Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

18/08/2016

CONDENADA I
A secretária de Desenvolvimento Social de Gaspar, Maristela Cizeski, acaba de ser condenada a prestação de serviços comunitários e multas em quatro crimes em dois processos por difamação contra a juíza Ana Paula Amaro da Silveira. No de injúria se livrou porque expirou o prazo para ser penalizada. Maristela pode recorrer das penas aplicadas. A juíza Ana Paula atuou na 1ª Vara da Comarca de Gaspar por 11 anos. Esta Vara entre outras, cuidava também dos assuntos da Infância e Adolescência. A sua dedicação, obstinação e trabalho com abrigos e adoções foram reconhecidos nacionalmente por entidades oficiais. Mas, em março de 2013, depois que Ana Paula deixou Gaspar para aceitar uma promoção funcional em Florianópolis, uma reportagem do Fantástico, da Rede Globo, feita pelo baiano Raimundo José, tentou demonstrar que toda a preocupação da juíza era de fachada, irregular, açodada e ao arrepio da lei no caso das adoções. Aventou--se inclusive, sem provas, a possibilidade de que tal prática escondia o tráfico internacional de crianças.

CONDENADA II
A reportagem e a forma acusatória como foi conduzida pelo repórter, foram avaliados por Ana Paula como uma retaliação do poder político de plantão do PT – sempre houve queixas da suposta dureza nas suas decisões contra políticos - contra si, com o agravante de terem sido feitas depois da sua saída da Comarca. Como um juiz só decide por provocação, provas, legislação e não apenas por convencimento, Ana Paula, refutou. E no caso dos abrigamentos e adoções de Gaspar e Ilhota isto foi provocado por órgãos de assistência social, Conselho Tutelar e principalmente Ministério Público, o autor deste tipo de Ação. Daí a reação da juíza. A dúvida e os supostos crimes ganharam repercussão nacional. Imediatamente, houve em correição do Tribunal de Justiça em todos os casos de adoção feitos por Ana Paula na Comarca. Nenhuma irregularidade foi apontada. O próprio Ministério Público, validou os atos até então realizados na Comarca pela juíza Ana.

CONDENADA III
O condão político e de vingança estão claramente estampados nos depoimentos dos processos que já condenaram neste mesmo assunto e episódio, o presidente do PT de Gaspar, o vereador José Amarildo Rampelotti; o cunhado do prefeito Zuchi, o vereador Antônio Carlos Dalsochio; na transação Penal feita por Meri Zuchi que promoveu divulgação nas mídias sociais; nas duas sentenças condenatórias contra Maristela Cizeski; no perdão que Ana Paula deu a Patrícia Barbieri Bertuzzi; e no processo que aguarda sentença na Comarca contra André Gislei Hostins. Ana Paula ainda move uma ação contra a Rede Globo. Coincidentemente, nas eleições de 2012, acumulando como juíza eleitoral, Ana Paula chegou a pedir a impugnação da candidatura à reeleição do prefeito Pedro Celso Zuchi e Mariluci Deschamps Rosa, superiores de Maristela.

CONDENADA IV
À juíza Graziela Shizuiho Alchini, da 2ª Vara, que cuidou das sentenças deste caso, a secretária de Zuchi, Maristela, negou tudo. Entretanto, nas duas sentenças (uma de 38 e outra de 58 páginas), a doutora Graziela demonstrou exatamente o contrário, devido aos e-mails trocados entre os envolvidos, diante das conversas nas redes sociais; os testemunhos dados; laços; os contatos feitos diretos ou in diretamente por Maristela com os produtores da reportagem; bem como à explícita animosidade e divergência de Maristela relatadas nos autos contra as ações de Ana Paula nas adoções. Outro fator preponderante para tipificar o crime foram as relações de Maristela com a Pastoral da Criança e o Conanda fomentadores da pauta jornalística nacional. Maristela prefere menos abrigos e menos adoções em lares substitutos estruturados, e mais tentativas de incluir as crianças e adolescentes nas famílias originais ou aparentadas, mesmo que isso possa apresentar riscos e vulnerabilidades sociais. Pela visão e defesa ideológica de Maristela, por exemplo, os comerciais da Assembleia Legislativa de Santa Catarina que inundam as tevês atualmente sobre o sucesso dos programas de adoções, seria algo raro. Neste caso de Gaspar, houve o casamento de uma crença - que é legítima defende-la - com a vingança sobre quem não concordava com esta crença, e usava a prerrogativa de juíza para colocar nos limites da lei e da ética, os políticos transgressores. Ou seja: mais uma vez os donos do poder acharam-se acima da lei, da investigação, das evidências, provas, ministério público, judiciário e a imprensa, a qual é sempre um problema quando não se ajoelha particulares. Se não atendidos, armam lições extra jurisdição. Neste caso se deram mal. Mas é raro. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O ex-procurador geral de Gaspar, Mário Wilson da Cruz Mesquita, se diz completamente aliviado ao ser indicado procurador geral de Brusque, no governo de José Luiz Cunha, o Boca, PP.

O doutor Mesquita além de procurador de Gaspar era um petista ferrenho. Um dia acordou e se viu metido naquilo que poderia lhe prejudicar profissionalmente. Desistiu de ser procurador aqui. Desistiu de ser petista. Foi perseguido a tal ponto de ter que separar a sociedade e tirar o seu escritório de Gaspar.

Em Brusque, contratado, conseguiu defenestrar do cargo, o ex-prefeito Paulo Roberto Eccel, PT, que casualmente foi aqui no primeiro governo de Pedro Celso Zuchi, (2000/2004) procurador municipal. Ganhou todas no âmbito municipal, estadual e em Brasília.

E não será surpresa se o doutor Mesquita ainda vier a ser o procurador geral de Gaspar se o PT perder. Há um desespero no meio petista gasparense e catarinense com esta possibilidade.

E por que? Pelo único simples fato: o doutor Mesquita quer voltar pela porta da frente da prefeitura. E aí como conhece todos os atalhos daquilo que o PT tramou e o culpou terá oportunidade de esclarecê-los aos gasparenses. Acorda, Gaspar!

O PT de Gaspar tem três candidatos nesta eleição a prefeitura: Lovídio Carlos Bertoldi, Odilon Áscoli e pasmem: na propaganda está Pedro Celso Zuchi, associado aos dois. Todos obedientes à pesquisa.

O presidente do PT de Gaspar, o vereador José Amarildo Rampelotti, desmanchou-se em queixas e mágoas contra o PSDB. Para ele, um partido manchado. Mas o inconformismo de Rampelotti não era a volta do partido tucano à cena nacional depois do mensalão, petrolão, eletrolão e a falência das ideias do seu PT, mas Gaspar.

“E pensar que essa gente pode ser governo por aqui”, disse ele na Câmara para espanto e diante da candidata tucana Andreia Symone Zimmermann Nagel que o assistia. E se for eleita ela deveria mesmo agradecer ao PT e ao próprio Amarildo. Eles fizeram de tudo para eliminá-la do cenário político junto com PMDB e José Hilário Melato, PP. Por causa deles, ela ficou conhecida.

Depois de perder a corrida pelo registro da candidatura no cartório eleitoral, o PMDB varou a madrugada para distribuir as 4h da manhã os santinhos de Kleber Edson Wan Dall na porta das linhas Círculo no primeiro dia permitido pela Justiça para a campanha.

O discurso, a realidade e as práticas são diferentes. Nenhum candidato homem a prefeito de Gaspar (Kleber, Lovídio e Marcelo) apareceu na solenidade de abertura do seminário na Câmara que discute as políticas e a rede de proteção às mulheres vítimas de violência, como parte das comemorações dos 10 anos da Lei Maria da Penha. Andreia estava lá. Sintomático.

 

Edição 1763

Comentários

Herculano
22/08/2016 08:24
AVAL DE ASSEMBLEIAS A JULGAMENTOS DE GOVERNADORES SERÁ DISCUTIDO PELO STF, por Mônica Bergamo, para o jornal Folha de S. Paulo

O STF (Supremo Tribunal Federal) deve decidir em breve se as Assembleias Legislativas dos Estados têm que dar autorização prévia para que os governadores sejam julgados por crimes comuns pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). A OAB, autora da ação, sustenta que a regra é inconstitucional.

EM PAUTA
O ministro Luís Roberto Barroso, que tinha pedido prazo maior para analisar o tema, no ano passado, liberou o processo e pediu que ele entre em pauta na corte.

FILHO ÚNICO
De dezembro de 2001 a fevereiro deste ano, o STJ enviou 52 pedidos de autorização a assembleias pedindo permissão para processar governadores. Só teve sucesso em um caso, segundo levantamento do STF.

SOM BAIXO
Outros 36 pedidos não foram nem sequer respondidos. E 15 foram negados.
Herculano
22/08/2016 08:02
O ÚLTIMO ATO DE DILMA, por Ricardo Noblat, de O Globo

A partir da próxima semana, fora a jabuticaba, haverá outra coisa para chamarmos de nossa: a presidente da República afastada por um golpe que comparece ao último ato do seu julgamento para se defender diante de golpistas. Se for absolvida, dirá que derrotou o golpe. Se for condenada, dirá que foi vítima dele. Em seguida, embarcará para uma temporada de férias no exterior porque ninguém é de ferro.

A ÚNICA invenção brasileira reconhecida em fóruns internacionais é a duplicata mercantil. Data da época em que Dom João VI transferiu para o Rio de Janeiro a sede do império português. Nem o avião é reconhecido como uma invenção do brasileiro Santos Dumont, que morava em Paris e que, ali, fez sua geringonça decolar pela primeira vez no início do século passado.

NA VERDADE, não há registro confiável de que a jabuticaba tenha primeiro brotado aqui antes de se espalhar por outros países de clima tropical. De forma tal que a presidente, capaz de acreditar na força dos seus argumentos para convencer os golpistas a não golpeá-la, poderá, e com justa razão, passar, sim, à História da política universal como algo originalmente brasileiro.

NÃO S?" A presidente. Também o golpe, transmitido pela televisão e comandado no seu desfecho pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte de Justiça do país. Previsto na Constituição que a presidente jurou defender, o golpe é chamado ali de impeachment e serve para destituir do poder o governante que tenha cometido crime de responsabilidade.

DILMA ACHA que não cometeu crime algum. E para abortar o golpe, valeu-se de todos os recursos lícitos e ilícitos. Empenhada em preservar o mandato e seus direitos políticos, bateu à porta da Justiça algumas dezenas de vezes, sem sucesso. E também sem sucesso à porta de deputados e senadores oferecendo cargos, liberação de dinheiro para obras públicas e outras vantagens.

PODERIA NÃO ter feito nada disso, uma vez que se tratava de um golpe, não de um processo de impeachment regulado pela Constituição e acompanhado de perto pela Justiça. Debitemos tamanho equívoco, porém, à sua ingenuidade. Deve ter imaginado que seria possível vencer o golpe participando ativamente de todas as suas fases. Não estava só. Procederam igualmente assim todos os que a apoiam.

SUA IDA AO Senado para depor e ser interrogada pelos senadores investidos da condição de juízes será a prova definitiva para quem ainda carecia de alguma de que Dilma jamais foi alvo de um golpe. Como Fernando Collor não foi. Como Itamar Franco e Fernando Henrique não teriam sido, tantas foram as vezes que o PT quis derrubá-los pela mesma via usada para se derrubar Dilma agora.

COLLOR CAIU sob a suspeita de ser corrupto. Depois foi absolvido pelo Supremo, voltou à política e aliou-se a Lula e a Dilma. Está sendo investigado pela Lava-Jato sob a suspeita de ser corrupto. Dilma cairá porque desrespeitou a Lei Fiscal e gastou muito além do que estava autorizada a gastar pelo Congresso. Deve celebrar a sorte de cair antes de novas delações que acabarão por comprometê-la.

NA RAIZ DA queda de Collor e de Dilma está a perda de apoio político para que seguissem governando. Perderam apoio porque infelicitaram o país a tal ponto que as ruas se voltaram contra eles e, sob o ronco delas, os partidos. Demos graças a uma democracia tão repleta de defeitos como a nossa, mas mesmo assim capaz de garantir pelo voto a troca de governantes.
Herculano
22/08/2016 07:59
TEMPO DE CONTRARIAR INTERESSES, por Valdo Cruz, para o jornal Folha de S. Paulo

A Olimpíada do Rio acabou, fizemos bonito, foi um sucesso. Por aqui, o julgamento do impeachment de Dilma entra na reta final. Seja o que for, é hora de o Brasil sair do campo da indefinição.

Não dá para esperar a eleição municipal acabar. O momento é de encontrar soluções para o país voltar à normalidade. O problema é fazer o Congresso cair na real e pensar menos nos seus interesses paroquiais.

A classe política parece sonhar com mágicas na economia, tal como já foi tentado diversas vezes, para que seja poupada de tomar medidas impopulares, como a reforma da Previdência, mas necessárias.

Dilma, por sinal, deve ser afastada em definitivo, salvo surpresa de última hora, porque inventou a contabilidade criativa a fim de esconder o rombo das contas públicas. Não enfrentou a realidade, cometeu irregularidades e deu o argumento jurídico para seu impeachment.

Repetir o mesmo erro da petista será fatal. O ritmo explosivo do deficit público não permite remendos, mas consertos definitivos. A equipe econômica de Temer já montou o roteiro para tirar o país da crise. A bola, agora, está com o Legislativo.

O teto dos gastos públicos e a reforma da Previdência são o caminho para reequilibrar as contas públicas. As privatizações e concessões vão ajudar a impulsionar o investimento. Conjugadas, estas medidas garantem a saída da recessão e a volta do crescimento econômico.

Confirmado no cargo de presidente, Michel Temer terá a tarefa de forçar o Congresso aprovar sua agenda econômica. Na interinidade, o peemedebista exercitou muito mais sua capacidade de conciliar interesses em vez de enfrentá-los.

Uma vez efetivado, terá de passar a contrariá-los. Não poderá mais recuar a cada pressão de corporações e aliados. Caso contrário, será candidato ao fracasso, a um final de mandato bem melancólico, como o do colega José Sarney. De economia em crise e baixa popularidade.
Herculano
22/08/2016 07:56
CPI INVESTIGA SE 'FUNDO AMAZONIA' BANCA INVASOES, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Sem saber, países como Noruega e Alemanha podem ter financiado invasões de terras por organizações como MST, com suas doações milionárias ao Fundo Amazônia. A suspeita é da CPI da Funai/Incra, que enfrenta dificuldades para investigar o papel de ONGs na violência no campo. Pela primeira vez, uma liminar do STF proíbe uma CPI de examinar quebras de sigilo de ONGs que devem ter muito a esconder.

INVASÃO DISFARÇADA
ONGs investigadas são pagas com de dinheiro do Fundo Amazônia para promover "Retomada de Áreas Tradicionais", disfarce de invasão.

MONTANHA DE DINHEIRO
Somente a Noruega fez doações 1,02 bilhão de dólares, equivalentes a R$3,3 bilhões ao Fundo Amazônia, que é administrado pelo BNDES.

SEU DINHEIRINHO
Apenas um dos projetos financiados pelo Fundo Amazônia rendeu à ONG ISA (Instituto Socioambiental), por exemplo, R$ 11,7 milhões.

BLÁ BLÁ BLÁ
Um projeto para "apoiar o fortalecimento das cadeias de valor da sociobiodiversidade", seja lá o que signifique, rendeu R$8,02 milhões.

SEDE DO GOVERNO DO DF VIROU UM QUARTEL DA PM
A pretexto da segurança do governador Rodrigo Rollemberg (PSB) e familiares, a Casa Militar do governo do Distrito Federal se transformou em um verdadeiro quartel da Polícia Militar dentro do Palácio do Buriti. "Batalhão" maior que os de cidades como Ceilândia e São Sebastião. Os 387 funcionários da Casa Militar, na maioria policiais militares, fazem falta nas ruas de Brasília, onde criminalidade só faz crescer.

DESPERDÍCIO
O gabinete do vice-governador do DF, que não muito o que fazer, concentra 50 policiais militares, além de um pequeno exército de civis.

ASSIM NÃO DÁ
Para proteger os 100 mil moradores de São Sebastião, no DF, a PM dispõe de número semelhante de policiais no gabinete do governador.

SUBUTILIZAÇÃO
Além de fazerem serviços de segurança, policiais são empregados em tarefas como motorista, estafeta, carregador de pastas etc.

PREVISÕES
Em entrevista ao programa "Minha Brasília", em que Daniel Zuko faz entrevistas enquanto dirige seu carro, o mineiro Carlinhos Vidente cravou: Dilma cai, Lula vai preso e Michel Temer renunciará.

EXPULSÃO APOIADA
Pesquisa do portal Diário do Poder mostra que 74% dos seus leitores apoiam a expulsão da senadora Kátia Abreu do PMDB. Apenas 6% são contrários ao desligamento da ex-ministra de Dilma.

FALTOU ARITMÉTICA
Lula disse à BBC que "dificilmente" outro país fará uma Olimpíada como a do Brasil. Isso porque foi "100% paixão, 100% alma e 100% razão". Deve ter sido a fórmula do petrolão também.

CHEGA DE CONSELHOS
A futura presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, vai sepultar logo nos primeiros dias de mandato a pretensão de Ricardo Lewandowski de criar o Conselho da Justiça Estadual. Chega de conselhos.

HAJA AUTORIDADE
A Presidência da República abriu licitação para comprar distintivos que identificam servidores. Só na Secretaria de Segurança Institucional serão comprados mais de 2 mil broches. Haja autoridade.

RECORDE AO VIVO
Apesar da madrugada, o ouro de Thiago Braz no salto com vara, com direito a novo recorde olímpico e francês nervoso com a torcida, foi assistido ao vivo por quase 12 milhões de brasileiros.

SUCESSO TOTAL
Segundo a britânica BBC, sob o ponto de vista "estritamente esportivo" os Jogos Olímpicos do Rio foram "extraordinariamente bem sucedidos", com quase 100 quebras de recordes e poucos casos de dopping.

IMAGEM EM CHAMAS
Horas após ter sido desmascarado na mentira do "assalto" no Rio, para encobrir noitada de vadiagem no Rio, o bobalhão Ryan Lochte contratou um gerente de crise de imagem; o mesmo de Justin Bieber.

PERGUNTA NO OLIMPO
A pergunta, que bomba na internet, não quer calar: como os Estados Unidos têm mais de mil medalhas olímpicas e nenhum ministro do Esporte?
Herculano
22/08/2016 07:49
da série: normal. O PT sempre fez isso para atingir seus objetivos. Não se importa com os meios, mas com os objetivos. Sempre enlameou limpos e limpou sujos para a sua causa de poder. Só existe uma forma de enfrentar quadrilhas de políticos criminosos: o voto. E dia dois de outubro é uma dessas oportunidades.

POR LULA, PT DIFAMA O BRASIL, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

Partido não se peja de tentar vender no exterior a falácia de que Lula é vítima.

A "mais violenta campanha de difamação contra um homem público em toda a história do País", da qual Lula da Silva se diz vítima, é denunciada por uma "cartilha" impressa em quatro línguas - português, inglês, francês e espanhol - que o PT vai distribuir a personalidades e órgãos de comunicação no exterior. Para compensar o fato de, segundo alegam, Lula estar sendo difamado no Brasil, os petistas decidiram ampliar a campanha de difamação do Brasil no exterior, apresentando seu líder máximo como vítima de toda sorte de violência por parte das autoridades policiais e judiciais que, no cumprimento de suas responsabilidades constitucionais, estão há mais de dois anos expondo as entranhas do maior esquema de corrupção da história do País, armado por Lula e seus asseclas. O chefão petista, que já apelou ao comitê de Direitos Humanos da ONU contra o juiz Sergio Moro, demonstra estar cada vez mais atemorizado com a possibilidade de fazer companhia aos ex-dirigentes do PT - até agora, dois ex-presidentes e três ex-tesoureiros do partido.

No mesmo dia em que o PT anunciou o lançamento da publicação A caçada judicial ao ex-presidente Lula - que reproduz material divulgado pelo site do Instituto Lula, no dia 20 de julho -, o empresário José Carlos Bumlai, réu condenado da Lava Jato, colocou mais um cravo na coroa de espinhos do amigo do peito ao declarar, em depoimento à Polícia Federal em São Paulo, que recebeu da ex-primeira-dama Marisa Letícia da Silva, em fins de 2010 - último ano do segundo mandato presidencial de Lula ?", insistente pedido para que ajudasse a acelerar as obras então em andamento no famoso sítio de Atibaia, que os Da Silva negam de pés juntos ser de sua propriedade, mas que passaram a frequentar regularmente a partir de 2011.

É difícil saber o que é mais cínica, se a campanha que o PT tem promovido no exterior para difamar as instituições brasileiras depois que se viu desmoralizado no próprio País ou se a tentativa de Lula de garantir que não existe no Brasil ninguém mais honesto do que ele próprio. O fato é que denegrir a imagem do País na tentativa de criar a pressão externa para beneficiar os interesses políticos do lulopetismo e promover a imunidade criminal de seus líderes é um comportamento sórdido e irresponsável. Mas era o que se podia esperar dos inspiradores e autores materiais do mensalão, do petrolão e de outros delitos.
Herculano
22/08/2016 07:49
da série: normal. O PT sempre fez isso para atingir seus objetivos. Não se importa com os meios, mas com os objetivos. Sempre enlameou limpos e limpou sujos para a sua causa de poder. Só existe uma forma de enfrentar quadrilhas de políticos criminosos: o voto. E dia dois de outubro é uma dessas oportunidades.

POR LULA, PT DIFAMA O BRASIL, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

Durante os anos em que seu governo surfava na onda de prosperidade internacional e dispunha de recursos para propagandear índices econômico-sociais positivos e fazer marketing político no exterior, Lula acabou granjeando, principalmente nos círculos da esquerda terceiro-mundista e bolivariano, algum prestígio. Isso explica as manifestações de apoio ao lulopetismo por parte de quem acompanha a crise brasileira a distância e tende a, por afinidade ideológica, considerar com indulgência as tropelias de Lula & Cia.

Com a causa perdida, o PT não se peja de tentar vender no exterior a falácia de que Lula é vítima de agentes do Estado brasileiro que tentam usar as instituições para atingi-lo: "Agentes partidarizados do Estado, no Ministério Público, na Polícia Federal e no Poder Judiciário, mobilizam-se com objetivo de encontrar um crime - qualquer um - para acusar Lula e levá-lo aos tribunais". Ou seja, a Operação Lava Jato, que conquistou o apoio e a admiração dos brasileiros pela importância da colaboração que está dando para o saneamento da vida pública, para o PT não passa de uma conspiração para impedir a volta de Lula ao poder. Enquanto a operação atingia apenas dirigentes do partido de segundo plano, os petistas se permitiam encenar manifestações de apoio ao combate à corrupção.

Agora, porém, a Lava Jato virou conspiração. Com o apoio do STF, está definitivamente nos calcanhares do ex-presidente, o que significa a possibilidade de ferir de morte o PT com a cassação dos direitos políticos de seu maior líder e símbolo. Risco que passa a ser real quando até os amigos do peito de Lula resolvem contar a verdade.
Herculano
22/08/2016 07:43
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA

Só para os leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o mais atualizado, o mais acessado e o de maior credibilidade
Herculano
22/08/2016 07:41
TEMER SE UNE AO PSDB CONTRA REAJUSTE DO STF, por Josias de Souza

Michel Temer associou-se à articulação do PSDB para tentar barrar o reajuste salarial dos ministros do STF, do procurador-geral da República e dos defensores públicos da União. Os projetos que elevam essas remunerações constam da pauta da sessão de terça-feira da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Temer pediu aos líderes de sua infantaria que levem o pé à porta. Trata-se de uma reviravolta, já que o Planalto fazia vista grossa para a movimentação das corporações.

Há seis dias, numa conversa com o senador José Aníbal (PSDB-SP), Temer emitiu o primeiro sinal de que tomaria distância dos reajustes. Pediu a Aníbal que o ajudasse a retardar o reajuste pleiteado pelos ministros do STF - de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. O senador tucano disse que faria mais. Em vez de protelar, tentaria derrubar o reajuste. Recordou que o relator da proposta, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), também se opõe ao aumento.

O tema voltaria a ser discutido no dia seguinte, num jantar de Temer com a cúpula do tucanato no Senado. Não por acaso, Aníbal e Ferraço estavam entre os convidados. Dois dias depois, na sexta-feira passada, Temer voltou ao tema dos reajustes na reunião que teve em São Paulo com os ministros palacianos, Henrique Meirelles (Fazenda), seus líderes na Câmara e no Senado e os presidentes das duas Casas, Rodrigo Maia e Renan Calheiros.

"Não aguento mais essas corporações infestando o Congresso", disse Aníbal, reproduzindo o comentário que fizera no jantar com Temer. "As corporações estão em toda parte: nas comissões, nos corredores, no plenário. Nosso desafio é colocar o Brasil no Congresso, sobretudo os 12 milhões de desempregados. Eles precisam estar no centro de tudo o que nós votamos."

Para demonstrar que fala sério, Temer terá de segurar o PMDB. Em entrevista ao blog, o relator Ricardo Ferraço repetiu a queixa que fizera no jantar com o presidente interino, no Palácio do Jaburu:

"Enquanto nós levantamos diques de contenção, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), pega assinaturas de outros líderes no plenário do Senado para atribuir regime de urgência ao projeto que aumenta os salários do Supremo. Há outra proposta que dá aumento aos defensores públicos. Hoje, um defensor público em início de carreira recebe R$ 17 mil. Eles querem R$ 30 mil. Nós seguramos. E a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que é líder do governo no Congresso, diz que não tem problema nenhum, que isso já está analisado pelo governo, que não tem impacto."
Herculano
22/08/2016 07:37
NOS JOGOS DA VIDA, INVENTAR BOAS REGRAS É CRUCIAL, por Vinicius Mota, para o jornal Folha de S. Paulo

A disputa concentrada de 41 modalidades olímpicas é um manancial da criatividade humana para inventar regras. Oferece uma amostra do que têm feito as sociedades nos últimos dez milênios.

Como estimular a competição de modo a que os jogadores deem o seu melhor, não desistam precocemente, não trapaceiem e aceitem o resultado? Na vida cotidiana, há preocupações parecidas.

Equipes ou competidores que abrem uma vantagem inicial tendem a evitar o combate e a empregar conduta artificiosa para fazer o tempo passar. A fim de evitar a acomodação, o juiz do handebol pode ordenar, sob pena de punição severa, que uma equipe defina depressa o ataque.

Nos embates corporais, a falta de engajamento é desestimulada por meio de sanções às vezes notáveis. A pessoa advertida na luta olímpica tem 30 segundos para pontuar golpeando o adversário, que ganha o ponto caso isso não ocorra.

Analogamente, a empresa que desenvolve uma inovação costuma dispor de certo tempo para explorá-la com exclusividade. Depois desse intervalo, outros competidores são autorizados a comercializá-la.

As democracias mais maduras procuram punir com impostos salgados a transmissão de bens de pais para filhos. Além disso, destinam parte significativa da renda nacional ao ensino básico de qualidade semelhante para todas as crianças.

A premissa é aproximar as condições de competir entre os jovens trabalhadores, diminuindo a influência de fatores acidentais, como a riqueza familiar. O jogo não fica apenas mais justo e equilibrado, mas também mais dinâmico e produtivo.

O tênis, o vôlei e as lutas adotaram tecnologias capazes de corrigir decisões instantâneas dos árbitros. No jogo da vida, poderes submetidos a controles eficazes e transparentes produzem mais confiança e adesão. Vitória e derrota se tornam resultados igualmente aceitos por todos.
Herculano
22/08/2016 07:34
ACABARAM AS OLIMPÍADAS. VOLTA O IMPEACHMENT, A AGONIA DO PT, PCdoB, DILMA, LULA E OUTROS. VOLTA A LAVA-JATO. FINALMENTE VOLTA O BRASIL DE VERDADE COM A ROUBALHEIRA, A CORRUPÇÃO, OS LADRÕES, A INFLAÇÃO ALTA, A FALTA DE ATENDIMENTO NOS POSTOS DE SAÚDE E HOSPITAIS PÚBLICO, O CRESCIMENTO DO DESEMPREGO PARA O QUE NÃO SÃO EMPREGADOS PÚBLICO...

VOLTA O BRASIL DE VERDADE COM A POSSIBILIDADE DE SE DAR O RECADO NAS ELEIÇÕES DE DOIS DE OUTUBRO, DE CAÇAR CANDIDATOS QUE ESTÃO COMPRANDO VOTOS E USANDO DINHEIRO ALÉM DA CONTA
Herculano
21/08/2016 19:18
REGISTRO

Hoje foi aniversário de Evaristo Francisco Spengler. Foi prefeito entre 1968 e 1970, pela UDN. Hoje e há muito está no PP. Clarinetista de primeira na Banda São Pedro, fez 87 anos
Paty Farias
21/08/2016 14:36
Oi, Herculano

Do Blog do Políbio

"A esquerdalha que queria liberar críticas políticas nos jogos, agora consome do seu próprio veneno. Mensagens como a abaixo, pontuam as redes sociais. Examine o Facebook do editor, porque há mais."

"Se quebrar um banheiro no posto de gasolina e mentir pra polícia já é ruim. Imagina quebrar a Petrobras, o Brasil, mentir pra Justiça e ainda querem reclamar na ONU."

Essa gangue explodiu a economia do Brasil, desempregou milhões de pessoas, acobertaram falcatruas e, ainda querem se passar de bonzinhos?

Cai fora Lulla. A cadeia te espera!
Mariazinha Beata
21/08/2016 14:02
Seu Herculano;

Sobre "O Outro Roubado De LuLLa e Dilma", é que LuLLa trouxe com o intuito de roubar.
Dilma deu verbas já pensando em desviar.
Se ambos deram certo, graças ao sacrifício dos brasileiros. Sem mérito para ladões.
Bye, bye!
Despetralhado
21/08/2016 13:54
Oi, Herculano

Claudio Humberto na sua coluna (às 9:14) quando se refere a Afastada, acrescenta ré.
Assim: ré Dilma ou presidente ré.

Pensando bem ...
... dia 25 a ré vai dar ré.
Ana Amélia que não é Lemos
21/08/2016 13:49
Sr. Herculano:

Eliane Cantanhede às 09:19 hs é MA-RA-VI-LHO-SA.
Me permite um palavroso chulo e ordinário usado pela ralé corruPTa?
Isso mostra que os militares não deixarão essa merda voltar.
Sujiro Fuji
21/08/2016 12:45
ugo... ugo... ugo ... não guentei e vomitei, ao ler Walter dos Santos.
Herculano
21/08/2016 10:23
da série: o choro da imprensa petista paga sobre competição que perderam por WO; tentam colar sucesso da Olimpíada só depois dela estar no fim e descolando-o do roubo intencional nas relações com as empreiteiras desvendados pelos mensalões, petrolões, eletrolões, bndestões etc.

O OUTRO ROUBADO DE LULA E DILMA, por Walter dos Santos

Quem acompanhou a Grande Midia neste sábado, 20, de conquista do Ouro pela Seleção Brasileira Masculina atestou a opinião generalizada da Imprensa internacional considerando as Olimpiadas um atestado de competência do Brasil. Os alemães foram mais além relembrando outro feito memorável brasileiro com o nivel espetacular da Copa do Mundo, em 2014. Mas, todos os veiculos, sem exceção, cometeram uma injustiça inominável ao ignorar e não reconhecer que tudo o que o Brasil apresentou ao Mundo nos dois eventos são frutos da capacidade de gestão e reconhecimento global de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

Sem a articulação de Lula disputando com Estados Unidos e Japão a condição de sede das Olimpíadas no Rio de Janeiro e, na sequência, da construção de políticas especificas de implementação estrutural por Dilma nada do que encantou o Mundo teria tomado tamanho vulto e reconhecimento internacional.

Já na Copa do Mundo com a construção por Dilma das diversas Arenas nas diversas regiões do Pais, mesmo com a ação da Oposição e a Grande Midia questionando a capacidade do Governo gerar as condições de padrão internacional, já ali os dois Governos do PT elevaram o patamar do Brasil em nivel das grande Nações sem contar o encantamento da indole do povo brasileiro recepcionando os turistas em patamar não comum entre outros Paises.

O OURO ROUBADO

Se for feita uma avaliação honesta, mesmo desapaixonada, é impossivel não admitir que quem deveria estar sendo reverenciado era Lula por consolidar o Brasil como sede da Copa do Mundo, da mesma forma em relação a Dilma, Responsável pela estrutura e viabilidade dos dois grandes eventos.

É como se, no campo organizacional o Ouro de Lula e a conquista da condição de campeã em gestão da Copa e Olimpiadas tenha sido roubada descaradamente por outros personagens da Politica - Especificamente o presidente interino Michel Temer e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, ambos do PMDB.

A rigor, as duas situações são obras dos dois governos do PT.

SINTESE

Embora tudo em curso seja fruto de Grande Trama conspiratoria já conhecida, nada impedirá que a Historia faça justiça à quem merece, no caso Lula e Dilma.
Herculano
21/08/2016 10:14
PARA MEIRELES, "BARULHO" SOBRE 2018 É BOM SINAL, por Josias de Souza

Principal ministro de Michel Temer, o czar da economia Henrique Meirelles passou a ser visto no novo condomínio governista como um presidenciável esperando para acontecer. Seus críticos mais mordazes estão no PSDB. Em privado, Meirelles reage à onda de ciúmes com ironia.

Numa entrevista ao repórter Giuliano Guandalini, veiculada pela Veja, Meirelles roçou a fronteira do sarcasmo ao ser indagado sobre a hipótese de o rumor em torno de sua candidatura atrapalhar a aprovação das reformas. Disse que o "barulho" é sinal de que o seu itinerário econômico "está na direção certa".

"Parece que não são apenas os empresários e os consumidores que estão mais otimistas", disse Meirelles. "Pelo visto, até os políticos começam a acreditar no sucesso desse plano econômico. Tanto é assim que já discutem abertamente qual será o efeito eleitoral. Do meu ponto de vista, não posso me desviar do foco daquilo que estamos fazendo e ficar entrando em discussões sobre hipóteses. Não trabalho sobre hipóteses."

Numa tentativa de atiçar o político que Meirelles esconde atrás da alma, o repórter indagou: Acha que seria um problema se declarasse a intenção de ser candidato? Na dúvida entre não parecer o que é e não ser o que parece, Meirelles optou por uma fórmula ainda mais enganadora: decidiu ser e parecer.

"No momento, sou candidato a botar a economia para crescer", disse o ministro, antes de se escorar novamente na ironia: "Olhando esse barulho todo, acho relevante apenas o seguinte: puxa vida, até os políticos começam a acreditar que o ajuste dará certo e a economia voltará a crescer. Portanto, nosso plano está na direção certa."

O PSDB está inquieto porque sabe como esse tipo de enredo pode terminar. Em 1993, o tucano Fernando Henrique Cardoso virou ministro da Fazenda de Itamar Franco, o Michel Temer da época. O inimigo de então era o tigre da superinflação. Domando-o, FHC elegeu-se presidente da República um par de vezes. Hoje, alguém que coloque lenha nas fornalhas da economia e inverta a curva do desemprego vira uma alternativa presidencial instantânea.

De resto, as ambições políticas de Meirelles são conhecidas. O personagem debutou na política em 2002. Elegeu-se deputado federal pelo PSDB de Goiás. Convidado por Lula para a presidência do Banco Central, renunciou ao mandato antes de tomar posse na Câmara.

Na sucessão presidencial de 2010, quando fabricou a candidatura de Dilma, Lula tentou enfiar Meirelles na chapa. Ofereu-lhe a vaga de vice, estimulando-o a se filiar ao PMDB. Michel Temer levou o pé à porta. Unificou o PMDB e tornou-se, ele próprio, o vice de Dilma. Preterido, Meirelles migrou para o PSD de Gilberto Kassab, onde permanece.

No momento, Meirelles talvez devesse trazer suas opiniões políticas na coleira. O único lugar onde a candidatura vem antes do trabalho é no dicionário. Em política, de resto, uma refinada ironia sempre pode ter que engrossar quando se deparar com outra ironia mais hábil.
Herculano
21/08/2016 10:11
da série: quem não quer são os políticos que elegemos, porque eles se lambuzam com o dinheiro dos nossos pesados impostos

CORRUPÇÃO NAS OBRAS PÚBLICAS, por Modesto Carvalhosa, advogado, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

Uma solução em curso é a efetivação, pelo Congresso Nacional, do 'performance bond'

Longo período decorreu desde que, no Programa Roda Viva, da TV Cultura, de 15 de dezembro de 2014, foi apresentado e debatido um instrumento efetivo de combate à corrupção nas obras públicas. Trata-se do comprovado sistema conhecido como performance bonds, adotado nos EUA há exatos 120 anos e que tem o mérito de quebrar a interlocução direta das empreiteiras, geneticamente corruptas, com os agentes públicos prazerosamente encarregados de fraudar as concorrências e permitir o superfaturamento das obras públicas.

A resposta da opinião pública foi muito positiva à proposta, tendo havido, desde então, efetivas contribuições de especialistas e de entidades no sentido de formular um projeto de lei que implementasse essa solução estrutural de combate à corrupção. Um anteprojeto de lei foi efetivamente elaborado, a pedido do senador Cássio Cunha Lima, que em julho deste ano logrou ingressar como o PL n.º 274 no Senado, com rito terminativo na Comissão de Constituição e Justiça.

Convém lembrar, a título de curiosidade, que no mesmo dia do lançamento da proposta deperformance bond no Roda Viva a presidente, ora afastada, declarava, em seu discurso de diplomação no Tribunal Superior Eleitoral, que não deveriam ser punidas as empreiteiras corruptas, pois geravam empregos... E essa política de prevaricação, em face das empreiteiras do cartel da Petrobrás, foi efetivamente seguida, mediante a leniência escancarada da CGU, que jamais promoveu qualquer processo administrativo contra elas durante todo o governo dilmista. Ao contrário, continuaram elas a contratar livremente com o poder público e dele obter os financiamentos necessários a novas obras, no Dnit e em outros antros de corrupção do governo petista e suas aparelhadas estatais.

Mas esse quadro parece ter mudado. Já na segunda semana do novo governo o Ministério do Planejamento, por determinação do presidente em exercício, encampou o projeto do senador Cunha Lima, a fim de, efetivamente, implementar num prazo razoável a obrigatoriedade do regime de performance bond nas obras públicas contratadas.

A matéria está no Congresso não somente pelo projeto referido, como também por meio de emendas que o Ministério do Planejamento procura introduzir em outro projeto, n.º 559, do senador Fernando Bezerra, que deverá ser votado nas próximas semanas.

Há, com efeito, todo um movimento do atual Poder Executivo e de suas lideranças parlamentares visando à adoção do performance bond nas obras públicas. E esse sistema será um novo marco estrutural nas relações público-privadas no Brasil, em matéria de obras públicas.
Herculano
21/08/2016 10:11
da série: quem não quer são os políticos que elegemos, porque eles se lambuzam com o dinheiro dos nossos pesados impostos

CORRUPÇÃO NAS OBRAS PÚBLICAS, por Modesto Carvalhosa, advogado, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

Como é notório, prevalece entre nós o arcaico capitalismo de laços (crony capitalism), que se caracteriza como uma economia em que o sucesso nos negócios depende, necessariamente, das relações entre os empresários e os agentes públicos, tanto administrativos como políticos. No nosso caso, esse capitalismo de laços se caracteriza, portanto, como o regime da relação direta entre as empreiteiras e os agentes do Estado.

Essas construtoras de obras públicas, na sua totalidade, são controladas por grupos familiares, o que permite uma manipulação corruptiva continuada e cultivada dos agentes políticos e administrativos. Nessas empresas familiares quem manda são os controladores, muitas vezes fora do alcance da Operação Lava Jato.

Em alguns casos, esses familiares que operam o esquema da corrupção não são nem diretamente acionistas, refugiados que estão numa cadeia internacional de holdings. Essa verdadeira casta de empreiteiras de família, difusamente entrosadas com as autoridades, permite, que se formem os cartéis de obras, dos quais também participam multinacionais sediadas no exterior.

O remédio fundamental, portanto, para o combate estrutural à corrupção no setor público é o rompimento desse capitalismo de laços, ou seja, a quebra da interlocução, direta e promíscua, das empreiteiras e dos fornecedoras com os agentes políticos e administrativos. E esse rompimento se dá pela presença, no contrato de obras públicas, de uma seguradora que, obrigando-se a ressarcir o Estado, no caso de descumprimento, passa a fiscalizar permanentemente a respectiva obra, quanto aos prazos, à manutenção do preço ajustado e à qualidade dos materiais empregados.

O regime de performance bonds ampara-se em três elementos fundamentais: a obrigatoriedade da contratação da apólice em todos os contratos de obras públicas de valor relevante, a importância segurada em 100% do valor do contrato e a atribuição do poder de permanente fiscalização da obra e dos recebimentos/pagamentos pela seguradora. Esta passa a ser a principal interessada no cumprimento do contrato entre o poder público e a empreiteira.

Esse poder-dever de fiscalização permanente que tem a seguradora contratada pela empreiteira, a favor do ente público, acaba por eliminar as fraudes na execução da obra, sobretudo, nas mediações, nos aditivos e seus superfaturamentos, no cumprimento de prazos e na efetiva qualidade dos materiais utilizados.

Tem, ademais, a seguradora da obra pública três opções no lugar do puro e simples pagamento do sinistro, por inadimplemento da empreiteira: poderá ela própria assumir a obra, por sua conta e risco; ou poderá contratar, sob sua responsabilidade, outra empreiteira para concluir os trabalhos; ou, ainda, financiar a empreiteira inadimplente para que prossiga na sua execução. Essas alternativas ao pagamento puro e simples do sinistro dão maior viabilidade ao prosseguimento das obras, atendendo ao interesse público na sua efetiva conclusão.

A cidadania espera que esse movimento em torno da adoção do performance bond nas obras públicas seja levado avante pelo Congresso Nacional, o que permitirá uma mudança estrutural indispensável no combate à corrupção no setor público.
Herculano
21/08/2016 09:57
VANTAGENS DA FALTA DE DINHEIRO, por Merval Pereira, do jornal O Globo

O cientista político Geraldo Tadeu Monteiro, professor do Iuperj/UCAM, ao contrário da maioria, acha que a proibição das doações empresariais nas campanhas eleitorais vai marcar um novo paradigma na vida política brasileira. Ele foi um dos mais ardorosos defensores da proibição, tendo comparecido a uma das audiências públicas realizadas pelo STF, na qual apresentou estudo que demonstrava a absurda financeirização das campanhas eleitorais no Brasil.

Os números eram bastante eloquentes: entre 2002 e 2014, os gastos subiram de R$ 795 milhões para R$ 4,8 bilhões, num crescimento de 608%, muito acima da inflação do período (121%); em proporção do PIB, as eleições brasileiras eram as mais caras do mundo. Nosso gasto, em 2014, foi equivalente a US$ 2,120 bilhões (na taxa de câmbio da época) de um PIB de US$ 2,4 trilhões.

Nas eleições nacionais e presidenciais nos EUA, em 2012, foram gastos cerca de US$ 7 bilhões de um PIB de mais de US$ 17 trilhões. Neste período, a participação das doações por pessoas físicas declinou de 27% em 2004 para apenas 2,5% em 2014. Geraldo Tadeu ressalta que as operações Lava-Jato, Acrônimo, Zelotes, entre outras, têm revelado "os bastidores ocultos desta grande ciranda financeira em que haviam se transformado as eleições no Brasil. As grandes empresas eram, de fato, as grandes eleitoras".

Em outro estudo, intitulado "Dinheiro e Política no Brasil: doações eleitorais por empresas e negócios públicos", demonstrou que entre 2002 e 2014, apenas as dez maiores doadoras investiram R$ 2,212 bilhões em campanhas eleitorais. Das dez maiores doadoras, sete eram empreiteiras, todas envolvidas na Operação Lava-Jato. O dado mais gritante, no entanto, diz respeito ao "retorno" do investimento, destaca. Essas mesmas empresas, segundo o estudo feito no Portal da Transparência do Governo Federal, receberam, entre 2005 e 2014, R$ 18,709 bilhões em contratos, apenas do Governo Federal (não foram computados os contratos com os governos estaduais). "Nenhum investimento disponível no mercado traz um retorno como este, de 800% no período", comenta Geraldo Tadeu.

Pela nova legislação, todo doador terá seu nome e CPF exposto na Internet até 72 horas após a doação. O resultado será uma eleição sem dinheiro. Embora a nova legislação permita o uso de recursos do Fundo Partidário, recursos próprios do candidato, doações por pessoas físicas ou proveniente de comercialização de bens (broches, bonés) ou atividades (quermesses, jantares, festas, rifas), os quase 500 mil candidatos estão, com a campanha já oficialmente aberta, ainda sem saber como financiar suas campanhas.

Numa estimativa que Geraldo Tadeu fez em estudo recente ("Perspectivas do Financiamento da Campanha Eleitoral de 2016"), calculou que o valor total dos recursos alocados às campanhas eleitorais nas eleições deste ano não ultrapassará R$ 1,1 bilhão, o que significa cerca de 26% do gasto de 2012 (atualizado pelo INPC).

Este volume de recursos seria composto por repasses do Fundo Partidário (R$ 347 milhões, equivalente a 40% do Fundo, conforme parâmetro de 2014), contribuições de pessoas físicas (R$ 126 milhões, equivalentes ao que foi doado em 2012, corrigido pela inflação); comercialização de bens e realização de eventos (outros R$ 126 milhões), além da contribuição de filiados dos partidos (entre R$ 165 milhões e R$ 485 milhões, a depender do grau de mobilização que os partidos conseguirem).

Considerando que, em função de a campanha eleitoral ter sido encurtada em 50%, as necessidades de financiamento serão menores, o que, por si só já contribuiria para diminuir os gastos, ainda assim, o modelo atual permitiria uma redução de 65% no total de gastos em relação a 2012 (corrigidos pela inflação).

Embora razoável, o professor do Iuperj classifica este patamar ainda como bastante alto, "se imaginarmos que o gasto eleitoral total nas eleições britânicas de 2015 foi de R$ 165, 7 milhões de reais. No Canadá, nas eleições de outubro de 2015, o gasto eleitoral total foi de R$ 320 milhões".

Num momento em que algumas vozes se erguem já para dizer que este sistema que está colocado é apenas um "ensaio" para se ver como será reformado adiante, Geraldo Tadeu considera que este tem todas as condições de se consolidar com o tempo, com pequenos ajustes (diminuição progressiva dos tetos de gastos, por exemplo), e teremos eleições muito mais igualitárias, disputadas e efetivas, "nas quais os eleitores não serão apenas espectadores passivos de máquinas eleitorais regadas a dinheiro de empresas privadas".
Herculano
21/08/2016 09:55
O CERTO E O ERRADO, por Carlos Brickmann

Faz pouco mais de 200 anos, na Europa. O rei francês Luís 16, da família Bourbon, tinha sido deposto e executado, Napoleão Bonaparte havia conquistado meia Europa e sido depois derrotado, outro rei da família Bourbon, Luís 18, chegara ao poder. O francês Talleyrand foi ministro dos diversos governos franceses inimigos entre si; foi demitido por corrupção e readmitido. Faz lembrar outros políticos, de outro país, de outra época, coerentes ao apoiar sempre o Governo, seja ele qual for. Mas foi também um fino observador político. E deu a seguinte opinião, ferina e precisa, sobre a família Bourbon: "Nada esqueceram, nada aprenderam".

Há mais coisas na França da época, aliás, que relembram o Brasil. Como a família imperial brasileira, que é de Bragança, mas também Bourbon.

Voltemos no Brasil. Dilma Rousseff vai ao Senado no dia 29. Entregará aquela carta patética - que, mesmo que fosse impecável, não teria efeito, por ser muito tarde. Irá em pessoa fazer a defesa, para constranger os seis senadores que foram seus ministros e votaram contra ela no impeachment. Quer expô-los à opinião pública, vingar-se da traição que sofreu.

Dilma teve ministros demais, não chegou a conhecê-los. Imagina que se envergonham, embora conviva com quem não se envergonha de dizer que aqueles imóveis não são seus e que não sabia de nada. Busca constranger quem nem sabe o que é isso.

Dilma nada esqueceu e nada aprendeu.

QUEM É QUEM

Dilma acha que vai constranger Édison Lobão (PMDB - MA), Fernando Bezerra Coelho (PSB - PE), Garibaldi Alves (PMDB - RN), Marta Suplicy (PMDB - SP), Eduardo Braga (PMDB - AM) e Marcelo Crivella (PRB - Rio). Todos foram seus ministros. Braga foi ainda líder do Governo.

NO ROTEIRO

Após dizer que é vítima de golpe e de pedir justiça, Dilma deve chorar.

DEPOIS DO CHORO, CHORO

Após o impeachment, Dilma perde o foro privilegiado. O inquérito do Supremo sobre obstrução da Justiça vai para a primeira instância. Pode acontecer de, ao lado de Lula, ser interrogada pelo juiz Sérgio Moro.
Herculano
21/08/2016 09:55
ZERO MAIS ZERO, ZERO, por Carlos Brickmann

O pedido de explicações da OEA, sobre o impeachment de Dilma, é formal, feito quando há uma denúncia. A OEA não tem qualquer jurisdição sobre o Brasil. Mesmo que considere correta a denúncia, só pode fazer campanhas, manifestações, abaixo-assinados - que irão para a Cesta Seção.

TEMER E PSDB, TUDO A VER

A reunião de Temer com os tucanos, na quarta, foi ultra amigável. Diante das queixas sobre os vaivéns da área econômica, Temer disse que a economia terá a cara do PSDB. E Aécio Neves acreditou.

TEMER E PSDB, NADA A VER

Na véspera, quando prepararam a reunião, as coisas foram mais quentes, como narra o colunista Cláudio Humberto (www.diariodopoder.com.br). O PSDB, temendo que Temer saia à reeleição, ou apoie Henrique Meirelles, pediu que ele se comprometa a apoiar um tucano. "Sem problemas", disse Temer. Peço que me tragam um nome de consenso, no jantar de amanhã, e eu o apoiarei". Maldade pura: Aécio, Serra, Alckmin? O PSDB é um partido formado exclusivamente por amigos, sendo todos eles inimigos.

PUNA-SE A VITIMA

Que tal a decisão da Justiça de rejeitar a indenização ao repórter fotográfico Sérgio Silva, que perdeu a visão de um olho ao ser alvejado com bala de borracha por um policial, na cobertura de uma manifestação? Segundo a sentença, "ao se colocar na linha de confronto entre a polícia e os manifestantes, [Silva] voluntária e conscientemente assumiu o risco de ser alvejado por alguns dos grupos em confronto".

Claro que a culpa é da vítima: se fosse lojista, estaria na loja (sujeito apenas a balas de bandidos) e não no conflito. Se fosse uns 15 cm. mais baixo, a bala não o atingiria. Mas em que outro lugar queria Vossa Excelência que o fotógrafo estivesse?

FESTA DO CAQUI

A Câmara Federal voltou a funcionar no início de agosto, depois do recesso de julho. Nesta semana já não houve sessões, porque iria começar a campanha eleitoral. Nas próximas semanas os parlamentares estarão trabalhando na campanha; e começará o recesso branco até 6 de outubro, data do primeiro turno. Na Câmara só não para o fluxo de pagamentos.

FESTA DA UVA

O Tribunal de Contas da União elaborou projeto, já em fase de concorrência, para instalar em suas dependências uma barbearia - ou salão de beleza, com barba, cabelo, tintura, escova, massagens, depilação, incluindo a íntima, manicure, pedicure, sobrancelha. O salão deve funcionar no horário de expediente, quando os servidores estão no serviço.
Herculano
21/08/2016 09:48
da série: algo muito simples para se ler e entender, e assim compreender a bobagem sórdida proposital dos´"líderes" por algo necessário num tempo histórico, mas que não se atualizou, o comunismo que inspira PT, PCdoB, Psol, PSTU, PCO, CUT, MST, MTST, as pastorais católicas e outros para manipular e manter sob domínio submisso, analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes, crentes e fanáticos

É HORA DE RECUPERARMOS A UTOPIA DA SOCIEDADE FRATERNA E MENOS DESIGUAL, por Ferreira Gullar, escritor, no jornal Folha de S. Paulo

Admitir que o pensamento marxista continha acertos e erros não significa ter aderido ao capitalismo e se tornado de direita. Adotar semelhante atitude é persistir no que havia de pior no marxismo, ou seja, na incapacidade de exercer a autocrítica.

Depois de quase um século da revolução comunista de 1917, da qual resultou o Estado soviético, a humanidade avançou econômica e tecnicamente, ao mesmo tempo que sofreu guerras sangrentas e massacres, como os campos de concentração nazistas e os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki.

Depois de tantos erros, é hora de refletirmos sobre o que aconteceu e recuperarmos a utopia da sociedade fraterna e menos desigual.

O sonho de Karl Marx era criar uma sociedade sem exploração, regida por normas que visavam impedir a divisão desigual da riqueza produzida. A concepção dele sobre essa nova sociedade apoiava-se, no entanto, num entendimento equivocado de como se cria a riqueza social.

Esse entendimento partia de uma constatação inequívoca do grau de exploração a que o capitalismo do século 19 submetia o trabalhador, que não gozava dos mínimos direitos, como a jornada de trabalho estabelecida e a aposentadoria, entre muitos outros. Esse capitalismo selvagem levou Marx a concluir que só havia um modo de criar uma sociedade justa: excluindo dela o capitalista.

Assim, constituiria-se um Estado proletário, dirigido pelo partido comunista, justo porque dele estava excluído o capitalista explorador.

Essa teoria pressupunha que é a classe operária quem produz a riqueza, enquanto o capitalista nada mais faz que explorar o trabalho alheio e enriquecer. O equívoco de Marx estava em ignorar que, sem o capitalista, ou seja, sem o empreendedor, a produção da riqueza é quase inviável. É que ela depende tanto do trabalhador quanto do empreendedor, o empresário.

Por estar exclusivamente nas mãos do Estado, isto é, do partido comunista, a tarefa de produzir a riqueza foi o erro que levou ao fracasso do regime comunista. Na verdade, em qualquer sociedade, há milhões de pessoas que sonham criar sua própria empresa. Substituí-las por meia dúzia de burocratas do partido é condenar o país ao fracasso econômico.

Não é à toa que, hoje, da Rússia à China, como nos demais países outrora comunistas, todos abandonaram a concepção marxista e voltaram a estimular a expansão da iniciativa privada. Ou seja, voltaram ao regime capitalista. Isso não significa, porém, que o capitalismo de repente tornou-se bom e justo e que devemos nos contentar com a desigualdade que o caracteriza. Essa desigualdade é inerente ao próprio sistema, regido pelo princípio do lucro máximo.

Pois bem, esse longo caminho, que a humanidade percorreu no último século, mostrou que o Estado comunista nivela a igualdade por baixo, enquanto no regime capitalista, mesmo com as conquistas alcançadas pela classe operária e os trabalhadores em geral, a exploração se agrava e a desigualdade se amplia, de que é exemplo o capitalismo norte-americano.

Isso, porém, não é inevitável. Em países capitalistas como a Suécia, a Noruega e mesmo a Suíça - para ficar apenas nesses exemplos - a desigualdade foi consideravelmente reduzida. Não há porque, logicamente, o mesmo não possa ocorrer nos demais países capitalistas.

É evidente que isso depende de uma série de fatores e condições, que não se encontram em todos os países. Tampouco acredito numa sociedade em que a igualdade seja plena - em que todas as pessoas tenham a mesma possibilidade de ganho e acumulação de bens -, uma vez que os seres humanos não são iguais, não têm todos a mesma capacidade de criação, inventividade e realização.

Por isso mesmo, não se pode imaginar que todas elas contribuam na mesma proporção para o enriquecimento da sociedade.

Tampouco tais diferenças entre os indivíduos justifica o nível de desigualdade que, com raras exceções, caracteriza o mundo em que vivemos.

Essas são as razões que me fazem acreditar que, sem faca nos dentes e dentro do regime democrático, podemos alcançar uma sociedade menos desigual e menos injusta.
Herculano
21/08/2016 09:31
RECORDAR É VIVER, por Elio Gaspari, para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Saiu barato para os nadadores americanos que inventaram a história do assalto.

Em 2004, no aeroporto de Miami, dois jovens brasileiros disseram ao policial que revistava suas bagagens que nela havia uma bomba.

Pela brincadeira de mau gosto, ou confusão idiomática, os dois ralaram um mês na cadeia, outro em prisão domiciliar, e tiveram que pagar US$ 5 mil.

Houve época em que os americanos se safavam das leis brasileiras. Em 1966, foram presos no Brasil quatro contrabandistas americanos que voavam num pequeno avião. Sabe-se lá como, tinham ligação com o senador liberal William Fulbright, que falou com o secretário de Defesa, Robert McNamara, que falou com o adido militar no Brasil, general Vernon Walters.

Walters pediu uma audiência ao presidente Castello Branco, e, dias depois, as celas em que estavam os delinquentes foram misteriosamente abertas, e eles escafederam-se.

CPI DA ROUANET

Pelo andar da carruagem a CPI da Lei Rouanet poderá virar um espetáculo teatral digno de incentivos culturais para pesquisas sobre o desempenho dessas comissões.

Felizmente, extinguiu-se a CPI do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e suspendeu-se a possibilidade de extorsões contra empresários.

A Lei Rouanet tem muitos defeitos, mas ela fez mais pela cultura do que as CPIs que limparam o prontuário das administrações petistas da Petrobras e as ligações políticas de Carlinhos Cachoeira.

Essa CPI foi criada pelo inesquecível Waldir Maranhão quando presidia a Câmara.
Herculano
21/08/2016 09:31
da série: como o PT ético comanda a roubalheira de bilhões, mas esconde os seus métodos nas eleições dos grotões indo à missa e festas paroquiais como se santo o partido os seus no poder ou na perpetuação dele, fossem.

ZWI SKORNICKI INTERNACIONALIZOU A OPERAÇÃO LAVA JATO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Desde julho passado o engenheiro Zwi Skornicki vem contando suas traficâncias com a Petrobras aos procuradores da Operação Lava-Jato. Seus depoimentos internacionalizaram o escândalo, dando nome aos bois. Zwi era conhecido no mundo do petróleo por ser o poderoso representante dos estaleiros Keppel Fels, de Cingapura. Uma figura inesquecível para os peões que o viam circulando nas oficinas com um Rolex cravejado de brilhantes. Ficou famoso quando a Polícia Federal mostrou a casa cinematográfica que tinha em Angra dos Reis e a coleção de 12 carros que guardava em seu sítio (três Porsches e duas Ferraris).

A Keppel é um gigante da indústria naval, controlando 22 estaleiros em vários continentes, inclusive no Brasil. Seus contratos com a Petrobras chegaram a US$ 6 bilhões, e Zwi distribuiu dezenas de milhões de dólares em propinas, irrigando contas de petrolarápios, comissários petistas e do marqueteiro João Santana.

Até aí, Skornicki seria apenas mais um personagem da Lava-Jato, mas ele abriu a caixa-preta das operações internacionais. Todos, repetindo, todos os seus acertos foram submetidos à diretoria da Keppel em Cingapura. Ele tinha escritório na filial brasileira da empresa, continuou frequentando-o depois de sua condução coercitiva à Polícia Federal, em 2015, e, segundo acredita, suas salas continuam lá. O engenheiro não era um operador vulgar: "Eu era o único representante mundial da Keppel que participava de reuniões internas de estratégias de mercado da empresa".

Nas suas palavras, quando pediram-lhe 0,7% no contrato de US$ 650 milhões da plataforma P-51 e 0,6% na encomenda de US$ 700 milhões da P-52, ele foi a Cingapura e "sempre" levou o recado: "Deixei claro que seria propina" e "foi aceito". O mesmo se deu com outras negociações. Quando Pedro Barusco pediu uma lasca de 1,2% no contrato da plataforma P-56, os diretores de Cingapura pechincharam e ofereceram 0,9%.

Até hoje a petrorroubalheira tinha um jeito de jabuticaba. Sabia-se das traficâncias dos holandeses da SBM, mas eles conseguiram sair de fininho, pagando uma multa. Estimulado por perguntas de seus advogados, Skornicki apontou para o comando da Keppel. Primeiro, o do seu principal executivo no Brasil, Tay Kim Hock, figura conhecida na noite de Copacabana e nos campos de golfe do Rio. Ele deixou a empresa em 2012. Skornicki arrolou quatro outros diretores da Keppel, entre eles Choo Chiau Beng, principal executivo do conglomerado até 2014.

Há dois anos, quando Skornicki foi levado para depor à Polícia Federal, a Keppel informou que nada tinha a ver com ele. Lorota, tanto que ele continuou utilizando sua sala na empresa. Seu contrato com a Keppel até hoje não foi cancelado.

Para os críticos do instituto da colaboração, vai a lembrança de que Skornicki falou só graças a ela, para se livrar de uma pena severa. Pelo baralho velho e viciado, ele seria apenas um empreendedor, a Keppel teria padrões rígidos de combate à corrupção, e a Viúva ficaria com o mico. Pelo baralho novo, Skornicki contou o que fez e uma parte do que sabe, e aceitou pagar uma multa de US$ 24 milhões. Ele seria liberado neste mês, com direito a seis meses de tornozeleira em casa, mais três anos e meio de serviços comunitários.

O INCRÍVEL DOUTOR CHOO

O doutor Choo Chiau Beng, CEO dos estaleiros Keppel Fels ao tempo em que sua empresa aspergia propinas na Petrobras, era também o embaixador "não residente" de Cingapura no Brasil. Ele entregou suas credenciais a Lula em 2004. Resta saber como tramitou no Itamaraty o pedido de agrément para o presidente de uma empresa com negócios (e que negócios) no Brasil.

Entende-se que um país tenha um chefe de missão "não residente" quando isso envolve uma função cumulativa. O embaixador na França, por exemplo, mora em Paris e acumula a representação junto ao Principado de Mônaco. O doutor Choo morava em Cingapura e lá comandava a Keppel. Nada a ver. Acumulando o título de embaixador com a função de CEO da empresa, ele ajudou a feliz negociação de um financiamento do BNDES a juros camaradas para um braço da Keppel no Rio. Acompanhando o chanceler e ministro da Justiça de Cingapura, visitou o então presidente do Supremo Tribunal, ministro Joaquim Barbosa. Falaram até dos salários dos juízes.

No Brasil, já houve casos de embaixadores estrangeiros que depois de desempenhar suas funções passaram a fazer negócios. Jogo jogado. Embaixador que representa o país, preside uma empresa, administra negócios e acompanha propinas, é coisa nunca vista.

Cingapura é um dos países mais severos do mundo no combate à corrupção, mas seu desempenho é exemplar quando se trata de reprimir maracutaias internas. Apesar de ter leis que penalizam roubalheiras praticadas em outros países, até hoje não se sabe de alguém que tenha ido para a cadeia por ter pagado pixulecos fora de suas fronteiras.
Herculano
21/08/2016 09:19
AGENDA PARALELA DOS MILITARES, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

O pau está quebrando na política, mas as Forças Armadas estão na sua.

Digam o que disserem, o fato é que as Forças Armadas tiveram destaque nos governos Lula, ficaram no limbo durante os anos Dilma e agora recuperam espaço e voz. Foram ouvidas na escolha do ministro da Defesa, Raul Jungmann, conseguiram reativar o Gabinete de Segurança Institucional com o general Sérgio Etchegoyen e ocuparam papel relevante, apesar de discreto, na Olimpíada.

Generais, brigadeiros, almirantes e seus subordinados não têm do que reclamar, mas eles estão bastante desenvoltos e reivindicativos para manter seus programas estratégicos e, de quebra, alguns privilégios: preventivamente, reagem contra uma saudável unificação dos regimes civil e militar na reforma da Previdência.

Desde o início, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, marcou uma mudança de postura e não engoliu em seco quando o PT lamentou não ter aproveitado os anos de poder para mexer no currículo das academias militares e para promover oficiais comprometidos com a democracia. O general avisou que o Brasil não tem "bolivarianismo" e "assim, estão plantando um forte antipetismo no Exército".

E o da Aeronáutica, brigadeiro Nivaldo Rossato, já toca uma reformulação da Força Aérea para enxugar a estrutura e reduzir gastos (inclusive com pessoal), mas já se preparando para impedir que as verbas do setor saiam voando para outras plagas. Como? Via criação de estatais ligadas à FAB.

E há outros projetos que saem dos armários. O Comando Logístico do Exército, responsável pela autorização, fiscalização, importação e exportação de armas, apresentou em 30 de junho ao governo uma proposta para flexibilizar a proibição do uso de armas e as regras do setor. A sociedade em geral é contra as armas, mas atiradores, caçadores e colecionadores pressionam por mais facilidade para compra, venda e registro. Não seria o Exército que discordaria deles.

A questão embute uma questão prática: a Taurus, tradicional produtora de pistolas para as Forças Armadas e polícias civis e militares dos Estados, entrou em crise financeira e passou até por reclamações sobre a qualidade do produto. Agora, comprada pelo grupo CBC, é o centro da discussão sobre armas. A intenção é arejar as condições de funcionamento do setor e abrir o mercado, permitindo a entrada de empresas estrangeiras sem asfixiar a indústria nacional.

"Não há necessidade de reserva de mercado, que é coisa do passado e, quando tentada na área de informática, não deu certo", diz o comandante de Logística do Exército, general Guilherme Theophilo, que defende a indústria nacional de defesa, mas sem fechar as portas a produtos modernos e sofisticados de países parceiros e a empresas que possam se instalar no Brasil, com limite mínimo de capital nacional.

A Defesa e o Exército estão preocupados também com uma novidade nas porosas fronteiras da Região Norte do País: o fluxo de haitianos e agora de venezuelanos, que só faz aumentar. É por isso que o Exército pretende atrair experts de diferentes partes do mundo para o Amazonlog, um exercício militar de defesa das fronteiras previsto para 2017, em Tabatinga.

O general também está preocupado com a riqueza amazônica e é taxativo: "Hoje, o estrangeiro conhece a Amazônia mais do que nós". E cita: a castanha-do-pará tem 73 patentes nos EUA; a andiroba é patenteada na França, no Japão, na União Europeia e... nos EUA; a copaíba, na França e... nos EUA; o jaborandi, no Canadá, na Inglaterra, na Irlanda e... nos EUA; a ayahuasca... nos EUA.

O Brasil já tem o potente e disseminado Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), operado por uma rede de radares e satélites, mas a tecnologia é altamente dinâmica. Quem para no tempo perde o bonde. Os militares não se metem em política, mas estão muito ativos nos debates internos do governo Temer.
Herculano
21/08/2016 09:17
UM PAÍS ESTRANHO, por Fernando Gabeira, para o jornal O Globo

Neste momento, a Olimpíada já acabou, estou de novo na estrada, Dilma e Cunha preparam-se para deixar a cena nas próximas semanas. O melhor cenário para a Olimpíada seria a ausência de grandes desastres. E isso aconteceu. Não fomos avaliados apenas por hospedar os Jogos, mas sim por fazê-lo no meio de uma grande crise política e econômica.

Muitas cidades do mundo vão continuar querendo hospedar uma Olimpíada sabendo que custam bilhões de dólares. Cada uma deve ter sua razão. Legado e contas a pagar, a qualidade do biscoito Globo e que diabo o nadador americano andou fazendo na noite em que teria sido assaltado ?" tudo isso ainda pode render alguma polêmica. Como disse o treinador do francês que perdeu o ouro no salto com vara, o Brasil é um país muito estranho, e é possível que usem as forças mágicas do candomblé nas grandes decisões. Onde estavam os santos no sete a um para a Alemanha, em todas as provas que perdemos? Santos não amarelam, logo é possível supor que estivessem de férias. Nem todos os temas têm o charme do esporte ou dos choques culturais que uma Olimpíada enseja. Mas são o tecido de uma realidade que se recusa a desaparecer apesar da euforia com as vitórias, dos casos de gente que superou a mesa de operações, o câncer ou a pobreza para disputar a medalha olímpica.

No meio da confusão, o governo pelo menos notou essa realidade incômoda, quando anunciou um novo caminho para o saneamento básico: a privatização. Não é o único caminho. No mundo há serviços públicos e particulares que funcionam bem. Se o governo estava fazendo uma cena, apenas para aparecer bem no filme da Olimpíada, vamos ficar sabendo mais cedo ou mais tarde. O que será da violência depois dos Jogos? Os assaltos continuaram acontecendo, um soldado da Força Nacional morreu alvejado na Maré, um policial rodoviário foi atingido gravemente em outro incidente. O soldado, infelizmente, morreu numa circunstância cada vez mais comum: entrar, inadvertidamente, numa área perigosa da cidade. Temer não entendeu o que se passou. Disse na TV que a morte do soldado foi um incidente lamentável, mas que tudo estava correndo bem na Olimpíada.

Poderia, pelo menos, dizer que era solidário com a família do soldado, que o Brasil reconhecia seu sacrifício. Parece que a morte de um policial é algo natural, frequente e previsível. Nada a fazer, nenhuma lágrima, nesse oceano que foi a Olimpíada. Choro de vitória ou derrota, quase vitória ou quase derrota, choro de locutor esportivo, de torcedor, todos choramos quando perdemos um jogo. Mas não choramos quando perdemos um soldado.

Todos nos indignamos quando há uma tentativa de estupro. E vasculhamos todos os meandros do discurso para apontar traços da cultura do estupro. As camareiras da Vila Olímpica apanharam mais do que Neymar em campo. Foram assediadas por boxers, espancadas por atleta búlgaro, mas as camareiras, como os soldados, são transparentes. Nos EUA caiu um presidente do FMI por molestar a camareira do hotel. A Olimpíada foi um grande momento. Os atletas festejam suas vitórias, avaliam seus erros, preparam um novo plano de treinamento.

E nós caímos na vida cotidiana, que para muitos é tão difícil e arriscada como uma Olimpíada. Depois de uma certa idade, então, cada corrida, cada salto, cada longa caminhada é celebrada como um recorde. Mas o mais importante é perceber que começou de novo o jogo cotidiano. Vamos ter os forças federais até quando? Se ficarem, o que fazer para assegurar que sua saída não cause danos? Há um problema adicional que poucos notaram: a campanha eleitoral começou. Não vi ainda candidatos no meu caminho. Mas sei que existem e que, daqui a pouco, sorridentes e com as mãos estendidas, virão propor soluções fáceis para os intrincados problemas de sempre. Antes da operação Lava-Jato, as campanhas já pareciam irreais. Agora, depois de tudo revelado, a distância entre o discurso dos políticos e a realidade das pessoas deve provocar inúmeros curto-circuitos.

Não se trata apenas de uma operação que desvendou os meandros da organização criminosa no poder. Em 2013, as pessoas já pressionavam por serviços públicos decentes; em 2015, pelo impeachment de Dilma. Em termos puramente subjetivos, o Brasil mudou muito nos últimos anos. A Olimpíada foi produto de um delírio do passado, realizado com os pés no chão na aspereza do presente. Como disse o técnico francês ao "Le Monde", o Brasil é um país estranho, mágico. Vivo nele há muitas décadas para saber que por baixo da cortina de exotismo alguns problemas sobrevivem a todos os orixás, santos e pajés. Quando ouvi um locutor satisfeito porque o lixo da Baía de Guanabara foi para o fundo, num dia de regata, pensei: se apenas os estrangeiros acreditassem na magia brasileira, seria mais fácil.

É tempo de eleições, e os mágicos virão com todos os truques, lenços desaparecem, coelhos saem da cartola. Os políticos não inventaram o Brasil. Apenas exploram alguns pontos fracos.
Herculano
21/08/2016 09:14
ALVORADA: FUNCIONÁRIOS RECUSAM ELOGIOS A DILMA, por Cláudio Humberto na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Na tentativa de melhorar a imagem de Dilma Rousseff, o que resta de sua assessoria bolou um "plano genial": gravar funcionários do Palácio da Alvorada elogiando a presidente ré, musiquinha de fundo, com depoimentos destinados a "emocionar" os brasileiros. Mas deu errado. Cansados dos seus gritos e grosserias, todos se recusaram a gravar os pretendidos elogios. A estratégia era divulgar o vídeo nas redes sociais.

POR NOSSA CONTA
A assessoria de Dilma até solicitou equipe da TV pública, paga pelo contribuinte, para gravar "depoimentos emocionados" em favor dela.

ESTA PREFERIU SAIR
Muito pressionada a gravar depoimento elogiando a presidente ré, uma funcionária da cozinha do Alvorada pediu demissão do serviço público.

PRESSÃO EXCESSIVA
Fonte do Alvorada explicou que a assessoria de Dilma "exagerou" na pressão, por isso a funcionária reagiu com o pedido de demissão.

BULLYING PRESIDENCIAL
São conhecidas as histórias de grosserias de Dilma contra auxiliares, sejam eles ministros, assessores, cabeleireira, segurança ou copeira.

DOAÇÃO DE CERVEJARIA DEVE COMPLICAR DILMA
Investigadores da Lava Jato suspeitam que a presidente ré Dilma Rousseff participou ativamente da operação que garantiu uma "doação" de R$ 17 milhões do Grupo Petrópolis (que produz a cerveja Itaipava) para sua campanha, em 2014. O grupo obteve empréstimo de R$ 830 milhões do Banco do Nordeste (BNB). O caso pode complicar o ex-ministro Edinho Silva e o ex-presidente do BNB Nelson de Sousa.

CURRÍCULO
Nelson de Sousa, ex-BNB, com experiência significativa no setor financeiro, é hoje vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica.

CHOPE À VONTADE
Há indícios de que também as campanhas estaduais de Wellington Dias (PI) e Rui Costa (BA) foram abastecidas pela cervejaria

INTERPRETAÇÃO
O Ministério Público Federal vem considerando "propina" qualquer "doação" para campanhas eleitorais, ainda que a lei a permitisse.

ME ERREM
Os deputados Marcelo Castro (PI) e Celso Pansera (RJ), ex-ministros de Dilma, fingem-se de mortos, esperando o impeachment passar. Não querem ser expulsos do PMDB, como deve ocorrer a Kátia Abreu (TO).

ESTRATÉGIA PETISTA
Investigado por corrupção e réu por tentar obstruir a Lava Jato, o ex-presidente Lula decidiu ofender os juízes do impeachment poucos dias antes do julgamento de Dilma. Ele disse à inglesa BBC que "os 81 senadores resolveram cassar [Dilma] por interesse".

ATÉ O COCHO
Investigadores trabalham com a suspeita de que o cocho que virou floreira, sumido dos jardins do Palácio Alvorada, pode estar no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), aquele que Lula renega.

PERDEU
Dilma atrasou a coletiva sobre sua "carta", quarta (17), porque esperava o fim do jogo Brasil x Suécia de futebol feminino. Pretendia fazer um link da vitória da seleção com sua expectativa em relação ao impeachment. Começou a coletiva assim: "É, perdemos..."

PESQUISA & ELEIÇÃO
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, até dia 15 foram registradas 1.380 pesquisas eleitorais no TSE. O Maranhão tem o maior número de levantamentos (181), depois vem o Piauí (176) e São Paulo (174).

ALIANÇA PRESERVADA
Quando o presidente Michel Temer bateu martelo, aumentando de R$2 milhões para R$ 10 milhões a verba de combate a seca em Alagoas, um ex-ministro do PMDB tentou fazer intriga, dizendo-lhe que o governo de Renan Filho mantém a aliança com o PT e seus cargos.

CÚPULA DA CPLP
O primeiro-ministro Antonio Costa confirmou que virá ao Brasil com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em novembro, para a cúpula da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

ACREANOS ASSUSTADOS
O procurador-geral do Acre, Oswaldo D'Albuquerque, pediu audiência ao ministro Alexandre de Moraes (Justiça) para advertir que aos poucos o crime organizado está tomando conta do Estado.

PENSANDO BEM...
...quando o ministro Eliseu Padilha disse que era para "alinhar a agenda econômica", queria dizer que a reunião de Michel Temer e outros líderes foi para alinhar os votos contra Dilma no Senado.
Herculano
21/08/2016 09:10
DOMINGO DE CHUVA. CHUVA QUE COMPLICA OS CANDIDADOS NA BUSVA DE VOTOS
Herculano
20/08/2016 21:23
OURO, SUOR E LÁGRIMAS, por Juca Kfouri, para a Espn


O Maracanã, lotado, estava com a cara do Maracanã.

O Rio, não.

Cinzento, estava mais para Berlim.

O embate entre brasileiros e alemães repleto de cuidados, mais para xadrez.

Os canarinhos na base do tico-tico e os alemães mais verticais.

Tanto que Gnabry, jogador do Arsenal, acertou o travessão de Weverton, aos 10, como voltariam a acertá-lo aos 28 e aos 30.

Só que, para completar o azar deles, antes, aos 26, de tanto baterem em Neymar ele bateu uma falta na forquilha e abriu o placar.

A Seleção havia criado apenas uma chance de gol, com Luan, aos 10, defendida pela zaga alemã.

O estádio cantava o nome de Neymar, "olê, olê, olá, Neymar, Neymar", talvez na maior homenagem feita a ele pela torcida brasileira fora de São Paulo onde mora o Santos.

Mas faltava ainda o segundo tempo para botar a medalha de ouro no peito.

O time brasileiro voltou sem pressa e tentando atrair o alemão.

Que ficava com a bola sem saber muito o que fazer num jogo entre intermediária.

Neymar deu um arranque que lembrou Usain Bolt, a quem ele homenageará ao fazer seu gol.

Até que Wallace e Marquinhos erraram numa saída de bola simples e armaram o ataque para Meyer empatar, aos 58.

Primeiro gol sofrido na Olimpíada.

Lembraram Rafael e Sandro contra o México, em Londres, com a diferença de que lá os erros aconteceram aos 29 segundos de jogo.

Gabigol fazia uma partida simplesmente lamentável e saiu para a entrada de de Felipe Anderson, aos 69.

Renato Augusto parecia dois, Renato e Augusto.

Aos 71 Luan foi derrubado na área e o assoprador de apito não assinalou.

E Felipe Anderson, molenga, perdeu gol feito em bola lançada por Neymar aos 76.

Depois de sofrer o empate o Brasil tomou conta do jogo.

As chances se sucediam, mas faltava o toque final.

Aos 93, Neymar foi fominha e não deu o gol para Douglas Santos.

A prorrogação ficou inevitável.

Moralmente, o time olímpico germânico estava mais forte que o brasileiro.

Aos 95, saiu Gabriel Jesus e entrou Rafinha, para ver, já dentro de campo, Luan desperdiçar um contra-ataque.

Os alemães apostavam nos pênaltis ou, no máximo, numa bola vadia.

Como as suecas fizeram contra Marta e cia.

Logo no começo do segundo tempo da prorrogação, Neymar pôs outra vez Felipe Anderson na cara do gol, mas ele chutou em cima do goleiro.

O tempo passava, a agonia dos pênaltis se aproximava, a torcida vaiava a posse de bola alemã e uma parte dizia "eu acredito".

Futebol que é bom tinha pouco.

Restaram os pênaltis, sempre melhor para o visitante, com menos pressão.

Ginter bateu primeiro e fez 1 a 0.

Renato Augusto empatou.

Gnabry fez 2 a 1. Weverton quase pegou.

Marquinhos empatou.

Brandt fez 3 a 2.

Rafinha empatou.

Suele fez 4 a 3.

Luan fez 4 a 4.

Petersen bateu e Weverton pegou!!!


Neymar garantiu o ouro do Brasil!

O Maraca chorava de emoção.

Rogério Micale é um justíssimo campeão.

Tem o título que nem Zagallo ganhou.
Belchior do Meio
20/08/2016 19:35
Sr. Herculano:

Às 09:04Hs "A MANCHETE ESCÂNDALO QUE SE ESCONDIA POR ANOS: EX-PRESIDENTE DA OAS DELATA MINISTRO DO STF DIAS TOFFOLI".

O marasmo olímpico com Toffoli delatado: Não tem preço.
Sidnei Luis Reinert
20/08/2016 18:24
"Ide fuder-vos", globalitaristas da OEA!


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

O Brasil vai realmente confirmar que é o País da Olim-piada se, na segunda-feira que vem, o Senado cometer o crime contra soberania nacional de dar satisfação à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff. O recurso à OEA é uma chicana jurídica injustificável dos advogados de Dilma e dos defensores de réus ou condenados no Mensalão e na Lava Jato.

O mais grave é que partiu do Palácio do Planalto o acerto político para que o Senado responta aos questionamentos da OEA. A atitude submissa deixa o caminho escancarado para outras indevidas interferências externas em assuntos que só dizem respeito aos brasileiros. Trata-se de uma vitória olímpica do globalitarismo. Novamente, ganhamos a medalha de ouro dos tolos na modalidade colonizados otários e sem-vergonha. Não foi à toa que alguns nadadores norte-americanos acharam que "somos todos uma olim-piada"...

Responder à OEA nos termos em que o Brasil foi intimado é rasgar nossa Constituição. A Carta Magna deixa claro que o processo de impedimento do Presidente da República é político, embora tenha aspecto jurídico. Tudo é conduzido pelos senadores, de forma aberta, porém sob a presidência processual do presidente do Supremo Tribunal Federal. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA nada tem a ver com o processo. A OEA se intromete indevidamente no caso, acionada por juristas de visão internacionalista, antipatriótica, que obram e andam para a soberania do Brasil.

O processo de impedimento é tão claro que já ficou definida a perguntinha que será respondida pelos 81 senadores que a julgarão a partir de 25 de agosto: "Cometeu a acusada, a senhora presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo de oito anos?"...

Já que estamos em tempos de euforia olímpica, tudo indica que Dilma será arremessada como um peso morto politicamente. A maioria dos senadores vai detoná-la dentro da ordem constitucional. Na verdade, Dilma acabou derrubada porque foi arroganta e incompetenta. A famosa ciclista foi punida por "pedaladas" erradas... Ironicamente, um pequeno delito olimpiano. Um pecadinho tecnocrático no Brasil desgovernado pelo crime institucionalmente organizado...

Por isso, a única resposta oficial cabível ao pretenso "tribunal transnacional" é: "Vai te catar, OEA". Ou, se preferirem usar famosa frase culto-chula do contínuo de Carlos Lacerda na lendária Tribuna da Imprensa. O indomável Napoleão Brasil (que perece ser tio do Negão da Chatuba) escreveria:

- "Ide, fuder-vos, Globalitaristas"...
Herculano
20/08/2016 09:34
É PRECISO SALVAR A FICHA LIMPA, editorial de O Globo

Uma decisão do Supremo, por maioria de votos, que, na prática, torna inócua a Lei da Ficha Limpa para barrar prefeitos e governadores que desrespeitam normas orçamentárias, criou sérios obstáculos ao combate à corrupção, às portas de um pleito municipal.

O ministro Gilmar Mendes, um dos que constituíram a maioria neste julgamento do STF, atribuiu o veredicto a erros na redação da lei, cometidos por "bêbados". A estocada foi devolvida por outro ministro, Luís Roberto Barroso, vencido no julgamento, para quem a Ficha Limpa é uma lei importante e "sóbria".

A esgrima de nada serve; o que importa é resolver a questão de forma a que não seja derrubada a barreira que a Ficha Limpa havia erguido com a finalidade de evitar que prefeitos e governadores responsáveis pela dilapidação do Erário se reelegessem.

Com razão, movimentos de combate à corrupção e associações de magistrados se insurgem contra a decisão do Supremo de que não basta a condenação do prefeito e o governador pelo respectivo tribunal de contas para efeito de enquadramento na Lei da Ficha Limpa. Passa a ser necessária a confirmação do veredicto por câmara e assembleia locais. Ora, ora.

Sabe-se bem como governadores e prefeitos conseguem manter maiorias nas Casas Legislativas. Vale dizer: se o Supremo mantiver com o Legislativo a palavra final contra o chefe do Executivo, em relação à Ficha Limpa, a Corte estará tornando inimputáveis governadores e prefeitos maus gestores dos impostos pagos pela população.

O caso é sério, porque, segundo o presidente da associação dos membros dos tribunais de contas, Valdecir Pascoal, 84% dos gestores públicos impugnados o foram devido a esses tribunais. Confirma-se, então, que é como se a Ficha Limpa fosse revogada. Também de acordo com a associação, seis mil prefeitos já foram apanhados pela Ficha Limpa. Agora, podem pedir anistia.

A esperança está nos embargos que deverão ser impetrados no STF, com pedidos de esclarecimentos sobre essa decisão.
Herculano
20/08/2016 09:32
FALTA A TEMER O PISO DE 308 VOTOS PARA APROVAÇÃO DA PEC DO TETO DOS GASTOS, por Josias de Souza

A poucos dias de ser efetivado na Presidência da República, Michel Temer está às voltas com um problema político-arquitetônico. Envolve piso e teto. Para impor limites às despesas públicas, Temer enviou à Câmara uma PEC - proposta de emenda constitucional - que proíbe a expansão do pé-direito do Orçamento da União em patamares superiores à inflação do ano anterior. Mas seu governo não alcançou, por ora, o piso mínimo de 308 votos necessários para aprovar na Câmara o teto dos gastos.

Nesta sexta-feira (19), Temer reuniu no escritório paulista da Presidência os ministros econômicos e a nata do governismo parlamentar. Conversaram sobre o Orçamento de 2017 e a emenda do teto. A reunião transcorreu contra um pano de fundo que trazia gravado, em tinta cintilante, o número mágico: 308 votos.

Em cem dias de interinidade, a matéria mais importante que Temer submeteu à apreciação da Câmara foi a proposta de renegociação das dívidas dos Estados com a União. Continha duas contrapartidas: a implantação do teto de gastos também nos Estados e o congelamento dos salários e das contratações por dois anos. Passou por 282 votos a 140. E o governo teve de dobrar os joelhos, retirando do texto o artigo que enfiava os salários dos servidores no freezer.

O placar decepcionou o Planalto. Depois de fazer todas as vontades dos aliados no balcão da fisiologia, o governo imaginava estar mais bem-posto na Câmara. Mesmo fazendo concessões, aprovou apenas o texto-base da proposta sobre as dívidas estaduais. Os deputados ainda terão de apreciar as emendas penduradas nesse texto antes de enviá-lo ao Senado.

De posse da lista de deputados fujões e traidores, o Planalto terá atuar sobre eles para alcançar o patamar de 308 votos, mínimo necessário para emendar a Constituição. Os inimigos da emenda do teto alegam que ela vai reduzir o orçamento de setores que já estão no osso ?"educação e saúde, por exemplo.

Hoje, as propostas de Orçamento da União são maravilhosas para serem executadas por Alice no Brasil dos espelhos. Quando falta dinheiro, os congressistas engordam artificialmente a previsão de receitas. Com o teto, a ficção acaba. Para destinar mais verbas a determinado setor, será necessário retirar de outro.

Na reunião de São Paulo, ficou decidido que o governo aplicará o teto já na proposta de Orçamento de 2017. Com isso, o limite para o crescimento das despesas federais será a inflação de 2016, estimada em 7,2%. Por imposição legal, o governo precisa remeter a proposta orçamentária ao Congresso até 31 de agosto. E tenta dar ao teto a aparência de fato consumado.

Tomado pelos recuos que protagonizou e pelos reajustes salariais que liberou para 14 corporações de servidores, Temer passou a impressão de que, se fosse um arquiteto, seria daqueles que, quando o projeto começa a desandar, diz algo assim: "Não se preocupem, depois a gente coloca umas plantas." O rigor fiscal de Temer parece crescer na proporção direta da aproximação do dia da deposição de Dilma.

Na noite de quarta-feira, em jantar no Palácio do Jaburu, o grão-tucanato deu uma chacoalhada em Temer. Aécio Neves recordou o discurso de posse que a morte impediu seu avô Tancredo Neves de ler no dia da posse. Abria assim: "É proibido gastar". Líder do PSDB na Câmara, o deputado Antonio Imbassahy (BA) realçou que todas as reformas pretendidas por Temer envolvem mexidas na Constituição. O que torna o governo escravo do número mágico: 308 votos.

Os tucanos soaram dramáticos. Um deles disse que o governo Temer acaba no nascedouro se a emenda do teto dos gastos não passar. Derrotado nessa matéria, o Planalto tampouco teria votos para aprovar reformas como a da Previdência. E o mercado, que ensaia uma reação, levaria o pé atrás, criando uma atmosfera de desconfiança que faria de Temer uma versão masculina de Dilma. O projeto de saneamento fiscal iria para o beleléu. E não restaria a Temer senão encomendar os vasos de plantas.
Herculano
20/08/2016 09:29
ALIANÇA ENTRE TUCANOS E PMDB É SO JOGO DE FACHADA, por Leandro Colon, para o jornal Folha de S. Paulo

A aliança do PSDB com o governo de Michel Temer é um tanto esquisita. O partido pretende ter candidato à Presidência da República nas eleições de 2018 e sabe que, provavelmente, estará daqui a dois anos em lado oposto do grupo político do presidente interino.

Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, são hoje a aposta eleitoral do núcleo palaciano, sobretudo se forem bem sucedidos na missão de resgatar do buraco a economia do país.

O PSDB ficou de "mimimi" nas duas últimas semanas. Cobrou maior participação no governo, mais empenho do Planalto na aprovação de medidas econômicas e criticou os recuos (o governo jura que não são recuos) em discussões no Congresso, entre elas a que trata da renegociação da dívida dos Estados.

E Temer, o que fez? Limitou-se a oferecer um jantar no Jaburu à cúpula tucana e prometer uma tal agenda "ousada e corajosa", segundo palavras de Aécio Neves (PSDB-MG).

A principal novidade foi o gesto simbólico de incluir o líder do governo no Senado, o tucano Aloysio Nunes Ferreira (SP), em reuniões sobre temas econômicos.

"O presidente não tem a possibilidade de errar de agora em diante", declarou Aécio, com ar de quem quer mostrar firmeza, mas ciente de que não está dizendo nada relevante.

Seria bem mais honesto se os dois lados abandonassem o jogo de cena. Temer quer o PSDB na base governista porque precisa dos seus votos no Congresso. O PMDB não conta, ao menos por ora, com os tucanos numa chapa presidencial em 2018.

Os tucanos, por sua vez, preenchem o cardápio da política em Brasília com cobranças ao Planalto, mas no fundo só pensam em mirar o apetite eleitoral de Temer e Meirelles.

Se até o instável presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), emite sinais de paz e amor ao governo de Michel Temer, certamente não será o PSDB o protagonista de um rompimento.
Herculano
20/08/2016 09:15
NA DEFESA DO DINHEIRO PÚBLICO, por Merval Pereira, para o jornal O Globo

Entre as várias associações e entidades que questionam a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que são as Câmaras Municipais, e não os Tribunais de Contas, as instâncias legais para coibir a malversação do dinheiro público, está a Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas do Brasil (ANTC), que entrou no Supremo com um "memorial complementar para esclarecer divergência" com o qual pretende que seja revista a interpretação dada à decisão.

Caso prevaleça a tese de que prefeitos ?" e por extensão governadores ?" só se tornarão inelegíveis se as Câmaras Municipais (ou as Assembleias Legislativas) rejeitarem suas contas, milhares de prefeitos estarão livres da Lei da Ficha Limpa, que considera que prefeitos (e governadores) perdem o direito a concorrer a cargos públicos se os Tribunais de Contas rejeitarem suas contas, independentemente da decisão dos vereadores ou deputados estaduais.

A decisão foi apertada - 6 a 5 - e está causando muita controvérsia, especialmente porque praticamente anula um dos principais pontos da Lei da Ficha Limpa, criticada na sua forma pelo ministro Gilmar Mendes. A presidente da ANTC, Lucieni Pereira da Silva, ressalta, em especial, um ponto: "Mais grave do que o prefeito ficar sob um julgamento meramente político dos vereadores, outro problema gravíssimo é que a Constituição não confere à Câmara Municipal os instrumentos necessários para assegurar o ressarcimento do valor desviado dos cofres públicos".

Ela se refere a um efeito imediato da decisão: os prefeitos e governadores que tiverem o controle político de suas respectivas Casas Legislativas jamais serão punidos por eventuais falcatruas, além do que terão em mãos um poderoso instrumento contra seus adversários locais, podendo rejeitar as contas dos antecessores mesmo que o Tribunal de Contas as tenha aprovado. Além disso, na mesma sessão, o STF tomou outra decisão: em caso de omissão da análise das contas por parte do Legislativo, os prefeitos não podem ser punidos. Bastará, portanto, que as contas não sejam analisadas para que o prefeito fique livre de punição.

Lucieni Pereira destaca que "As Casas Legislativas não têm competência para julgar contas de ordenador de despesa, fixar o valor do dano, determinar o ressarcimento aos cofres públicos e aplicar multa proporcional ao dano". Ela explica que ao repartir as competências do controle externo, a Constituição as inclui no artigo 71 (incisos II e VIII), e não na competência do Legislativo (artigos 31 e 49).

Para assegurar o ressarcimento do dano rapidamente, o artigo 71, § 3º da Constituição, estabelece que as decisões do TCU e demais Tribunais de Contas têm eficácia de título executivo, o que significa que as decisões dos tribunais, em caso de desvio de dinheiro público, podem ser executadas imediatamente pela Advocacia-Geral da União (AGU) no Judiciário se for dinheiro federal.

Não é necessário discutir a matéria numa vara civil para só depois executar. O ministro Teori Zavascki destacou esse ponto no seu voto vencido, mas Lucieni Pereira acha que os demais ministros não atentaram para esse dado. "Do jeito que está a decisão, se o prefeito desviar dinheiro em janeiro de 2016, ele só prestará contas anuais de 2016 em abril de 2017, em até 60 dias após a abertura da sessão legislativa. O Tribunal de Contas tem o prazo de 180 dias (6 meses) para emitir o parecer prévio das contas anuais do prefeito, ou seja, tem até outubro de 2017, quando enviará o parecer prévio para Câmara Municipal. E nisso, o dinheiro desviado não voltou aos cofres públicos. Se o prefeito tiver o controle da Câmara Municipal, esse dinheiro não voltará, ressalta a presidente da ANTC.

E, quando a Câmara Municipal julgar esse parecer prévio, só poderá aprovar, aprovar com ressalvas ou rejeitar; não poderá fazer mais nada. Se as contas forem rejeitadas, o prefeito ficará inelegível por 8 anos, mas estará rico. "Assim, o desvio de dinheiro público pode compensar", lamenta. Oito anos depois, esse ex-prefeito volta a se eleger e desvia novamente, e no máximo ficará inelegível.

A ANTC considera que essa decisão induzirá a dois comportamentos: 1) Prefeitos quererão ser ordenadores de despesa, pois não serão tecnicamente julgados; 2) valerá a pena prefeito roubar, já que o Tribunal de Contas não poderá determinar que ele devolva o valor desviado.
Herculano
20/08/2016 09:13
SUPLICY COMETE FRAUDE AO COMPARAR BRASIL E VENEZUELA, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, para o jornal Folha de S. Paulo

Eduardo Suplicy, um leitor comum, utiliza-se do Painel do Leitor para cobrar coerência de José Serra (Folha, 19/8). O ministro do Exterior pede que todos os países democráticos pressionem pela realização do referendo revogatório na Venezuela. Daí, conclui o ex-senador, Serra deveria apoiar a reivindicação de Dilma de uma consulta popular sobre a antecipação de eleições no Brasil. Na missiva, encontra-se um paralelo explícito, que é uma fraude lógica, e um implícito, que é uma fraude política. Na base dos dois, oculta-se uma omissão moral que, se não faz justiça à trajetória de Suplicy, ilumina a falência da esquerda latino-americana.

A fraude lógica: na Constituição brasileira, o instrumento de revogação de mandatos é o impeachment, não um plebiscito. Dilma clama por uma consulta inconstitucional; a oposição venezuelana, pelo cumprimento de uma norma inscrita na Constituição de 1999, marco inaugural da "revolução bolivariana". Suplicy sabe disso: em 2005, patrocinou uma emenda constitucional destinada a introduzir o recall de mandatos, mas não obteve apoio nem mesmo para levá-la a plenário.

A fraude política: a Venezuela do anoitecer do chavismo transforma-se em ditadura; o Brasil do ocaso do ciclo de poder lulopetista conserva a democracia. No Brasil, um STF independente supervisiona o processo de impeachment. Na Venezuela, um tribunal superior submetido ao Executivo suprime ilegalmente as prerrogativas da Assembleia Nacional eleita, de maioria oposicionista, e um conselho eleitoral controlado pelo chavismo viola as regras que possibilitam o referendo revogatório.

Anote, Suplicy. No Brasil, a presidente afastada usa o Palácio para acusar o Congresso, o Judiciário e a imprensa de promoverem um "golpe de Estado". Na Venezuela, líderes oposicionistas apodrecem na prisão sob sentenças farsescas denunciadas pela ONU, pela OEA e por organismos internacionais de direitos humanos. Aqui, a militância petista protesta nas ruas contra o impeachment; lá, milícias chavistas atemorizam os cidadãos e agridem manifestantes pacíficos. Aqui, os homens em armas protegem as fronteiras e garantem a segurança pública; lá, as forças armadas juram compulsoriamente lealdade ao chavismo. Suplicy quer mesmo comparar um país que tem políticos presos com um que mantém presos políticos?

Uma ditadura de esquerda não é melhor que uma ditadura de direita. Na sua longa trajetória pública, em nome dessa régua moral, Suplicy desafiou várias vezes seu partido. Poucos anos atrás, o ainda senador confrontou um tabu petista para defender o direito de viagem da blogueira cubana Yoani Sánchez. Sob esse pano de fundo, há algo de muito perturbador no persistente silêncio que conserva sobre a escalada autoritária do regime chavista. Engajado na difusão da lenda do golpe no Brasil, o Suplicy do passado apaga-se voluntariamente, dando lugar a um personagem diferente, disposto a submeter os princípios às conveniências.

A Venezuela não é o objeto mas apenas o pretexto da missiva de Suplicy publicada na Folha. Presos políticos? Soberania popular? Liberdades públicas? Garantias democráticas? Não, nada disso: o tema verdadeiro da cartinha é a manobra desesperada de Dilma na hora do ato conclusivo do processo de impeachment. O Suplicy do passado esclareceria sua opinião sobre a posição diplomática do Brasil diante do colapso da ordem democrática na Venezuela. O Suplicy do presente afasta, com um gesto enfastiado, os dilemas de princípio para cumprir uma missão partidária.

Serra declarou que "um país que mantém presos políticos não é uma democracia". Suplicy perde a oportunidade de cobrar-lhe coerência. A pergunta certa ao ministro é: por que, então, o Brasil não invoca a cláusula democrática contra o regime chavista? Mas essa é, precisamente, a pergunta que Suplicy nunca formulará.
Herculano
20/08/2016 09:09
COLUNA DO MORENO, por Jorge Bastos Moreno, para o jornal O Globo

ASSESSOR TIRA CERVO DO ARMÁRIO

Ao tentar desmentir relatórios oficiais sobre desaparecimento de objetos da Presidência da República, publicados aqui, um assessor da presidente afastada, Dilma Rousseff, sem querer, acabou desvendando um dos maiores mistérios da República: o desaparecimento do cervo búlgaro, presente pessoal do governo daquele país à presidente filha de pai búlgaro.

O veadinho da Dilma estava dentro de um armário no Alvorada, entre tantos outros objetos pessoais da presidente.

O presente chegou a ficar por uns dias no gabinete da presidente. Só que o assessor não sabe é que o sumiço do veadinho foi denunciado, na época, por seus próprios antecessores no cargo.

Somente agora é que o assessor tirou o veadinho do armário para fotografá-lo e enviar uma cópia para a coluna, provando que ele nunca esteve sumido. E que, ao contrário do que foi publicado, o cervo não é de porcelana, mas de ferro fundido, banhado a ouro. Chiquérrimo!

EM SUSPENSE
Michel Temer pediu aos líderes da base no Senado que deixem para aprovar o aumento salarial dos ministros do Supremo, do procurador-geral da República e dos defensores públicos somente após o julgamento final do impeachment.

Depois das críticas de que havia concedido aumentos a diversas categorias devido à sua situação de fragilidade como interino, Temer decidiu que o melhor é que o novo pacote de bondades saia com ele já como presidente efetivo.

DÁDIVA
Do deputado Heráclito Fortes, que virou ouvidor-geral da Câmara esta semana:

- Eu queria mesmo era ser falador-geral!! Tem razão o deputado. Não foi por acaso que Deus o presenteou com aquela boca enorme e com a língua ferina.

PEGADINHA
Informado pelo chefe do cerimonial do Itamaraty de que teria que receber os chefes de Estado antes do encerramento da Olimpíada, no Rio, ao lado de Serra, Rodrigo Maia, chamado pejorativamente de "alevino" pelo ministro, perguntou ao diplomata se poderia fazer a recepção sem ter o chanceler ao seu lado.

Vendo a cara assustada do interlocutor, o presidente da Câmara logo alegou que estava brincando.

TCHA, QUERIDA!
Nenhum petista dirá isso em público, mas predomina no partido o desejo de que Dilma Rousseff não demore a executar o projeto de passar uma temporada no exterior uma vez encerrado o julgamento do impeachment.

A distância facilitaria um pouco a vida dos candidatos da sigla nas eleições de outubro. Avaliam que seria bom para as duas partes.

QUANTA INOCÊNCIA!
E a presidente afastada ainda alimenta a doce ilusão de que conseguirá, durante seu depoimento no Senado, constranger seus (suas) ex-ministros (as) senadores (as) que estão hoje do outro lado, invocando seus testemunhos sobre a lisura do governo a que serviram.

Como se essas pessoas, que já serviram e desserviram a tantos governos, tivessem algum tipo de constrangimento na vida.

PRO-MORO
Não são apenas os candidatos que estão com dificuldade de se adaptar à combinação de crise econômica, Lava-Jato e proibição de doações por empresas.

Mais de um marqueteiro conhecido já teve recusado o seu orçamento de campanha.

Os números foram considerados totalmente fora da realidade.

FICO GRANDE
Marcus Pestana, da cúpula tucana, resume o mal-estar do partido com o governo:

"O PSDB quer ser parceiro e protagonista na reconstrução do país e não apenas caudatário, quer participar da formulação das estratégias do governo. O sucesso ou o fracasso será compartilhado. Se der errado, vamos juntos pelo ralo. Por isso a necessidade de sermos incorporados ao núcleo duro de Michel. Temos três presidenciáveis, sete senadores e grandes bancadas. Não somos um aliado qualquer. Nosso futuro está em jogo. Queremos estar no centro do poder".

LAVA-JATO
O que mais tem em Brasília é morto traçando o futuro, como se este lhe fosse alvissareiro.
Herculano
20/08/2016 09:04
ESTARRECEDOR É O APARELHAMENTO DAS INSTITUIÇÕES QUE O PT PROMOVE NAS INSTITUIÇÕES DE TODOS OS TIPOS PARA TORNÁ-LAS SUAS, SUBMISSAS, FRÁGEIS E PARCIAIS AOS SEUS INTERESSES DE PODER E DE PERSEGUIÇÃO AOS QUE DISCORDAM. ESTARRECEDOR É A COMO O PT MOVE AS PEÇAS PARA ESTE OBJETIVO PARTICULAR COM O DINHEIRO DOS PESADOS IMPOSTOS DE TODOS OS BRASILEIROS. ESTARECEDOR É COMO APONTA OS DESVIOS DE CONDUTA DOS ADVERSÁRIOS, MAS OS MESMOS DEFEITOS DO E NO PT, É ALGO NORMAL E PERDOADO EM FUNÇÃO DA CAUSA (INCOMPETÊNCIA, ROUBALHEIRA E PODER)

A CAPA E A REPORTAGEM DA REVISTA VEJA DESTE FINAL DE SEMANA, APENAS COMPROVA POR FATOS E TESTEMUNHA O QUE TODOS ESCLARECIDOS - UMA MINORIA DE ELEITORES QUE O PT REJEITA- JÁ SABIA DESDE A INDICAÇÃO DE UM MINISTRO SEM O NOTORIO SABER JURÍDICO PARA O SUPREMO. ELE TINHA SIDO ADVOGADO DO PT, DE JOSÉ DIRCEU ANTES DE SER O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO. OU SEJA, TINHA SERVIDO À CAUSA.

A MANCHETE ESCÂNDALO QUE SE ESCONDIA POR ANOS: EX-PRESIDENTE DA OAS DELATA MINISTRO DO STF DIAS TOFFOLI

Em proposta de colaboração com a Justiça, Léo Pinheiro fala de suas relações com o magistrado e de uma obra em sua "mansão de revista", escrevem Robson Bonin, Thiago Bronzatto e Rodrigo Rangel

Era um encontro de trabalho como muitos que acontecem em Brasília. O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, e o empreiteiro José Aldemário Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro, então presidente da construtora OAS, já se conheciam, mas não eram amigos nem tinham intimidade. No meio da conversa, o ministro falou sobre um tema que lhe causava dor de cabeça. Sua casa, localizada num bairro nobre de Brasília, apresentava infiltrações e problemas na estrutura de alvenaria. De temperamento afável e voluntarioso, o empreiteiro não hesitou. Dias depois, mandou uma equipe de engenheiros da OAS até a residência de Toffoli para fazer uma vistoria. Os técnicos constataram as avarias, relataram a Léo Pinheiro que havia falhas na impermeabilização da cobertura e sugeriram a solução. É um serviço complicado e, em geral, de custo salgado. O empreiteiro indicou uma empresa especializada para executar o trabalho. Terminada a obra, os engenheiros da OAS fizeram uma nova vistoria para se certificarem de que tudo estava de acordo. Estava. O ministro não teria mais problemas com as infiltrações - mas só com as infiltrações.

A história descrita está relatada em um dos capítulos da proposta de delação do empreiteiro Léo Pinheiro, apresentada recentemente à Procuradoria-Ge­ral da República e à qual VEJA teve acesso. Condenado a dezesseis anos e quatro meses de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa no escândalo do petrolão, Léo Pinheiro decidiu confessar seus crimes para não passar o resto dos seus dias na cadeia. Para ganhar uma redução de pena, o executivo está disposto a sacrificar a fidelidade de longa data a alguns figurões da República com os quais conviveu de perto na última década. As histórias que se dispõe a contar, segundo os investigadores, só são comparáveis às do empreiteiro Marcelo Odebrecht em poder destrutivo. No anexo a que VEJA teve acesso, pela primeira vez uma delação no âmbito da Lava-Jato chega a um ministro do Supremo Tribunal Federal.

No documento, VEJA constatou que Léo Pinheiro, como é próprio nas propostas de delação, não fornece detalhes sobre o encontro entre ele e Dias Toffoli. Onde? Quando? Como? Por quê? Essas são perguntas a que o candidato a delator responde apenas numa segunda etapa, caso a colaboração seja aceita. Nessa primeira fase, ele apresenta apenas um cardápio de eventos que podem ajudar os investigadores a solucionar crimes, rastrear dinheiro, localizar contas secretas ou identificar personagens novos. É nesse contexto que se insere o capítulo que trata da obra na casa do ministro do STF.

Tal como está, a narrativa de Léo Pinheiro deixa uma dúvida central: existe algum problema em um ministro do STF pedir um favor despretensioso a um empreiteiro da OAS? Há um impedimento moral, pois esse tipo de pedido abre brecha para situações altamente indesejadas, mas qual é o crime? Léo Pinheiro conta que a empresa de im­per­mea­bi­li­za­ção que indicou para o serviço é de Brasília e diz mais: que a correção da tal impermeabilização foi integralmente custeada pelo ministro Tof­fo­li. Então, onde está o crime? A questão é que ninguém se propõe a fazer uma delação para contar frivolidades. Portanto, se Léo Pinheiro, depois de meses e meses de negociação, propôs um anexo em que menciona uma obra na casa do ministro Toffoli, isso é um sinal de que algo subterrâneo está para vir à luz no momento em que a delação for homologada e os detalhes começarem a aparecer.
Herculano
20/08/2016 08:46
CRIMINOSOS EM CAMPANHA CONTRA SÉRGIO MORO, por Cláudio Slavieiro, empresário, ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, no jornal Gazeta do Povo, Curitiba, Paraná.

O juiz federal é um símbolo do que a maioria dos brasileiros espera da Justiça, e, ao mesmo tempo, inimigo principal dos incriminados

Os petistas e agregados, apavorados com o fim de seu reinado no Palácio do Planalto, bem como na máquina pública, agridem a Moro nas manifestações pró-Dilma e pró-Lula, em curiosa troca de raciocínio.

Um juiz de Maringá virou, por seu trabalho e seriedade, uma figura emblemática da potencialidade e da necessidade de Justiça neste país. Por ter colocado empresários, criminosos de "colarinho branco", e políticos, independentemente de seu escalão ?" inclusive ex-ministros ?" na prisão, elencando dúzias em crimes de corrupção, formação de quadrilhas etc., Sergio Moro é um símbolo do que a maioria dos brasileiros espera da Justiça, e, ao mesmo tempo, inimigo principal dos incriminados.

Enquanto o presidente do Senado, Renan Calheiros, além de políticos parceiros, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandovski, como alguns membros desta Corte, tentam desmerecer as ações de Moro e a própria Justiça, também petistas e assemelhados esperneiam dentro e fora do Congresso Nacional com as atitudes saneadoras contra a corrupção.

Foi patético, no último dia 4, em sessão da Câmara Federal, com a presença de Sergio Moro, os petistas atacarem o juiz paranaense, como se ele, com a Operação Lava Jato, fosse a causa da derrocada do corrompido e corroído partido.

Entre outros, o deputado Wadih Damous (PT-RJ), um dos principais defensores de Dilma, criticou sugestões enviadas pelo Ministério Público à Câmara, que, segundo ele, "partem de um princípio de que o Brasil não tem ordenamento jurídico capaz de enfrentar a corrupção", emendando: "Sou do tempo em que juiz só falava nos autos do processo, não se pronunciava sobre os casos. Sou de um tempo antigo, de respeito estrito à Constituição". Seria de provocar risos, se não provocasse náusea.

Por sua vez, o presidente do STF manteve-se em absoluto silêncio quando Lula e seus advogados foram à Organização das Nações Unidas para tentar desmoralizar o Judiciário brasileiro, pedindo intervenção do Conselho de Direitos Humanos da ONU por "perseguições de órgãos da Justiça e Ministério Público do Brasil, e por imparcialidade...". A ação é um soco na cara da Justiça brasileira e deveria indignar a todos que prezam o Poder Judiciário e as instituições.

Lewandovski, além de se manifestar sobre esta atitude desrespeitosa, deveria se preocupar com a morosidade do STF, que, segundo o jornal Valor, leva, em média, 945 dias para julgar uma ação contra parlamentares e ministros. Já a operação Lava Jato comandada pelo juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol obteve 989 mandatos executados, 1.291 procedimentos instaurados e 106 condenações criminais.

Ao mesmo tempo, Calheiros, que já teve seu nome citado inúmeras vezes nas investigações da Lava Jato e com mais de uma dezena de processos no STF, tenta impor uma lei para desacreditar e tirar o poder da Polícia Federal e do Ministério Público, em intenção no mínimo condenável.

O projeto prevê punição a servidores públicos e membros do Judiciário e MP, caso sejam feitas prisões fora das hipóteses legais, e escutas que atinjam pessoas investigadas. Moro, em recente entrevista, mais uma vez foi claro, ao comentar que "vê, no projeto, risco de punir juiz por interpretar a lei"!

Os petistas e agregados, apavorados com o fim de seu reinado no Palácio do Planalto, bem como na máquina pública, agridem a Moro nas manifestações pró-Dilma e pró-Lula, em curiosa troca de raciocínio, como se os bandidos fossem heróis e o herói devesse ser condenado por praticar justiça.

Enfim, enquanto um grupo de políticos, parlamentares e inclusive juízes, além de meliantes de alto quilate, tentam desmoralizar e desautorizar as atitudes do juiz Sérgio Moro, cabe aos brasileiros e, especialmente a nós, paranaenses, defendê-las quando, interpretando as leis, colaboram concretamente para promover a Justiça e limpar o país de corruptos e ladrões que emporcalham a nação brasileira. Desses, estamos cheios.
Herculano
20/08/2016 08:43
DILMA PRECISA APONTAR OS RESPONSÁVEIS PERANTE O TRIBUNAL DA HISTORIA, por André Singer, ex-assessor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Enquanto o Parlamento afia a guilhotina que cortará ao meio o mandato de Dilma Rousseff, a presidente afastada produz documentos para o futuro. Nada de errado na postura. Pena que a carta endereçada aos senadores na última terça-feira (16) tenha se perdido em fantasiosas projeções em vez de trazer elementos novos a respeito de como chegamos a este ponto.

Quem sabe o pronunciamento da segunda (29) perante o Senado seja mais substancioso. Para ficar em apenas um aspecto, a presidente poderia revelar como, de um ano para cá, a dupla Michel Temer"" Eduardo Cunha atuou para derrubá-la, bombardeando qualquer possibilidade de acordo capaz de tirar o país da crise sem revogar direitos. Vale lembrar que, naquela época, empresários e trabalhadores começavam a conversar sobre um pacto de retomada do crescimento.

Ao contrário do que se esperava, a radicalização veio de dentro do próprio sistema político. Menos intuitivo ainda: emergiu do partido da conciliação e da cordialidade, o PMDB. Por isso, nestas plagas, é sempre prudente ler Sérgio Buarque com atenção e desconfiar da brandura exterior.

Vista em retrospecto, a senha de queimar as naves foi dada pelo atual interino na quarta-feira, 5 de agosto de 2015, quando declarou que o país precisava de alguém que tivesse a "capacidade de reunificar a todos". Veja-se a descrição da repórter Marina Dias : "Visivelmente nervoso, balançando o corpo para frente e para trás enquanto discursava a jornalistas, Temer fez um apelo público a partidos políticos e setores da sociedade".

Tratava-se de um apelo para defenestrar Dilma. A perplexidade com a possível traição do vice permitiu, que, na hora, a cortina de fumaça do mal-entendido funcionasse e, enquanto as interpretações proliferavam, o ex-presidente da Câmara, o qual havia anunciado o seu próprio rompimento com o Planalto poucos antes, agia. Não por acaso, o pedido de impeachment foi protocolado na Casa do Povo em 1º. de setembro.

Claro que a recessão e as revelações da Lava Jato (assuntos sobre os quais Dilma também deveria falar) criavam ambiente propício a extremismos. Assim, a dobradinha foi agregando apoio social à proposta golpista, desde o início alimentada por ala do PSDB. Porém, o suporte necessário demorou. Veio só com as manifestações de 13 de março passado, após Lula ser submetido à condução coercitiva e a sua nomeação para a Casa Civil bloqueada, ambos fatos divulgados de maneira maciça e mobilizadora.

Para a corte senatorial, pouco importa localizar os verdadeiros autores dos crimes de responsabilidade, pois o julgamento será político. Para o tribunal da história, no entanto, conta bastante.
Herculano
20/08/2016 08:40
COM MEDO DA PF, PT EXTINGUE CARGO DE TESOUREIRO, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Temendo a rebordosa das urnas e principalmente a Polícia Federal na porta, o ex-presidente Lula e a cúpula do PT resolveram tomar uma atitude para "evitar escândalos": extinguir o cargo de Tesoureiro. Ainda não está claro como as finanças do partido serão administradas. A ideia de extinguir o cargo veio da dificuldade de encontrar quem aceite assumi-lo. Os três últimos tesoureiros do PT acabaram na cadeia.

SOFÁ PELA JANELA
Ao extinguir o cargo de Tesoureiro, o PT lembra a velha piada em que o sofá é culpado pela traição. No caso, o PT joga o sofá pela janela.

CONVENÇÃO DECIDIRÁ
A decisão de extinguir o cargo de Tesoureiro só pode ser adotada em convenção nacional do PT que só deve ocorrer em 2017.

CHAVE DE CADEIA
Já foram Tesoureiro Nacional do PT os presidiários Delúbio Soares, Paulo Ferreira e João Vaccari Neto.

NOME SUJO NA PRAÇA
Uma outra proposta, da facção Mensagem ao Partido, do ex-ministro Tarso Genro, tenta articular a mudança de denominação do PT.

ATÉ COCHO PARA PORCOS CASAL LULA LEVOU EMBORA
Funcionários do Palácio Alvorada não esquecem de presepadas do período em que Lula foi presidente, mas contra ele não há relatos muito desabonadores. Porém, entre os que trabalharam naquela época, relatam em tom de crítica atitudes da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Como quando ela mandou colocar nos caminhões de mudança objetos públicos. Não escapou até um cocho para servir milho aos porcos.

PRESENTE
O cocho foi presenteado a JK, mas ganhou utilidade na presidência de José Sarney, quando d. Marli o transformou em uma graciosa floreira.

SUMIÇO
Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) indicou o sumiço de 1.450 itens durante o período em que o PT ocupou a presidência.

QUEM MANDAVA
Comandando a saída do Alvorada, no fim do governo Lula, d.Marisa indicava objetos a serem embarcados nos 11 caminhões da mudança.

NOTIFICAÇÃO DE NADA
O Brasil deveria ignorar a "notificação" da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA sobre o impeachment. Assim como Dilma ignorou notificação da comissão para paralisar obras da hidrelétrica de Belo Monte, além de retirar de lá, por 3 anos, o embaixador brasileiro.

IMPORTÂNCIA ZERO
Políticos ligados a Dilma e ao PT fizeram seus seguidores acreditarem que a Organização dos Estados Americanos (OEA) é instância de recurso para o impeachment. Não é. E não tem a menor importância.

S?" FALTA MARCAR DATA
O presidente do PMDB, Romero Jucá, não descarta a expulsão da senadora Kátia Abreu, mas nega haver data marcada. A hostilidade da senadora ao presidente Michel Temer incomodou e revoltou o partido.

O PAÍS NA MESMA
Os paranaenses andam insatisfeitos: para 52,6%, o início do governo Michel Temer está "igual ao que esperava", 20,6% dizem estar "pior" e 23,6% acreditam estar "melhor" em relação ao governo Dilma. Para 70,8%, dizem que a economia não sofreu alterações.

ANGOLANO ETERNIZADO
José Eduardo dos Santos foi reeleito presidente de Angola por 99,6% dos votos. Devem estar caçando os 0,4% que votaram contra. Ele está no poder há 36 anos, período em que sua filha se tornou bilionária.

OLIMPÍADA BOMBOU
Além do bom desempenho do Brasil, os jogos Rio 2016 estabeleceram recorde de audiência. Estudo da GfK Brasil verificou que 93% dos brasileiros assistiram à abertura ou alguma disputa olímpica pela TV.

BAIANO IMBATÍVEL
O ouro do baiano Robson Conceição no boxe foi o evento individual mais assistido pelos brasileiros: 18,5 milhões de telespectadores. Mais que a audiência da prata conquistada pelo ginasta Arthur Zanetti.

MENORES CANDIDATOS
Dos quase 170 mil candidatos a prefeito e vereador nas eleições de outubro, 46 têm menos de 16 anos. Eles não podem nem votar, mas já querem ser candidatos.

PENSANDO BEM?
?visitando Dilma e depois Michel Temer, o senador Renan Calheiros é favorito a medalha de lata na modalidade Um Pé em Cada Canoa.
Herculano
20/08/2016 08:23
da série como petistas, progressistas e comunistas veem a família: um problema. Em Gaspar o PT desestimulou a comemoração do Dia das Mães nas escolas municipais. Enquanto isso, o secretário de Educação se emocionava na festa e homenagem que lhe fazia no colégio particular. A tática de quebrar e desunir a sociedade para reinar, enfraquecendo-a econômica, social, ética e moralmente. Nas eleições, como hoje, estão fingindo que a família, religião são pilares da sua pregação por votos de analfabetos, ignorantes, desinformados, acovardados e dependentes, a maioria do eleitorado do país e em Gaspar.

ALGUNS PARECEM ACREDITAR QUE FILHOS DEVEM SER TRATADOS COMO PROPRIEDADE, por Vladimir Saflate, professor de filosofia da USP, para o jornal Folha de S. Paulo

Dentre as pretensas evidências que parecem influenciar os debates nacionais a respeito da relação entre indivíduos e sociedade civil uma que merece destaque é: "Meus filhos, minhas regras".

A princípio, essa frase tão repetida nos últimos meses parece irrefutável. Contra a sanha do Estado em impor valores e homogeneizar seus cidadãos, haveria de se afirmar a liberdade que as famílias teriam de defender a multiplicidade de suas crenças e a singularidade de seus modos de vida.

Marcelo Cipis/Editoria de Arte/Folhapress
Ilustração Vladimir Safatle de 22.jul.2016


Nesse sentido, "Meus filhos, minhas regras" parece querer realizar a famosa afirmação da finada Margaret Thatcher: "Não existe essa coisa de sociedade, existem apenas indivíduos e famílias". Mas temos o direito de colocar uma pergunta relativamente impertinente, a saber: você tem realmente certeza de que os filhos são "seus"?

Não que se trate aqui de colocar questões a respeito de relações de filiação, se os filhos são seus ou de outras pessoas, mas talvez seja o caso de perguntar sobre o que são exatamente relações de filiação.

Uma relação de filiação equivale a uma relação de propriedade? Pois vejam como quem fala "são MEUS filhos" nesse contexto parece querer dizer algo como: "eles são minha propriedade, tenho sobre eles direitos quase equivalentes aos direitos que tenho diante dos bens dos quais sou proprietário".

Assim, eu poderia impor a eles regras que bem entender (a não ser em casos humilhantes e ligados a alguma violência previstos na lei).

De fato, no direito romano, os filhos equivaliam a propriedades do pai. Este por sua vez, na condição de "pater familias", era o único com capacidade legal de firmar contratos e ter propriedade. Dessa forma, os filhos e filhas dependiam do destino do pai para enfim alcançar a condição de pessoa no sentido jurídico pleno. Normalmente, enquanto o pai não morria, os filhos estavam submetidos até ao direito de vida e morte fornecido a ele.

Claro que não estamos mais na Roma antiga, mas é bastante sintomático que alguns continuem a pensar relações intersubjetivas como se estivéssemos a falar de relações de proprietários. Talvez eles ainda não tenham alcançado a distinção entre coisas e pessoas. Pois, de certa forma, os filhos não são "meus". Na verdade, os filhos são de ninguém. Os filhos são aquilo que eles se tornarão e não devem estar sob o absolutismo de suas famílias, com suas neuroses, limitações e preconceitos.

É para garantir a liberdade dos filhos em relação às suas famílias que devemos lembrar, contrariamente ao que falava a finada Thatcher, que a sociedade existe. Pois se as "regras" que você impõe ao seu filho forem ruins, se seus valores forem ruins, toda a sociedade sofrerá. É ela que, ao fim e ao cabo, pagará, e muitas vezes caro, por tais escolhas.

Mas você poderá se perguntar, com toda razão: e quem afinal decidirá se as regras são boas ou ruins? Quem será alçado à condição de legislador? De fato, uma sociedade democrática evitará ao máximo definir sobre conteúdos normativos, mas ela definirá um princípio geral que é a própria essência do que entendemos por república.

Uma sociedade republicana e democrática é, acima de tudo, aquela que compreende a igualdade como seu valor fundamental e que lutará com todas as suas forças contra todo princípio que quebre a relação igualitária entre seus membros, seja esse princípio econômico, social ou cultural.

É o respeito à igualdade que definirá os valores que a sociedade permite circular em seu seio. Pois ela não aceitará nenhum valor que perpetue relações desiguais entre seus membros, estejam tais valores enunciados sob a forma de proposições sobre raça, gênero, classe, nacionalidade ou religião.

A realização de tal princípio exige uma tensão sempre renovada, mas é ele que guia (ou que deveria guiar) nossos embates.

Notem que, nesse contexto, o contrário da igualdade nunca foi nem nunca poderia ser a diferença. O contrário da igualdade é a desigualdade. A diferença só é possível lá onde a igualdade impera, pois ela garante que todas as diferenças serão acolhidas em um campo comum.

Ou seja, a igualdade permite a consolidação de uma indiferença acolhedora de todas as diferenças. Agora, a boa questão é: esses que clamam "meus filhos, minhas regras" querem, de fato, isso?
Sidnei Luis Reinert
19/08/2016 22:40
GENOCIDA COMUNISTA É HOMENAGEADO POR IDIOTAS ÚTEIS!

Brasil 19.08.16 15:29
Sim, a Câmara Municipal de São Paulo está mesmo "homenageando", neste momento, os 90 anos do ditador Fidel Castro.

Ouve-se o hino de Cuba.

http://www.oantagonista.com/posts/hino-de-cuba




Herculano
19/08/2016 18:58
A LAVA JATO CHEGA PERTO DO SUPREMO E DOS ATÉ ENTÃO ILIBADOS MINISTROS

A capa da revista Veja deste final de semana já está pronta e chegando aos assinantes virtuais antes dos assinantes físicos: o ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, com sua toga.

A chamada de capa também já está pronta e foi vazada pela própria revista nas redes sociais para despertar curiosidade e vender mais. Empreiteira delata Ministro do Supremo. A delação é do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro.

Dias Toffoli desde que foi indicado para ser ministro pelo PT pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sempre levantou dúvidas sobre a sua qualidade como jurista e como isenção para o STF. Ele tinha sido advogado do PT e de José Dirceu, antes da Advocacia Geral da União.

E por conta desses laços próximos aos petistas e suas causas heterodoxas para se atingir objetivos pouco claros e democráticos, Toffoli nunca se deu por impedido nos julgamentos envolvendo petistas.

Isto pode ser a sinalização para um grande acordão entre os lambuzados que começam se sentir incomodados e mostram uma sociedade podre nas instituições e não apenas no poder político.

O PT e não é de hoje, vem usando a tática de enlamear todos para se livrar e se igualar na lama. Quando esta lama chega a instituição que deveria julgar tudo, fica difícil entender de que haverá a limpeza e que o brasil será passado a limpo. Os dias do juiz Sérgio Moro estão contados, se não houver uma conscientização da população e uma vigilância da imprensa livre e investigativa para que tudo não termine como sempre acabou em outras investigações e perdoando os culpados, punindo a sociedade e os pagadores de pesados impostos. Wake up, Brazil!
Herculano
19/08/2016 18:37
PEDIDO DE EXPLICAÇÕES DE COMISSÃO DA OEA SOBRE IMPEACHMENT É UM APANHADO DE TOLICES, por Reinaldo Azevedo, de Veja

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA enviou ao governo brasileiro um documento pedindo explicações sobre o processo de impeachment. Atenção! Trata-se de um procedimento padrão, mas que, nem por isso, deixa de revelar seu caráter ridículo, uma vez que a ação que o motivou é um despropósito.

Parlamentares petistas, encabeçados por Wadih Damous, ex-presidente da OAB-RJ - o que, suponho deve envergonhar a Ordem -, denunciaram à Comissão o que seria um golpe parlamentar no Brasil. Segundo a denúncia dos petistas, "estamos diante de uma situação que não pode ser solucionada por meio de recursos internos". Os companheiros pedem ainda que a Comissão suspenda o processo. A iniciativa conta com o apoio de José Eduardo Cardozo, o advogado de Dilma, ele também, agora, investigado por obstrução da Justiça.

Chamo atenção para o fato de que, segundo os parlamentares do PT, o próprio Supremo faria parte, então, do tal golpe, uma vez que, como está na denúncia, inexistem "recursos internos" para resguardar os direitos políticos e, pasmem!, humanos de Dilma. Vamos mais longe: para esses senhores, o Brasil já não consegue cuidar sozinho dos seus problemas.

Trata-se de um acinte e de um despropósito. As perguntas enviadas pela Comissão, dado o ridículo da denúncia, tornam-se igualmente vexaminosas.

A Comissão quer saber, por exemplo, "como teria sido garantido o devido processo legal" e "quais seriam os efeitos de uma inabilitação definitiva [de Dilma]". Ora, ora? O órgão, que abriga o lulista Paulo Vannuchi, não precisaria nem preguntar isso ao governo. Bastaria consultar o Google. A pena em caso de impeachment está devidamente prevista em lei.

Como foi garantido o devido processo legal? Ora, com a aplicação estrita dos nossos códigos, referendados pelo regime democrático e devidamente acompanhados pelo Supremo, que foi chamado a atuar mais de uma vez pelos aliados de Dilma. A Comissão pergunta ainda se haveria a chance de uma "revisão" do processo? Hein? Revisão de quê? Estaria a dita-cuja disposta a declarar sem validade a Constituição do Brasil?

O que acho mais divertido é ler por aí que a Comissão pode conceder uma liminar para "suspender" o julgamento. É mesmo? E quem aplicaria a medida? A Quinta Cavalaria? O Brasil é um país soberano, onde vigora uma democracia de direito. A deposição de Dilma, segundo a Constituição e as leis, é uma questão de política interna.

E arremato com uma questão que já lembrei aqui: quando essa mesma Comissão recomendou a Dilma a suspensão da construção da usina de Belo Monte, a então presidente, em 2011, deu-lhe uma solene banana. E fez muito bem!

Nem a Comissão nem a Corte Interamericana de Direitos Humanos são instâncias revisoras da Justiça brasileira. Menos ainda do Congresso Nacional.

O pedido de explicações não passa de uma tolice derivada de outra.

Se o deputado Wadih Damous não gosta da Constituição e das leis que temos, ele que proponha projetos e emendas para alterá-las. Ou, então, que proponha, sei lá, a luta armada.
Ana Amélia que não é Lemos
19/08/2016 14:21
Sr. Herculano:

Caiu na rede, por Ricardo Noblat;

"Quem não é criminoso enfrenta com dignidade o devido processo legal. O delinquente faz tudo para escapar do julgamento.
Apenas o delinquente esbraveja, grita."
Eros Grau - ex-ministro do STF

Cai como uma luva na cabecinha torta do LuLLa.
Paty Fatias
19/08/2016 14:06
Oi, Herculano;

Do blog do Políbio:

"A Making Of teve acesso a informação de que o empresário Lírio Parisoto não fará mais parte da sociedade na compra dos negócios da RBS em Santa Catarina. Uma nota reservada está circulando sobre isso, mas não esclarece o motivo da decisão, embora fique claro que se trata do desdobramento do caso Brunet. Recentemente o empresário gaúcho, que teria 25 % da nova empresa, esteve no noticiário nacional devido a um desentendimento com a modelo e atriz Luiza Brunet, conforme processo que ela abriu na Justiça."

É a realidade imitando a ficção.
A Rede Globo está reprisando a novela "Anjo Mau" onde a atriz Luíza Brunet apanha do namorado e aciona a justiça por indenisação.



Despetralhado
19/08/2016 13:38
Oi, Herculano

Dilma é o Ryan Lochte do Brasil.
Ana Amélia que não é Lemos
19/08/2016 13:34
Sr. Herculano:

HINO NACIONAL? BONITO. E A BANDEIRA? Às 19:59hs

Atitude de ignorantes, analfabetos chinelões que não se preocupam com nada, a não ser pelos seu cargos.
Eleitor Gasparense
19/08/2016 13:31
Os candidatos a vereadores de Gaspar deveria passar pela prova do ENEM(isso mesmo), para ver se dos 104 passavam 20. Gente ajudar na comunidade é uma coisa, fazer feijão é outra, jogar bola é outra... Ser vereador no minimo um curso superior.acorda gaspar
Sujiro Fuji
19/08/2016 12:47
Se meteram com a Juíza e sefú...
Mariazinha Beata
19/08/2016 12:46
Seu Herculano;

Se o dr. Mário Wilson da Cruz Mesquita quer entrar pela porta da frente no prédio da prefeitura de Gaspar, só tem um caminho, pelas mãos de Andréia Simone Zimmermann Nagel.
E que ele seja feliz!
Bye, bye!
Herculano
19/08/2016 12:07
ESTATAIS CRIADAS DESDE LULA SOBRECARREGAM TESOURO, editorial do jornal O Globo


Marca da ideologia dirigista, as 41 empresas criadas de 2003 até o ano passado gastaram muito com salários e geraram um majestoso prejuízo. Era esperado

Nos 13 anos de lulopetismo no poder, o Tesouro (leia-se, o contribuinte, a sociedade) recebeu pesada conta: os prejuízos bilionários causados por esquemas de corrupção que dilapidaram estatais e o resultado da execução de políticas equivocadas como a da criação subsidiada de "campeões nacionais" via BNDES, além de outras aventuras estatistas.

Por exemplo, a construção da "supertele" a partir da Telemar, o provável embrião do retorno da Telebras como empresa de economia mista, mas que resultou na Oi, uma das maiores falências do mercado. Como entre os caloteados estão os de sempre ?" bancos estatais e fundos de pensão de empresas públicas, área cativa de influência do braço sindical petista, a CUT ?", cedo ou tarde este e outros rombos deixados de herança pelo lulopetismo baterão às portas do Tesouro.

Mas há também outra despesa enorme contratada em nome do Tesouro: a criação desbragada de estatais, muitas dependentes do sobrecarregado Tesouro Nacional, para sobreviver e continuar a empregar companheiros e apaniguados em geral.

Pesquisa feita pelo Instituto Teotônio Vilela, ligado ao PSDB, contabilizou, entre 2003, primeiro ano do governo Lula, e 2015, antes do afastamento de Dilma do Planalto, a criação de 41 estatais, segundo o jornal "Valor".

No período, excluindo empresas do ramo financeiro, este conjunto de companhias gerou um prejuízo acumulado de R$ 8 bilhões. Para se comparar, são dois bilhões a mais que a primeira baixa feita pela Petrobras, em balanço, devido aos desfalques que sofreu do esquema lulopetista que assaltou a companhia. Também no período, elas pagaram, ao todo, R$ 5,5 bilhões em salários, quase tanto quanto o prejuízo.

A composição desse conjunto de empresas é variada. Há uma fábrica de semicondutores instalada no Rio Grande do Sul, e uma subsidiária da Petrobras, criada para produzir álcool e biodiesel, mas que produz mesmo é prejuízo. O mesmo ocorre com a Cietec, de Porto Alegre, destinada a produzir chips para o rastreamento bovino e identificação de veículos.

Uma das joias dessa coroa de estatais é a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), destinada a absorver tecnologia de trem-bala e executar o projeto da ligação de alta velocidade de Rio a São Paulo. Delirante desde o início, a ideia, como muitas outras, gerou apenas prejuízos e não projetou sequer um dormente. A EPL foi congelada, mas o governo Temer pensa em ativá-la para atuar no programa de parcerias público-privadas em projetos de infraestrutura. Isso teria de ser debatido.

A debacle do projeto do PT está exposta na crise econômica, no impeachment, mas também na criação desvairada de estatais, onde se vê a marca da ideologia dirigista do lulopetismo. E também no seu resultado: empreguismo e prejuízos pesados para o contribuinte.
Herculano
19/08/2016 12:03
NOVO NOME NA PRAÇA, por Eliane Cantanhede, para o jornal O Estado de S. Paulo

A dias do impeachment definitivo de Dilma Rousseff e a dois anos da eleição de 2018, num cenário de enorme confusão partidária e muitas interrogações envolvendo políticos, o PMDB de Michel Temer joga ao vento um nome novinho em folha e fora do circuito político para a sucessão presidencial: o do empresário Josué Gomes da Silva.

O objetivo imediato é dissipar as nuvens cinzentas que pairam sobre o Planalto desde que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, admitiu a candidatura de Temer em 2018. A turma do presidente fez fila para desmentir, mas aliados passaram a falar no ministro Henrique Meirelles como alternativa.

Diante desse "Temer ou Meirelles", o PSDB, principal partido da base do governo, deu um pulo e engrossou a voz, pois o acerto com Temer foi feito em cima do compromisso de que ele não disputaria em 2018 e abriria espaço para um nome tucano. Daí por que o senador José Aníbal (PSDB-SP) desandou a criticar o Planalto e a área econômica (leia-se Temer e Meirelles) por afrouxarem as rédeas fiscais para favorecer uma categoria profissional daqui, governos estaduais dali. Aníbal não falava sozinho.

Como tudo neste governo, o imbróglio foi parar na mesa do Palácio do Jaburu. Na quarta-feira, Temer jantou com os senadores tucanos e levou Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima e Moreira Franco. Atenção, o jantar foi para "senadores tucanos". Significa que foi para Aécio Neves, o mais reticente do trio-mor do PSDB a aderir à transição com Temer. José Serra e Geraldo Alckmin não foram convidados, "senão, seria preciso convidar outros ministros e governadores". E os deputados tiveram de se contentar com uma única presença, e de última hora.

Entre uma garfada e outra, os tucanos repetiram que o ajuste fiscal é ponto zero da recuperação econômica, mas o governo vem cedendo muito, privilegiando seus interesses políticos em detrimento das urgências econômicas. Paciente, Temer discorreu sobre pressões, ônus e bônus e equilíbrio entre política e economia. Sem força política e base sólida, alegou, terá dificuldades para aprovar alguma coisa no Congresso. E, batendo de frente com o Judiciário, com o funcionalismo e com os estados, aí é que não aprova nada mesmo.

O presidente interino reforçou seu compromisso com o equilíbrio das contas públicas e anunciou que fará um pronunciamento à Nação no dia 7 de Setembro sobre o que encontrou ao assumir e o que pretende fazer já efetivado no governo. No fim do jantar, estava selado o armistício com o PSDB do Senado. Sabe-se lá até quando.

Mas voltemos a Josué Gomes da Silva, da poderosa Coteminas, filho do mítico José Alencar, vice de Lula, filiado ao PMDB desde 2013 e com uma particularidade: nasceu justamente num 25 de dezembro, em 1963, e sua mãe, dona Mariza, muito católica, teve certeza de que isso era um sinal. A família nunca a contrariou.

Além de ser útil agora, para acalmar os tucanos e tirar da cabeça de demais aliados que Temer será candidato ou apoiará Meirelles, Josué fica na prateleira. Com o desgaste dos políticos e a falta de alternativas óbvias no próprio PMDB, vai que cola... Tudo, claro, depende do principal: o governo dar certo, a economia reagir, Temer efetivamente descartar a candidatura e ter força suficiente para patrocinar um nome viável para a sucessão. Resumo da ópera: jogar o nome de Josué ao ar é para tirar o foco de Temer e Meirelles, mas sempre pode ventar.

Histórias. Reação de Tancredo Neves quando o Triângulo Mineiro tentou se separar de Minas: "Ok, me digam se a capital será em Uberaba ou Uberlândia e eu toco em frente". Nunca voltaram. A lembrança é do Planalto, quando o PSDB exige apoio antecipado ao seu candidato em 2018 e Temer pensa: "Ok, me digam se será Aécio, Serra ou Alckmin e eu apoio". Não voltarão tão cedo.
Herculano
19/08/2016 11:59
ILHOTA EM CHAMAS. AQUI VOCÊ SOUBE PRIMEIRO

Esta coluna, na internet, foi a primeira a dar a notícia da Resolução da Câmara de Ilhota, que determinava o afastamento do cargo por 180 dias do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, por crime tipificado na Lei das Licitações. Outros veículos também tinham a informação, para uso na internet ou na mídia tradicional. Mas...

Esperavam uma reversão do caso e que com isso não precisassem indispor com os políticos. Possível essa reversão, pois o processo permite e a ampla defesa deve usar esta oportunidade na jurisdição. Sabia-se que o prefeito se escondia para não ser intimado pela Câmara. Esta coluna também registrou. E só aqui isto foi feito.

A decisão do judiciário concedendo a liminar ao prefeito para estar livre momentaneamente da Resolução da Câmara de Ilhota, também foi dada aqui em primeira mão. E o prefeito então depois de quase três dias sumido para buscar a reversão e a proteção judicial, apareceu para trabalhar na prefeitura. Também se registrou aqui.

Outra informação. O que a Câmara pretende fazer diante da liminar concedida pelo juiz da segunda vara da Comarca de Gaspar, Renato Mastella? Também informo ao distinto público e aos coleguinhas que fazem da coluna, a pauta, ou a alforria para dar a notícia que não querem dar em primeira mão e serem perseguidos, rotulados ou prejudicados nos seus negócios pelos políticos que se acham donos do poder, dos eleitores, da versão e da imprensa nos grotões.

A Câmara de Ilhota vai agravar. E por que? Porque a Lei Orgânica de Ilhota, no artigo 75, suspende o prefeito tão somente, com o recebimento da Denúncia por infração penal comum. Está previsto também na Constituição estadual e na Federal em relação a seus mandatários.

Resumindo: não há como um réu em Ação Penal por em tese ter praticado o crime do artigo 89 da lei das Licitações, que é o caso do Bosi, permanecer no exercício do cargo e até atrapalhando investigações, constrangendo indiciados e partes, alterando documentação etc.

Ou seja, este assunto vai longe entre a prefeitura e a Câmara e vai ainda dar muito o que falar na campanha e aqui neste espaço. Ilhota continua em chamas.
Herculano
19/08/2016 11:36
O COMEÇO DO FIM, por Miriam Leitão, para o jornal O Globo

O fundo do poço da economia foi em abril, diz o empresário Flávio Rocha, presidente das Lojas Riachuelo. A longa temporada de números negativos nas vendas de varejo começou no fim de 2014 e será deixada para trás depois de setembro. "O Natal já vai ser melhor", aposta ele. O setor perdeu 500 mil vagas na crise e, segundo o empresário, poderia estar gerando muito mais empregos.

OIndicador Antecedente de Vendas (IAV) mostra exatamente essa trajetória, como se pode conferir no gráfico abaixo. O índice é resultado de consulta a 600 gerentes de compras das grandes empresas de varejo e antecipa tendências. Pelo gráfico, se vê que o que foi previsto pelo índice acompanha bastante o que realmente aconteceu nas verificações do IBGE, na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). As piores expectativas foram em abril, quando os executivos consultados esperavam uma queda de 10,9% nas vendas. A PMC mostrou que a redução acabou sendo de 9%. Para os meses cujos dados não saíram, a previsão é de quedas menores. Em setembro, a expectativa é de quase estabilidade (-0,6%).

O varejo teve altas muito fortes durante o governo do PT. De 2003 a 2013, as vendas cresceram 120%, mas as empresas que fazem parte do Instituto para o Desenvolvimento de Varejo (IDV) aumentaram as vendas em 700%. Mesmo com esse desempenho, Flávio Rocha sempre foi crítico do governo Dilma, defendeu o impeachment, e acha que as perspectivas para o governo Temer são boas. Acredita que o presidente interino, se for efetivado, tentará fazer reformas necessárias, como a trabalhista. Faz uma comparação impressionante.

?" O varejo americano emprega 42 milhões de trabalhadores e o do Brasil empregava 7 milhões e agora caiu para 6,5 milhões. Como os EUA têm 50% mais população, o Brasil poderia contratar muito mais. O problema é que a legislação trabalhista no Brasil foi feita para a indústria que trabalha de segunda a sexta e acumula estoques. O varejo não é assim e deveria ter liberdade de contratar para as suas necessidades ?" disse ele, numa entrevista que me concedeu na Globonews. Segundo Rocha, a reforma trabalhista tem que ter apenas um princípio: o de que o negociado entre trabalhador e empresa se sobrepõe ao legislado.

O Brasil vive um longo vale em todas as áreas, mas nada é pior do que o que está acontecendo no mercado de trabalho. Havia 6,4 milhões de desempregados em dezembro de 2014 e pelos dados do segundo trimestre de 2016, divulgados pelo IBGE, há 11,6 milhões. É urgente a criação de mais empregos, mas o que os economistas estão prevendo é que a taxa continuará subindo nos próximos meses porque a recuperação será muito lenta. Flávio Rocha acha que a situação da economia vai melhorar e rapidamente.

?" Não está havendo uma troca de governo apenas, mas o fim de um ciclo que apostou no aumento do tamanho do Estado e elevou impostos. A recuperação será rápida, será em "V"?" disse.

Há dúvidas sobre se a retomada será assim tão rápida. As famílias estão endividadas, o desemprego é um freio ao consumo, até de pessoas que não foram diretamente atingidas, e as próprias empresas estão endividadas. O governo não poderá ampliar investimentos por estar em um enorme déficit fiscal. Mesmo assim, a expectativa dos empresários de varejo é que nos setores de bens de menor valor, como vestuário, calçados, livrarias e artigos esportivos, haja em agosto um resultado positivo de 1,8% e em setembro de 2,8%. Mais rápido ou mais devagar, o importante é que o país está começando a sair da longa recessão.
Herculano
19/08/2016 08:43
ILHOTA EM CHAMAS. JUSTIÇA DERRUBOU RESOLUÇÃO DA CÂMARA DE ILHOTA QUE PEDIA O AFASTAMENTO DO PREFEITO DANIEL CHRISTIAN BOSI, PSD.

A Justiça concedeu ontem a noite, liminar que suspendeu os poderes da Resolução 10/2016 da Câmara Municipal de Ilhota que determinou o afastamento do prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, por 180 dias, do seu cargo.

Antes do seu afastamento, a Justiça quer que a Câmara preste informações ao Judiciário sobre as razões legais que levaram a edição daquele ato para confirmar ou não o pedido da Resolução. O Ministério Público foi também informado da decisão liminar para se manifestar sobre o assunto.

O prefeito Daniel esteve sumido desde terça-feira para não receber a notificação da Câmara. Hoje, com a decisão dada pela Justiça, ele deverá aparecer e ir à prefeitura trabalhar normalmente.
Herculano
19/08/2016 08:32
da série: democracia e dialética no PT sempre foram fachadas para ludibriar analfabetos, ignorantes, desinformados, pobres, discriminados e assistidos, a maioria dos eleitores brasileiros, cativos no projeto de poder unilateral e separação de classes, gêneros, raças, ideologias...

CARTILHA DO PT ANUNCIA ROMPIMENTO COM A DEMOCRACIA E TEM DE LEVAR À LUTA, por Reinaldo Azevedo, para o jornal Folha de S. Paulo

O PT tem de ter a coragem de romper com o simulacro de democracia que se vive no Brasil e optar pela luta armada. É o que evidencia uma cartilha que escreveu. A conspiração golpista tomou tal proporção e contaminou de tal sorte a sociedade que os puros, os justos e os éticos nada mais têm a perder senão os grilhões. Onde será o novo Araguaia do futuro Éden?

Há palavras que não se dizem. Há cartas que não se escrevem (imaginem se Getúlio Vargas tivesse sido malsucedido naquele tiro...). Há cartilhas que não se publicam. Feitas determinadas escolhas, por dever de coerência, ou se adere ao ato extremo ou se cai, vencido, de joelhos, aceitando o peso da espada do vencedor.

Ainda que o PT tivesse planejado meticulosamente a sua própria destruição, o ato final não poderia ser mais coerente. Depois de a defesa de Lula ter recorrido à ONU (!) contra a suposta perseguição a seu cliente, o partido elaborou uma cartilha em que falsifica a história em quatro idiomas. Ali se denuncia ao mundo, como vai no título, uma caçada judicial ao ex-presidente, com destaque para cinco verdugos: Sérgio Moro, Rodrigo Janot, Gilmar Mendes, o Congresso e a imprensa.

Notaram? O partido acusa uma conspiração a unir, na prática, os Três Poderes da República - aproximo, no caso, o Ministério Público Federal do Executivo, que seria ocupado por um usurpador - e aquele que se costumava chamar, nas democracias, o "Quarto Poder".

Para que o projeto do partido se realizasse na sua plenitude; para que suas utopias ganhassem consequência; para que as mudanças necessárias se operassem, forçoso seria quebrar as pernas do Congresso, que, afinal, dá um golpe parlamentar; fazer uma limpeza no Judiciário, que aplica a lei de maneira seletiva; pôr, como defendeu Lula, o Ministério Público "no seu devido lugar", cassando-lhe prerrogativas, e censurar a imprensa, que conspira contra o poder popular.

Hão de me permitir folhear a própria obra. Em centenas de textos de "O Pais dos Petralhas I e II" e de "Objeções de um Rottweiler Amoroso", denunciam-se as sistemáticas tentativas do partido de encabrestar a democracia; de recorrer às prerrogativas do próprio regime para solapá-lo; de cercear o debate nem que seja pela força da patrulha - e nisso eles são ainda bem-sucedidos.

Tive se enfrentar, por óbvio, a estridência dos apologistas do regime e a desconfiança dos frouxos. Afinal, diziam estes, eu exagerava na caracterização do autoritarismo petista e via tentações hegemônicas no que seria nada mais do que o exercício natural da política.

Que bom que a ópera petista chega ao último ato, com o próprio partido chamando os inimigos por seus respectivos nomes. É o PT quem me dá razão, não os que concordavam comigo. A sigla evidencia, assim, a sua congênita incompatibilidade com a democracia e tira as vestes do farsante.

Tão logo a Afastada nos brinde, numa versão desta vez realmente ridícula dos versos da poeta Cecília Meireles, com o seu "patético momento", é chegada a hora de o PT se apresentar às armas.

E só vê na palavra "patético" uma ofensa, em vez de um lamento piedoso, quem ignora o sentido mesmo da palavra, que foi parar na Sinfonia nº 6 de Tchaikovsky, tão sofrida e tão sem saída. Dilma vai falar no Senado. Ela busca a "sombra de som curtindo o seu próprio lamento".

Depois, é tiro, porrada e bomba.
Herculano
19/08/2016 08:21
'CLUBE TCU' TEM SALÃO, ACADEMIA E RESTAURANTE, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Quem vê de longe, o Tribunal de Contas da União (TCU) existe para monitorar a aplicação correta dos recursos públicos, arrancados dos contribuintes, mas visto de perto mais parece um clube social. Além de garantir cabelereiro, manicure, pedicure, depilação íntima e massagens relaxantes, o TCU instalou em suas dependências, mantidas com dinheiro de impostos, academia de ginástica e restaurante exclusivo.

ACADEMIA VIP
O TCU gastou R$1,8 milhão dos impostos para comprar armários do vestiário, estantes e bancos de aço para sua academia.

QUEM PAGA FICA FORA
A turma do TCU adora suas mordomias com dinheiro público, mas não as disponibiliza ao contribuinte desrespeitado, que paga essas contas.

ESCÁRNIO
Sem ter como explicar o escárnio, o TCU recorre ao reducionismo malandro para chamar seu salão de beleza de 94m2 de "barbearia".

PALET?" NA CADEIRA
O TCU informa que os servidores pagam pelos serviços, mas não comenta a utilização do salão de beleza no horário do expediente.

DILMA DESATIVA CAPELINHA PARA ACOMODAR ASPONES
A presidente ré Dilma Rousseff mandou desativar a graciosa e histórica capelinha da residência oficial do Palácio Alvorada para nela instalar o seu "asponato". Nesse grupo de aspones que não têm muito o que fazer, exceto ocupar cargos da Presidência da República, destaca-se o inefável "Bessias", que ficou conhecido durante o telefonema de Dilma a Lula, gravado na Lava Jato, na trama para tentar obstruir a Justiça.

CASO DE EXCOMUNHÃO
Funcionários do Alvorada estão indignados com o fim da capelinha: "Além de impichada, ela merecia ser excomungada", disse um deles.

PRECIOSIDADE
Refúgio de orações de ex-presidentes, é um dos detalhes mais admirados do Palácio Alvorada, projetado por Oscar Niemeyer.

AL?", POLÍCIA
A polícia deveria ficar de olho: as paredes da capelinha do Alvorada são revestidas de lambril de jacarandá-da-baía folhado em ouro.

TRAIÇÃO AO PARTIDO
Concluído o processo do impeachment de Dilma no Senado, o PMDB vai convocar a Executiva Nacional para definir a expulsão da ex-ministra da Agricultura Kátia Abreu, aquela que transitou de inimiga a amiga íntima de Dilma com espantosa rapidez.

TAXA DE FEMINICÍDIO
Presidido por quase seis anos por uma mulher, no Brasil a taxa de feminicídios é islâmica: 4,8 para 100 mil mulheres ?" a quinta maior no mundo. A informação é da Organização Mundial da Saúde (OMS).

PIOROU MUITO
No auge do poder do PT, de 2003 a 2013, inclusive quando a petista Dilma governou o País, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875.

PÁTRIA EDUCADORA
Dos quase 170 mil candidatos a prefeito e vereador, nas eleições de outubro próximo, 45% (77 mil) não têm nem o ensino médio completo. Um punhado é analfabeto e 46 são menores de idade.

LIBERTAÇÃO
Sem Anatel agindo como sindicato das empresas, Portugal extinguiu a "fidelização" obrigatória que, a exemplo do que ocorre no Brasil, prendia clientes a operadoras de celular, mesmo aqueles insatisfeitos.

GALVÃO, FILMA EU
Virou piada, no STF, o inconformismo de Renan Calheiros com o protagonismo de Ricardo Lewandowski no julgamento de Dilma. Renan não para de dar palpites sobre o julgamento, como sessões no fim de semana, mas ao negá-los Lewandowski mostrou quem manda.

INTERIOR NO PODER
A futura presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, é mineira de Montes Claros, a próxima presidente do Superior Tribunal de Justiça, Laurita Vaz, nasceu em Anicuns, interior de Goiás.

TÁ FEIA A COISA
Fechou as portas a lanchonete McDonalds na QI 11 do Lago Sul, em Brasília. O aluguel ficou caro demais. A loja funcionava no mesmo centro comercial havia quinze anos.

PENSANDO BEM...
...se o escândalo dos americanos mentirosos fosse o contrário, nos EUA, o problema seria os nadadores brasileiros saírem com vida do embate com a polícia
Herculano
19/08/2016 08:13
PSDB DIZ A TEMER QUE O PMDB LIDERA EMBOSCADA FISCAL QUE CUSTARÁ DE R$5 BI, por Josias de Souza

Parte 1

No jantar que teve com Michel Temer na noite de quarta-feira, o grão-tucanato disse, com outras palavras, que o PMDB comanda no Senado uma emboscada fiscal. O partido do presidente recolhe assinaturas para impor o regime de urgência na votação do projeto que eleva os salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Esses contracheques servem de referência para outros vencimentos no serviço público. Quando eles sobem, os demais vão junto. Relator da proposta, o senador tucano Ricardo Ferraço (ES) fez as contas: "Isso vai abrir uma porteira por onde passarão gastos de R$ 5 bilhões por ano."

Ferraço estava entre os tucanos que dividiram a mesa de jantar do Jaburu com Temer. Apoiado por outros cinco companheiros de ninho que participaram do encontro, entre eles Aécio Neves, o senador compartilhou suas angústias com o anfitrião. "Fomos dizer para o presidente Temer que precisamos alinhar nossos diagnósticos. O dignóstico do PSDB é bem diferente do diagnóstico do PMDB", contou Ferraço. "Eu disse ao presidente: nós faremos o nosso papel, mas quem tem que dar um jeito no PMDB é o senhor."

Na definição de Ferraço, "as corporações sequestraram o Estado brasileiro." E o PMDB ajuda a elevar o preço do resgate. "Enquanto nós levantamos diques de contenção, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), pega assinaturas de outros líderes no plenário do Senado para atribuir regime de urgência ao projeto que aumenta os salários do Supremo", queixa-se o relator tucano. "Há outra proposta que dá aumento aos defensores públicos. Hoje, um defensor público em início de carreira recebe R$ 17 mil. Eles querem R$ 30 mil. Nós seguramos. E a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), que é líder do governo no Congresso, diz que não tem problema nenhum, que isso já está analisado pelo governo, que não tem impacto."

Sob Temer, o governo começou a escancarar seus cofres vazios para as corporações no início de junho. Uma semana depois de arrancar do Congresso autorização para fechar suas contas em 2016 com um rombo de R$ 170,5 bilhões, o Planalto autorizou seus apoiadores na Câmara a aprovar um megapacote bilionário de reajustes salariais e benefícios para corporações de servidores públicos.

Num surto corporativo que manteve as fornalhas do plenário da Câmara acesas até as 2h47 da madrugada do dia 2 de junho, os deputados aprovaram 14 projetos de lei. Juntos, somavam 370 páginas. Continham bondades destinadas a 38 carreiras do Estado - de ministros do STF a funcionários do Ibama. Tudo foi decidido a toque de caixa, em votações simbólicas. Os deputados apenas levantaram ou abaixaram a mão para mostrar que a turma do "sim" era maioria esmagadora. Nesse dia, os tucanos seguiram a maioria. "Foi um erro", diz Ferraço, olhando pelo retrovisor.

Horas antes de se render às corporações, uma comitiva de tucanos liderada pelo deputado baiano Antonio Imbassahy, líder do PSDB na Câmara, encontrara-se com Henrique Meirelles no Ministério da Fazenda. Indagado a respeito da farra salarial, cujo custo o próprio governo estimara em R$ 58 bilhões até 2019, o czar da economia atribuíra a atmosfera de liberou-geral ao Planalto. Temer avalizara a aprovação de reajustes que Dilma negociara.

Diante da atmosfera de fato consumado, apenas um deputado tucano escalou a tribuna da Câmara para discursar contra os reajustes. Chama-se Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS). Ele declarou na época: "Dizem aqui que não posso ser mais realista que o rei. Se o governo encaminha tudo isso, devemos votar a favor. Quero lembrar que acabamos de depor uma rainha porque ela administrou as contas públicas contrariamente ao interesse popular. Tiramos na expectativa de que o novo governo administraria para o interesse popular. Espero que esse novo rei mude sua forma de reinar, para que ele não siga no mesmo caminho da rainha deposta. Espero também que as operações da Lava Jato, anunciadas para os próximos dias, não tenham nenhuma relação com esse açodamento de votar esse rombo de algumas centenas de bilhões de reais."
Herculano
19/08/2016 08:13
PSDB DIZ A TEMER QUE O PMDB LIDERA EMBOSCADA FISCAL QUE CUSTARÁ DE R$5 BI, por Josias de Souza

Parte 2

Durante o jantar de quarta-feira, Temer disse aos visitantes tucanos que teve receio de provocar uma onda de greves se deixasse de avalizar os reajustes que o governo Dilma se comprometera a conceder. Afirmou que, efetivado no cargo, terá força para se contrapor às corporações. Segundo Ferraço, o PSDB enxerga na proposta de aumento dos salários dos ministros do Supremo uma boa oportunidade para que Temer demonstre que evoluiu do "treino" da interinidade para o "jogo" do governo definitivo.

"O desastre do governo Dilma aparece no diagnóstico que o Ministério da Fazenda faz hoje'', argumenta o tucano Ferraço, egresso do PMDB de Temer. "Vivemos uma espécie de economia do pós-guerra. Em situações assim, é preciso socializar os sacrifícios. No momento, os brasileiros não brigam por reajustes. Lutam para preservar seus postos. Nós, que estamos no topo da cadeia alimentar, precisamos dar exemplo. Graças a vinculações constitucionais conquistadas pelas corporações que sequestraram o Estado, quando você mexe no salário do ministro do Supremo, puxa para o alto juízes, desembargadores, deputados federais, senadores, deputados estaduais, o diabo. Aprovar uma coisa dessas agora seria um escárnio. Sobretudo num momento em que estamos começando a discutir a emenda constitucional que fixa um teto para os gastos públicos."

O que disse Temer diante das ponderações? "Ficamos com a impressão de que o presidente Michel Temer tem essa compreensão de que chegou a hora de adotar o slogan 'é proibido gastar'. Mas o PMDB, partido dele, não pensa da mesma maneira. Há uma clara falta de sintonia entre as necessidades do país e aquilo que o PMDB está fazendo. O pior é que o PMDB puxa os outros partidos. Os caras falam: 'pô, se o PMDB dá de ombros, por que eu deveria enfrentar as corporações?'"

Como em todas as reivindicações salariais, há argumentos em defesa dos reajustes da turma do Supremo e dos outros que incidiriam em cascata. Alega-se que os contracheques estão defasados. O que é nada perto do desemprego. De resto, os ministros do STF não são obrigados a permanecer pendurado na folha do Estado, de onde extraem remuneração mensal de R$ 33,7 mil, mais mordomias.

Há na praça advogados que ganham, num par de causas, o equivalente à renda de dois anos de uma toga do Supremo. Mas isso se deve à escolha que fizeram de se submeter às incertezas da banca privada. Os ministros do STF ganham algo como 20 vezes o salário médio pago no Brasil. Sob crise, nada mal para quem escolheu a segurança do serviço público, com sua aposentadoria integral..

"Falamos com o presidente Temer de maneira muito respeitosa'', recordou Ricardo Ferraço. "Dissemos para ele: olha, presidente, a partir da semana que vem, livre da interinidade, seu governo precisa ser outro. Nada a ver com novos ministros ou coisas do gênero. Legitimado pela Constituição, o presidente terá de se legitimar também por suas atitudes."
Herculano
19/08/2016 08:07
da série: a esquerda torta e retrógada no Brasil enxerga sempre os militares das Forças Armadas como um animal de direita, da ditadura, do mal, como não se existisse no mundo militares de esquerda e que servem também a defesa da sociedade, ou até a ditadores militares ou civis. Esta visão ideológica defendida pela maioria dos jornalistas, tenta no Brasil, desmerecer e até desqualificar os atletas patrocinados pelas Forças Armadas, constranger e impedir o gesto de continência nas cerimônias de premiação.

PATROCÍNIO DE FARDA, por Bernardo Mello Franco, para o jornal Folha de S. Paulo

"É ouro, é recorde, é militar!" Parece aquele locutor famoso pelo ufanismo, mas é o site do Ministério da Defesa comemorando uma medalha na Rio-2016. Nos últimos dias, o portal trocou as imagens de tanques e aviões por fotos de atletas premiados na Olimpíada.

As notícias exaltam as vitórias brasileiras como se fossem feitos militares. "Forças Armadas conquistam quarta medalha para o Brasil", diz a manchete sobre o judoca Rafael Silva. "Sargento da Marinha vence final de boxe", informa o título sobre Robson Conceição.

Quem vê nossos campeões prestando continência no pódio pode pensar que os quartéis estão transformando o Brasil numa potência esportiva. Não é bem assim. Na verdade, as Forças Armadas apadrinharam civis que já se destacavam em suas modalidades. Os escolhidos viram militares temporários em troca de benefícios como salário de terceiro-sargento e assistência médica.

Um dos idealizadores do programa, lançado no governo Lula, conta que ele nasceu como um típico "jeitinho brasileiro". Os oficiais queriam evitar um fiasco esportivo em 2011, quando o Rio receberia os Jogos Mundiais Militares.

No torneio de 2007, o Brasil ficou em 33º lugar, com apenas três medalhas. Quatro anos depois, saltou para a liderança com 114, sendo 45 de ouro. Para os autores do truque, ninguém precisava saber que os nossos heróis eram civis que tinham acabado de aprender a marchar.

É positivo que as Forças Armadas ajudem a manter atletas de ponta, mesmo que o objetivo mais evidente seja fazer propaganda. O ministro Raul Jungmann, que não perde uma chance de aparecer, já convocou entrevista para faturar os resultados.

O ponto negativo da história é que nossos campeões precisem vestir fardas por um patrocínio tão modesto. O soldo dos sargentos olímpicos é de R$ 3.200 brutos. Os deputados recebem R$ 4.253 só em auxílio-moradia, sem descontos.
Raul Schillet
19/08/2016 00:07
Só fazer uma correção; Kleber esteve presente na abertura do Seminário Municipal de Políticas p Mulheres.
Quanto ao Hino nacional, realmente fiquei perplexo.
Herculano
18/08/2016 20:07
FEITO PARA ENGANAR O DISTINTO PÚBLICO. FOI ASSIM NAS ELEIÇÕES. ORIENTADA POR JOÃO SANTANA MENTIU AOS BRASILEIROS. ASSIM SÃO OS POLÍTICOS. ASSIM É O PT. JORNAL O ESTADO DE S. PAULO REVELA:SENADORES DO PT ACERTAM FAZER "TREINAMENTO" COM DILMA ANTES DO JULGAMENTO. RESTA SABER SE ELA VAI OUVI-LOS.

Senadores do PT que visitaram na manhã desta quinta-feira (18) a presidente afastada, Dilma Rousseff, acertaram com a petista fazer uma espécie de "treinamento" com ela antes do início do julgamento do impeachment. Dilma já anunciou que vai participar no dia 29 da sessão em que fará sua defesa pessoal do processo.

A intenção dos aliados de Dilma é preparar na próxima semana um roteiro de perguntas para que a presidente afastada responda, simulando situações do julgamento. Reuniram-se com ela no Palácio do Alvorada o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), e os senadores petistas Paulo Rocha (PA) e José Pimentel (CE).

O trio também conversou com a presidente afastada sobre o formato da sessão de julgamento, que será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Humberto Costa disse, em entrevista no Senado, que a presidente está preparada para vir ao Senado a fim de responder a todas as perguntas sobre o processo a que responde por crime de responsabilidade. Para o líder petista, a presença da imprensa nacional e internacional poderá chamar a atenção para o julgamento e, dependendo de como ela transmitir a mensagem dela, influenciar até em alguns votos dos senadores.

Costa disse que a participação de Dilma "vai ser um ponto definitivo da narrativa desse processo". "Ela vai ter amplas condições de dizer, em viva voz, que não cometeu nenhuma irregularidade nesse processo, que é injusto", avaliou.

Segundo o líder do PT, a presidente disse que não está preocupada com a possibilidade de que senadores da base aliada do presidente em exercício, Michel Temer, venham a agredi-la verbalmente. "Isso não é um problema meu", disse Dilma hoje pela manhã, segundo Humberto Costa.

Para o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), a presença de Dilma na sessão de julgamento convalida todo o processo. "Ela jogará por terra todo o discurso de que o processo é um golpe. Não existe golpe com a presença do golpeado", disse.

O tucano afirmou que a presença da presidente afastada vai ampliar o placar em desfavor de Dilma. Cássio disse que é a Dilma que tem que se constranger com a situação, diante do que ele considera como "graves crimes" que ela cometeu. O líder do PSDB disse esperar que não haja agressões e que trabalhará para garantir um julgamento "civilizado e respeitoso".
Herculano
18/08/2016 19:59
HINO NACIONAL? BONITO. E A BANDEIRA?

Solenidades em Gaspar, invariavelmente, é tocado o hino nacional brasileiro. Legal.

A regra é, se cantado, deve ser integral. Se apenas tocado, sem vozes, pode ser apenas a primeira parte. Legal.

A outra regra, é, se houver a bandeira nacional no recinto em que se toca ou se canta o hino nacional, é para ela que todos olham (e reverenciam como símbolo de unidade pátrio.

É imperdoável que autoridades desconheçam esta regra e o cerimonial, para evitar o constrangimento, não as lembre desta obrigação. Na quinta-feira na abertura do Seminário na Câmara de Gaspar, as autoridades ficaram literalmente contra a bandeira brasileira.
Herculano
18/08/2016 19:41
NÃO ESTÁ FÁCIL PRÁ NINGUÉM.PRINCIPALMENTE PARA QUEM APOSTOU NA ECONOMIA QUEBRADA DE DILMA E DOS COMPANHEIROS

Notícia da semana. Manchete do jornal Diário Catarinense, de Florianópolis: "Criciúma Construções: como a maior empresa de construção civil do sul do país chegou à dívida próxima a R$ 1 bilhão".

O próprio ex-dono dela, Rogério Cizeski, explica. Rogério Cizeski, 53 anos, criou a construtora no começo da década de 1990. Apostou em venda de lotes e imóveis de baixo valor. Expandiu-se rapidamente com foco em financiamentos próprios até 2010, quando a empresa fortaleceu as vendas com ajuda dos parcelamentos bancários. Investiu forte em divulgação, fez publicidade até mesmo fora do país. Chegou ao topo e lá se manteve por sete anos consecutivos, quando a empresa foi considerada a maior construtora do sul do Brasil em metros quadrados pelo ranking da ITC.

Mesmo com 400 imóveis vendidos por mês e uma marca reconhecida, a construtora confirmou os rumores que circulavam de que os negócios não iam bem e foi ao fundo do poço. Em fevereiro de 2015, decretou recuperação judicial e demitiu 400 trabalhadores. Rogério foi impedido pela Justiça de trabalhar na empresa, dois meses depois, poucos dias após ser levado para o Presídio de Santa Augusta, em Criciúma, onde ficou por 70 dias em uma operação do Ministério Público que apurou crimes como lavagem de dinheiro.
Herculano
18/08/2016 19:28
ILHOTA EM CHAMAS. PONTE INAUGURA DIA 29 DE AGOSTO

A ponte dos Sonhos, segundo o ex-governador Luiz Henrique da Silveira, PMDB, já está aberta ao tráfego, em Ilhota.

A dúvida é quem vai inaugurá-la. O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD, pode perder a festa que acalentou durante quatro anos para alavanca-lo à reeleição. A primeira parte da festa já perdeu. Desistiu a reeleição. Restam duas festas: o corte da fita e a vitória da coligação que apoia para substituí-lo.
Herculano
18/08/2016 19:21
ESSES SMARTPHONES

Na quinta-feira, na abertura do Seminário que discute até hoje as políticas de proteção à mulher nos 10 anos da Lei Maria da Penha, uma praga.

Enquanto os palestrantes falavam, muitos na plateia e principalmente gente que se diz autoridade, não deixara os seus smartphones sossegados, atualizando-se nas redes sociais e nos aplicativos de conversas. Desrespeito.
Herculano
18/08/2016 19:17
INCRÍVEL

Tem candidato arrumando falsos motivos para fazer comícios: ontem chama-se jovens para discutir programas próprios para esta faixa de eleitores e cidadãos.

Faltam 45 dias para a eleição. Então se um candidato ainda não possui a proposta certa do seu governo para os jovens, alguma coisa está errada e vai ficar muito pior, se for eleito.
Herculano
18/08/2016 19:11
reeditado (e reescrito) das 14.27 deste 18.08 e que gerou vários questionamentos

QUEM É O CANDIDATO DO PT DE GASPAR? RESPONDO, A PESQUISA

O PT de Gaspar esconde o seu vice, o médico Odilon Áscoli,PR, marido da procuradora geral do município (e que se aventou e até se afastou para ser a vice, Mara Lucy Fabrin Áscoli).

E por que o PT praticamente o esconde da propaganda oficial? Porque as pesquisas dizem que Odilon não acrescenta nada à chapa petista. Simples.

Então qual a razão desta escolha que não soma nada? Gratidão a quem era histórico do PMDB (já foi até vice derrotado de Adilson Luiz Schmitt antes dele vencer em 2004) e que se bandeou para o PT. E o PT, pelo sim, pelo não, entende que solto poderia deixar livre alguns peemedebistas antigos que ainda o rodeia e influencia.

A pesquisa interna do PT - feita para orientar nos trabalhos, sem senso de propaganda e publicação - também diz que o candidato oficial Lovídio Carlos Bertoldi não é um "brilhante". Então ele precisa de luz alheia para tentar se sair melhor do que entrou nesta corrida onde as nuvens estão negras para o PT, seja pelos desgastes de oito anos seguidos de administração, seja pela lama que inunda nacionalmente o partido e seus líderes.

E quem pode dar esta luz, energia e brilho a Lovídio e aos vereadores sem votos? A pesquisa também responde: o "prefeito Celso", como tratam intimamente entre os eleitores e eleitoras os petistas, Pedro Celso Zuchi que governa Gaspar há quase 12 anos (2001/04 e 2009/2016).

Então é por isso que na propaganda oficial dos candidatos do PT de Gaspar à prefeitura lançada por ai e principalmente nas redes sociais, fica difícil aos eleitores e eleitoras entenderem quem afinal é o candidato do PT a prefeito de Gaspar: Lovídio ou Pedro Celso Zuchi, ou quem é o vice de um dos dois.

Os adversários estão assistindo tudo isso passivamente - alguns até se divertindo. E vão pagar por isso mais uma vez. Zuchi é o único nome do PT de Gaspar que se sobressai nestas dificuldades do partido, mas está manchado.

Então, enquanto ninguém aponta com coragem e clareza estas manchas - e o PT duvida que alguém tenha capacidade e coragem para isso -, ele vira bandeira e tábua de salvação do partido e do candidato Lovídio aos desinformados e para a máquina de se perpetuar no poder.

Mais. As mesmas pesquisas que orientam o PT de Gaspar mostram que Lula, Dilma, Décio, Ideli e outras figurinhas, se usadas, estragam a festa petista de Gaspar. E isto está devidamente controlado. Todos estão desaparecidos da propaganda, dos discursos, das conversas. Assim como a quebra da economia, a inflação, a falta a saúde quebrada, o desemprego alto...

Ou seja e resumindo: a máquina petista de Gaspar - e no mesmo estilo que embala Lula, Dilma, Dirceu, Vaccari e outros, não perdeu o jeito certo e marqueteiro de João Santana de fazer campanha, mesmo na adversidade. Aprendeu a usar bem a pesquisa para se livrar dos problemas e ter vantagens nas dificuldades, pois o seu eleitorado preferido é de analfabeto, ignorantes, desinformados, assistidos, fanáticos e de gente que vive de empregos públicos pagos com o dinheiro dos eleitores e eleitoras.

Já os adversários, nem pesquisas certas conseguem fazê-las... E quando fazem, além de não atualizá-las, usam-nas distorcidas como armas contra si próprios ao invés de ferramentas de trabalho. E desorganizados e com medo de enfrentar realidades, estão prestes a reclamar outra vez da má sorte. E sorte só existe para quem é competente e percebe a oportunidade. Parece, para azar, faltam-lhe as duas. Acorda, Gaspar!

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