21/09/2017
ENGRAVIDARAM A BARRANCA I
Silenciosamente e à vista de todos, em pleno Centro da cidade, “engravidaram” barranca direita do Ribeirão Gaspar Grande, justamente na sua foz com o Rio Itajaí Açú. E não só isso, mexeram em área de preservação permanente, estreitaram o leito natural (pode-se perceber na foto ao fundo e in loco) e criaram até um estacionamento para particular. Quem autorizou? A prefeitura no intuito, vejam só: o de resolver o escoamento das águas que ficavam no piscinão do Zuchi, aquela passagem sob o viaduto lança carros na ligação da Avenida das Comunidades e a Rua Dr. Nereu Ramos.
ENGRAVIDARAM A BARRANCA II
O pessoal que mora a montante da obra como Águas Negras, Gaspar Grande e Figueira entre outras, e que sofre constantemente com as enxurradas, está preocupado com esta intervenção. Ela poderá comprometer, seriamente, o escoamento e a drenagem de suas regiões. Reagiram. Esta “gravidez” da barranca, pode estrangular o curso normal e diminuir a velocidade da vazão do ribeirão em tempo de tempestades, além de provocar, na procura de um caminho natural, a erosão da outra margem do ribeirão, devido a obra e à velocidade das águas. Os entendidos, se dividem. Nada discutido com a comunidade.
ENGRAVIDARAM A BARRANCA III
Uma das reações veio do vereador Cícero Giovane Amaro, PSD. Ele está questionando a secretaria de Obras e Serviços Urbanos e principalmente à superintendência de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da prefeitura; Cícero quer os documentos que autorizaram o enrocamento e supressão vegetal na barranca; quer saber qual o objetivo da obra; se houve avanço do aterro além do autorizado; quem deu as licenças; se houve estudos preliminares para evitar prejuízos à vazão do ribeirão e o possível represamento das águas; quem contratou, qual o fiscal que a acompanhou; e se houve exigência da recuperação vegetal da barranca que está em Área de Preservação.
ENGRADIDARAM A BARRANCA IV
Há dez anos, o empresário Arno Goedert (Confecções Gueda) foi impedido pelo Ministério Público de construir um prédio bem ali próximo onde se “engravidou” agora a barranca. O projeto não respeitava os 15metros da margem do mesmo ribeirão. Há agora, dois pesos e duas medidas diferentes para casos semelhantes? Tanto que o vereador da base, Francisco Solano Anhaia, PMDB, numa indicação que fez na primeira sessão do ano na Câmara, “sugeriu” ao prefeito Kleber Edson Wan Dall, PMDB, a compra daquela área para usá-la na “melhoria” da mobilidade urbana. Compromisso de campanha. Para encerrar este assunto, por enquanto: na Câmara, o suplente Joaquim Araldi, PRB, também se mostrou preocupado com os reflexos dessa “gravidez” da barranca para o seu reduto eleitoral lá no bairro Figueira.
Finalmente os vereadores de Gaspar vão ter apenas 30 dias de férias como qualquer trabalhador normal (ainda é preciso conferir, pois se param bem antes do Natal e voltam no dia primeiro de fevereiro, aí há mais de 30 dias).
Mas, é um avanço o fim formal do recesso de julho. A ideia foi da vereadora Franciele Daiane Back, PSDB, e todos os vereadores votaram favoráveis. Isso mostra o quanto frágil e errado estava o ex-vereador, ex-presidente da Câmara e ex-candidato a prefeito, Marcelo de Souza Brick, PSD.
Como relator, há quatro anos, sob desculpas esfarrapadas, rejeitou a ideia por pressão de José Hilário Melato, PP, o mais longevo. Espera-se que uma notícia tão boa não encubra a má ideia fixa que continua nos bastidores da Câmara: o de aumentar os salários dos vereadores. Ela está a espera um vacilo da sociedade.
Cheque em branco. Com a desculpa de desburocratizar, o vereador Francisco Solano Anhaia, PMDB, está propondo que se faça uma lei. Ela permitiria que o prefeito nomine por decreto, logradouros públicos como prédios, pontes, obras de arte, ruas, praças etc.
Se a ideia do Anhaia estivesse em vigor, o Distrito do Belchior se chamaria Prefeito Tarcísio Deschamps porque assim o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi e o PT queriam. Era para acabar com a identidade e a história centenária de lá. Não haveria chance de discussão na Câmara, na imprensa ou na sociedade, como aconteceu.
Um fio de esperança. Depois de dez anos expostos ao movimento da BR 470, os moradores do loteamento das “Casinhas de Plástico”, em Gaspar, poderão ter acesso mais seguro via a Rua Carlos Roberto Schramm e Luiz de Franzoi, na Margem Esquerda. Foi aberta a concorrência para retificação e pavimentação dela.
Ilhota em chamas I – Uma boa notícia. A unidade da BMW do Brasil, a título de compensação ambiental das instalações industriais de Araquari, adquiriu para o município de Ilhota 5.456.683,50m2 e que será incorporado para a instalação do Parque Natural Municipal Morro do Baú, criado pelo Decreto Municipal 51/2015. Ufa! Uma economia e tanto.
Ilhota em chamas II - A WEG Equipamentos Elétricos doou sete módulos solares fotovoltaicos de 270w. Eles serão utilizados no Parque Natural Morro do Baú e ficarão sob responsabilidade da Secretaria de Defesa Civil de Ilhota. Outra economia se bem usada e lá no Parque.
Lembram-se daquela denúncia de compra de votos contra vários políticos daqui entre eles, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, em 2009?
Num dos desdobramentos dela, houve a acusação-revanche de que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, teria induzido à falsa denúncia de Odete Robeiro da Cruz, como ela relatou em depoimento a PF. O Ministério Público Eleitoral levou o assunto adiante e processou ambos.
Resumindo. No que toca a Adilson, ele acaba de ser absolvido pela juíza eleitoral Liane Bardini Alves. Provou-se que Adilson e Odete sequer se conheciam. O advogado de Adilson nesta fase do processo, foi Amilton Souza Filho.
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