17/08/2017
A ESMOLA SANTIFICA O DOADOR I
Não tem jeito. O presidente da Câmara, o único reeleito lá, Ciro André Quintino, PMDB, é um bicho político à moda antiga. É o pai do jeitinho, da esmola, da ajuda, das festinhas, dos pedidos já encaminhados, do sorriso fácil, da gastança desmedida do dinheiro dos outros, dos agradecimentos e da propaganda para enganação como se tudo isso fosse dele para benemerência. Ilicitude ética. Ciro olha o resultado como transferência de votos. É o retrato acabado dos políticos da Gaspar do atraso. Apesar da aparência e gestos de bom moço, nos bastidores trama, trava e jura vingança com quem não se alinha com as suas piruetas pelo poder.
A ESMOLA SANTIFICA O DOADOR II
Qual foi a penúltima, de muitas penúltimas que ainda virão do Ciro? Ele “doou” alguns kits de roupas para o moribundo Hospital de Gaspar, o ralo de dinheiro público. Ele está sob intervenção de Kleber Edson Wan Dall, PMDB, que não consegue sair da armadilha montada pelo PT e os médicos. Ciro aproveitou para promover na imprensa e redes sociais o deputado Aldo Schneider, PMDB, o doador intermediário, de quem é seu cabo eleitoral. Não que no Hospital não precise desses kits, ao contrário; nem daqueles desfibriladores que estão estocados lá e que só beneficiaram àa empresa que os fez e vendeu ao governo do estado; nem do repasse do lucro da feijoada do 15. Mas, tudo são merrecas para quem possui uma dívida de R$15 milhões (e só aumenta) e não sabe o que fazer com ela para manter o Hospital funcionando. Os políticos como o Ciro estão brincando e zombando com coisa séria. Estão tratando todos como tolos, analfabetos, ignorantes e desinformados.
A ESMOLA SANTIFICA O DOADOR III
Enquanto o governo do estado ou a Assembleia, repassam esmolas ao Hospital às vésperas das eleições, alimentando os discursos dos seus cabos eleitorais como bons moços, Raimundo Colombo, PSD, não repassa o que é obrigado: R$ 11.000,00 por mês (R$66.000,00 até junho). É uma promessa jurada. Não repassou a pendência de R$ 46.241,06 de cirurgias eletivas de janeiro, fevereiro e março. Já as de julho a setembro, num montante aproximado de R$80 mil, não foi aprovado. Quer mais? O governo federal deixou de repassar ao Hospital desde janeiro R$61.038,25 por mês (acumulando só este ano do Índice de Gestão Hospitalar, R$427.267,75). Foi pedido ao governo federal e não foi atendido ainda, R$128.000,00 por mês. Então kits, renda filantrópica, desfibriladores, são esmolas e nada diante da monstruosa dívida e obrigações. Criam-se ilusões distinto público. Fazem sumir responsabilidades nas cartolas. Negam-se às soluções. Se vieram, ficam sem palanques. Entenderam? Esses são os nossos políticos.
A ESMOLA SANTIFICA DO DOADOR IV
Um técnico em Brasília ao ser cobrado me disse: a solução está em Gaspar. “Começa pela transparência, a profissionalização, um plano coerente e aceitável de saneamento do Hospital. R$15 milhões de dívidas não é para poucos e nada fácil, ainda mais para quem tem um déficit mensal de meio milhão de reais por mês”. Depois, por que ao invés de kits, o deputado Aldo Schneider, o deputado Jean Jackson Kuhlmann, PSD, cujo cabo eleitoral é Marcelo de Souza Brick (agora na SCPAR), e Ismael dos Santos, PSD, cabo e da igreja de Kleber, não pressionam Colombo suprir o que deve ao Hospital? Não! Preferem kits, desfibriladores, doações de festas que dão divulgação que santifica os “heróis" eternos oportunistas doadores. E por que os deputados Mauro Mariani, Rogério Peninha Mendonça, ambos do PMDB e Esperidião Amim Helou Filho, PP, para citar apenas os da coligação que governa Gaspar, não trabalham pelo Hospital no plano federal? Cadê as milionárias emendas impositivas desses parlamentares e que 50% delas, são obrigatórias na saúde pública? E olha que não falei da suposta oposição com Décio Neri e Ana Paula Lima, ambos do PT e João Paulo Kleinubing, PSD. Quanto Gaspar recebeu? Tudo errado. Demagogia, improviso, enganação, gestão e transparência temarárias Este assunto do Hospital de Gaspar conheço desse 1984. Houve soluções, mas o PT piorou tudo. PMDB, PP e PSC nadam na mesmice do atraso e apontam os mesmos culpados. Então...Acorda, Gaspar!
Ilhota em chamas I. A separação da secretaria de Agricultura e Meio Ambiente em duas, criando mais gastos e inchando a estrutura do governo de Érico Oliveira, PMDB, levou o titular da pasta, o fluminense, oriundo da tropa de ocupação do PMDB de Balneário Camboriú e ativista no PV, Robson Antônio Dias, ser nomeado para a secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Ilhota em chamas II. Para o lugar de Robson na “nova” secretaria de Agricultura, foi um local, que conhece o município e os agricultores, Roberto Prebianca, PP. Ele estava na secretaria de Transportes.
Ilhota em chamas III. Robson, jornalista e graduado em direito, não tinha nenhuma intimidade com Agricultura e com Ilhota. Eu já havia comentado isso quando da sua nomeação. Observação duramente combatida. Ignorância. A mudança feita agora, só ratifica o óbvio e o que foi escrito. Nada como um dia após o outro. Mais uma vez estou de alma lavada.
Ilhota em chamas IV. Por seu ativismo, esta nova função lhe é mais familiar a Robson. Todavia, um ninho de cobras e problemas. Até porque o meio-ambiente foi totalmente negligenciada por todos os governos, inclusive o de Érico. Está pressionado pelo MP e às circunstâncias. Está exposto no caso da “indústria de loteamentos” e seus arranjos. E não é de hoje. Esta prática contraria interesses de políticos, empresários ligados não apenas do poder de plantão.
Ilhota em chamas V. O caso é tão sério que o prefeito Érico criou de uma só vez, duas secretarias, a de Planejamento Urbano (que estava entregue ao seu vice, Joel José Soares, DEM, um notório agente imobiliário no município – a raposa cuidando do galinheiro) e a do Meio Ambiente, intimamente ligadas às mesmas dúvidas. Isto sem falar, que o Meio Ambiente cuidará de outra bomba: Parque dos Baús. Érico disse que faria tudo ao seu modo. Recuou. Terá que se enquadrar à Lei.
Ilhota em chamas VI. Érico prometeu na campanha uma estrutura enxuta no seu governo. Está inchando. E com gente de fora, estranha a Ilhota, mas ligada ao PMDB que perdeu espaço em outros municípios da região. O meio ambiente vai ter dois departamentos: o de Licenciamento e o de Fiscalização. O Planejamento terá o Departamento de Análise de Projetos e Fiscalização de Obras. Mais gente, mais dinheiro, mais cargos.
Samae inundado I. Só na edição de segunda-feira do Diário Oficial dos Municípios – aquele que se esconde na internet e não possui hora para sair – é que o Samae de Gaspar publicou a sua lista de servidores com funções gratificadas decorrentes da Reforma Administrativa de Kleber Edson Wan Dall, PMDB.
Samae inundado II. A Reforma vai tomar quase R$600 mil por ano dos impostos dos gasparenses. E na lista do Samae está o servidor-sobrinho do presidente da autarquia, o mais longevo dos vereadores daqui, José Hilário Melato, PP. A gratificação, coincidentemente, é a mais elevada.
Samae inundado III. Confira a lista: José Érico Maier, Supervisor de ETA e ETE, nível 1; Ricardo Melato, Supervisor de Controle de Perdas e Telemetria, nível 1; Gilberto Rodrigo Goedert, Encarregado Geral de Oficinas de Veículos, Maquinários e Controle de Frotas, nível 2; Márcio Pereira, Encarregado Geral de Geofonamento, nível 2; e Luiz Carlos da Silva, Encarregado Geral de Geofonamento, nível 2; Paulo Eduardo Hostins, Encarregado Geral de Ordens de Serviço, nível 2; Plácido Murilo da Silva, Encarregado de Sistemas Administrativos, nível CC, Ref 33 (que tinha não aparecido para trabalhar). Acorda, Gaspar!
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