegados, anônimos, exemplos e também de muitas fantasias (algumas delas, estórias, “heróis”, ou contos bobos). Na verdade, eram – de uma forma ou de outra - ensinamentos vitais para todos, principalmente aos novos, para não se cair no ridículo – o ingênuo ou intencional -, o que nos tenta permanentemente no exercício da profissão. O profissional era admirado pela sua retidão, intelectualidade, posicionamento, respeito inspirador. Aprendia a renunciar às sobras ou migalhas da mesa dos poderosos ou manipuladores, mesmo sob intensa fome. Nunca, por ser belo, vestir-se na moda, estar num círculo social de privilegiados e que não era o seu, ou ser bastardo do poder de plantão, muito em moda hoje. Afinal, desde que o mundo é mundo, a serpente fez Eva comer a maçã e experimentar o proibido e ao mesmo tempo, apesar do prazer, ela se envergonhar do que fez, das suas diferenças e belas formas insinuadas nos relatos bíblicos.
QUEM ASSESSORA OS POLÍTICOS?
QUEM ELES – POLÍTICOS E DONOS DE VEÍCULOS - PENSAM SEREM OS LEITORES, OUVINTES E TELESPECTADORES?
Volto. E lá nas redações (de antigamente e que não eram tão ideologizadas pela esquerda do atraso, produto único das escolas de jornalismo de hoje), essas redações tinham proprietários conhecidos. Eles frequentavam ou viviam as redações. Testavam-se à acuracidade do novato, (e do experimentado em permanente tentação) e prometido como talento. Lançava-se os novos aos leões, evas e maçãs sem dó e piedade, numa época em que não se tinha até um telefone decente para se comunicar, as cidades eram pequenas e todos, sabiam detalhes de todos (muito mais do que hoje com toda a tecnologia espiã e que só serve como prova aos mentirosos e sonegadores contumazes). Avaliava-se à apuração do essencial, personalidade imparcial do repórter, o equilíbrio, à pesquisa, à capacidade da contextualização, os detalhes essenciais para compor o relato objetivo do principal, distanciando-se do coração mole, o julgamento para a obrigação de reportar ou então opinar, a partir de uma coerência conhecida e sustentada em fatos, que os atores tentavam distorcer, modificar ou até criar para se saírem aa enrascada ou para se moldar como novos heróis perante a sociedade.
AS REDAÇÕES DE HOJE ACEITARAM PASSIVAMENTE O PAPEL DE IMBECIS.
FAZEM DE TOLOS OS QUE LEÊM, OUVEM E VEÊM, MAS CONDENAM OS JULGADORES
A imbecilização das redações em Santa Catarina ficou claro a partir da década de 1990 com a vinda da RBS para Santa Catarina. E não por culpa dela, não, mas dos próprios catarinenses, os mansos. A RBS foi competente na destruição de um frágil legado construído por história e memória única. Os catarinenses – empresários, políticos, intelectuais, lideranças - foram incompetentes para preservar o seu modelo cultural referência nacional nos núcleos plurais como Joinville, Blumenau, Florianópolis e Lages. Renegou o seu essencial: a memória de seus imigrantes e nativos. Permitiu uma tal “releitura” dos invasores. Até o modelo econômico-empreendedor vencedor com marcas nacionais e internacionais foi tragado. Não bastou o exemplo gaúcho bairrista e protegido que definhou numa suposta pujança e referência nacional. A RBS migrou para cá por oportunidade de sobrevivência diante de uma economia que agonizava lá, com governos ideológicos ou oligarcas e que o deixa hoje quase pré-falimentar. Aqui ainda havia uma economia em expansão, líder na agroindústria, eletroeletrônico, cerâmico, moveleiro e comprometido no carvão, metal-mecânico, madeireiro e textil capaz de suprir um negócio limitado no Rio Grande do Sul. Agora, depois de três décadas, exaurido este filão por aqui, a RBS gaúcha bate em retirada, sem nada acrescentar. Explorou a mina, contaminou, sobreviveu e a abandonou a terra.
FIZERAM DO PLURALISMO, UMA FALSA HEGENEMONIA BARRIGA-VERDE.
PINTARAM TODOS OS GATOS DE PARDOS PARA SE ELIMINAR A VANTAGEM DO COMPETENTE
O jornalismo catarinense perdeu a identidade, ancorado num modelo essencial regional. A pluralidade genuína catarinense se deu com o fim jornal “O Estado”, em Florianópolis, “A Notícia”, em Joinville, e mais tarde, o “Jornal de Santa Catarina”, em Blumenau, o pioneiro da modernidade do “off set”, da composição eletrônica, da circulação estadual e da redação ética com Nestor Carlos Fedrizzi (gaúcho de Caxias do Sul). Perdeu-se com o fim da rivalidade das rádios Diário da Manhã e Guarujá, em Florianópolis, da pioneira PRC4, Clube de Blumenau (ou as Coligadas), com a novata de então, Nereu Ramos; da Cultura e Colon, em Joinville, dos polos de Itajaí, Tubarão, Criciúma, Joaçaba, Chapecó, Caçador, Mafra e a que mais serviço de utilidade pública prestava no planalto serrano, a Clube de Lages. E até a Clube de Gaspar (hoje, Sentinela do Vale) que teve seus transmissores queimados, exibe um passado rico como ente comunitário. Ou com a rivalidade das TV Coligadas, de Blumenau e Cultura, de Florianópolis. Quantos talentos genuínos foram sepultados pelos conquistadores que, em nome do negócio, permitiram a degradação do jornalismo investigativo ou de fiscalização pelo tal jornalismo asséptico de resultados? Pintaram os gatos de cinza, quando não de rosa. Santa Catarina ficou sem concorrência regional. Um dono poderoso para as mesmas fatias de pizza que insistia em provar terem sabores diferentes. Redações higiênicas, fracas, com alienígenas e estagiários. Ou redações “poderosas” quando os interesses econômicos eram contrariados, principalmente no jogo governamental, o que usa os nossos pesados impostos para não ser incomodado pelo jornalismo de um único dono. Como adverte o pai da corrupção no Brasil, Emílio Odebrechet, sobre o papel da imprensa que se veste como pura hoje em dia: “vocês sabiam de tudo. Estão supressos e cobrando o quê?”
PASTEURIZAÇÃO, OMISSÃO E IRRESPONSABILIDADE.
PERDEU O LEITOR, OUVINTE, TELESPECTADOR E A SOCIEDADE.
GOVERNO E POLÍTICOS SE DIVERTEM NUM CLUBE FECHADO
A pasteurização promovida pela RBS, o aplauso fácil do político à esta vulnerabilidade num estado com diferenças regionais acentuadas, com vigorosos e diversificados polos produtivos, econômicos, políticos, culturais e sociais, somadas às mudanças da formação jornalística que passou essencialmente pela lavagem ideológica nas escolas, entre muitas de que todo empresário é ladrão, explorador e que político conservador possui o mesmo defeito no seu DNA; e que virtude está sempre com o progressista, uma referência santificada mesmo que seja cínico, incompetente e ladrão, criou uma “nova Santa Catarina”. A que se afunda hoje. Agora, em época de Lava Jato, a imprensa nacional, mas principalmente a imprensa catarinense, foi “surpreendida” pelos depoimentos. E só foi “surpreendida” porque não exerceu o seu papel no jornalismo. Acomodou-se. Admitiu, viveu e se aplaudiu na hegemonia. Subordinou-se ao poderoso. Foi preguiçosa, conivente ou irresponsável profissionalmente, fato que não seria admitido (não apenas pela questão da concorrência que hoje não existe entre os veículos daqui, salvo alguns blogs), mas por questões éticas no compromisso com o seu público, razão da existência de um veículo de comunicação social. Antes que qualquer coisa, um veículo é um produto de consumo. E nenhum produto tem o mesmo sabor, razão da preferência ser maior para um e menor para o outro.
SURPRESOS, MAS PARCEIROS DA DECADÊNCIA.
O CIDADÃO ENGANADO AINDA PAGA PARA LER, OUVIR E VER PRESS RELEASES.
NÃO É À TOA QUE AS REDES SOCIAIS TOMAM O LUGAR DO “JORNALISMO” CÚMPLICE.
UMA CUMPLICIDADE QUE LHE RETIRA A AUTORIDADE, AUTONOMIA E A SUSTENTAÇÃO ECONÔMICA
Foi “surpreendida” porque não investigou, não desconfiou, nem mesmo depois do escandaloso envolvimento de João Alberto Pizzolatti Júnior, que era o presidente do PP estadual. Ele desafiou até a lógica da sua alegada inocência. Forjou um foro privilegiado num cargo sem razão de existir num estado do Norte, lugar que nem sabia bem onde ficava no mapa do Brasil. Medo de enfrentar essa gente na Justiça, que custa. Chantageiam e nadam de braçadas diante dos medrosos. A ele, suas manobras, a “imprensa” catarinense “concedeu” exílio e esquecimento para não se incomodar nos seus direitos de enfrentar quem ousasse explorar este fato público de um homem público, representante de seu estado e de um ponderável eleitorado que não ganhou nada com a sua sina para se enriquecer particularmente. É o sinal que a imprensa passou claramente para os seus parceiros do poder que eles estão livres; abdicou da obrigação profissional; foi o sinal que passou para a sociedade de que vale a pena não expor e questionar as dúvidas de supostos poderosos que dizem influenciar tudo, inclusive a Justiça. Resultado: a imprensa catarinense e seus agentes se permitiram diminuir o seu papel de entes sociais de uma sociedade. Tudo em Santa Catarina a partir da década de 1990 tem essa marca, inclusive o crime organizado que saiu das páginas policiais a não ser, quando caos se tornou extremo e insuportável pelos cidadãos. Quando um governo formal negocia com o poder paralelo uma trégua para não abalar a imagem de seus fracos homens públicos e que falharam nas políticas públicas em favor dos cidadãos pagadores de pesados impostos, retrata-se que muito antes, falhou a imprensa. Ganharam os bandidos de todos os tipos.
E ISTO É FICHINHA DIANTE DO QUE OS POLÍTICOS QUEREM COM O CRIME DE RESPONSABILIDADE QUE TRAMAM NO SENADO CONTRA INVESTIGADORES, DENUNCIADORES E JULGADORES. CHEGARÁ A VEZ DA IMPRENSA.
Vou completar o textão. Eu poderia ficar aqui escrevendo páginas e páginas de como a imprensa catarinense se enfraqueceu, a partir da eliminação da imprensa regional e a tomada da RBS em Santa Catarina...Mas, essa miséria profissional não vai mudar por si só. Primeiro a imprensa catarinense que centraliza e diz influenciar, não possui donos conhecidos. Não estão expostos. Ou você desconhece quem sejam os donos da Zero hora, do O Globo, da Folha de S. Paulo, da Gazeta do Paraná, do Estado de S. Paulo, da Veja, do Correio Braziliense, do SBT, da Band? Terceiro, as redações são feitas de pessoas que imaginam o mundo ideal e protegem os seus amigos de afinidades ideológica, sexuais, bares, vícios, virtudes e interesses. Não uma sociedade plural. A realidade está circunscrita a um smartphone onde seletivamente só estão acessíveis os iguais ou que devem combater para tornar ainda melhor o seu pequeno mundo ideal, os que eles detestam e fazem a sociedade hegemônica ser pior de verdade para todos. Então é preciso recomeçar, incluindo urgentemente a verdadeira identidade catarinense e suas fortes nuances, diversidade e lideranças regionais.
O JOIO E O TRIGO
Nas redações de antigamente, concorridas, locais, disputadas, respeitadas e preservadas, os repórteres quando iniciados eram testados na capacidade, idoneidade e profissionalismo. Eram levados a serem setoristas de esportes e polícia, tidos como áreas de maior influência na dita “malandragem” e exposta à corrupção: a principal delas era a emocional. Ao testemunhar um depoimento de um criminoso, flagrado no crime, torpe, com armas, provas irretocáveis e bagulhos, era impressionante como ele alegava à autoridade do estado, de forma estruturada e reiteradamente, à sua inocência perante a polícia, o investigador, o promotor, juiz e jurado (quando fosse o caso). Só a experiência do jornalista no contexto do fato era capaz à uma reportagem que respeitasse o criminoso, a sua história, os agentes públicos e principalmente o leitor, ouvinte ou telespectador com ajuda dos fatos, provas, testemunhas e contraditórios. Tudo checado exaustivamente na redação por experimentados que avaliavam não a história em si, mas a isenção do repórter diante da chantagem humana. Hoje, a imprensa catarinense, por seus profissionais, diante de fatos concretos gerados por políticos (e criminosos), está em dúvida e prefere não apurá-los. Pior: está com medo ou até, conivente por questões de amizade, consequências jurídicas do constrangimento bandido, ou proximidade ideológica. Está criando mecanismos para diminuir os danos, impedindo o expurgo do agente público ou político exposto, bem como, adiando a necessária renovação de um ambiente deteriorado e sem futuro para que preserva a legislação e a ética.
NA LÁPIDE, OS POLÍTICOS GRAVARAM SEUS TESTEMUNHOS
Reuni uma pequena coleção de o “outro lado” dos políticos catarinenses envolvidos nas delações dos executivos da Odebrechet. Coleção? Uma só resumiria todas as outras, que são variáveis da mesma “sem criatividade alguma” de todos. Atordoados, os políticos mostram que nem para isso estavam preparados. Achavam-se super-heróis, imunes... Então, como farsa, deve se supor também que não prepararam para representar a sociedade ou governá-la?
1. Governador Raimundo Colombo, PSD, pego, escondeu-se da imprensa. Transparência zero. Voou para Brasília e lá escolheu com quem falar e o que falar. Bananas para a imprensa de Santa Catarina que cobre o seu dia-dia, que compra a promoção de um governo fraco. Não quis deixar ninguém da imprensa constrangido por aqui. Teve gente que se sentiu aliviada.
2. “A versão dos delatores da Odebrechet sobre a contribuição de campanha é carregada de mentiras, revanchismo e ódio”. Mentiras é o que vai se ver ainda. Em ambos os casos são apenas palavras contra palavras. Revanchismo e ódio? É possível. Os políticos, pela narrativa dos delatores, levaram a grana e não deram a contrapartida prometida. Ninguém é monge com bilhões perdidos, ou seja, resta então o revanchismo e o ódio.
3. Do ex-quase eterno presidente da Assembleia, o ainda deputado-candidato a governador pelo PSD, Gélson Merísio: “jamais pedi e jamais recebi doações da Odebrechet para as minhas campanhas”. Todos disseram isso. Combinaram? Mas, dos que negam, ninguém contestou com documentos. Palavras para preencher o tal “outro lado”.
4. Ninguém foi mais surpreendido e afetado com as delações da Odebrechet, do que o jovem Napoleão Bernardes, PSDB, o prefeito de Blumenau, a promessa. Ele está tonto e se revelou igualzinho aos outros nas desculpas e atitudes. Então, é, precocemente velho. E se não é, está mal orientado, ou desistiu, ou está apostando na falta de memória dos seus futuros possíveis eleitores. É possível que tenha razão.
5. Se Colombo “fugiu” e foi à Brasília para “se explicar”, Napoleão, foi o primeiro fazer um vídeo (enquanto os outros se escondiam em frias, repetidas e calculadas notas oficiais). “Reformou e atualizou” o vídeo e até deu depoimentos seletivos, sem perguntas. Mas na semana passada, Napoleão resolveu se explicar para o seu staff na prefeita. Fez bem. Abriu as portas. Fez vem. Convidou a imprensa para assistir o monólogo. Fez bem. E aí, orientado por alguém entendido, resolveu cagar.
6. Terminada a explicação “in home”, deixou a imprensa “convidada” chupando o dedo. Incrível. Vergonhoso não só para ele, mas para quem ele paga para cuidar da comunicação do prefeito, do município, para quem está com um saco de lama nas costas. Pressionado por alguns poucos coleguinhas, voltou atrás. Não tinha nada a dizer. Repetiu os clichês dele e usados pelos outros. Conclusão: ou Napoleão tem culpa ou não quer apontar os culpados? Eu aposto no segundo, mas... continua se for isso, culpado.
7. Não há outra saída. Gerenciei crises e não foram poucas. Presenciei outras. Li muito sobre isso. Quem prefere o flanco, perde. Fica desacreditado, não estando envolvido diretamente ou tendo razão naquilo que argumenta. Perde o timming, a diferenciação. Admitir o erro, o descuido, a armadilha é sinal que pode levar à compaixão, ao perdão...É o que está se vendo todos os dias com os políticos coroados: negam e se marcam. Por que Napoleão, o novo, o bom moço, o limpo, o inovador está resistindo?
8. Napoleão (como Colombo) não apareceria nas delações gratuitamente. Isso esquece! Nenhum delator é doido e não faria isso sob pena dele tomar o lugar do político (ou preposto) e ficar mofando na cadeia por falsa comunicação de crime. Há provas. Resta saber se foi Napoleão quem praticou, ou alguém em nome dele, ou à revelia dele e que o usou indevidamente para obter vantagens para si e para a campanha sem comunica-lo (o que é muito difícil e quem vive esse ambiente, sabe disso). Só estas três hipóteses. Não há outras.
9. Já passou da hora para Napoleão resolver este assunto. É o seu futuro que está em jogo. Melhor: trata-se de uma oportunidade para mostrar que é diferente. E a cada minuto que passa, ele se torna mais igual aos mais encrencados e que estão presos. A opinião pública não fará diferença entre o que ele fez e o que Eduardo Cunha, Renan Calheiros e outros do PMDB e PP fizeram, isto sem falar no próprio Aécio Neves, PSDB de Napoleão, as referências nacionais. A Lava Jato, Odebrechet, empreiteiras, fornecedores são marcas que ninguém quer.
10. Se eventualmente alguém fez o que se delata usando o nome de Napoleão, qual a razão para proteger esse alguém? A cumplicidade é um viés da assunção da culpa solidária. Afinal, quem cala consente. Então, Napoleão, vai ficar exposto, marcado, sangrando e pagar sozinho. É uma escolha. Napoleão deve ter lá suas razões, as quais reforçam a tese da sua culpa. Se o pai dele fosse vivo, o vendedor de livros jurídicos que virou o criminalista Acácio Bernardes, socialista, ligado ao PDT, já teria dado nomes aos bois de quem fez essa lambança, se realmente não tivesse sido Napoleão. E o caso estaria resolvido. Foi assim que ele pautou vários juris que assisti e os divulguei há 40 anos, projetando o sucesso dele, quando a maioria dos advogados o cunhavam como rábula e trabalhavam contra. Perderam.
VAMOS VOLTAR AO NOSSO MUNDINHO
AQUI HÁ PELO MENOS O CRUZEIRO DO VALE.
OS POLÍTICOS O CONHECEM HÁ DÉCADAS. VIRE E MEXE, VÃO À JUSTIÇA PARA DAR VERSÕES E LIÇÕES, CONSTRANGÊ-LO E CALÁ-LO. EM VÃO.
E MESMO ASSIM CONTINUAM GASTANDO DINHEIRO PÚBLICO EM COMUNICAÇÃO PARA DESAFIAR O ÓBVIO
Gaspar, com o atraso de 17 dias e só depois de cobrado aqui neste espaço, resolveu fazer o balanço dos 100 dias de governo de Kleber Edson Wan Dall, PMDB. E a coluna de sexta-feira já esmiuçou a listinha do óbvio, da manutenção e do improviso. A listinha mostrou que a cidade está parada; o prefeito é refém da inexperiência e dos partidos que fizeram a aliança do sapo com a cobra para apenas tomar o poder (e comemorar). Sobre a plantação de flores, a principal inovação da agora Gestão Eficiente de Gaspar, nenhuma prestação. Estranhíssimo. Sobre a suposta economia que está se fazendo, sem números relevantes ou de comprovação contábil, faltou dizer que quem manda de verdade na administração de Kleber é o secretário da Fazenda, o presidente do PMDB, o coordenador de campanha, que acumula a secretaria de Administração e Gestão, bem como atua com mão de ferro na procuradoria Geral, o advogado Carlos Roberto Pereira. Kleber sempre está esperando o relatório e as orientações do doutor Pereira.
PERGUNTAS PARA SEREM RESPONDIDAS
A IMPRENSA DE GASPAR NÃO FOI CAPAZ DE PERGUNTÁ-LAS
TODAS ESTÃO NO PLANO DE GOVERNO ENTREGUES PELO CANDIDATO À JUSTIÇA ELEITORAL
Vejam como funcionam os comunicadores e marqueteiros principiantes para os políticos, ou gente, que sabe o que faz e também, ao mesmo tempo, sabe que o eleitor e eleitora sofrem de amnésia permanente depois das eleições. Por isso, todos os políticos e gestores públicos nadam de braçadas e sobrevivem nesse vácuo. Quem se lembra de como era o nome da coligação de Kleber Edson Wan Dall, PMDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, adornada ainda pelo PSC, PSDC e PTB? “Gaspar te quero forte”. Qual o nome do projeto que organizou a sua campanha eleitoral? “Gaspar com você”. Qual o nome da consulta popular que orientou esse “plano” e que é um amontoado de intenções, uma disfarçada campanha eleitoral antecipada com promoções de 2.500 pesquisas sem metodologia, encontros e debates públicos nas comunidades? “Prá quem quer mais”. E agora, o que apareceu para consagrar o vazio? “Gaspar Gestão Eficiente”. Resumindo: quem queria mais, ainda está no menos; quem queria ser forte, ainda está fraco; e quem diz estar exibindo eficiência, apenas pode contar esta vantagem no empreguismo de comissionados amigos, onde a qualificação é a que menos conta. Como isto pode ser exigido e medido, se nem titular possui? Eu preparei 46 perguntas. Mas, apenas dez, todas com vieses da incoerência.
Primeira pergunta:
Esse projeto, segundo se divulgou na época e em toda campanha eleitoral, fruto da “pesquisa”, incluindo os debates, exigia a modernização da Gestão a qual “estava” sendo gerida, segundo os críticos e pelo PMDB, equivocadamente, por apadrinhados do PT de Pedro Celso Zuchi. Como isso vai ser feito, se passado quatro meses da posse o prefeito Kleber, não se conseguiu escolher ainda um secretário de Gestão e Administração, ou um profissional de reconhecida capacidade na área, inovação, liderança e resultados na gestão pública?
Segunda pergunta:
Quando se dará a prometida na campanha “revisão e atualização do Plano de Cargos e Salários, visando meritocracia e eficiência no serviço público, se até agora, as indicações dos comissionados contrariaram todas essas premissa e promessas divulgadas para os eleitores? Afinal qual o prazo para cumprir o que se prometeu? Quem está cuidando disso?
Terceira pergunta:
Um dos pontos do “plano de governo”, era o de “aumentar a transparência dos gastos e atos públicos e criação de uma ouvidoria”. Na coluna Olhando a Maré de sexta-feira passada, antes portanto da entrevista coletiva, e feita especialmente para o jornal Cruzeiro do Vale, mostrei que a promotora Chimelly Louise de Resenes Marcon, a que cuida na Comarca da Moralidade Pública, depois de esperar três meses pela sinalização de Kleber, resolveu instaurar um Inquérito Civil para apurar como anda a promessa feita durante a campanha em documento assinado no MP, exatamente, entre outros, para averiguar o cumprimento desse objetivo de transparência? Então, o atual prefeito vai continuar a reboque das cobranças dos órgãos de fiscalização, atitude que falsamente, pelo acontecido, tanto combateu quando candidato?
Quarta pergunta:
O que falta para “regulamentar a Lei Geral das Micros e Pequenas Empresas”, repetidamente prometida durante a campanha para atrair os fracos e os pequenos para a sua causa eleitoral? Qual o prazo para tirar isso do papel? Eficiência não é antes de tudo trabalhar com uma agenda, uma métrica ou é apenas é criar slogans (muitos até aqui e que por si só mostram indecisões ou espertezas de comunicação) que aparentam preocupação ao sabor das demandas mais atuais?
Quinta pergunta:
O que foi feito até agora para “garantir o fornecimento de medicamentos preconizados pelo Ministério da Saúde para a população, descentralizando a entrega de todos os remédios nas unidades de saúde e a domicilio para os acamados”? Por que essa ainda não foi realizada? Ou o que foi feito? Qual o prazo para cumprir o que se prometeu como prioritário? Quem está cuidando disso? Não vale dizer que o Brasil está em crise. Na campanha eleitoral, o país estava em piores condições e sem perspectivas de recuperação. Além disso, o PMDB, vale lembrar, era o sócio de 13 anos que dava a governabilidade ao desastre do PT.
Sexta pergunta:
Foi “implantado a tal Rede Cegonha, assegurando às mulheres o direito ao planejamento familiar, atenção humanizada à gravidez, ao parto e pós-parto, e às crianças o direito ao nascimento seguro”? Se não foi, por que? Desistiu? Se não desistiu, qual o prazo para tal? Na campanha, o papel aceitava tudo e se dava este assunto como imediato para os primeiros dias. Então, qual a dimensão da realidade?
Sétima pergunta:
Durante a propaganda eleitoral, essa promessa era insistente até para neutralizar propostas utópicas, mentirosas, possíveis ou criativas dos concorrentes. Então, de verdade, do déficit anunciado em campanha de 700 vagas, quantas efetivas vagas – além da que restou do seu próprio filho - foram ampliadas nas creches de Gaspar? Quantas foram viabilizadas pelas tais parcerias público-privada; onde? O custo de cada dessas vagas nessas parcerias comparadas com as próprias da rede pública? Como foram preparados os atendentes privados? Quais, quando e quantas novas vagas decorrentes de ampliação de espaço público próprio já existente ou decorrente da inauguração de novos prédios serão oferecidos este ano? Já estamos na metade dele. Citar vagas e datas.
Oitava pergunta:
O que foi feito para “integrar o transporte coletivo e cicloviário de forma a propiciar maior eficiência nos deslocamentos intermunicipais”? Onde está este projeto? Quem está elaborando e implantando de fato? Qual o prazo de execução? Onde ele começará?
Nona pergunta:
O que já foi feito para cumprir a promessa de campanha para se “mapear o risco geológico e de alagamento em Gaspar”? Qual a agenda técnica e de resultados sobre este assunto? Quem é o responsável por esse objetivo? Quando será implantado? Como alguém vai investir em Gaspar se não conhece esse tipo de risco, alternativas e as opções de evacuação?
Décima pergunta:
No plano de governo de Kleber denominado de “Construir o futuro” (mais um nome inventado e para confundir!) havia um óbvio (e que sempre apareceu neste espaço, que um dia até serviu para a administração petista enxovalhar uma juíza ilibada como se fosse uma bandida), um desastre anunciado: os adolescentes e crianças vulneráveis. O que parecia ser um fantasma de um passado recente, foi, estranhamente ressuscitado pelo atual governo. O PL 07/2017enviado à Câmara, de forma dissimulada, tentou, em regime de urgência, retirar as verbas do FIA para outros usos não especificados. O senhor não acredita que investir na educação e proteção de crianças e jovens seja um ato de mitigar os grandes problemas sociais para “construir um futuro” melhor? Ou o que o seu Plano de Governo levado à Justiça Eleitoral quis dizer exatamente com “promover a articulação dos conselhos de assistência social com os conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente, Saúde e de Educação visando a integração de esforços e a qualificação do atendimento às demandas sociais”, mas, na prática, de verdade propôs retirar verbas do FIA que possui a capacidade de mitigação e promoção de vulneráveis? Acorda, Gaspar!
ILHOTA EM CHAMAS I
O prefeito Érico de Oliveira, PMDB, é empresário da tal indústria e comércio de moda íntima, um notório polo econômico de Ilhota. Ele não ganhou a prefeitura por essa condição, mas, primeiro por falta clara de outra opção, tanto que na sua página ele confessa que quer chegar a prosperidade sem mudar nada. Érico ganhou as eleições por oportunismo: o fraco desempenho – e a negação sistemática da transparência - do antecessor, o advogado e novato na política e administração pública, Daniel Christian Bosi, PSD, fato amplamente explorado aqui neste espaço e deliciado pelo então candidato Érico para obter a vantagem sem méritos. Bosi foi mais longe: prometeu mudar e não mudou nada; e por causa disso ficou no meio do caminho. Agora, Érico acha que esse tipo de profissionalismo no jornalismo que expõe as incoerências, deve ser combatido, desqualificado e perseguido. E por que? Porque o poder é intocável, inquestionável... Ingênuo. Continuem assim.
ILHOTA EM CHAMAS II
Pego na inércia, nas velhas práticas, como o de descartar quem fez o serviço de “limpeza” do caminho para a sua eleição, entre eles, o advogado Aurélio Marcos de Souza, Érico invocou duas supostas qualidades suas. A primeira de que é um ente transparente. Nem vou muito longe nos meus comentários, até porque já foi desnudado aqui várias vezes e o que deixou muito contrariado. Ele próprio se deixou à humilhação neste assunto. Há três semanas o juizado da Comarca mandou o prefeito responder cidadão que questionava dados públicos que o prefeito sonegava por birra. A segunda, beira uma demagogia própria de discursos de políticos e agentes públicos para analfabetos, ignorantes e desinformados: a de que ele está imprimindo uma gestão empresarial, exatamente por ser um pequeno empresário ainda não totalmente testado nos resultados. É falsa essa afirmação e essa premissa. Pode até ajudar, mas a administração pública e privada são diferentes. Ao gestor público, é conhecimento (legislação) e habilidades especificas, totalmente dispensáveis na gestão de negócios privados. Érico não conhece os dois atalhos. Já provou nesses quatro meses. Pior: carrega o pior do político, a vingança. Ou seja, não inova, não lidera, manda. Foi eleito para mudar.
ILHOTA EM CHAMAS III
O que acaba de acontecer, e de forma oficial. Não se trata de fofoca. O decreto 44, de 17 de abril de 2017. "autoriza competências perante instituições financeiras" o Secretário de Administração (neste caso, Aline Michele Deschamps), autorizado perante as instituições financeiras a: I - solicitar saldos, extratos e comprovantes, inclusive de investimentos e operações de crédito, e de débitos direto autorizado; II - emitir e assinar cheques; III - abrir contas de depósito ou qualquer natureza; IV - autorizar cobrança; V - requisitar talonários de cheques; VI - autorizar débito em conta relativo a operações financeiras; VII - retirar cheques devolvidos; VIII - endossar cheque; IX - sustar/contra-ordenar cheques; X - cancelar ou baixar cheques; XI - efetuar resgates e aplicações financeiras; XII - cadastrar, alterar e desbloquear senhas; XIII - efetuar saques em conta corrente, poupança e investimentos; XIV - efetuar pagamentos, inclusive por meio eletrônico; XV - efetuar transferências, inclusive por meio eletrônico; XVI - liberar arquivos de pagamentos no Gerenciador Financeiro; XVII - encerrar contas de depósito; XVIII - receber, passar recibo e dar quitação; XIX - consultar contas de aplicação de programas de repasse; XX - utilizar o crédito aberto na forma e condições pactuadas. §1º A autorização que trata este artigo se refere a todos os fundos municipais e órgãos públicos vinculados à competência administrativa e financeira do Prefeito Municipal. §2º Na ausência do Secretário de Administração, o mesmo será substituído pelo Prefeito Municipal.
ILHOTA EM CHAMAS IV
Normal, apesar de passados quase quatro meses da nomeação do secretário. Mas veja o que aconteceu no mesmo dia dessa publicação no Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem hora para sair? A lacônica e cifrada portaria 107/2017 Ela revoga portaria 35/2017. O que dizia a portaria 35/2017, de três de fevereiro deste ano? Por meio da presente Portaria, o prefeito de Ilhota, delega, à Aline Michele Deschamps, Secretaria de Finanças nomeada pela Portaria nº 032/2017 as seguintes atribuições: emitir cheques abrir contas de deposito autorizar... Volto. O que esta portaria 107/2017, verdadeiramente leis ou quer dizer para ele, o seu governo e a secretária em cargo comissionado de confiança? Que em Ilhota possui uma secretária fantasma? Pior que o prefeito não confia. Isto seria permitido numa empresa séria pelo gestor ou dono da empresa onde além da competência é preciso um grau mínimo de confiança? Isto não é bullying, humilhação e constrangimento público? É por isso e outras, que Érico detesta gente que pensa, enxerga o óbvio e nãqo se subordina como são os relacionamentos entre a a Casa Grande e a senzala, inclusive na imprensa, submetida à paga de miseráveis níqueis ou, pior, a admissão ao seu círculo de amizade e poder. Triste. Meu Deus!
Mais uma. A empreiteira Torre Forte – que já teve o irmão do prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, Nelson Júnior – e hoje comissionado como gerente na Agência de Desenvolvimento Econômico, em Blumenau - com seu engenheiro técnico responsável, está respondendo mais outro inquérito administrativo na prefeitura de Gaspar.
É que em janeiro deste ano, ela firmou um acordo para o retorno ao canteiro de obras da Escola Olímpio Moreto, na Margem Esquerda. Não apresentou o cronograma e até o dia oito de março, segundo relata os fiscais da prefeitura, não haviam sido retomadas as obras e nada tinha sido informado sobre eventuais dificuldades para isso.
Praga dos contribuintes. Lembra daquele mimo que o presidente da Câmara de Gaspar, Ciro André Quintino, PMDB, inventou para as suas excelências vereadores no inícios de seus trabalhos, comprando 11 caros frigobares para serem eles instalados nos seus gabinetes e assim atender o povo sedento, com água mineral comprada com verba pública?
Pois é. Quem ganhou ainda não entregou. Tinha 30 dias para isso depois da assinatura do contrato, e que aconteceu no dia primeiro de março em certame que foi realizado em fevereiro.
Já estamos à beira do inverno. E isso deixou Ciro, injuriado. Ele deu prazo de dez dias a Refrimix, a partir do dia dez de abril, para a nova entrega, sob pena de refazer a concorrência. Deveria, de verdade, Ciro, em nome do povo sofrido e sem grana, cancelar essa presepada. Mas, ai...
Construções podres. Com este título eu informei o que se escondia de que as paredes de sala de aula no bloco dois do prédio do IFSC, em Gaspar, está com rachaduras e por onde, passam até um dedo. O filme pode ser visto na coluna de terça-feira passada.
O IFSC minimizou o problema numa nota enviada para a coluna. Segundo um laudo da construtora que anexou só feito agora, comprovou o que era óbvio e à vista de todos, mas que o Instituto não gostaria que se tornasse público.
A construtora e o IFSC baseados neste laudo, garantiram que as rachaduras não oferecem perigo aos alunos, professores e funcionários. Em julho, se tudo der certo, vão tampar essas rachaduras. Agora é esperar.
O IFSC diz que o prédio do Bela Vista está pronto desde 2010. E é verdade. Não disse o contrário, até porque acompanhei a sua implantação que a princípios estava programado para Blumenau. E um acordo com a Acig (quando essa liderava movimentos em Gaspar), Acib e a ex-ministra Ideli Salvatti, PT, permitiu a construção do IFSC na divisa de Blumenau.
A coluna reafirma: apesar do prédio pronto e usado por dois anos pelos professores e alunos, ele só foi inaugurado no dia no dia 28 de setembro de 2012 como afirmei. E o ato fez parte da campanha política eleitoral daquele ano promovida pelo governo Federal, ocupado pelo PT/PMDB. Ideli tinha interesse na agenda. Nem mais, nem menos. Acorda, Gaspar!
Engana que eu gosto. Já reportei aqui. Mas, não custa lembrar. O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, criou um tal Grupo Gestor para maximizar, economizar, modernizar, fiscalizar e dinamizar as políticas da sua gestão. Uma ideia muito boa e necessária. Quando feita com metodologia, técnica, conhecimento e por profissionais especializados. Isso é muito comum nas empresas.
Iniciaram-se as primeiras publicações das “resoluções” do Grupo Gestor da administração de Gaspar.
Primeiro. Você sabe quem compõe esse tal Grupo Gestor? O chefe de gabinete, engenheiro eletricista Pedro Inácio Bornhausen,PP; e o advogado Carlos Roberto Pereira, PMDB, como secretário da Fazenda, onde é titular; Carlos Roberto Pereira como secretário de Administração e Gestão onde acumula cargo e função, sem qualquer habilidade para tal, e Carlos Roberto Pereira como procurador de fato pois disto não abre mão devido ao conhecimento. Então o procurador geral formal, Felipe Juliano Braz completa a lista. O grupo de quatro, de fato é feito dois?
Centralização. A resolução três do Grupo Gestor, determinou que “todas as aquisições de bens e serviços dos órgãos que compõem a Administração Direta e Indireta do Município sejam centralizadas no setor de Compras e Licitação, subordinado à Secretaria Municipal de Administração e Gestão, mediante o encaminhamento das requisições de compras”.
Qual a justificativa? Controle dos volumes de compra, estoque e uso, bem como obtenção de descontos nas aquisições perante os fornecedores.
Teoria é uma coisa. A prática é outra, ainda mais no serviço público. Agora é ver como isso funciona por quem tinha a função de requisitar, controlar, estocar, carimbar, arquivar notas e até se dá importância nesse emaranhado burocrático e de poder.
E por falar nisso, Gaspar comemorou algo que mostra claramente o quanto ela estava atrasada na dinâmica da transparência, do mundo digital e da integração administrativa. Antes tarde, do que muito tarde. “Licitações da prefeitura de Gaspar começam a ser transmitidas ao vivo”, anunciou o press release com fotos de todos rindo.
Rir é bom, pois se trata de um avanço e tanto, embora muito tardio. Rir é ruim, pois não basta transmitir ao vivo o pregão e a compra, se antes, depois e atrás das câmaras continuarem o verdadeiro jogo nos negócios nesta área. Pouco adianta, se o cidadão não fiscalizar a partir das ferramentas disponíveis. E elas, que custam, não foram implantadas por iniciativas dos políticos, mas porque foram obrigados pelos órgãos de fiscalização, entre eles, o MP. Acorda, Gaspar!
A professora de educação física e que estava diretora da Defesa Civil de Gaspar do tempo do PT de Pedro Celso Zuchi, Mari Inez Testoni Theiss acaba de pedir e ganhar Licença Prêmio integral de três meses a que tem direito.
Perguntar não ofende: como ficou aquele caso do também professor que era o chefe de Gabinete de Pedro Celso Zuchi, Doraci Vanz, que pediu e ganhou licença prêmio para fazer a campanha eleitoral de 2012, mas não tinha esse direito? Fede na Justiça e internamente nada se sabe.
Enquanto o prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, PMDB, na entrevista coletiva sem perguntas tenta se esforçar para provar que há economia nas contratações, o Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não tem horário para sair – vai, a conta gostas, desmentindo o discurso.
Danieli Gabardo Pedroso, foi nomeada para ser coordenadora de Fiscalização da Secretaria Municipal da Fazenda; Joel de Souza, será o coordenador de Obras da secretaria de Obras e Serviços Urbanos
Subiram os preços de guinchamento e guarda dos veículos apreendidos em Gaspar. Bicicleta, charrete, carroça, carro de mão, reboque, semirreboque (pequeno porte) agora será R$101,01 por guinchada e R$10,52 por estadia diária.
Já os ciclomotores, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, reboque, semirreboque (médio porte), automóvel, utilitário, caminhonete, camioneta, trator, micro-ônibus e trailer custarão R$134,68 a guinchada.
A estadia diária dos ciclomotores, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo custará R$13,67; a de automóvel, reboque, semirreboque (médio porte), R$ 18,93; enquanto e utilitário, caminhonete, camioneta, trator, micro-ônibus e trailer, R$31,56.
Já o guinchamento de caminhão, reboque, semirreboque, ônibus, motor home salgou e custará R$ 349,33. Enquanto a estadia diária, R$ 47,34.
Ilhota em chamas V. Este assunto vai render e vai desgastar mais que qualquer outro para o prefeito Érico Oliveira, PMDB. Ele está mandando a Casan – a empresa de águas e saneamento estadual - às favas, sem indenizá-la para assumir a produção e distribuição de água tratada em Ilhota, sem colocar um tostão naquilo que já existe.
Ilhota em chamas VI. Érico, o empresário, o homem de visão, não conseguiu enxergar ainda que o mundo está privatizando e não estatizando, que com os loteamentos em massa que está autorizando vai exigir a curto prazo água tratada que não terá dinheiro e capacidade para suprir, que isso vai gerar mais esgotos no Rio Itajaí Açú, mais doenças na cidade, mais custos na saúde.
Ilhota em chamas VII. O prefeito Érico, que se diz empresário de sucesso quer mais estado naquilo que ele sabe não possui conhecimento, não tem capital público para investir e criar minimamente soluções paliativas. Incrível é o silêncio do seu secretário de Agricultura e Meio Ambiente, neste assunto crucial para o presente e futuro, Antônio Robson Dias Filho, o jornalista e um dos que está chamegando esta enxurrada de loteamentos problemas no município.
Ilhota em chamas VII. Então para levar o seu plano adiante, prefeito Érico acaba de contratar empresa de engenharia para prestação de serviços técnicos especializados em operação e manutenção do sistema de abastecimento de água com a Sandrini & Botega.
Ilhota em chamas VIII. E qual o valor mensal dessa “viagem” ou teimosia do atraso? R$ 180.453,89 e que dará um total R$ 1.080.723,34. Pelo jeito está sobrando dinheiro em Ilhota. Mais. A Casan, está na Justiça para impedir esse tipo de “tomada” de patrimônio e mercado.
Ilhota em chamas IX. O que o prefeito Érico não explica que Ilhota em algum momento, os ilhotenses vão ter que meter a mão nos seus bolsos e pagar o que a Casan já investiu no município no tratamento e distribuição de água. E Érico é empresário. Sabe que ninguém poderia tomar o seu negócio assim sem mais, nem menos, sem antes indenizá-lo. A conta é simples assim.
Ilhota em chamas X. Imagina-se se não fosse um contrato com uma prestadora de serviços jurídicos, onde os textos obedecem a critérios de avaliação para nada sair errado. O contrato 005/2017 feito com escritório de advocacia Zoega Coelho, de Florianópolis, passou a ter a numeração 013/2017. Erro formal. Hum!
Ilhota em chamas XI. Em tese, o Legislativo é a voz do povo e fiscal do Executivo. Nem sempre. A mesa da Câmara, respaldada pela maioria e o silêncio de uma minoria sem orientação técnica, anda atropelando leis em favor do Executivo. Isso ainda vai dar problemas.
Ilhota em chamas XII Não é a primeira vez. Veja o que aconteceu na semana quarta-feira passada, dia 19. Uma Resolução de Mesa Diretoria, a 06/2017, dispensou o trâmite pelo rito regimental do Projeto de Lei Complementar 08/2017. Para que? Para possibilitar sua leitura e deliberação em um único turno de discussão e votação na mesma sessão extraordinária.
Ilhota em chamas XIII. O que tratava a tal PLC 08? Muda a Lei Complementar 39/2013 e aumentou duas vagas (uma de Nutricionista e Fiscal de Vigilância Epidimiologica, Sanitária e Ambiemtal). Eram duas. Agora são quatro. Tudo da noite para o dia.
Um retrato da falta de manutenção dos postos de saúde de Gaspar. O vereador Francisco Solano Anhaia, PMDB, da base do atual governo, fez uma indicação para o prefeito Kleber Edson Wan Dall. O que ele quer para o posto da Lagoa? Substituição da porta de entrada principal; manutenção e/ou instalação de um novo ar-condicionado; substituição da película no vidro das janelas; reforma da maca do consultório médico; manutenção na persiana da enfermaria; e manutenção dos banheiros, lavação e sala de funcionários. Acorda, Gaspar!
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