Por Herculano Domício - Jornal Cruzeiro do Vale

Por Herculano Domício

12/01/2016

COISAS DO ESGOTO I
Ai que preguiça! Esforço-me, mas não consigo. E mesmo que tento ao ócio, os meus leitores não me deixam prosseguir nele. Os políticos e gestores públicos mexem com a inteligência dos meus leitores e leitoras. E é por isso que não entendo como os coleguinhas não conseguem enxergar o óbvio. E para me estimular a  sair da tentação à qualquer preguiça, mesmo nas férias da maioria e deste verão chuvoso, peço a ajuda do leitor Roberto Sombrio, lá do Belchior. “Prefeitura assina convênio de tratamento de esgoto de R$ 36 milhões”, ele questiona e nos provoca.

COISAS DO ESGOTO II
E prossegue: “Essa é mais uma para rir ou para ficar esperando assim como a verba da Ponte do Vale? Pela cara do prefeito e os demais ao seu entorno dá para ver que nenhum deles acredita no documento assinado. Só faltou a Ideli Salvatti para completar o quadro de mentiras.”. É Roberto Sombrio! Se alguém ler a reportagem de capa do jornal Folha de S. Paulo, de ontem e que a republiquei na área de comentários, saberá que se trata possivelmente de mais um factoide do PT de Blumenau e Itajaí que manda aqui, da família Lima (Décio Neri e Ana Paula que estavam na cerimônia) e do prefeito Pedro Celso Zuchi.

COISAS DO ESGOTO III
Em resumo a reportagem da Folha diz, por dados e realidade, os governos do PT atrasaram em 20 anos (é isso mesmo; não está errado o número de anos) o plano de saneamento no Brasil; faltam verbas diante da crise; e pior: levam-se 22 meses, no mínimo, para a análise dos projetos na burocracia de Brasília e ai então haver a liberação de alguma grana e que depois tudo se enrola por vários outros problemas. O próprio Ministério das Cidades, o mesmo que atrasa a verba da Ponte do Vale, na reportagem da Folha reconhece que há problemas no cronograma do programa de Saneamento. Mas, para esconder o verdadeiro problema diz que ele “poderá ser recuperado” quando houver a retomada do crescimento economia brasileira. Como ela é um sonho de verão fruto da má gestão petista, tudo deve estar comprometido realmente por muito tempo.

COISAS DO ESGOTO IV
“Sim, deve ser mentira porque segundo a prefeitura, o bairro Sete já tinha esgoto. Ou não era esgoto e chamavam a rede pluvial de esgoto? Temos sempre que lembrar que eles não entendem de nada. Se alguém mostrar uma garrafa e dizer ao PT que é uma geladeira, eles confirmam e ainda dizem que graças ao empenho do governo é uma geladeira para comprimir ar; que é a solução para a macroeconomia e para baixar a inflação”, ironiza Sombrio, sem ter lido a Folha de ontem quando escreveu, contudo muito perto da realidade sombria. “A Ponte do Vale tem esse nome porque devem ter dado um vale ao prefeito Zuchi e ele que espere, pois talvez um dia consigo descontar. Quanta bobagem, quanta enganação e ainda riem dos tolos que os acompanham”, completa.

MAIS UM PAPELINHO I
Como não é justo deixar os leitores trabalharem por mim, mas continuando na preguiça, entretanto, menor da média dos demais, vou repetir com alguns retoques o que escrevi sobre este assunto  no sábado na área de comentários da coluna na internet, a mais acessada do portal Cruzeiro do Vale, o portal mais antigo, mais atualizado, o mais acessado e o de maior credibilidade. A começar pela foto. Quantas vezes você viu esta cena do prefeito com um papelinho nas mãos rodeado de políticos – que precisam de votos para continuar na ribalta - anunciando obras que não saem do papel, mas ocupam semana sim e outra também espaços nas rádios e jornais para enrolar os analfabetos, ignorantes, desinformados, dependentes e fanáticos? Nem inovar, Zuchi e sua equipe são capazes. A cidade já sacou este tipo de enrolação repetida. A mídia não.

MAIS UM PAPELINHO II
Na sexta-feira, nas férias oficiais da prefeitura e do prefeito, o PT de Blumenau e Itajaí e que verdadeiramente manda no daqui, veio criar mais um factoide em Gaspar. Fez isso para abrir espaços na imprensa (a que não faz perguntas e não se sabe bem a razão disso). Por que? Para “tirar” a atual administração petista da zica da falta de credibilidade em que vive envolta por dúvidas, processos e sentenças de improbidade administrativa. Foi uma festa privada, com algo muito bom e necessário a comunidade como a coleta e o tratamento de esgoto. Assinaram mais um daqueles muitos papelinhos e exibiram para a foto manjada de tantas outras vezes de obras que aguardam solução (e principalmente verbas), entre elas a Ponte do Vale. Estavam na foto que publico, o prefeito Pedro Celso Zuchi, e os tutores da administração, Décio Neri e Ana Paula Lima. Estavam rindo mesmo de quem?

MAIS UM PAPELINHO III
Desta vez faltou na tradicional foto a Ideli Salvatti (que se mandou e está quietinha há muito tempo nos Estados Unidos num tempo de tempestades das delações premiadas por aqui). Mas, como é um projeto do governo Federal, com verba Federal, a fundo perdido, ou seja, sem necessidade de pagamento, quem faltou mesmo foi o deputado Federal Rogério Peninha Mendonça, da base aliada, o que manda no PMDB daqui, defensor de Dilma Vana Rousseff, PT, amigo de Décio, unidos contra o impeachment e defensores de uma candidatura única para o PT continuar no poder, superar o desgaste do tempo, dos resultados prometidos e não cumpridos.


ENTÃO É PRECISO ESCLARECER I
1. Se não há verba para a ponte do Vale, ou para a duplicação da BR 470 (o presente de aniversário no Dois de Setembro que os Limas prometeram há três anos naquele anúncio de outdoor para Blumenau na beira da rodovia da morte), haverá para este projeto? Se o projeto de Saneamento se atrasou em 20 anos como apurou a Folha, Gaspar vai então furar a fila?

2. Esta assinatura neste papelinho, finalmente vai justificar perante os órgãos de fiscalização a pesada estrutura que já existe em Gaspar, e há anos, que cuida do saneamento básico? Ou seja, mais outro disfarce para se evitar processos e questionamentos dos órgãos como o Tribunal de Contas e Minsitério Público.

3. Outra. Foi admitida na cerimônia, por erro ou verdade, que em Gaspar não existe coleta de esgotos ou saneamento. Então o que foi feito no bairro Sete é o que? Como se vê, a enganação tem pernas curtas e os próprios enganadores se enrolam entre eles na falta de memória deles mesmos. Os leitores e leitoras desta coluna já sabiam que aquilo – de projeto duvidoso, arrumado no meio da obra pela empreteira, secretaria de Obras e principalmente do Planejamento  -, era coleta de água pluvial contaminada com esgotos que inferniza os narizes de muitos e deixa vulnerável a saúde de outros.


ENTÃO É PRECISO ESCLARECER II
Para finalizar. Em Blumenau, a família Lima queria por que queria algo semelhante o que se assinou na sexta-feira para Gaspar. Chegou até a instrumentalizar o Ministério Público para impedir à contratação de algo privado. O então prefeito da época, João Paulo Kleinubing, PSD, enfrentou os Limas e à realidade. E fez de forma privada. Pagou um preço caro pela decisão e na perseguição da família Lima, incluindo o tal Tapete Negro. Mas, Blumenau possui hoje uma cobertura de quase 60% de coleta e tratamento de esgoto, em tempo relativamente curto, quando tinha quase zero e tomou a decisão de resolver este problema grave, sem esperar por jogos de empreiteiras relacionados com a corrupção, a burocracia de Brasília que leva em média 22 meses para analisar um projeto pronto de qualquer cidade, e que se enrola por muitos meses nas alterações necessárias ou inventadas.

ENTÃO É PRECISO ESCLARECER III
Se tivesse esperado a burocracia estatal (que os próprios Lima e Zuchi alegam como entrave para a liberação das verbas da Ponte do Vale), a disponibilidade de verbas federais a fundo perdido (num estado de miséria em que se encontra mal governado país pelo PT da família Lima e do prefeito Pedro Celso Zuchi), e as tramas das empreiteiras que se enrolam em petrolões e mensalões, Blumenau talvez não tivesse saído do zero de saneamento.

Gaspar terá melhor sorte? A família Lima, quando no palanque e nas entrevistas de rádios por aqui, sempre se mostraram afinadas com o PT e os cofres de Brasília. Todavia, quando foi para por em prática este discurso, falharam. Teve até verba carimbada para a Ponte do Vale que se admitiu (e está na imprensa), por pressão política, foi para outra cidade no Nordeste e às vésperda da campanha presidencial de 2014. Mais uma vez, o tempo será senhor da razão. Como o assunto da ponte está desgastado, arrumaram mais um factoide que não precisa nada de concreto além dos papelinhos e entrevistas arranjadas para alimentar os discursos da próxima eleição. Acorda, Gaspar!


TRAPICHE

A obra da nova Escola Olímpio Moretto, no Gaspar Grande, está parada. Faz tempo. É uma briga de empreiteiras. E já teve um desfecho. O PT está comemorando. Por associação, PMDB colocou as barbas de molho.


O PT, PSTU com os movimentos sociais foram para as ruas protestarem contra o aumento das passagens no transporte coletivo. Excelente. Mas este é apenas um dos milhares aumentos do nosso dia a dia. E por que os preços aumentam? Devido a inflação alta e sem controle do governo do PT, PMDB, PSD, PP, PDT, PcdoB, PR, PRB, PTB e outros.


Todos disfarçados de Movimento do Passe Livre estão nas ruas contra o aumento. Ninguém combatendo o governo Federal, o verdadeiro autor do aumento. Mais. Para dialogar, na linha de frente o PT mandou para as ruas os Black Blocks. A especialidade deles: quebrarem o patrimônio dos outros e de todos nós. Ou seja, mais prejuízos para a falta por má gestão ou desvios de recursos dos nossos pesados impostos.


Para os políticos, o poder é um negócio. De nós, os políticos só precisam da nossa ignorância, ingenuidade, votos e os pesados impostos para eles sobreviverem mesmo na crise ou na lambança ue os deixa lambuzados. Então tudo pelo poder. Ideologia, projetos e causas são disfarces bem usados na comunicação falseada.


 Veja o que está acontecendo com o PT e o deputado Décio Neri de Lima, o que manda no PT de Gaspar. Como não consegue mais enganar em Blumenau onde foi prefeito e sua mulher Ana Paula tentou várias vezes e na última nem passou para o segundo turno, o ex-advogado sindicalista resolveu voltar o domícilio eleitoral para Itajaí.


Como a vida e a imagem do PT não está fácil, também não estará fácil a campanha em Itajaí para o filho que a casa retorna de olho do porto que se trava e perde competitividade para o de Navegantes. Então o que ele resolveu? Décio anunciou que articulou a segunda reunião com vereadores e líderes do PT, do PSDB, do PR, do Solidariedade e do PCdoB.


Ou seja, o arrogante, o lambuzado, o que se diz o partido de esquerda, o populista, na hora de compor para se estacionar com mais facilidade no poder para para o lixo a suposta ideologia de esquerda que prega. Vale tudo para se manter no negócio da franquia nacional de sacanagens. E para tal, se  dispões até a dividir o poder com o PSDB e o Solidariedade, eternos adversários a quem acusa de conservadores, direitistas, facistas, liberais, propagadores do ódio por se arriscam numa tímida, repito, tímida, oposição...


E Décio Neri de Lima foi mais longe no final de semana. Mais uma vez por Moacir Pereira, do Diário Catarinense, da RBS Florianópolis, lançou outro balão de ensaio: o de se unir a Raimundo Colombo, PSD, para ocupar fatias do governo do Estado e dar empregos para quem se desemprega nas prefeituras que o partido possívelmente vai perder pelo Brasil afora em outubro... Um negócio. Como Colombo já errou o passo, o PT já percebeu a brecha e acerta a vida decadente.


“Qual o projeto do PT para 2018?” Perguntou Moacir. “Penso que o PT de Santa Catarina tem que sair do isolamento. Na última eleição ficou isolado. Não é saudável num sistema pluralista. Penso que temos uma tarefa hercúlea de sair do isoamento. Sair da solidão. E ter interlocução com todos os partidos. Como atualmente, o PMDB catarinense está em oposição ao governo federal, nossa posição é de aproximação com o governador Raimundo Colombo”.


Este diagnóstico todos sabem em Santa Catarina. E quem comandou este isolamento se não gente como Ideli Salvatti, Décio Neri e Ana Paula Lima, Cláudio Vignatti entre tantos? Mas, se alguém tenta publicar observações neste tom, as poucas lideranças e a militância saem constangendo meio mundo, de forma tosca, exatamente por falta de argumento. Imprensa boa, para o PT é a mansa, a que não pergunta, a que sobrevive com as suas migalhas. Então...


“O parâmetro é o governo federal, neste momento de grande dificuldade de governabilidade”, ou seja, mais uma observação que o próprio PT na voz do presidente Rui Falcão, do líder de Décio, o gênio e intelectual Sibá Machado contestam, isto sem falar no próprio prefeito de Gaspar Pedro Celso Zuchi, o seu cunhado e vereador Antonio Carlos Dalsochio e o presidente do PT daqui, José Amarildo Rampelotti, conhecido pela sua intransigência, radicalismos e ameças.


“Temos uma aproximação natural com o governador Colombo, que tem sido extremamente leal e grato à presidente Dilma e ao governo federal. Mas antes disso, temos uma agenda com os aliados históricos, que não estiveram conosco na última eleição, a começar pelo PCdoB. Temos que romper o isolamento e formar uma nova força alternativa”.


Bom. O que  Décio fala aos catarinenses, não se aplica a Blumenau e principalmente a Gaspar.Então trata-se de cascata ou golpe para estar ou ter um naco de poder. Em Gaspar se persegue, se constrange e não se conversa. Os processos estão ai. O que se fez com a juiza Ana Paula Amaro da Silveira é algo simbolico.


Se o que Décio fala é certo, o PSD de Gaspar é o laranja do PT  que disfarça perante os seus eleitores apenas por puro medo da reação ao revelar que não é mais virgem, mas se fingindo de puro. Aliás, os votos que Marcelo de Souza Brick, PSD, deu ao PT e a administração de Pedro Celso Zuchi na penúltima sessão da Câmara do ano passado não deixam dúvidas quanto a isto.


Se o que Décio trama der certo, quem deve ficar preocupado é o PMDB do eterno candidato Kleber Edson Wan Dall e do presidente sem cintura, Carlos Roberto Pereira. A amizade De Décio com Rogério Peninha Mendonça continua firme. O namoro para que aqui nada mude, também. Acorda, Gaspar!

 

Edição 1732

Comentários

Sidnei Luis Reinert
14/01/2016 22:20
14 DE JANEIRO DE 2016
Sem dinheiro, PF perde 5 agentes em operação que investiga o governador petista amigo de Dilma

Uma coincidência inquietante.

Por Redação Implicante | Tópicos Dilma Rousseff, Fernando Pimentel, Operação Acrônimo, PF


O Brasil é um país de coincidências muito estranhas. Elas acontecem o tempo todo, nas mais variadas esferas, e muitas vezes nos pegamos quase desconfiando. Mas, claro, devem mesmo ser apenas coincidência. Quem duvidaria?

Vejam esse caso: Fernando Pimentel, o governador petista de Minas Gerais, é um dos amigos mais próximos de Dilma Rousseff (ela própria começou a atuar politicamente também em Minas, na juventude). Pois o dito cujo é investigado na Operação Acrônimo, a ponto de já ter sofrido busca e apreensão em suas residências e ter até mesmo a Primeira Dama implicada ?" além do melhor amigo.

Mas, ora!, a operação acaba de perder 5 agentes. Motivo: falta de verbas. Quem paga a Polícia Federal? O Ministério da Justiça, do governo Dilma.
Belchior do Meio
14/01/2016 19:56
Sr. Herculano:

Estadão - às 12:44hs - comentário sobre Dilma:
"Não havia objetivamente nada a 'embaçar' sua reputação", quando ela se auto intitulou ilibada, antes das informações de Nestor Cerveró.

Nem precisa das informações na delação premiada do notório Cerveró.
Desvendem os arquivos do Supremo Tribunal Militar, aí verão quem ela realmente é.
Boa bisca!!!
Herculano
14/01/2016 12:44
COMO NÃO SABER DE NADA? editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Da enxurrada de novas revelações sobre o petrolão e similares, salta aos olhos uma questão politicamente delicada, mas cada vez mais incontornável: alguém pode acreditar de boa-fé que um escândalo dessas proporções possa ter ocorrido, se não com a participação direta e explícita, pelo menos com o tácito beneplácito ou o conhecimento do fato por parte das mais altas autoridades da República, a começar por quem chefia o Estado e o governo? Assim não surpreende que, nos últimos dias, tenham se avolumado as referências de envolvimento direto ou indireto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo do petrolão e, agora, seja a presidente Dilma Rousseff que apareça no noticiário ?" que é mais policial que político.

Em matéria de escândalos, Lula está escolado. Haja vista o mensalão, que o tempo se encarregou de rebaixar a astro de grandeza secundária numa constelação de atentados muito mais brilhantes à moralidade pública. Na verdade, pode-se dizer que faz parte do charme populista do ex-presidente seu estilo blasé no trato daquilo que a esquerda, por convicção ideológica, e ele próprio, por conveniência, chamam depreciativamente de "moralidade burguesa". De resto, o ex-presidente parece não se importar com a máxima que recomenda considerar sempre com desconfiança quem faz fortuna material na vida pública.

Dilma Rousseff é caso diferente. Ela tinha razão quando afirmava que não havia objetivamente nada a "embaçar" sua reputação. Mas agora o noticiário registra, a partir de informações constantes da delação premiada do notório Nestor Cerveró, "que Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora". Essa garantia que o senador alagoano teria afirmado ter recebido de Dilma é coerente com a anterior determinação do antecessor dela, Lula, de abrir as portas da BR Distribuidora a Collor "em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional".

Essa referência ao acordo entre Lula e Collor, quando o primeiro cumpria seu segundo mandato presidencial, baseia-se em delação premiada de Nestor Cerveró e consta da denúncia apresentada ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Essa denúncia tem como acusado o deputado petista Vander Loubet (MS).

A suspeita em relação a Dilma Rousseff, levantada pela delação do ex-diretor da Petrobrás, tem, por enquanto, o mesmo valor daquela que atingiu o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso a propósito da compra de uma petroleira argentina pela Petrobrás. São suspeitas que precisam ser devidamente investigadas e provadas. Governistas e petistas apressaram-se a reforçar a gravidade da acusação a FHC. Pode-se fazer exatamente o mesmo sobre a acusação a Dilma.

A presidente da República afirmou a pessoas próximas, segundo O Globo, que seu antecessor alagoano teria cometido um "exagero" e feito uma "interpretação" da conversa que tiveram, ao passar adiante a versão de que a presidência e a diretoria da subsidiária da Petrobrás teriam sido colocadas a sua disposição. Pela "interpretação" de Collor, Dilma teria apenas confirmado aquilo de que ele já dispunha desde o governo Lula, daí ser razoável supor que a presidente teria preferido deixar as coisas como estavam.

Como Dilma não nega a conversa com Collor - apenas o "exagero" do senador ?", está aí uma clara demonstração de que a chefe do governo tinha conhecimento do fato de que um pedaço importante da Petrobrás, a BR Distribuidora, havia sido transformado em feudo de um grupo político "aliado" do governo. Hoje está claro que a empresa na qual Nestor Cerveró ganhou uma diretoria como reconhecimento dos serviços prestados ao PT foi transformada numa usina de ilicitudes, inclusive o desvio de recursos para as contas dos "donos" do pedaço. Foi o preço pago pelo lulopetismo para converter em aliado um dos inimigos que combateu com maior ferocidade nos tempos em que pregava a ética na política. E Dilma não sabia de nada?
Herculano
14/01/2016 12:39
ELES NÃO TÊM LAVA JATO, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Parte 1

A exemplo do Brasil, no Panamá a corrupção aparece cada vez mais, assim como esforços para combatê-la

Dia desses, a polícia do Panamá encontrou um lote de cocaína em um carro com chapa oficial da Assembleia Nacional. O motorista era assessor de um deputado, que apresentou a defesa de praxe: não sabia dos atos de seu colaborador. Já o presidente da República, Juan Carlos Varela, comentou: ainda vão parecer muitos casos de funcionários envolvidos com o narcotráfico - o maior problema na América Central. A imprensa fala de "narcodeputados".

Há reações. O presidente da Assembleia suspendeu provisoriamente, para investigação, o uso das "chapas-brancas". Cada parlamentar tem direito a duas, cada suplente a uma. Reparem: não têm carro oficial, só as placas.

Mas cada deputado tinha direito a comprar três carros por legislatura, isentos de todos os impostos. Para os suplentes, dois automóveis. (Desconfio que estou dando uma boa ideia para os legislativos brasileiros, má ideia para os contribuintes).

De todo modo, numa medida apresentada como moralização, o presidente Varela conseguiu limitar para dois o número de carros isentos (e um para os suplentes). Assim ficou "saneado": dois carros, duas chapas.

Outro assunto que movimenta a imprensa panamenha é a série de denúncias envolvendo juízes da Suprema Corte. E sabem onde se dá o processo? Na Assembleia de Deputados, espécie de tribunal dos magistrados. (Outra ideia para o nosso Congresso?)

Mas por que estamos falando disso?

Para mostrar semelhanças e diferenças.

Semelhanças: por toda a América Latina, dos pequenos aos grandes países, é infinito o talento dos funcionários públicos em geral, e dos parlamentares em especial, para descobrir mordomias e facilidades. Quando apanhados, as reações são do mesmo tipo - uma tentativa de dar satisfação à opinião pública, mas sem perder tudo. Três chapas, isso não se admite, só duas.

Lembram-se quando parlamentares brasileiros foram apanhados com gastos excessivos, não explicados, das verbas pessoais de gabinete? Pois então, passou-se a exigir notas fiscais ?" que, a rigor, ninguém checa. E que tal os juízes aposentados de Mato Grosso, que mantêm o auxílio-moradia?
Herculano
14/01/2016 12:38
ELES NÃO TÊM LAVA JATO, por Carlos Alberto Sardenberg para o jornal O Globo

Parte 2

Outra semelhança: a corrupção aparece cada vez mais, assim como esforços para combatê-la. O Panamá, por exemplo, está na lista negra dos EUA e de entidades internacionais, na categoria centro de lavagem de dinheiro do tráfico e do terrorismo.

Nos últimos dois anos, foi aprovada uma nova legislação bancária e financeira, seguindo as recomendações do Fundo Monetário Internacional, limitando o sigilo bancário e as aplicações ao portador. Sim, ainda havia ações ao portador ?" instrumento básico para esconder dinheiro - amplamente emitidas. A nova legislação, parece, não extingue a modalidade, mas dificulta.

Se servirá ou não, depende de uma missão do FMI, que está na capital avaliando a nova legislação e os órgãos de controle.

De todo modo, é um sinal dos tempos. Antes, o Panamá atraía capitais do mundo todo exatamente por ser um paraíso fiscal e bancário. Tornou-se um centro financeiro, digamos, sofisticado. Hoje, perde dinheiro exatamente por causa disso. Grandes bancos, empresas e fundos fogem do país e de sua má fama.

O governo atual sabe que só volta a atrair investimentos, necessários para o Canal, por exemplo, se conseguir sair da lista negra. Faz até campanha publicitária. Na capital, na via que comunica o aeroporto com a cidade, há cartazes anunciando:

"Lavagem de dinheiro é crime. Denuncie. Ajude a combater".

Outra semelhança: políticos denunciados reagem denunciando a acusação. É sempre assim: quando não há defesa, ataque a acusação.

Mas há uma diferença que distingue o Brasil na América Latina - a Operação Lava-Jato. Não se encontra nada parecido com Curitiba: Polícia Federal, Ministério Público e o Judiciário sincronizados numa ação fulminante e eficiente, que vai atropelando políticos e empresários e demolindo a corrupção. Aliás, todas as pessoas que conheci aqui na Cidade do Panamá e todos os motoristas de táxi que encontrei perguntaram pela prisão de Marcelo Odebrecht, cuja companhia é muito forte no país. "O presidente da maior companhia da América numa cela comum?" - comentavam, verdadeiramente assombrados.

C?"DIGOS

E por falar em Lava-Jato: os códigos do pessoal envolvido têm uma certa criatividade. Chamar Jaques Wagner de "Compositor" é quase bom. Não é muita gente que conhece o músico alemão.

"Andarilho" para Nelson Pellegrino faz uma boa brincadeira.

Mas não raro o próprio pessoal avacalha os códigos.

Numa das mensagens, um cara do esquema Leo Pinheiro escreve que o endereço de entrega é "3.600 Street Brown".

E logo aparece um texto de Pinheiro: "O valor é muito alto".

Outra, de João Vaccari para Leo Pinheiro: "Ouça a música do cantor Orlando Silva".

Pinheiro: "Vou falar com ele".
Herculano
14/01/2016 12:29
O FUTURO NÃO SERÁ MAIS COMO ERA, por José Serra, senador do PSDB, por São Paulo, no jornal O Estado de S. Paulo.

Parte 1

"O presidencialismo é o regime da irresponsabilidade a prazo fixo. O parlamentarismo é o regime da responsabilidade com prazo indeterminado". Ulysses Guimarães

Há três verdades claras sobre a atual situação do Brasil. Em primeiro lugar, vivemos prisioneiros da maior e mais perfeita crise política, econômica e social de que se tem memória. Em segundo lugar, o governo federal carece de preparo e, acima de tudo, credibilidade para enfrentar as dificuldades e encontrar uma saída virtuosa. Por último, a grande maioria da população deseja que esse governo Dilma termine o quanto antes, como condição para que a crise comece a ser enfrentada.

As críticas gerais e pontuais ao desempenho do governo e do petismo, ao lado das investigações, denúncias e punições no âmbito da Justiça, têm-se intensificado a cada passo deste mandato presidencial. Seria até enfadonho relatá-las aqui.

Nesse compasso, é impossível prever com um mínimo de segurança onde iremos parar dentro de poucos meses, para não falar de anos. A única certeza hoje, lembrando Paul Valéry, é que "o futuro não será mais como costumava ser".

De fato, a crise parece ocupar-se de nós, imobilizando-nos. Para abrirmos perspectivas de futuro nós é que temos de nos ocupar da crise: uma ação política com P maiúsculo, voltada para o bem comum do País e respaldada pela opinião pública. Como a crise é, além de tudo, moral, a reputação dos políticos e da atividade política tem sido mais instável e comprometida do que as ações da Petrobrás...

Para sairmos desse impasse uma das frentes indispensáveis de ação é retomar os esforços para mudar o regime político brasileiro. O critério da mudança está inscrito na epígrafe de Ulysses Guimarães sobre a diferença fundamental entre presidencialismo e parlamentarismo.

Segundo opiniões que recolhi no âmbito do Congresso Nacional, o clima para deflagrar esse processo é favorável. Como o é, também, na própria sociedade mais informada, a julgar pela decisão da OAB de empreender campanha nacional pela mudança do sistema político em direção ao parlamentarismo.

Mas não há hipótese de o Congresso aprovar uma emenda constitucional desse teor sem apoio claro da opinião pública. Para isso é imprescindível desfazer equívocos que podem desvirtuar a discussão da proposta.
Sidnei Luis Reinert
14/01/2016 12:29
SERÁ A VEZ DO CHEFE OU ALGUM FAMILIAR?

Sergio Moro esvazia celas da PF em Curitiba para receber novos hóspedes

http://folhabrasiloficial.blogspot.com.br/2016/01/sergio-moro-esvazia-celas-da-pf-em.html
Herculano
14/01/2016 12:29
O FUTURO NÃO SERÁ MAIS COMO ERA, por José Serra, senador do PSDB, por São Paulo, no jornal O Estado de S. Paulo.

Parte 2

Assim, é importante sublinhar que essa proposta não se destina a resolver os impasses relativos ao atual governo. Mudança do regime político, mediante consenso do Congresso e da opinião pública, só daqui a três anos, a partir das eleições de 2018. A permanência ou remoção do governo Dilma terá de ser resolvida dentro do atual sistema presidencialista, e o quanto antes possível, em face dos imensos custos em que o País está incorrendo em termos de paralisia administrativa e retrocesso econômico-social.

Tal situação ressalta precisamente um defeito capital do atual sistema, em que a troca de governo só pode ser feita mediante a destituição, sempre penosa e traumática, do presidente da República. No parlamentarismo, ao contrário, a queda de um governo é solução prevista nas regras do jogo político, não um problema.

O sistema parlamentarista separa as funções da chefia do Estado ?" que cabe ao presidente da República, eleito pelo voto direto e com mandato fixo ?" e as da chefia do governo, exercida pelo primeiro-ministro. O presidente indica o primeiro-ministro, que escala a equipe ministerial e submete ao Congresso um programa de ação, a ser aprovado pela maioria. Se e quando essa maioria se desfaz, num voto de desconfiança, caem o primeiro-ministro e sua equipe. E o presidente deve negociar a formação de um novo governo, ou mesmo, conforme as circunstâncias, convocar novas eleições parlamentares.

Outra objeção ao parlamentarismo, equivocada, mas muito difundida, supõe que ele confere poder demais ao Legislativo. Na verdade, este já é poderoso no atual sistema: emenda a Constituição, derruba vetos, altera medidas provisórias, paralisa projetos do Executivo e, por vias tortas ou direitas, aumenta gastos e mexe nos impostos. No parlamentarismo, de fato, os parlamentares não ganham mais poder: ganham, sim, mais responsabilidade. A maioria que apoia primeiro-ministro pode simplesmente derrubá-lo se votar contra projetos importantes ou se aprovar outros que contrariem o programa do governo. Mas se não houver maioria consistente para formar um novo Gabinete e respaldar suas iniciativas, o mandato dos deputados é que pode ser encurtado, com a convocação de novas eleições. Os parlamentares dividem os ônus e pagam os custos de um mau governo.

O advento do parlamentarismo vai exigir e ao mesmo tempo favorecer, como condições simultâneas, mesmo que implantadas de maneira gradual, mudanças na gestão governamental, incluída a profissionalização da direção de órgãos públicos. Na mesma linha, impõem-se mudanças no sistema de partidos e eleitoral vigente. Nesse assunto, nos últimos anos o Congresso manteve ou piorou o que há de menos virtuoso. Mas creio que daqui em diante serão cada vez mais diferentes as circunstâncias, de modo a favorecer, por exemplo, a introdução de modalidades de voto distrital nas três esferas de governo, fator crucial para o barateamento das campanhas eleitorais e o aumento da representatividade dos eleitos ?" voto distrital puro, no caso dos vereadores das grandes cidades, e distrital misto (listas e distritos), nos mandatos de deputados federais.

Não faltarão céticos quanto ao do sucesso dessas teses, dadas as possíveis (e grandes) resistências que surgirão no Congresso. Mas estou convencido de que o naufrágio do presidencialismo e a ânsia por desatar o novelo da crise ?" que é política, econômica, social e também moral ?" incentivarão a mobilização da sociedade a favor de grandes mudanças e facilitará sua assimilação pelo mundo político, hoje tão desgastado, até como recurso para sua sobrevivência e sua renovação.
Herculano
14/01/2016 12:24
IMPREVIDÊNCIA E CORRUPÇÃO DESESTRUTURAM A PETROBRÁS, editorial do jornal O Globo

A empresa continua a cortar investimentos, enquanto paga alto preço por ter sido assaltada pelo lulopetismo e servir de base a um projeto estilo 'Brasil Grande'.

A queda vertiginosa da cotação internacional do petróleo força todo o setor, em escala mundial, a rever investimentos, fazer cortes e se desfazer de ativos para colocar dinheiro em caixa. A Petrobras não é exceção. A crise na estatal, porém, é maior do que em outras companhias, porque ocorre no momento mais difícil da história da empresa. Afinal, os efeitos da conjuntura foram potencializados pelas consequências do esquema de corrupção sistemática montado pelo lulopetismo na companhia, para perpetuar um projeto de poder.

Outro fator de desestabilização da empresa foi, também por motivação ideológica, a tentativa de convertê-la no pilar de um programa de substituição de importações nos moldes do "Brasil Grande" da ditadura militar. Aquele projeto fracassou e o do lulopetismo também. O dos militares transferiu bilhões em prejuízos para o Tesouro. O do lulopetismo arrebenta com a estatal, necessitada de um socorro que o Tesouro não tem condições de dar. Calcula-se que ela precisa de um aumento de capital de R$ 100 bilhões, grande parte dos quais seria integralizada pelo Tesouro. Impossível, devido à crise fiscal. E, com a maior dívida empresarial do mundo (meio trilhão de reais), os bancos não se animam a financiá-la. A não ser a taxas muito elevadas. O fato é que, a valer a tradição brasileira, é sempre grande a possibilidade de esta aventura ser mesmo paga pelo contribuinte. Na terça, a empresa anunciou mais um corte no plano de investimentos para até 2019: 25% a menos, ou US$ 32 bilhões, passando de US$ 130,3 bilhões para US$ 98,4 bilhões. Menos investimentos significa produção menor no futuro.

Os estatistas do lulopetismo criaram, ainda, um monopólio estatal na área do pré-sal, a fim de ajudar no programa de substituição de importações. Mas a Petrobras não tem condições financeiras de exercê-lo. E nem o PT e aliados deixam quebrar este monopólio. A Petrobras, então, está imobilizada.

Arrogância e incompetência não permitiram à cúpula da empresa perceber que estava em curso nos Estados Unidos uma revolução tecnológica na retirada de hidrocarboneto de rochas fraturadas. O acompanhamento diário da imprensa especializada teria alertado Planalto e empresa. Os americanos voltaram a ser o maior produtor mundial, e a Arábia Saudita resolveu aumentar a vazão dos poços para não perder mercado e inviabilizar esta nova fronteira de exploração. O resultado é que o barril de petróleo aponta para US$ 20. Junto, inviabiliza também áreas do pré-sal, o "bilhete premiado" tão exaltado por Lula, Dilma e partido. O que a estatal sempre desmente.

Nem um programa de "venda de ativos" - por ironia, a privatização de parte da empresa promovida em um governo petista ?" deslancha, para melhorar o caixa anêmico da estatal. Haveria resistência de fundo ideológico. Só piora o quadro. As cotações reagirão. É sempre assim nos mercados, mas não se sabe o que restará da Petrobras até lá.
Sidnei Luis Reinert
14/01/2016 12:17
Por que marretar Lula e poupar quem não o pune?


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Luiz Inácio Lula da Silva deve se preparar, psicologicamente, para o dissabor de ser tirado da cama bem cedinho pelo agente Newton Ishii - o lendário "Japonês da Federal". Embora o oficialismo jurídico insista que "Lula não é investigado na Lava Jato" (certamente por seu poder nada divino de saber de tudo sobre todos nos quatro poderes), o Grupo Globo (que também sabe de tudo, mas quase sempre informada nada) emitiu ontem um sinal claro de que tem uma cama de gato sendo armada para $talinácio.

O Bom Dia Brasil, o Jornal Hoje, o Jornal Nacional, o Jornal da Globo, quatro telejornais da GloboNews, o jornal impresso O Globo e as diversas emissoras do Sistema Globo de rádio, repetiram, durante o 13 de janeiro, uma mesma "marretada editorial" contra Lula.

vamos aos fatos reais e objetivos que o Grupo Globo (em indesculpável desconhecimento) preferiu "omitir", sem questionar, na marretada que deu no decadente $talinácio: 1) Por que Luiz Inácio Lula da Silva não pode ser investigado como uma pessoa qualquer?; 2) Por que o Procurador Geral Janot arquivou uma ação movida por um investidor da Petrobras que relatava toda a safadeza que o governo federal armou, desde a gestão presidencial de Lula, com Dilma Rousseff na presidência do Conselho de Administração da Petrobras, fechando o capital da Br Distribuidora, para encobrir falcatruas e impedir fiscalizações externas?; 3) Por que o caso Rosemery (lembram dela?) corre em segredinho de Justiça?

Quando as duas perguntinhas forem respondidas, de forma clara e republicana, o Brasil vai, realmente, começar a ser passado a limpo ou lavado a jato de verdade. Por enquanto, um certo rigor seletivo tem encoberto muitos crimes, vários bandidos e, principalmente, o poderoso chefão da organização criminosa (que, se não for o Pai da novela "A Regra do Jogo", deve ser o avô dele).

Até agora, só ficou evidente que Collor e Lula podem ser "Presidentes Gêmeos"... Derrotado por ambos na eleição de 1989, o eterno Leonel de Moura Brizola, recém-promovido a "Herói Nacional" pela Dilma, deve estar rolando em seu túmulo...
Ilhota Querida
14/01/2016 10:02
Parabens ao prefeito Daniel Bosi,
O município de ILhota está virado num verdadeiro canteiro de obras. É obra nas minas, no centro no baú, fora as que ainda estão por vir! Agora estão colhendo os frutos do arduo trabalho nesses tres anos e não oito hahaha!!!
Herculano
14/01/2016 07:23
DE SOLUÇÃO, WAGNER VIROU PROBLEMA PARA DILMA, por
Josias de Souza

O grave problema de nomear ministros duvidosos é o Diário Oficial não aceitar devoluções. Apresentado por Lula como solução para a chefia da Casa Civil, Jaques Wagner tornou-se rapidamente a penúltima dor de cabeça injetada pelo antecessor na conflagrada rotina de Dilma Rousseff.

Há 11 dias, falando aos repórteres Valdo Cruz e Marina Dias, Wagner admitiu, num rasgo de sinceridade, que o PT lambuzou-se no poder. "Quem nunca comeu melado, quando come, se lambuza'', disse, ao comentar os efeitos da Lava Jato. Súbito, a calda espessa do melaço tocou-lhe o bico do sapato.

Governador da Bahia, Wagner importou da diretoria da OAS Manuel Ribeiro Filho. Nomeou-o secretário de Desenvolvimento Urbano do Estado. Pois bem. Na gestão de seu ex-funcionário, a mesma OAS abiscoitou no governo baiano uma obra de R$ 584 milhões, informa o repórter João Pedro Pitombo em notícia desta quinta-feira.

Wagner diz que Ribeiro foi uma escolha "técnica". O ex-diretor da OAS afirma que não interferiu na licitação. Abespinhou-se: "Isso me irrita, porque parece que trabalhar na OAS marca o DNA da gente. Trabalhei lá e não tenho o que esconder no meu currículo.''

A novidade chega nas pegadas da recente divulgação da comunicação eletrônica do dono da OAS, Léo Pinheiro, enrolado na Lava Jato. Nas mensagens, o empreiteiro que, na intimidade, chamava Lula de "Brahma", referiu-se a Wagner como "compositor", aquele que compõe com todo mundo.

Léo Pinheiro tratava com Wagner de negócios baianos e brasilienses. Wagner pedia ao interlocutor verbas para campanhas eleitorais. Como se fosse pouco, o novo chefe da velha Casa Civil foi abolroado pela delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Em depoimento à força-tarefa da Lava Jato, Cerveró disse ter endereçado propina para campanha de Wagner ao governo baiano, em 2006. Num instante em que articula a rejeição do pedido de impeachment contra Dilma na Câmara, o ministro tornou-se potencial protagonista de um inquérito esperando para acontecer.

Dilma relutou em atender às ponderações de Lula. Para transferir Wagner da pasta da Defesa para o coração do Planalto, a presidente expurgou da Casa Civil aquele que considerava seu mais fiel auxiliar, Aloizio Mercandante. Devolveu-o ao Ministério da Educação.

Mercadante também foi alvejado por um delator. Coordenador do cartel que pilhou a Petrobras, Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, disse ter repassado ao escudeiro de Dilma R$ 500 mil para a campanha de governador de São Paulo, em 2010 ?"R$ 250 mil no oficial e R$ 250 mil no caixa dois. Mas o processo contra Mercadante saiu do escaninho da Lava Jato.

No STF, o inquérito que trata dos repasses a Mercadante migrou da mesa de Teori Zavascki, relator do escândalo da Petrobras, para a escrivaninha do ministro Celso de Mello. Nas profundezas de sua alma, Dilma deve maldizer Lula, lamentando a troca de um problema por outro maior. O diabo é que governar é a arte de desenhar sem borracha. E o Diário Oficial não aceita devoluções
Almir ILHOTA
14/01/2016 07:21
BOMBOU.

Quem tem acesso as redes sociais, poderá conferir o que apenas meia dúzia de fotos, das condições precárias, para não dizer horríveis das estradas vicinais de ILHOTA, postadas pelo vereador Roberto Prebianca em sua página no facebook, puderam retratar o quanto nossos munícipes, em especial o querido povo dos baús, pensa em relação ao governo Daniel Bosi, das dezenas de comentários contra essa gestão apena três pessoas ousaram defender, porem receberam tantas criticas que se calaram. É o povo em sua sabedoria se manifestando, e desmascarando aqueles que para se eleger mentiram descaradamente para a população e agora colhem os frutos.
Herculano
14/01/2016 07:20
SUSPEITA É QUE DELCIDIO AGIU A MANDO DE LULA, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Uma das hipóteses ainda não descartadas, na investigação do crime de obstrução de Justiça, pelo qual o senador Delcídio Amaral (PT-MS) foi preso, é que o líder do governo Dilma no Senado pode ter agido a mando do ex-presidente Lula, na tentativa de silenciar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que negociava acordo de delação premiada na Lava Jato. A informação é de fonte com acesso às acusações.

Interesse de Lula

O silêncio de Nestor Cerveró não interessava apenas a Delcídio, como revela o depoimento do ex-diretor implicando Lula na gatunagem.

Neolulista

Falastrão, Delcídio exagerava sobre sua ligação a Lula e ao Planalto. Mas isso mudou quando ele virou líder do governo Dilma no Senado.

Suspeita reforçada

Delcídio marcara sua reunião semanal com Lula para o dia seguinte à prisão, reforçando a suspeita de que agia a mando do ex-presidente.

O prêmio de Lula

Lula não queria Cerveró contando que sua diretoria na BR Distribuidora foi um prêmio pela negociata que fez com Bumlai e o Grupo Schahin.

EMPREITEIRA AMIGA DE LULA PAGOU CARO A PALOCCI

A empreiteira WTorre que, segundo o delator Nestor Cerveró, foi favorecida por Lula, é de Walter Torre, empreiteiro que admitiu na CPI da Petrobras ter contratado o ex-ministro da Fazenda de Lula, Antonio Palocci, para fazer 13 palestras durante o governo, a R$ 20 mil cada. Torre admitiu à CPI que Palocci "fez exclusivamente palestras para nós" entre 2007 e 2008. No total o ex-ministro de Lula levou R$ 250 mil.

Diz o delator

Lula 'indicou' a WTorre para construir um prédio de R$ 1,2 bilhão, que depois seria alugado pela Petrobras por R$ 100 milhões/ano até 2029.

Íntimos

Outro contratado à época da crise mundial para dar palestras à WTorre é Luiz Gonzaga Belluzzo, consultor pessoal de Lula durante o governo.

Tudo em 'famiglia'

Beluzzo, tratado por Lula como "querido companheiro", depois virou presidente do Palmeiras, cujo estádio foi construído pela? WTorre.

Dor de cabeça

O Planalto entrou em alerta com a delação de Nestor Cerveró que finalmente cita Dilma. O governo nem encontrou alternativa para a crise econômica e terá de lidar com a nova munição para o impeachment.

Injeção de ânimo

A delação de Nestor Cerveró deixou a oposição assanhada. "Aumenta a temperatura na Câmara e na sociedade", diz o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE). A oposição busca forma de levar o povo às ruas.

Clima de desconfiança

Dilma não esconde o incômodo com a eleição da liderança da bancada peemedebista na Câmara. Ela pretende ceder outro ministério ao partido, mas já não confia no poder do líder Leonardo Picciani.

Sensação de impunidade

As estatísticas de deferimento de liberdade provisória no DF, após a implantação da audiência de custódia, fazem a alegria dos acusados: os 24% de outubro saltaram para 42% em dezembro. Nos 9 primeiros dias de janeiro, 50%. Cresce também a sensação de impunidade, claro.

Pólo exportou mais

O pólo industrial de Manaus faturou R$ 72,7 bilhões entre janeiro e novembro de 2015, numa queda de 9,6% em relação a 2014. Mas as exportações no mesmo período, de R$1,92 bilhão, aumentaram 23,1%.

Mico à brasileira

Em matéria sobre a crise migratória europeia, a revista The Economist classifica como "menos plausível que outras" a ideia do Brasil de criar "muro virtual", vigiado por drones, nas fronteiras de Bolívia e Paraguai.

Muito prazer

Depois de Portugal, o livro "Muito prazer, eu sou a morte", do jornalista Jorge Oliveira, começa por Alagoas o lançamento nacional da segunda edição. Será nesta quinta-feira (14), em Maceió.

Ninguém merece

O deputado Cabuçu Borges (PMDB-AP) pretende aumentar os gastos públicos criando uma "Voz do Brasil" na TV. E Sílvio Costa (PTdoB-PE) defende que todo site ou blog exija nome e CPF nos comentários.

De galocha

O apelido do traficante mexicano "El Chapo", preso há dias, fez lembrar a expressão utilizada por Dilma para se referir ex-senador Eduardo Suplicy, a quem se recusa a receber: "O Chato".
Herculano
14/01/2016 07:11
FINALMENTE ELE TREMEU E PERCEBEU QUE NÃO ESTÁ IMUNE NESTE MAR DE LAMA QUE CRIOU OU AMPAROU PARA SER PODER ETERNAMENTE COM O SEU BANDO. CITADO NAS INVESIGAÇÕES, LULA REFORÇA SUA EQUIPE DE DEFESA

Conteúdo do jornal Folha de S. Paulo. Texto de Marina Dias, da sucursal de Brasília. Com o aperto do cerco de investigações em várias frentes sobre si e seus familiares, em especial nas operações Lava Jato e Zelotes, o ex-presidente Lula decidiu reforçar sua defesa: contratou o criminalista Nilo Batista para seu time de advogados.

Nas palavras de aliados, Lula "tomou consciência de que algo mais grave pode acontecer". Nesta semana, por exemplo, veio à tona que o delator Nestor Cerveró o citou diretamente em um negócio investigado na Lava Jato.

Até aqui, Lula vinha adotando a tática de mostrar-se como perseguido por setores do Judiciário e pela imprensa, os quais, na sua retórica, querem minar eventual nova candidatura dele à Presidência.

O petista não abandonará o discurso, mas chamou Batista para adensar tecnicamente sua defesa nos casos em que vem sendo citado.

Nilo Batista foi governador do Rio de Janeiro em 1994 ?"era vice de Leonel Brizola (PDT) quando o pedetista se afastou do cargo para concorrer à Presidência?" e é considerado um dos principais criminalistas do Estado.

Em 2003, Lula cogitou convidá-lo para assumir uma vaga no Supremo Tribunal Federal, mas acabou optando por Cezar Peluso, por sugestão do então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos.

À Folha, Batista disse que está trabalhando de graça para Lula. Especula-se que os honorários dos advogados da Lava Jato variem entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, mas alguns figurões chegam a cobrar R$ 15 milhões pelo trabalho.

Segundo Batista, sua estratégia será "mostrar movimentos processuais e as hipóteses fantasiosas" utilizadas para "criminalizar" o petista.

"Há um esforço para a criminalização do ex-presidente", disse o advogado, que preferiu não atribuir a prática a nenhuma pessoa ou órgão. "Não quero fulanizar."

Integrantes da cúpula do PT, por sua vez, reconhecem que recorrer a um criminalista experiente foi uma maneira de tentar evitar "o ambiente criado para a prisão de Lula" que identificam.

Auxiliares da presidente Dilma Rousseff também comemoraram a decisão, vista por eles como a profissionalização da defesa do petista, ainda tido no Planalto como principal fiador do governo.

SUGESTÃO

A contratação de Batista, que se junta aos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, foi sugestão do deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), amigo de Lula e que tem coordenado as iniciativas jurídicas do PT, no Congresso, em defesa do governo.

A primeira atuação do criminalista no caso foi acompanhar o depoimento que Lula deu à Polícia Federal na quarta-feira (6), em um inquérito da Operação Zelotes.

O que mais preocupa o ex-presidente é a citação a seu filho caçula, Luis Cláudio Lula da Silva, dono da LFT Marketing. Segundo a investigação, a empresa recebeu R$ 2,4 milhões do escritório Marcondes & Mautoni, que fazia lobby para empresas automotivas.

Lula não é acusado em nenhum dos processos em que seu nome aparece. Mas é investigado pela Procuradoria da República no Distrito Federal sob suspeita de favorecer a Odebrecht, que pagou palestras e viagens do petista a países onde fez obras financiadas pelo BNDES.

Na Lava Jato, Cerveró disse que foi indicado por Lula para cargo na BR Distribuidora em reconhecimento pela contratação da Schahin Engenharia. O negócio, segundo Cerveró, serviu para quitar empréstimo de R$ 12 milhões, no Banco Schahin, que saldou dívidas do PT.

Lula nega a versão, afirma que nunca tratou "com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT" e que Cerveró foi indicado pelo PMDB.
Herculano
14/01/2016 07:01
NÃO EXISTEM "ADEPTOS DA TÁTICA BLACK BLOC". EXISTE UMA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA E CRIMINOSOS, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Saiba quem é aquele rapaz que aparece posando de mártir, com o rosto ensanguentado, nas capas dos jornais e nos portais

Setores da imprensa brasileira me irritam até mais do que os black blocs. Sabem por quê? Os justificadores de crimes e criminosos se igualam intelectualmente aos delinquentes, mas são protegidos por sua pusilanimidade. Os bandidos mascarados, vá lá, têm ao menos uma virtude, mas posta a serviço do mal: a coragem. Já os black blocs dos teclados e dos microfones, bem, esses aliam o conforto da covardia ao delito moral.

Em que democracia do mundo, me digam, há a licença para sair por aí quebrando, depredando e incendiando em nome de uma causa? Em que democracia do mundo, manifestantes avançam contra uma linha policial, agredindo os que detêm o monopólio legal do uso da força, sem que os agressores arquem pesadamente com as consequências?

Às esquerdas perturbadas - derrotadas pela economia, pelos fatos, pela matemática e pela ciência ?", não restou mais nada além das invectivas gratuitas contra "as forças da repressão", pouco importando se tais forças servem, como já serviram, a um regime discricionário ou, como é o caso hoje em dia, ao regime democrático.

Há plena liberdade de opinião e de manifestação no Brasil. A primeira só não é mais livre porque a patrulha politicamente correta, exercida pelas milícias de opinião de esquerda, não deixa. No caso da segunda, não se tome a liberdade por licença para transgredir as leis acolhidas pela Constituição democrática e os princípios básicos que organizam a vida civilizada.

Eu me sinto enojado a cada vez que leio na imprensa a expressão "adeptos da tática black bloc". Que diabo é isso? "Tática" de quê? Não estou comparando, mas levando o argumento ao limite para que se desnude a farsa: como seriam chamados hoje em dia os nazistas? "Adeptos da tática do extermínio de judeus"? Como chamaremos o Estado Islâmico? "Adeptos da Tática de Extermínio do Inimigo"?

Estamos falando de criminosos. Estamos falando de bandidos. Se os "adeptos da tática PCC" pertencem a uma organização criminosa, os ditos "adeptos da tática black bloc" pertencem a quê? Então não há na sua atuação uma preparação, uma logística, uma urdidura, uma, enfim, "organização"?

Leio no Parágrafo 1º do Artigo 1º da Lei 12.850, que define organização criminosa, o seguinte:
"Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que sejam de caráter transnacional."

Ora, isso não compreende as ações dos black blocs? Parece que sim! Mas que não se pare por aí. Todos os indícios apontam para a cooperação clara, escancarada, evidente entre o Movimento Passe Livre e os bandidos mascarados.

Alexandre Moraes, secretário de Segurança, afirmou que os black blocs detidos nas manifestações serão acusados de organização criminosa. É o mínimo, não?

Finalmente, arremato com uma informação importante, para que saibamos como são feitas as salsichas da mistificação. As capas de jornais desta quarta estamparam a foto de um rapaz com o rosto ensanguentado. Trata-se de Éber Carlos Veloso. Sim, claro, deve-se apurar se houve excesso policial, sempre! Segue uma minibiografia do rapaz:
- é filiado ao PSTU. Até aí, vá lá;
- é segurança do Metrô e está de licença médica, considerado inapto para o trabalho. Epa! Mas está apto para promover baderna? Sigamos:
- recebe sem trabalhar desde julho de 2015. Já sabemos como usa seu tempo livre;
- como segurança do Metrô, ainda que de licença, tem passe livre nos trilhos;
- como destaque em sua página do Facebook, Éber celebra homicidas como os do grupo terrorista Baader-Meinhof.

Cai o pano.
Herculano
14/01/2016 06:56
REGRAS BÁSICAS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

A volta dos legítimos protestos contra o inescapável aumento das tarifas de ônibus e metrô em diferentes cidades, aos quais se associam as cenas de vandalismo mascarado e truculência policial, impõe que se desfaça uma confusão.

Os manifestantes têm toda a razão ao denunciar o inaceitável abuso das forças de segurança, não somente quando estas lançam mão de violência contra a população que deveriam proteger mas também quando sua ação coíbe o livre exercício de garantias constitucionais ?"como ocorreu na terça-feira (12), em São Paulo.

Mas a Constituição não se limita a garantir a todos o direito de se reunir "pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização"; o mesmo inciso XVI do artigo 5º estabelece a exigência de "prévio aviso à autoridade competente".

A determinação, descumprida de forma deliberada e reiterada pelo Movimento Passe Livre (MPL), atende a propósitos bastante sensatos. Trata-se de evitar que um ato frustre outro convocado anteriormente para o mesmo local e de possibilitar que as autoridades adotem as providências cabíveis.

Como tem lembrado Alexandre de Moraes, secretário da Segurança Pública de São Paulo, é esse aviso prévio que permite ao poder público reorientar o trânsito e transferir linhas de ônibus para outras vias, a fim de minimizar o transtorno imposto aos demais cidadãos.

Permite, além disso, que o governo planeje a presença policial, dispondo suas tropas em locais estratégicos para a manutenção da ordem pública ?"algo particularmente importante nos protestos do MPL, dado seu histórico de tolerância com os arruaceiros intitulados "black blocs".

Se Moraes acerta ao cobrar dos manifestantes o respeito a essa exigência constitucional, erra ao esperar que todos acreditem quando diz ter recebido "só elogios à atuação da polícia" na terça-feira.

As forças de segurança fizeram mais que reprimir a ação dos vândalos. Cercando as pessoas que se aglomeravam na avenida Paulista e, de modo indiscriminado, disparando bombas de gás lacrimogêneo antes mesmo de a passeata começar, impediram a própria realização do protesto ?"em flagrante afronta à Constituição, portanto.

Já não era pouco, mas o exagero continuou quando a multidão se dispersou. Policiais caçaram como bandidos manifestantes que não se confundiam com os "black blocs" e desferiram golpes de cassetete mesmo contra quem não se predispunha para o confronto.

Em suma, a Polícia Militar, que no mais das vezes oscila entre a omissão diante do quebra-quebra e o abuso de força contra cidadãos, volta a exibir seu despreparo.

O MPL, por sua vez, ao omitir o trajeto das passeatas e fechar os olhos para os mascarados, insiste no tumulto como estratégia de divulgação de suas bandeiras.

Ambos os lados desrespeitaram regras básicas de convivência democrática ?"e é ocioso discutir quem o fez primeiro.
Roberto Sombrio
13/01/2016 22:43
Oi, Herculano.

"A expectativa é que as obras devam ser retomadas até o final de fevereiro e o início de março. Na próxima semana deve ocorrer uma nova rodada de reunião para assinar os novos termos do aditivo com o objetivo da realização do pagamento para empresa responsável", declarou o prefeito Pedro Celso Zuchi.
Os gasparenses esperam a muito pela conclusão da ponte. Só o tal "viaduto" ficou pronto, por ser uma obra meia boca. Ainda que o prefeito Pedro Celso Zuchi consiga inaugurar a Ponte do Vale, esta será também uma obra meia boca com uma rotatória ridícula na margem direita e sem as alças de acesso na margem esquerda. Será uma simples ponte que demonstrará para sempre a falta de visão no futuro. Quem não sabe para que serve uma enxada, só admira a beleza do cabo.

Esse é o grande defeito do PT. Não tem qualquer visão de futuro e isso é típico de ladrão. Ladrão só vê o que pode roubar hoje. É oportunista. Amanhã é outro dia e terá outra vítima a disposição.
O Lula, fundador do PT, tem mesmo cara de Homem de Nearderthal, que oportunista, comia no dia que caçava e buscava outra vitima quando a fome assim o exigia.
Herculano
13/01/2016 21:37
DIREITO DA FURB COM O AVAL DA OAB

Entre os 139 cursos de Direito no Brasil que ganharam o selo de qualidade da OAB, o único do Vale do Itajaí, é o da Furb.

Em Florianópolis, a Federal e o Cesusc; em Joinville, a Univille; em Orleans, a Unibave; em Tubarão, a Unisul; e em Xanxerê, a Unoesc. E deu.
Herculano
13/01/2016 21:16
LULA DOOU A BR DISTRIBUIDORA AO MESMO COLLOR QUE ACUSOU DE LADRÃO E DÉBIL MENTAL, por Augusto Nunes, de Veja

Parte 1

Em 1993, pouco depois do impeachment de Fernando Collor, o radialista Milton Neves quis saber o que Lula achava do adversário escorraçado do gabinete presidencial por ter feito o que a seita petista faria anos depois em escala industrial. "Você tem pena de Fernando Affonso Collor de Mello?", pergunta o entrevistador no começo do áudio hoje transformado numa peça essencial para os estudiosos da Era da Canalhice.

"Tenho. Não é que eu tenho pena. Como ser humano eu acho que uma pessoa que teve uma oportunidade que aquele cidadão teve de fazer alguma coisa de bem para o Brasil, um homem que tinha respaldo da grande maioria do povo brasileiro, ou seja? e, ao invés de construir um governo, construir uma quadrilha como ele construiu, me dá pena, porque deve haver qualquer sintoma de debilidade no funcionamento do cérebro do Collor.
Efetivamente eu fico com pena, porque eu acho que o povo brasileiro esperava que essa pessoa pudesse pelo menos conduzir o país, se não a uma solução definitiva, pelo menos a indícios de soluções para os velhos problemas que nós vivemos.
Lamentavelmente a ganância, a vontade de roubar, a vontade de praticar corrupção, fez com que o Collor jogasse o sonho de milhões e milhões de brasileiros por terra.
Mas de qualquer forma eu acho que foi uma grande lição que o povo brasileiro aprendeu e eu espero que o povo brasileiro, em outras eleições, escolha pessoas que pelo menos eles conheçam o passado político".

O chefão do PT vinha rascunhando o diagnóstico desde a campanha presidencial de 1989, quando acusou de "corrupto" o inimigo que acabaria por derrotá-lo nas urnas. "Isso é uma tremenda maracutaia", berrou Lula no ano seguinte, ao saber que o presidente da República tentara favorecer um empresário amigo com dinheiro desviado da Petrobras. A negociata gorou, mas logo se constatou que havia ali um caso sem cura. Enquanto Fernando Collor percorria o atalho que o devolveria à planície, Lula seguia tateando a estrada certa para o Planalto.

Finalmente vitorioso em 2002, ele chegou lá em 2003. Quatro anos mais tarde, o homem despejado da Presidência por ter desonrado o cargo voltou à Praça dos Três Poderes, agora como senador por Alagoas filiado ao PTB. Em 2009, os antagonistas que viviam trocando chumbo passaram a trocar elogios que pavimentaram o caminho da reconciliação. Logo descobriram que haviam nascido um para o outro. Viraram amigos de infância. Além de comparsas, confirmam descobertas recentes da Operação Lava Jato.
Herculano
13/01/2016 21:16
LULA DOOU A BR DISTRIBUIDORA AO MESMO COLLOR QUE ACUSOU DE LADRÃO E DÉBIL MENTAL, por Augusto Nunes, de Veja

Parte 2

Aparentemente impossível, a parceria nada tem de ilógica. Vista de perto, a dupla tem almas gêmeas. Escancarado pela grossura explícita, o primitivismo de Lula aparece claramente por trás do falso refinamento de Collor. Escancarado pela arrogância de oligarca, o autoritarismo de Collor é perfeitamente visível por trás do paternalismo populista de Lula. Os dois são, em sua essência, primitivos e autoritários. Ambos também acham que os fins justificam os meios. E, como atestam revelações recentes, acham que demonstrações de amizade devem incluir barganhas extraordinariamente lucrativas - tudo por conta dos pagadores de impostos.

Já em 2009, Lula expressou seu contentamento com a conversão de Collor: premiou a "lealdade" do representante de Alagoas com duas diretorias da BR Distribuidora, uma das mais cobiçadas subsidiárias da Petrobras. Em dezembro de 2014, na denúncia enviada ao STF contra o deputado Vander Loubert (PTB-AL), o procurador-geral Rodrigo Janot resumiu a bandalheira no trecho abaixo reproduzido:

"Após o fim do período de suspensão de direitos políticos, Fernando Affonso Collor de Mello retornou à vida pública. Na condição de senador pelo Partido Trabalhista Brasileiro do Estado de Alagoas (PTB-AL), por volta do ano de 2009, em troca de apoio político à base governista no Congresso Nacional, obteve do então Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, ascendência sobre a Petrobras Distribuidora- BR Distribuidora".

Quando Dilma Rousseff assumiu a chefia do governo, o padrinho já havia doado ao senador quase todo o latifúndio ?"? uns poucos lotes foram reservados ao PT. Como sempre, o poste escorou o serviço sujo do fabricante. No depoimento prestado em dezembro à Procuradoria Geral da República, Nestor Cerveró, um dos pajés do Petrolão, confirmou que a afilhada endossou a obscenidade: "Fernando Collor de Mello disse que havia falado com a Presidente da República, Dilma Rousseff, a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor de Mello a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora", revelou Cerveró.

As escavações nessas promissoras catacumbas estão ainda em seu começo. Vem muito mais por aí. O que já se sabe é suficiente, contudo, para reiterar r que o Brasil, como ensinou Tom Jobim, não é mesmo para amadores. No tempo dos tiroteios entre Lula e Collor, o país inteiro apostou que os dois pistoleiros jamais seriam vistos do mesmo lado. Acabaram juntos para sempre no saloon do Petrolão.
Herculano
13/01/2016 20:04
QUEM É LEITOR E LEITORA DESTA COLUNA JÁ SABIA QUE AS OBRAS DA PONTE DO VALE NÃO RECOMEÇARIAM ESTA SEMANA OU NA SEMANA QUE VEM. A MENTIRA TEM PERNAS CURTAS. ACORDA, GASPAR!

O PT do deputado Décio Neri e da deputada Ana Paula Lima, assim como o prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, zombaram mais uma vez da cidade e seus cidadãos. Usaram mais uma vez a imprensa. O castelo de areia começa a ruir.

Desde julho do ano passado (mas esta enganação vem há mais de dois ano), semana sim, outra semana também, os políticos do PT de Blumenau, Itajaí, Brasília e Gaspar ocupam as manchetes da imprensa local (e regional, a alienada)para anunciar a vinda de verbas ou o recomeço das obras da Ponte do Vale.

E a imprensa abre espaços, sem qualquer questionamento, ou mesmo olhar números e o que está na cara de todos.

Pois nesta semana, mais uma vez, o PT familiar de Blumenau e Itajaí que manda no PT de Gaspar, também familiar, esteve aqui. E o que fez o deputado Décio Neri de Lima? Troça com a cidade, dos jornalistas e dos radialistas.

Foi na solenidade em que se assinou um papelinho para implantar o esgoto sanitário que não se sabe quando começará e de onde e quando virão as verbas Federais a fundo perdido.

No circo travestido de solenidade séria, garantiu-se que a obra da ponte do Vale recomeçaria até esta sexta-feira. Como a prefeitura e o prefeito estão de férias, como foi surpreendido com a notícia dada de supetão e sem combinar a armação. Então, o próprio Décio mitigou a lorota e disse que ela recomeçaria em no máximo em dez dias, ou seja, na próxima segunda-feira.

Só aumento o descrédito. Só estabeleceu na irresponsabilidade e que foi consagrada hoje, como anunciei que seria. E por que? Simplesmente o Brasil do PT está quebrado, não há verbas para investimentos e esta história de Gaspar é torta desde o seu início.

Retomo. Hoje houve uma "reunião" do prefeito Pedro Celso Zuchi com representantes da empreiteira, a mineira Artepa Martins. Sabe o que aconteceu? O prefeito ocupou espaços na imprensa para dizer que a obra talvez recomece em fevereiro ou março. Como sempre disse: talvez recomece em julho, em agosto, em outubro, neste final de ano, em janeiro. Agora, em fevereiro ou março... É uma coleção de manchetes e enganações aos gasparenses e aos Vale do Itajaí.

Qual a dificuldade de falar a verdade, compartilhar com a comunidade intempéries da má gestão e da má vontade de Brasília?

Quem é leitor e leitora deste espaço, sabe desde há dois anos, o que pega neste assunto e a enganação que há por detrás de tudo isso. Não me abati com a pressão, vingança e constrangimentos.

Agora, não dá mais para esconder o que todos já sabem e faz anos, lendo esta coluna. Uma obra que foi licitada por R$42 milhões, e só recebeu R$19,5 milhões do governo federal, faltam então outros quase R$23 milhões que era a contrapartida prometida por Zuchi na licitação, mas jogou para Brasília fazer o pagamento no lugar dele. Já mostrei este documento.

Ora, se faltam no mínimo R$23 milhões e não superdimensionada, não é possível termina-la com R$14,7 milhões que foi para outro lugar no Nordeste, nem com R$7 milhões, R$5 milhões e até R2 milhões que viraram os R$14,7 milhões como estão anunciando.

Só em atrasos, medidos os valores superam esta merreca da enganação. Mais. Se a obra está atrasada, ela custará mais; se a obra parou, para reativar custará mais; se há inflação sem controle da Dilma, a ponte custará mais. E isto terá que ser acertado com a empreiteria, que não é boba e não fabrica dinheiro para político fanfarrão atrás de votos fáceis com discursos sem nexo como o que se faz em Gaspar. Parte da imprensa ainda acredita nos políticos espertos.

Agora, a prefeitura e o PT falam em aditivos ao contrato, fato que sempre negaram, apesar de conhecerem o assunto melhor do que a absoluta maioria da população que sustenta esta farra com os pesados impostos.

Estava na cara. Sempre negaram à realidade e o que se informou nesta coluna. Agora, são obrigados, mais uma vez, a passar recibo de credibilidade para a coluna que praguejam. Tolinhos. Estão acostumados a lideram com mansos, gente comprada, gente precisada, ignorantes, analfabetos, desinformados e fanáticos. Então chupam, que é de uva. Esta é uma das razões pela qual esta coluna é a mais acessada no portal do jornal Cruzeiro do Vale. Acorda, Gaspar!
Mariazinha Beata
13/01/2016 18:23
Seu Herculano;

Falta muito para 6ª feira?
É que muda a coluna. Estou cansada de olhar esta foto desagradável de políticos mentirosos.
Bye, bye!
Morador do Entorno do Morro do Parapente
13/01/2016 16:21

Recado ao Clube Parapente do Vale:

Nós morados do entorno do Morro da Cruz ou Morro do Parapente solicitamos que não seja mais colocado macadame no acesso a rampa de decolagem.
Esse tipo de macadame tem muito barro e areia e contaminou a água que captamos na nascente do morro.
Se querem ter fácil acesso ao topo do morro então coloquem concreto e não esse tipo de material que contaminou as nossas águas.

Assim como vocês querem ser respeitados, respeitem os moradores da região e não cometam crime ambiental em nome do esporte.
Digite 13, delete
13/01/2016 13:57
Oi, Herculano;

"A Standard & Poor's rebaixou o rating da varejista Magazine Luiza de 'brAA-' para 'brA+' e alterou a perspectiva de estável para negativa.

Segundo o Valor, 'a decisão acompanha a significativa deterioração do ambiente macroeconômico brasileiro'.

Quem sabe, com a falência, a Dona Maria Luiza Trajano consiga ser a Ministra da Dona Tonta, como já cansou de se oferecer.
Não gosto de mulher oferecida ...
Erva Daninha
13/01/2016 13:46
Olá, Herculano;

Do blog do Políbio:
"O Cinismo é Impressionante" - artigo do advogado gaúcho Marcelo Aiquel

"O Brasil vive um cenário de hipocrisia e cinismo "nunca antes visto na história desta terra", como diria ?" do alto da sua iletrada sabedoria ?" o profeta de Caetés/PE, o dr. honoris causa que, coincidentemente, não ministrou mais NENHUMA palestra após estourar o escândalo das empreiteiras. Que eram as fontes pagadoras das bazófias do molusco do mal.


Por que será ? Se você se enquadra entre os admiradores do líder do PT, já se perguntou isso?


Nenhuma palestra proferida. E o sujeito dava várias por mês. Em outros países inclusive, mesmo que não saiba sequer comunicar-se decentemente no seu próprio idioma.

O que explicaria o fim deste fenômeno, senão a descoberta das justificativas que recebem desculpas recheadas de cinismo e hipocrisia?

Outro dia escrevi, e vou repetir (em negrito):

'Nem todo imbecil é hipócrita. Mas todo hipócrita é um imbecil.'

O mesmo serve para os cínicos. Inclusive os de plantão nas redações dos jornais. E também (especialmente para) os da classe intelectual da nação!"

É que a maioria dos lavadores de dinheiro estão presos. Não dá para contratar na cadeia as piadas de boteco do bufão de Garanhuns.
Rato!
Paty Farias
13/01/2016 13:24
Oi, Herculano,

Reinaldo Azevedo chama a Dilma de Dona Doida às 07:27 hs.

Tudo que for adjetivo pejorativo para esta Sapa com cara de Satanás, lhe cai bem.

Para os comunas, a Anta é uma diva e, receberá estátua em praça pública. Nesse dia, gostaria de ser um pombo.
Ana Amélia que não é Lemos
13/01/2016 13:12
Sr. Herculano:

"Cada país tem o Marlon Brando que merece" - Augusto Nunes

O Marlon Brando tupiniquim é um ladrão.
Com toda a grana roubada continua com um jeito pinguço de beira de estrada.
Os filhos com cara de flanelinha de porta de um estádio de futebol e a neta com cara de ...
Bom, deixa pra lá!

Herculano
13/01/2016 13:10
ESTOU, MAIS UMA VEZ DE ALMA LAVADA. PARA RECOMEÇAR AS OBRAS DA PONTE DO VALE, SERÁ PRECISO ANTES DICUTIR UM ADITIVO PARA SE TER GARANTIAS DO PAGAMENTO DOS CUSTOS DA PARALISAÇÃO PROVOCADA POR FALTA DE RECURSOS.

QUANDO ESCREVI ISTO AQUI, VÁRIAS VEZES, MUITAS OUTRAS VEZES FUI DESMENTIDO PELO PREFEITO PEDRO CELSO ZUCHI NAS DIVERSDAS ENTREVISTAS ARRANJADAS E PELO PRESIDENTE DO PT, JOSÉ AMARILDO RAMPELOTTI NOS DISCURSOS DE CONSTRANGIMENTO QUE FEZ CÂMARA

CONFIRA O QUE O PROPRIO PREFEITO FALOU ONTEM E O PORTAL DO CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, MAIS ATUALIZADO, O MAIS ACESSADO E DE MAIOR CREDIBILIDADE PUBLICOU SOBRE TUDO ISTO. ACORDA, GASPAR!


"A Caixa Econômica Federal precisa estar de concordância com os termos do aditivo contratual, pois a lei atual garante à empresa prestadora de serviço um valor corrigido do contrato devido à paralisação da obra. Estamos lutando para vencer esta burocracia e reiniciar as obras o quanto antes", declara o prefeito Pedro Celso Zuchi.
Mariazinha Beata
13/01/2016 13:01
Seu Herculano;

No editorial do Estadão, "Lula ficou chocado com as revelações de Cerveró".

Chocada estou eu, ao perder completamente a ilusão de que haja alguém íntegro, que realmente deseje transformar o País no que sua população almeja, através dos altos impostos pagos a saúde, educação e segurança de primeiríssimo mundo.

Mas só quem usufrui das coisas de primeiro mundo são os envolvidos em corrupção e seus familiares.
As pessoas que vivem do seu trabalho mal podem proporcionar dez dias de férias numa cidadezinha do interior.
Políticos Malditos!
Bye, bye!
Sidnei Luis Reinert
13/01/2016 12:44
Brasil país da piada pronta:

- Okamotto, braço direito do Luladrão diz que não conhece Cerveró;

-Projeto do deputado Heráclito Fortes(PSB-PI) torna os ventos patrimônio da união.Logo criarão a ventobrás!

-Petróleo na casa dos U$ 20.00? e temos a gasolina e diesel mais caros do mundo;

BRASIL UM PAÍS RICO E AVACALHADO
herculano
13/01/2016 12:25
PMDB SE MOVE COMO SE NÃO EXISTISSE LAVA JATO, por Josias de Souza

Parte 1

No meio de tantas investigações, delações e desmoralizações, o PMDB ilustra, de forma paradigmática, o estágio a que chegou a política brasileira. O partido está em ebulição. Prepara-se para uma convenção nacional que definirá quem serão seus dirigentes a partir de março. E articula a escolha do líder que indicará na Câmara os representantes da legenda na comissão incumbida de analisar o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, depois do Carnaval. No comando das maquinações estão caciques investigados, delatados e desmoralizados. O PMDB se move como se não houvesse Operação Lava Jato.

Nesta terça-feira, o vice-presidente Michel Temer reuniu-se com o presidente da Câmara, o notório deputado Eduardo Cunha. Os dois dividiram a mesa do almoço. "Eu falo com Michel Temer toda semana", desconversou Cunha ao ser confrontado com a curiosidade dos repórteres. Espanto!

Ao voltar das férias, nos primeiros dias de fevereiro, os ministros do Supremo Tribunal Federal terão de analisar uma petição do procurador-geral da República Rodrigo Janot. Na peça, o chefe do Ministério Público Federal pede o "afastamento cautelar" de Cunha do comando da Câmara. Acusa-o de utilizar o cargo para atrapalhar investigações e constranger o Conselho de Ética da Casa.

Relator da Lava Jato no STF, o ministro Teori Zavascki poderia decidir sozinho, monocraticamente, sobre o pedido de Janot. Mas ele sinaliza a intenção de levar o caso ao plenário da Corte, dividindo o abacaxi com os outros dez ministros. Respira-se no Supremo uma atmosfera de aversão a Cunha. Não são negligenciáveis as chances de atendimento à demanda do procurador-geral.

A despeito de todas as certezas que assediam Cunha e da incerteza quanto à sua permanência na presidência da Câmara, Temer continua conversando com o deputado "toda semana". Por quê? A resposta é tragicamente simples: embora ninguém tenha a menor dúvida de que Eduardo é mesmo o Cunha que as evidências denunciam, o vice-presidente da República não pode se dar ao luxo de excluir a imoralidade de suas articulações.

Paradoxalmente, o poder de Cunha na Câmara e no PMDB é evidenciado diariamente por sua capacidade de sobrevivência. E Temer utiliza-o como contraponto ao poderio exibido pelo presidente do Senado, o também notório senador Renan Calheiros. Temer almoça com Cunha porque Renan trama jantar-lhe o fígado, afastando-o da presidência do PMDB na convenção de março. Assombro!

Assim como Cunha, Renan está envolvido na Lava Jato até as raízes de seus cabelos implantados. Na penúltima complicação, o senador foi mencionado na delação premiada de Nestor Cerveró. O ex-diretor da Petrobras disse ter conversado diretamente com o todo-poderoso do Senado sobre jabaculês. Disse que, numa conversa ocorrida em 2012, já sob Dilma, Renan "reclamou da falta de repasse de propina.''

Cerveró disse ter sido chamado ao gabinete de Renan. Pressionado, alegou que não estava conseguindo coletar propinas na diretoria financeira da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Em reação, Renan respondeu que deixaria de prestar-lhe "apoio político". Investigado em seis inquéritos da Lava Jato, sempre sob a acuação de recebimento de propinas, Renan nega, como de hábito, a acusação. Em depoimento à PF, o senador já havia reconhecido que esteve "duas ou três vezes'' com Cerveró. Para quê? Apenas para tratar de assuntos "institucionais''.
herculano
13/01/2016 12:23
PMDB SE MOVE COMO SE NÃO EXISTISSE LAVA JATO, por Josias de Souza

Parte 2

Protegido pelo silêncio da banda muda do Senado e do seu PMDB, Renan desafia o senso comum. Seu poder político aumenta na proporção direta do derretimento do prestígio de Dilma. Ao fixar o rito de julgamento do impeachment, atribuindo ao Senado poderes para arquivar um processo eventualmente aberto pela Câmara, o STF transformou Renan em heroi da resistência do governo petista.

Vitaminado, Renan animou-se a comprar briga com Temer, a quem chama de "mordomo de filme de terror." No comando do PMDB desde 2001, Temer convive com a ameaça de ser apeado do posto. Nos subterrâneos, Renan insufla a candidatura do senador Romero Jucá à presidência do PMDB na convenção de março. Estupefação!

A exemplo de Cunha e Renan, Jucá também é investigado no STF por suspeita de envolvimento na rapinagem da Petrobras. Quer dizer: prevalecendo os desejos de Renan, o PMDB passaria a ser presidido pela suspeição. Não é só. O bloco peemedebista do Senado sente-se tão fortalecido que tenta interferir na rotina do PMDB da Câmara, apoiando a recondução de Leonardo Picciani à liderança da bancada do PMDB na Casa legislativa vizinha.

Ex-aliado de Cunha, eleitor de Aécio Neves na disputa presidencial de 2014, Picciani retribui o apoio dos senadores afirmando que, se o adversário de Temer na convenção for o próprio Renan, arrastará os votos da delegação do diretório do seu Estado, o Rio de Janeiro do governador Luiz Fernando Pezão e do prefeito Eduardo Paes ?"ambos fechados com Dilma. Nessa hipótese, seria alçada à presidência do PMDB a suspeição elevada ao cubo.

A nova realidade faz murchar o balão do impeachment e impõe a Temer novas prioridades. De potencial beneficiário do afastamento de Dilma, o vice-presidente vê-se obrigado a cuidar de sua própria sobrevivência. Antes, sua agenda estava apinhada de encontros com oposicionistas e empresários anti-Dilma. Hoje, está atulhada de conversas com emissários da presidente, como o chefe da Casa Civil Jaques Wagner, e diálogos domésticos.

Nesta terça-feira, além do almoço com Cunha, Temer recebeu a visita do deputado Mauro Lopes, do PMDB de Minas Gerais. Numa manobra para evitar que os peemedebistas mineiros ameacem a liderança de Picciani, Dilma autorizou o ministro Ricardo Berzoini, seu coordenador político, a oferecer ao inexpressivo Mauro Lopes a expressiva pasta da Aviação Civil, antes ocupada por um aliado de Temer, Eliseu Padilha. E o novo candidato a ministro foi consultar o vice sobre a conveniência de aceitar a poltrona na Esplanada.

Mauro Lopes deixou o encontro alardeando o apoio de Temer. Animou-se a declarar que, se a sondagem for convertida em convite, não hesitará em aceitá-lo. Assim, o que poderia ser classificado como interferência indevida do Planalto nos assuntos internos do PMDB virou mais um mero lance covencional de fisiologismo, praticado com a anuência explícita do principal representante da ala que ameaçava romper com o governo petista.

Considerando-se a tradição do PMDB, a aparente guerra interna tende a terminar em armistício. Cavalgado pelo governo, Picciani deve se manter como líder na Câmara. Para assegurar a recondução de Temer, o grupo do vice-presidente acena com a hipótese de ceder ao investigado Jucá a primeira vice-presidência do PMDB. Nesse arranjo, Temer se licenciaria da presidência depois da convenção, convertendo o preposto de Renan em presidente interino do PMDB.

Todo o vento da Lava jato sopra a favor da necessidade de uma renovação das práticas políticas. Mas o PMDB, uma superestrutura pendurada no imponderável, habituou-se a semear seus próprios ventos. Não importa o tamanho da tempestade. O que interessa é a restauração de uma precária unidade que permita à legenda vender a tese de que ainda pode ser uma alternativa para 2018. Mesmo que lhe faltem os nomes e uma noção qualquer de apreço pelo interesse público e de compromisso com o bem comum.
Sidnei Luis Reinert
13/01/2016 12:17
O pau não vai cantar (já está cantando) no Brasil


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Toda vez que a situação fica crítica e ameaçadora para o desgoverno do crime organizado, uma manobra tática se repete: o chamado quinto elemento, com intuito pré-revolucionário, aciona o mecanismo da radicalização violenta com o intuito de ganhar repercussão midiática. Seja na forma de arrastões em shoppings de luxo, explosões de caixas eletrônicos, invasões patrimoniais urbanas e rurais, assaltos ao comércio e indústria, sequestros relâmpagos em áreas nobres e aparentemente seguras, assassinatos brutais que causem comoção imediata ou estouros de vandalismo em manifestações públicas (com causas aparentemente justas). São Paulo voltou a ver ontem como esta banca toca...

O fenômeno do emprego tático da violência revolucionária, descambando para o terrorismo, é mais que manjado ao longo da História. No Brasil, existem agentes conscientemente treinados para cumprir o objetivo principal de gerar tensão social e, sobretudo, medo - que contamina a maioria das pessoas, abrindo caminho para a "coragem" criminosa/revolucionária. O ambiente fica favorável à explosão social violenta no Brasil onde já são assassinadas quase 60 mil pessoas por ano em uma "guerra civil" não-declarada. Tudo tende a se agravar quando a única saída para uma profunda crise estrutural é a mudança do esgotado modelo estatal. A insegurança também cresce com a crise econômica: falência de empresas, desemprego e alta do custo de vida ajudam a encher o barril de pólvora.

A profunda crise política também ajuda a tornar o ambiente ainda mais explosivo. As pessoas comuns não só perdem a paciência com a classe dirigente como também não confiam mais nela para resolver os problemas mais elementares. Os políticos corruptos não ligam o "desconfiômetro". No entanto, a ação criminosa ou inação deles por incompetência contribui para a completa descrença em soluções politicamente negociadas. Neste clima, quando as instituições (praticamente rompidas) não conseguem indicar e adotar soluções práticas ou alternativas, fica escancarado o caminho para "aventureiros revolucionários profissionais", alguns travestidos de "salvadores da pátria".

Enquanto profissionais da guerrilha revolucionária (com fins ideológicos, com verniz esquerdista) agem abertamente, os cidadãos comuns, interligados nas redes sociais, aumentam sua mobilização para combater e tentar neutralizar a ação criminosa do Estado Capimunista Rentista Corrupto - que serve mal à sociedade, porém se serve "muito bem" dela. O objetivo tático imediato da organização criminosa é impedir que o movimento de bem consiga prosperar. A tendência, infelizmente, é que este conflito, cada vez mais aberto e claro, descambe em confronto violento direto.


As Forças Armadas brasileiras trabalham, claramente, com esse cenário de radical desestruturação social com muita probabilidade de descambar em guerra civil. Só neste momento os militares admitem que podem promover uma intervenção. Chegar a tal ponto sem retorno pode não ser o ideal para o Brasil, porque a explosão de violência pode ceifar muitos brasileiros, como nunca antes ocorreu em nossa História. Exatamente porque o País jamais enfrentou situação semelhante (já que golpes de estado sempre conseguiram promover uma forçada "conciliação" para evitar a guerra civil de resultado imprevisível), é fundamental ficar atento agora.

Se o pirão econômico desandar de vez, a politicagem perder a capacidade de conciliação via conchavos, e a irresponsabilidade revolucionária de esquerda falar mais alto, com a colaboração direta das organizações criminosas, o Brasil pode mergulhar no completo caos social e institucional, com risco até de ocorrer fragmentação do território nacional - que interessa ao grande capital transnacional que controla e explora o Brasil, com a ajuda dos corruptos estrategicamente colocados no poder estatal - federal, estadual ou municipal.


Cinicamente hilário é ver a politicagem tupiniquim posando, conchavando e roubando como se nada de grave estivesse acontecendo...
herculano
13/01/2016 11:40
QUANTOS E QUAIS SÃO OS AVESSOS DE DILMA?, por José Nêumanne, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 1

A sequência de medidas provisórias e a nova regulamentação da Lei Anticorrupção, que na prática anulam o sentido do prefixo, que quer dizer contra, revelou a total desistência do mínimo de pudor pelo desgoverno Dilma no findo ano de 2015. A mudança da condição de 50 anos após a morte para 10 para que se lhe permita outorgar o título de Herói Nacional a Leonel Brizola, sem motivo aparente que não o de atormentar o vivo Luiz Inácio Lula da Silva, põe em dúvida a sanidade mental de quem a promoveu. Pois sobram problemas para a chefe do desgoverno enfrentar neste grave momento e não faltava nesta hora aziaga uma decisão sem motivo sério algum em meio à recessão brutal e a um processo de impeachment, que, na verdade, mal começou.

Mas a presidente não desiste de nos surpreender e nos tem propiciado mais do mesmo em seu estilo pouco sagaz e nada sutil, sem lógica e com ousadia imodesta. Há uma semana, seu padrinho Lula lhe ocupou a agenda com oportuno jantar (à véspera de um depoimento de cinco horas à Polícia Federal). E nele exigiu dela entusiasmo e otimismo. A sucessora não se fez de rogada e convidou os setoristas do palácio para um café da manhã, sob a égide de uma exibição de falsas flores do recesso e coroado com um selfie cretino que irradia, do lado dela, um absurdo desconhecimento da gravidade da crise e, do ângulo dos encarregados da cobertura da Corte desapegada aos fatos, um grau similar de alheamento brechtiano da realidade.

O pessedista pernambucano Thales Ramalho cunhou a expressão flores do recesso para definir o truque de políticos espertos de irem a Brasília nas férias para ocuparem tempo e espaço ?" às vezes com destaque ?" nos meios de comunicação revelando fatos irrelevantes que no cotidiano do quadro político não tinham como merecer importância. Lula mandou Dilma ser irrealista, ela obedeceu e os repórteres pareciam dizer, sem ligar a mínima para seu público, assolado por falências e desemprego: "Se fui pobre, não me lembro".

Os semblantes deslumbrados de Dilma com o poder que se esvai e dos jornalistas com a proximidade da glória efêmera e rara contrastam com as notícias da planície, que são de fazer chorar. No congraçamento pré-carnavalesco em pleno recesso da recessão, a presidente festejou vitórias eventuais e inconsistentes no processo do impeachment. Mas, entrementes, o anúncio da inflação de 10,67% em 2015, a mais alta desde 2002, é a pior de uma série de notícias ruins, como o retorno de 3,7 milhões de pobres da classe C às classes D e E. E desolador é que, no "país do futuro" (apud Stefan Zweig), o desemprego de patrícios entre 15 e 24 anos deve ter sido de 15,5% em 2015 ?" maior do que a média mundial no ano, de 13,1% .
herculano
13/01/2016 11:39
QUANTOS E QUAIS SÃO OS AVESSOS DE DILMA?, por José Nêumanne, para o jornal O Estado de S. Paulo

Parte 2

A maior novidade contada por ela agrada a pouquíssimos: deverá reunir-se no café com setoristas em 2017, porque o profeta Lula de Caetés, o vice Temer, que se refestela no poder à sombra, e Madre Marina acham que o impeachment morreu, mas não foi enterrado. As exéquias são previstas para depois do carnaval, época em que a Quarta-Feira de Cinzas terá ares de terça-feira gorda. Ao menos nos salões do palácio onde o escárnio vira orgia do acinte a desafiar cidadania e República, corroídas pelos ratos.

Ninguém achou um só deslize que ponha sob suspeita sua honra pessoal ?" repete Dilma. Não lhe falem no rombo das propinas da Petrobrás, na capivara de sua protegida Erenice Guerra nem nas dúvidas sobre o comportamento do fiel Walter Cardeal, diretor da Eletrobrás. Para limpar as fichas dos espíritos santos de orelha Jaques Wagner e Edinho Silva madama conta com o pretexto do "vazamento seletivo", agora comprometido pelo destaque à citação de Fernando Henrique na delação de Cerveró. E com o beneplácito alugado do baixíssimo clero (nas profundezas de pré-sal) da Câmara, liderado por Leonardo Picciani. Só não dá mais é para soltar o líder Delcídio "do" Amaral.

Palavras impressas em papel não têm como ser fiéis a mais uma confissão de probidade feita pela presidente naquele repasto. A frase "tenho clareza de que tenho sido virada dos avessos" é um exemplo cabal da desconexão entre seu discurso e os dicionários existentes. Quantos e quais são os avessos de Dilma? Terá ela mais de um avesso (o lado oposto ao dianteiro) ou quis dizer às avessas (ao revés)?

É impossível adivinhar onde encontrou o plural de uma palavra singular para se eximir da evidência de que deixou tanta gente roubar tanto sem nunca ter percebido. Não dá para entender tal sentido oculto na leitura, ainda que atenta. Para isso há que assistir às pausas súbitas, às sílabas atropeladas e aos aflitos apelos à compreensão dos interlocutores. E isso só é possível vendo-a e ouvindo-a na televisão. O jeito de dizer a frase sem nexo importa mais do que a falta de nexo de sua fala. Pois denota o cansaço desesperado que Dilma expõe ao repetir infindas vezes algo que considera óbvio, mas não consegue comprovar e assim convencer quem tente, sempre em vão, ouvi-la e entendê-la. Da outra ponta da linha, assediado de todos os lados pela crise, o pobre brasileiro só pode ficar mais exausto e mais desesperado do que ela própria.

Dilma disse ainda que ninguém devia aposentar-se aos 55 anos. "Nós estamos morrendo menos. E os jovens estão nascendo mais", justificou-se. Estas patacoadas estão à altura da transmissão da tríplice epidemia pelo ovo do mosquito, da glorificação da mandioca e da sagração da mulher sapiens. Não querem dizer nada e nada indicam. São somente novas pérolas da língua particular de Sua Excelência, tratada comme il faut por Celso Arnaldo Araújo no livro O Dilmês. Criará um ministério para traduzi-la?

Após ouvir que a CPMF é um problema de saúde pública, o contribuinte a ser assaltado entende perfeitamente que terá de pagar pelo 2016 feliz que Dilma se almeja. Pois sabe que só lhe restará pagar a conta de um problema de saúde pública sem jeito: o desgoverno dela
herculano
13/01/2016 11:36
PUSILÂNIME, por Alexandre Schwartsman, economista, ex-diretor do Banco Central no jornal Folha de S. Paulo

Há alguns anos, 2008 ou 2009, não me lembro bem, estive na Argentina com um amigo para visitar autoridades e economistas locais. Na ocasião, no jantar com um desses economistas, meu amigo perguntou sua opinião sobre o então presidente do BCRA (banco central), Martín Redrado. Ele suspirou, olhou para nós e, caprichando no insuperável sotaque portenho, confidenciou: "Martiiiin... ¡Martin es un pusilánime!".

Não pude deixar de me lembrar disso ao ler a Carta Aberta do presidente do nosso BC ao ministro da Fazenda, explicando as razões pelo estouro espetacular da meta de inflação (10,7%, ante 4,5%, muito além dos dois pontos percentuais de tolerância). Aqueles com paciência para encarar 5 páginas e 38 parágrafos do que, em meu tempo de escola, era conhecido como "encher linguiça" podem até ficar com pena da atual diretoria do BC, que se coloca como impotente e surpresa diante do choque inflacionário, mas, se for o caso, terão sido devidamente enrolados.

A narrativa do BC é a mesma desde 2014: a inflação refletiria dois processos de mudança de preços relativos, isto é, o ajuste dos preços administrados (como energia ou combustíveis) vis-à-vis preços livres, assim como a elevação dos preços de bens afetados pelo dólar (normalmente exportados e importados) em comparação àqueles cujo preço depende essencialmente das condições domésticas (tipicamente, mas não apenas, serviços).

Diante desses choques, caberia ao BC apenas evitar sua propagação aos demais preços, por exemplo, reduzindo a demanda para que empresas não repassassem integralmente o aumento das tarifas de energia sobre o preço dos seus produtos, ou o custo das matérias-primas importadas.

Ao atribuir a culpa pela inflação de 2015 aos preços administrados, porém, o BC deixa de lado algumas informações importantes. Em primeiro lugar, deveria reconhecer que tanto em 2013 como em 2014 a inflação só se manteve dentro dos limites de tolerância graças à prática (irresponsável) de contenção artificial dos preços públicos. Sua negligência inicial no trato com a inflação se encontra, portanto, na raiz da política de controle de preços entre 2012 e 2014 e, por consequência, da necessidade do ajuste em 2015.

Já no que se refere ao efeito do dólar, vale praticamente o mesmo ponto. O BC, por meio de suas intervenções, represou o ajuste da moeda e é, ao menos em parte, responsável pela forte desvalorização do real no ano passado.

É verdade, reconheço, que o dólar saltou de patamar após o infeliz anúncio do Orçamento para 2016 e dos sinais cada vez mais claros da incapacidade do governo no que se refere ao controle de seus gastos.

No entanto, enquanto agora o BC culpa o desempenho fiscal, em todas as suas manifestações oficiais anteriores afirmara que, "no horizonte relevante para a política monetária, o balanço do setor público tende a se deslocar para a zona de neutralidade e não [se] descarta a hipótese de migração para a zona de contenção", ou seja, sem maiores críticas à política fiscal, muito ao contrário. Hipocrisia pode ser a homenagem que o vício presta à virtude, mas um pouco mais de sutileza não faria falta.

Trata-se, enfim, de um documento pusilânime, em que o BC foge da responsabilidade pelo problema que criou. Que use de mais coragem na Carta do ano que vem.
herculano
13/01/2016 11:32
NO REINO DA CORRUPÇÃO, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

O governo de Fernando Henrique Cardoso, o ex-presidente Lula e o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, surgiram com destaque ontem no noticiário político dos principais jornais brasileiros, por conta de revelações feitas pelo ex-diretor da área Internacional da Petrobrás Nestor Cerveró. Durante o governo FHC, afirma Cerveró, a venda da petrolífera argentina Perez Companc para a Petrobrás envolveu propinas num total de US$ 100 milhões. A informação é imprecisa, de ouvir dizer. Não identifica funcionários corruptos, ficando em generalidades.

Já as denúncias que se seguem são de primeira mão, testemunho direto das bandalheiras que Cerveró protagonizou durante sua permanência na Petrobrás e sua subsidiária. Em 2008, depois de ter sido afastado da Diretoria Internacional da estatal, Cerveró revela que foi nomeado por Lula, atendendo a "um sentimento de gratidão do PT", para uma diretoria da BR Distribuidora. Finalmente, Cerveró informa que em 2012 foi convocado ao gabinete do senador Renan Calheiros, que reclamou da falta de repasse de propina acertada com a direção da BR Distribuidora e, em outro encontro, indicou "negócios" que poderiam render propina "mais substancial".

A história da compra irregular da petroleira argentina pela Petrobrás é a única que não provém de delação premiada de Cerveró. Ela é parte de um resumo das informações que ele prestou à Procuradoria-Geral da República (PGR) antes de fechar seu acordo de delação e consta de documento apreendido pela Polícia Federal no gabinete do senador Delcídio Amaral. Ninguém sabe explicar como o senador, ex-líder do governo, hoje preso, teve acesso a esse documento da PGR. Deve ser um dos "vazamentos seletivos" de que o governo e o PT tanto se queixam.

Sobre o "sentimento de gratidão" que levou Lula a nomeá-lo para a Diretoria de Finanças da BR Distribuidora, Cerveró explica, conforme publicado pelo Valor e pela Folha de S.Paulo, que foi uma compensação pelo fato de ele ter sido exonerado da Diretoria Internacional da Petrobrás por pressão do PMDB, que colocou em seu lugar Jorge Zelada, também posteriormente preso pela Lava Jato. A gratidão dos petistas se deveria ao fato de Cerveró ter comandado a operação de "quitação" de um empréstimo feito pelo Banco Schahin ao PT, com o aval de José Carlos Bumlai, o pecuarista amigo de Lula que tinha livre acesso ao Palácio do Planalto. Desse empréstimo, R$ 6 milhões destinavam-se a comprar o silêncio de um empresário da região do ABC que estaria fazendo chantagem com os petistas. Ou seja, o caso remete ao episódio do assassínio do prefeito Celso Daniel, ainda não suficientemente esclarecido. A "quitação" do empréstimo foi feita, sob a responsabilidade de Cerveró, com a contratação da Schahin Engenharia, por US$ 1,6 bilhão, para a operação de um navio-sonda da Petrobrás.

Consta ainda desse capítulo da delação de Cerveró que em 2009 o então presidente da BR Distribuidora, José Eduardo Dutra, falecido em 2015, teria recebido do presidente Lula "a missão de participar do 'esvaziamento' da CPI" que investigava a maior estatal brasileira.

A soma dessas informações reitera as graves suspeitas de envolvimento do Palácio do Planalto ?" ou seja, de Lula ?" e de destacadas lideranças políticas, como a de Renan Calheiros, no maior escândalo de corrupção da história da República. Até porque seria impossível um escândalo dessas proporções sem a conivência do primeiro escalão do governo.

Lula e a tigrada petista não inventaram a corrupção. Apenas aprimoraram os desvios de conduta que até então combatiam, elevando-os à condição de método político. O "presidencialismo de coalizão" que permitiu a formação de uma base de apoio parlamentar ao governo de amplitude sem precedentes, da qual Lula sempre se gabou, foi sustentado pelo mais rasteiro fisiologismo, pela descarada transformação do Congresso Nacional em balcão de negócios. Essa "aliança" espúria, que se manteve enquanto o governo tinha o que oferecer em troca de apoio parlamentar, desmilinguiu-se aos primeiros sopros do desastre econômico e político provocado pela irredimível incompetência de Dilma Rousseff, uma chefe de governo que, apesar da honestidade pessoal que proclama, em seis anos de mandato fez contra a corrupção pouco mais do que discursos.
herculano
13/01/2016 07:38
AS REVELAÇÕES DE CERVERO SOBRE LULA PREENCHERAM A GRANDE LACUNA NO ELENCO DO PETROLÃO: FALTAVA O PODEROSO CHEFÃO, por Augusto Nunes, de Veja.

As revelações de Nestor Cerveró sobre a participação de Lula na negociata que envolveu o grupo Schahin, o amigão José Carlos Bumlai e o comando do PT finalmente preencheram a grande lacuna do Petrolão: faltava incorporar ao elenco o chefe supremo do bando. Até ontem, o astro só havia interpretado personagens irrelevantes. Depoente convidado, por exemplo. Ou testemunha voluntária.

O que agora se sabe há de reparar a injustiça. O coadjuvante logo estará formalmente promovido a protagonista. O portador de mudez malandra será intimado a abrir o bico. As investigações nas catacumbas acabarão descobrindo as bandalheiras que esconde. Graças a Cerveró, consumou-se a anunciação da tempestade.

Entre outros espantos que já não surpreendem ninguém, ele contou que ganhou do então presidente um empregão na BR Distribuidora por ter facilitado o desvio de 12 milhões de reais para os cofres clandestinos do PT. A patifaria reitera que o Petrolão é um faroeste em mau português cujos contornos épicos o credenciam a transformar-se na versão nativa do Poderoso Chefão - com Lula no papel do Don Corleone à brasileira.

Cada país tem o Marlon Brando que merece.
herculano
13/01/2016 07:27
DILMA, A DONA DOIDA: REDAÇÃO DO ENEM E UM SUPOSTO PAÍS DE MOLESTADORES E ESTRUPADORES, por Reinaldo Azevedo, de Veja

Presidente magnifica os 55 relatos de abusos em redações do Enem, mas silencia sobre os mais de 53 mil zeros

O Brasil está sendo tragado pela demagogia e pela incompetência.

Depois de bater um papinho com Aloizio Mercadante, ministro da Educação, a presidente Dilma Rousseff resolveu apelar ao Twitter para tecer comentários sobre a prova de Redação do Enem, cujo tema foi "a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Importante? Sem dúvida! E fala aqui, além do indivíduo, o pai de duas filhas, o marido e o filho.

Depois de tecer alguns autoelogios, a governanta mandou ver: "Muitas redações preocuparam os avaliadores c/ depoimentos de pessoas que foram assediadas, estupradas ou testemunharam violência".

Pois é? Muitas? Precisamente, houve 55 casos. Vamos fazer algumas contas. Inscreveram-se para fazer a prova 7,7 milhões de pessoas. Não achei o número de mulheres, que costumam ser maioria. Se forem 52%, estamos falando de 4 milhões de estudantes.

Matemática: se 10% tivessem relatado abusos, o que seria bárbaro, haveria 400 mil. Se 1% o tivesse feito, 40 mil. Se 0,1%, 4 mil. Se 0,01%, 400. Foram 55 ?" ou 0,0014%! Vamos pôr uma ordem de grandeza. 0,0014% do peso de uma pessoa de 80 quilos corresponde a 1,12 grama!!!

"Ah, estamos falando de pessoas!" Claro que sim! E é evidente que, sendo verdadeiros tais relatos, essas moças podem precisar de ajuda. O Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos tem como encontrá-las se quiser - embora essas coisas precisem ser feitas com muito cuidado.

Mas cabe a pergunta: estamos falando de "muitas redações"? O número é de tal sorte pequeno que, infelizmente, a realidade deve ser bem pior do que isso. Inaceitável é que a presidente se pronuncie nesses termos, como se estivéssemos a falar de um país de molestadores e estupradores. Isso não é feminismo, não! É mistificação.

O que disse, no entanto, a gestora Dilma Rousseff sobre os 53 mil candidatos que tiraram nota zero na redação? E olhem que alguma coisa aconteceu de 2014 para 2015. No exame anterior, houve 529.374 zeros. Não é preciso ser muito bidu para perceber que houve alguma mudança de critério na correção.

Dilma e todos nós temos o dever moral de nos compadecer com as 55 pessoas que fizeram relatos pessoais, de lamentar os eventuais abusos ocorridos e, cada um segundo a sua possibilidade, amparar os que sofrem. Mas a presidente e seu ministro se perdem na demagogia quando tratam a extrema exceção como se fosse uma regra e sintoma de uma patologia social.

Os 53 mil zeros neste ano - 0,7% do total de inscritos - dão conta da situação miserável da educação brasileira, a pedir a intervenção de uma política pública. E, nesse caso, Dilma, como se percebe, não tem o que dizer.

É mais fácil ficar exercitando feminismo retórico do que qualificar a educação, não é mesmo? Uma coisa se faz apenas com saliva; a outra requer competência.
herculano
13/01/2016 07:17
GERENTONA DIFERENTONA, por Vinicius Torres Freire para o jornal Folha de S. Paulo

Quanto vale a Petrobras? Segundo os donos do dinheiro grosso, que negociam ações, a petroleira é aquela empresa pequena, que não tinha pré-sal, do início do século.

Uma empresa menor, de um país de economia também muito menor, mal saído de uma saraivada de crises: apagão, restos e rescaldos dos anos FHC, o medo da eleição de Lula. A vitória do PT provocaria uma desvalorização enorme da moeda, o dólar chegaria a custar mais de R$ 8 em 2002, a preços de hoje.

Feitas as contas certas, aliás, a ação da Petrobras vale muito menos do que no primeiro ano de governo de Lula, 2003.

Ontem, a empresa anunciou seus planos até 2019. Também ontem, o preço do barril do petróleo triscou os US$ 30. No mercado, se vendia ação da empresa às baciadas. De tão liquidados, os papéis preferenciais da Petrobras baixaram à casa do dólar e pouco. Nos EUA, um hambúrguer custa três ações da Petrobras.

Em termos relativos, a dívida da empresa é dez vezes a de grandes irmãs, Chevron, Exxon e Shell (trata-se aqui da relação entre dívida e a geração de caixa anual). A fim de sobreviver, a empresa tem de diminuir, vender partes, pois não consegue arrumar dinheiro bastante para bancar um mínimo de investimento e pagar suas dívidas. Não fatura o bastante e, além de tudo, está sem crédito, crédito a preço razoável.

Em resumo, a empresa corta investimentos, também em produção, e encolhe, vende ativos. Como vai sair da crise?

Tão importante quanto, como vai investir no pré-sal, supondo que os preços ainda compensem? Como a empresa vai participar de pelo menos 30% em sociedades de exploração de campos do pré-sal, tal como a lei o exige, se vive nessa penúria?

Não vai conseguir fazer nem uma coisa nem outra. O assunto ora parece algo distante e abstrato, pois o corte de investimentos em petróleo é geral. Mas, em se tratando de energia, dois, três anos são uma piscadela.

Enfim, vamos ficar mais cinco anos sem leilão de áreas de exploração do pré-sal, como de 2008 a 2013, quando os governos do PT e Dilma Rousseff se dedicavam a desgraçar o setor de energia?

A Petrobras e o setor de petróleo precisam de reforma urgente. Divirtam-se os especialistas a descobrir ou discutir em qual direção. Mas não é mais possível fingir que tudo vai se resolver, que o caso é de "business as usual". A Petrobras é importante demais para ser deixada ao método Dilma de administração, no qual, entre outros problemas, apenas se tomam decisões à beira da ruína final.

Convém sempre relembrar que tamanho desastre se deveu à lambança amadora, incompetente, irresponsável, fraudulenta e corrupta que engoliu a empresa, em especial de 2010 para cá, desde quando a dívida quadruplicou.

Mesmo que se desconte a queda de 70% do preço do petróleo, desde meados de 2014, mesmo com as desgraças sem fim da crise mundial de 2008, a Petrobras padeceu muito mais que suas grandes irmãs petrolíferas. Mais grave, não tem como reagir, tais como muitas das grandes petroleiras, livres para refazer suas estratégias.

No Brasil, a Petrobras, empresa mais importante do país, vive sob o tacão das intervenções diferentonas do governo, inspirada pela gerentona da energia, mãe do PAC e do grão-estelionato eleitoral de 2014. Até quando?
herculano
13/01/2016 07:09
PETISTAS, SURFISTAS E CICLISTAS, por José Aníbal, senador pelo PSDB de São Paulo e presidente do Instituto Teotônio Vilela

Fechados os números oficiais para o ano de 2015 e confirmados o desemprego formal na casa do milhão e a inflação de dois dígitos, vale uma breve reflexão sobre quem plantou os frutos amargos que os brasileiros hoje são obrigados a colher.

É fato que a gestão Lula na Presidência teve ganhos na redução da desigualdade social. Um ganho que se obteve na sequência de uma série de medidas de reestruturação da economia, a começar pela estabilização com o Real e a ampliação de programas sociais. Em ambos os casos, ações de Estado lançadas pelos governos do PSDB nos anos 1990. Para ficar em um único exemplo, importante trazer à memória que o Bolsa Família, bandeira que os petistas exibem como sucesso de sua atuação na Presidência da República, resultou da unificação de quatro programas sociais criados na gestão Fernando Henrique Cardoso - bolsa escola, bolsa alimentação, combate ao trabalho infantil e vale-gás -, que o PT rebatizou, vitaminou e avocou para si a paternidade.

Mas um Presidente da República tem que trabalhar para toda a sociedade, tem que ser um homem de Estado, fomentar ações estruturais de logística, política para a indústria e agronegócio, comércio exterior, inovação tecnológica, projetos de fundo que tragam ganhos permanentes. Dedicar-se a uma lição de casa longe do elogio fácil e das luzes da mídia, mas fundamental para o grande objetivo de todo administrador público: a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, que se dá através da evolução dos índices de educação, saneamento, emprego, segurança, saúde, um mundo promissor que se constrói com o legado que todos os governos têm obrigação de deixar para o Estado.

O fato é que Lula surfou a onda do sucesso, com repercussão internacional, mas não fez uma linha sequer da lição de casa. Provavelmente não teve tempo. Jogou por terra a maior janela de oportunidades do Brasil contemporâneo. Hoje, a Operação Lava Jato nos mostra algumas das outras missões a que o então Presidente da República se dedicava. Segundo a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Lula participou diretamente do esquema de desvio de dinheiro público da estatal em benefício dos cofres do PT e mediante pagamento de propina a apadrinhados do partido.

Infelizmente, só de uns tempos para cá sabemos disso. Em 2010, Lula ainda era um surfista de sucesso, convenceu o eleitor no gogó e conseguiu eleger a sucessora, a também petista Dilma Rousseff. E aí caminhamos para o caos, com as diretrizes desastrosas que ela ditou para a economia. Assim, de pedalada em pedalada, a presidente ciclista nos conduziu à beira do abismo em que o país está hoje, enfrenta um processo de impeachment, segue sem base de apoio no Congresso para governar e sem projeto, salvo o de se manter no poder. A que custo e para quê?

O que Lula e Dilma têm a dizer aos 4 milhões de brasileiros da classe C, que devido à crise em 2015 empobreceram e foram empurrados para as classes D e E?

E a sonhada casa própria, que para 41% daqueles que compraram imóveis financiados voltou a ser um sonho e um pesadelo, pois tiveram que devolver o bem às construtoras por não conseguir continuar pagando as mensalidades?

O Brasil hoje parece um país que foi sem ter sido. O que restou do tudo desse nada, como disse Drummond? Os que governam não têm nada a dizer aos que perderam renda, emprego, esperança. As oposições, surpreendidas pelo "apego" desesperado deles ao poder, pelo vale tudo, não podem recuar e nem se intimidar com os arroubos e ranger de dentes dessa gente.

Desde as manifestações de 2013, a insatisfação difusa dos brasileiros convergiu para uma exigência de políticas públicas eficientes, de resultados, e de reforma política para combater os desmazelos de nossa gestão pública. Fazer estes anseios da sociedade realidade é o desafio para as oposições. Afinal, a crise é também uma oportunidade de crescimento, de afirmação. A grande maioria dos brasileiros verbaliza que com Dilma não dá. Espera, ansiosa e indignada, com forte preocupação, a construção de um caminho virtuoso.
herculano
13/01/2016 07:05
da série: o resultado da roubalheira

ENDIVIDADA E SEM PODER CONTAR COM DINHEIRO DO GOVERNO, PETROBRÁS COLOCA FATIA NA BRASKEN À VENDA

Conteúdo da coluna Painel do jornal Folha De S. Paulo.

À venda
Enquanto resiste à pressão de setores do governo para manter o preço do combustível acima da cotação internacional, a Petrobras tenta acelerar seu "feirão" de negócios. A companhia deve anunciar nos próximos dias o processo de venda de sua participação total na petroquímica Braskem. A fatia de 36% da estatal vale hoje cerca de R$ 5,8 bilhões. Sem poder contar com dinheiro do governo e após o tombo da Operação Lava Jato, a petroleira precisa engordar seu caixa.

Vai pra rua
A Petrobras contratou o Bradesco como consultor financeiro para auxiliá-la na busca por interessados na participação. Grandes investidores já começaram a ser sondados.

Olhar estrangeiro
Fundos internacionais sinalizaram informalmente que têm interesse em olhar o projeto. A canadense Brookfield, que tem investimentos no setor lá fora, é uma das que devem pedir para analisar os dados.

Vai ser difícil
A sócia Odebrecht tem preferência na compra. Alvo da Lava Jato, a empresa tem dívida alta e deve ter dificuldades para fazer um lance. O BNDES também é sócio da Braskem e a empresa é listada na Bolsa.
herculano
13/01/2016 07:01
CUNHA ADOROU ACUSAÇÕES DE CERVERO A RENAN, por Claudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

O PMDB ligado ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) celebrou ontem o agravamento da situação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado pelo ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró de cobrar o pagamento de propinas em atraso, além de ameaçar seu cargo, com a retirada da chancela do PMDB. Cunha e sua turma avaliam que agora ele e Renan estão "no mesmo patamar".

Data marcada

A cobrança que Renan teria feito da propina, segundo disse Cerveró à força-tarefa da Lava Jato, ocorreu em reunião no ano eleitoral de 2012.

Tem companhia

Eduardo Cunha se queixava de ser vítima de "vazamentos seletivos" da procuradoria-geral de Rodrigo Janot. Agora já não está mais sozinho.

Não está mais sozinho

Sob fogo cerrado das denúncias, Cunha perdia terreno para Renan na disputa pelo controle do PMDB, na convenção do partido, em março.

Muito a decidir

Na convenção extraordinária de março, o PMDB discutirá temas como o rompimento do partido com o PT e o governo Dilma.

Saúde: diretor impedido de assumir no ministério

Nomeado em dezembro coordenador-geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde, o psiquiatra Valencius Wurch ainda não conseguiu entrar na sua sala porque manifestantes invadiram o local há um mês. Wurch é acusado de "violação de direitos humanos" e "negligência" de pacientes da Casa de Saúde Dr. Eiras de Paracambi (RJ), onde foi diretor. Mas na verdade os manifestantes não se conformam porque pela primeira vez em muitos anos não indicarem o titular para o cargo.

Protesto político

Ligados ao PT, os manifestantes são contra Valencius Wurch e a quem o nomeou: o ministro e psiquiatra Marcelo Castro, do PMDB.

Briga ideológica

Valencius Wurch dirigiu o Dr. Eiras de 1993 a 1998 e, ao contrário do que dizem os opositores, seu trabalho de renovação foi destacado.

Sem retrocesso

O Ministério da Saúde esclarece: Wurch participou da discussão sobre Reforma Psiquiátrica aprovada no Congresso, e não admite retrocesso.

Tudo dominado

A "MP da (falta de) Vergonha", na calada do fim de ano, tornou mais demorado o exame dos "acordos de leniência" pelo Tribunal de Contas da União. É que só no final do processo, o TCU poderá ter acesso aos termos do acordo e à metodologia para calcular dano e a multa.

Essa Venezuela?

Deve ser horrível viver em um país como a Venezuela, cujo supremo tribunal presta vassalagem ao governo populista, rejeitado pela população, e anula atos do Poder Legislativo de maioria oposicionista.

Impeachment está vivo

A oposição se reunirá na próxima semana para discutir os rumos do impeachment de Dilma. "Vamos cumprir o rito definido pelo Supremo, apesar de não concordarmos", afirma Nilson Leitão (PSDB-MT).

Política no Brasil

Projeto "dor de corno" do deputado pastor Franklin (PTdoB-MG) prevê indenização em caso de traição. E Gilberto Nascimento (PSC-SP) quer dois dias de folga para doador de sangue tipo O. Para os demais, um.

Déficit bilionário

Cálculos da CPI dos Fundos de Pensão apontam déficit de R$ 30 bilhões no setor, considerando juros e correção monetária. Há um ano, o déficit era de R$ 20 bilhões.

Conselhão Oba-Oba

Dilma sempre tratou o conselhão com desprezo, ela tem horror a empresários, mas recebeu de Jaques Wagner (Casa Civil) sugestão de 90 nomes para o órgão que não se reúne desde o início da Lava Jato.

Mandou bem

Merece um prêmio o prefeito de Cabo Frio (RJ), Alair Corrêa (PP), que extinguiu 35 secretarias, transferindo suas decisões para um gabinete formado por dez pessoas. Vai economizar até R$ 700 mil por mês.

Trocando em miúdos

O senador Álvaro Dias (PR) é bombardeado nas redes sociais pela mudança do PSDB para o Partido Verde (PV). Os críticos lembram sua fama de mudar muito de partido e condenam seus interesses pessoais.

Ninguém merece

Piada de verão no Rio de Janeiro: se no Petrolão meteram a mão, na área da Saúde meteram o pezão.
herculano
13/01/2016 06:54
OS MASCARADOS ESTÃO SOLTOS, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Há algum parafuso solto no sistema nacional de manutenção da ordem pública. Marcelo Odebrecht, dono da maior empreiteira do país, completa sete meses de prisão preventiva na próxima terça-feira (19), e todas as 17 pessoas detidas durante as desordens ocorridas em São Paulo no inicio da noite de sexta-feira (8), foram libertadas no dia seguinte. Em poucas horas, foram depredados oito ônibus e cinco agências bancárias. Pode-se dizer que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, mas essas duas situações acontecem no mesmo país. Juntas, não fazem sentido.

Tem gente que fica feliz com a hipótese de os presos endinheirados mofarem na cadeia pelas malfeitorias que praticaram, mas não é assim que funciona a coisa. A prisão preventiva de um cidadão só se justifica pelo flagrante de delito ou para impedir que ele continue praticando um crime. Admita-se que esse é o caso para todos os empresários, políticos e espertalhões que estão presos em Curitiba e em Brasília. O mesmo deveria valer para os desordeiros.

Ao contrário do que acontecia no mundo das empreiteiras, onde as roubalheiras eram dissimuladas, a ação dos mascarados deu-se às claras e foi registrada ao vivo e a cores. A polícia de São Paulo mobilizou centenas de PMs, sua tropa de choque e veículos blindados para acompanhar a manifestação contra o aumento de tarifas de ônibus. Para quem quer dar uma manifestação de força, serviço perfeito. Durante mais de uma hora, mascarados tumultuaram o centro da cidade. Só 17 pessoas foram detidas. É pouco, mas vá lá. O relaxamento das prisões em flagrante foi determinada pela Justiça. Uma juíza considerou inconclusivas as provas apresentadas contra os cidadãos. A força foi exibida, mas deu em nada. De duas uma: a polícia prendeu quem não devia ou a Justiça soltou quem deveria continuar preso. Ao final das contas, não prenderam uma só pessoa com provas que a juíza considerasse irrefutáveis. Há apenas um desordeiro recolhido. Está na Fundação Casa, por ser menor de idade, e foi levado a uma delegacia na segunda-feira pelo pai policial, ao vê-lo num vídeo de quatro minutos na cena do espancamento de um PM.

A ação dos mascarados foi demorada. Num incidente eles pararam dois ônibus, obrigaram os passageiros a desembarcar e ordenaram aos motoristas que manobrassem os veículos para que obstruíssem uma avenida. Em seguida, quebraram vidros e picharam a lataria dos veículos. A polícia é treinada para intervir em situações desse tipo e dispõe de equipamentos para registrar a cena.

Um cidadão mascarado no meio de uma manifestação pacífica é pelo menos suspeito de estar ali para provocar alguma desordem. Quem já viu alguma dessas explosões de violência sabe que elas partem de grupos perfeitamente identificáveis antes, durante e depois das manifestações. Desordeiro não é ativista, nem um sujeito quebrando vidros de ônibus está manifestando uma opinião.

Se a prisão dos empreiteiros tem a virtude de desestimular futuras traficâncias, o fato de não haver um só desordeiro na cadeia torna-se um estímulo a novas violências, cuja principal consequência é a inibição de manifestações pacíficas.
Roberto Sombrio
12/01/2016 23:13
Oi, Herculano.

Quero ficar contigo sobre o TRAPICHE, vendo o PT se afogar na grande onda VERDE, AMARELA, AZUL e BRANCA das eleições de outubro.

Nesse ano vamos resolver o que não resolvemos em outubro de 2002 chutando o PT. O Nº do PT é 13 porque a intenção deles era demolir o Brasil em 13 anos.

Já deu. Agora fora! Depois que vocês estudarem, tiverem cultura e entenderem de matemática podem voltar.
Roberto Sombrio
12/01/2016 23:01
Serginho Pitombeira! Não tem como reclamar do PROCON, se reclamar o PT processa.

A única coisa que não tem processo são as obras do PT que desde 2002 são as mentiras das eleições. Então como o PT vence as eleições? Comprando a peso de ouro os que os cercam e o povo idiota e preguiçoso que se vende. A Petrobrás que o diga, pois vai falir.
Eleições 2016
12/01/2016 20:59
Não subestimem o poder do PT nos anos de eleições, a ponte do vale enferrujada vai prosseguir um pouco e a cocolândia vai sair do papel, isto dá muito dinheiro, em Blumenau a conta é 110% da conta de água. Como a conta de água a taxa mínima é 10 MTs cubicos mesmo se vc não consome água vai ter de pagar pelo esgoto que não fez e é ali que as empresas de tratamento de esgoto faturam mais alto. Em Blumenau Odebrech (aquela da PTbráz) fatura alto.

Nestas obras grandes vemos em nível federal rola muita roubalheira e propinas.
Suponhamos que para cada super obra role 3% para o partido, suponhamos que o político fature como no caso do esgoto por anos uma porcentagem do faturamento líquido se não for uma empresa já da cumpanheirada, suponhamos que a empresa que trata esgoto não faça isto no período da noite, fiscalização da onde?suponhamos, suponhamos, suponhamos N casos.
Pagamos IPVA para termos estradas decentes mas temos que pagar pedágio para empresas privadas que recebem as rodovias duplicadas com nosso dinheiro.
Pagamos dezenas de impostos para saúde mas se vc quer ter um atendimento decente tem de pagar plano de doença.
Quer ter esgoto tratado vai ter de pagar a conta alta mensalmente.

É o jeitinho brasileiro que representa seus eleitores.
Em época de eleições eles fazem o DIABO.
ProTcom
12/01/2016 20:35
Querem falar com ROBERTO PROC?"PIO DO PROCOM?

Que tal irem para a convenção do PDT quinta feira ele vai estar lá e podem prometer votos para ele.
Ana Amélia que não é Lemos
12/01/2016 18:30
Sr. Herculano:

A queixa de que o Procon não está com as portas abertas (nem mesmo plantão), reforça a tese tão exaustivamente comentada aqui:

Petista é malandro desde criancinha.
Petralha quer emprego não trabalho.
Pernilongo Irritante
12/01/2016 18:27
Prefeitura não está mais comprando papel higiênico.
Já assinaram tanto contrato de obra e o dinheiro não veio, deram um destino útil, estão usando essa papelada nos banheiros.
Anônimo disse:
12/01/2016 18:21
Herculano, a Sala de Visitas está fechada?
Já disse e repito, depois que a Dª Rosana Cadore deixou o PROCON, aquilo virou uma sala de visitas, né Pedro Bó?
Pensativo
12/01/2016 13:24
Enquanto alguns ficam tentando desmentir o óbvio, descasar o casado, forçar apoio e inibir os pensadores livres dessa cidade...
A cebola tá feia, o leite tá caro, a carne impossível de comprar, os cadernos um absurdo, o preço do ônibus vai subir, não consegui pagar a vista o IPVA, e ainda tem gente feliz. Quero ver logo o desemprego chegar e o poder aquisitivo continuar a despencar.
E viva o PT e seus apoiadores. Viva os Celsos, Marcelos, Melatos, Tonhos e outros que comeram camarões em abundância. Viva as obras super faturadas, mal feitas e a cidade que só tem mobilidade em dia de feriado.

Serginho Pitombeira
12/01/2016 12:54
Herculano

Como é que a gente faz para reclamar do Procon? Tá feia a coisa.
Herculano
12/01/2016 12:48
REGISTRO

Quem está de aniversário hoje, é o proprietário e editor do jornal Cruzeiro do Vale, o gasparense da gema, Gilberto Schmitt
Marco Antônio
12/01/2016 12:35
1. Os petralhas agora reconhecem que o jornal Cruzeiro pertence à grande mídia. O vereador Tonho Dalsoquio tinha até então uma opinião bem diferente.

2. Os petralhas agora reconhecem que houve a compra de um terreno por uma merreca fruto de um leilão que os amigos deles não apareceram lá para arrematar pela merreca? Até então diziam que havia roubo.

Como se vê, sempre há tempo para cair em contradição diante dos fatos, enfrentamento e realidade.
Sidnei Luis Reinert
12/01/2016 12:30
12 DE JANEIRO DE 2016
Vem aí a COMPUTABRAS, nova estatal brasileira (é sério)

O nome talvez seja outro, mas Dilma prepara fusão de estatais, criando uma gigante de informática, tecnologia e comunicação.

Por Redação Implicante | Tópicos Computabras, Dilma Rousseff, Fusão Dataprev Telebras Serpro


O país está quebrado e nossa economia, em frangalhos. Mas Dilma Rousseff pelo visto não se acanha com esse tipo de coisa e mesmo assim pretende criar uma super estatal. A ideia é juntar Dataprev, Telebras e Serpro numa única (e gigantesca) empresa. Se isso de fato acontecer, a companhia nascerá com R$ 5 bilhões de capital e 7 mil empregados.

Sugerimos desde já o nome COMPUTABRAS. Quanto aos diretores indicados, certamente o governo terá bons nomes, como já provou ao longo destes últimos anos.


A gestão Dilma é assim: tudo parece piada, mas acontece de fato. E acaba sendo mais trágico do que parecia. E nós pagamos por tudo.
Sidnei Luis Reinert
12/01/2016 12:26
Os mistérios da perícia de um celular-bomba

Brasil 11.01.16 11:22
O surgimento do relatório sobre a perícia do celular de Léo Pinheiro surpreendeu alguns membros da força-tarefa da Lava Jato. Eles desconheciam a existência das mensagens que comprometem meia República.

O relatório envolvendo políticos com foro privilegiado foi enviado à PGR em setembro e só começou a ser analisado agora, por causa do volume de trabalho.

Mas e a parte referente aos políticos sem foro? Se Léo foi preso em novembro de 2014, por que essas mensagens não entraram na ação penal que condenou, em agosto, o empreiteiro a 16 anos de reclusão?

O Antagonista foi informado de que o exame do celular ficou pronto tardiamente, inviabilizando sua inclusão naquele processo. Sem o atraso, Léo Pinheiro teria sido condenado na companhia de outros petistas ilustres e o governo Dilma teria terminado em 2015.

http://www.oantagonista.com/posts/os-misterios-da-pericia-de-um-celular-bomba
Sidnei Luis Reinert
12/01/2016 12:17
Novidades (boas e ruins) em Bruzundanga


Edição do Alerta Total ?" www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

Novidades contra o Estado Capimunista autocrático e perdulário? Sim... Neste começo de 2016 em ritmo de crise brutal, prefeitos resolveram exonerar seus secretários e funcionários em cargos em comissão, para economizar dinheiro e pagar despesas essenciais. Sabe o que acontecerá, inevitavelmente: a população vai constatar que é inútil manter a boa vida destes barnabés que produzem pouco e custam caro.

Novidades no Brasil do desemprego crescente? Sim... Motoristas e cobradores de Curitiba (capital da Lava Jato) resolveram entrar em greve por um motivo mais que justo: não receberam os salários de dezembro, nem viram a cor do 13o salário. Motivo: a Prefeitura arrecadou a grana da passagem, botou no caixa único do tesouro municipal, e gastou na sobrevivência imediata da dispendiosa máquina pública.

Novidades no Brasil da impunidade? Sim... A Força Tarefa da Lava Jato está investigando indícios de coautoria de crime de lavagem de dinheiro por 13 bancos que criaram uma estrutura para emprestar e receber dinheiro em paraísos fiscais, abrigando operações ilegais de fraudes em licitações e sonegações fiscais. O pente fino é nas operações de R$ 15 bilhões entre o Grupo Schahin e a Petrobras.

Os alvos são os "bancos credores", que liberaram financiamentos: Itaú BBA, Bradesco, o inglês HSBC, o espanhol Santander, Votorantim, Bonsucesso, Fibra, ABC Brasil, Bic, Pine, Tricury e Rural (hoje em liquidação extrajudicial). Também dançam os "bancos coordenadores", que, além de emprestar o dinheiro, tinham um papel mais atuante nas negociação das condições dos empréstimos: Itaú BBA, Votorantim e HSBC. Por fim, o alemão Deutsche Bank, que atuou como agente administrativo, fiduciário e colateral, fazendo a administração das contas.

Mais novidades na Lava Jato? Sim... O Tribunal de Contas da União instaurou uma Tomada de Contas Especial (procedimento legal que permite ao setor público identificar responsáveis por danos ao erário e buscar o ressarcimento) de um sobrepreço de R$ 673 milhões de reais nas obras das unidades de coqueamento retardado da Refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, tocadas por um consórcio integrado pela empreiteira Camargo Corrêa, investigada na Operação Lava Jato, e a CNEC Engenharia.

Novidades no Brasil em que 53.032 estudantes (sem contar os que deixaram tudo em branco) tiraram nota zero na redação do recente e soviético Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) feito por 5,6 milhões de jovens? Sim... Pelo menos 104 deles conseguiram tirar a nota máxima de 1000 pontos. Dos alunos que tiveram a redação corrigida, 1,9 milhão (ou 35,3%) obteve nota de 501 a 600, e 24,4%, de 401 a 500 pontos. O tema da prova foi a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira.

Novidades na política econômica do desgoverno Dilma? Aí, nenhuma... A Presidenta e seu ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, já sinalizaram que vão adotar a mesma receita que levou ao caos de agora: aumentar impostos e subir os juros. Rentistas financeiros (e os banqueiros) vão adorar, por os lucros vão aumentar. Mas os investidores econômicos (loucos que apostam na produção e emprego) vão tomar mais uma pregada do Estado ladrão e devem partir para dois caminhos: o desespero ou a porrada.

A novidade (boa) é que o Brasil caminha para um desfecho nada pacífico de sua crise estrutural. O perigo é que o poder estatal, sempre camaleônico e ideologicamente hegemônico, consiga manter os erros de sempre em vigor, mais uma vez. A sorte é que a insatisfação das pessoas comuns, livremente manifestada nas redes sociais, indica o contrário: que haverá reação (inclusive violenta) contra a persistência nos abusos estatais, nos âmbitos federal, estadual e, principalmente, municipal (onde tem eleição este ano).

A revolução brasileira tende a ganhar impulso por um detalhe fundamental: a classe C, que cresceu nos últimos anos, não aceita bem a ideia de voltar a ser classe D. A insatisfação de quem não aceita recuar nas conquistas sociais tende a fazer a diferença. Além disso, tem outro fenômeno pouco percebido: a revolta dos professores. Foi a mobilização deles que ajudou a eleger Lula e sua turma. Agora, será o descontentamento deles quem irá derrubar a petelândia.

O que vem por aí, ainda não está claramente definido. Mudanças estão em andamento. Abortar a Revolução Brasileira não será fácil. O Estado Capimunista Rentista Corrupto sofre seu mais intenso desafio. Tomara que entre pelo cano. Temos de ajudá-lo a se ferrar.
Crovís André
12/01/2016 12:00
Maldade? Bem creio que não se trata de maldade e sim de realidade. Marcelo não é contra o PT, apoia e vota com o PT como demonstrou no decorrer do cargo que ocupa como sendo de "oposição".

Visse como estão querendo a Andréia de VICE? De nada adianta tentar desconstruir algo que não é construção alheia. Foi ela que conquistou com garra e determinação. O que incomoda é a independência dos podres e da podreira.

Não combina com a realidade ficar promovendo o Sr. Herculano à cabo eleitoral. Os méritos são da vereadora. Nenhum simpatizante colocou palavras e atitudes no trabalho dela.

Quanto ao Marcelo deixa ele Marcelo trabalhar!!!!!! Não é essa a reclamação? Ele já demonstrou para que veio, quem defende, o que pretende. Tão logo vai sair fazendo campanha a prefeito com "seus" cabos eleitorais. E no demais, vai colher o que plantou. Só isso. Não é Maldade, e nem minha culpa e do colunista. Cada um colhe o que planta.

Até!

Em tempo, não voto em gente de Chifre vermelho e nem em quem vive pendurado no chifre.
Missinha pra boi dormir
12/01/2016 11:42
Herculano e Mariazinha, concordo com vocês. Essa pregação não cola mais. Essa gente está atolada até as guampas.
Discurso mentiroso, enganador e oportunista.
Neste caso, lembro do outro ditado: Quanto mais rezo mais diabo aparece.
Herculano
12/01/2016 11:20
BEM AO ESTILO LULOPETISTA, editorial do jornal O Estado de S. Paulo

Jaques Wagner, ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República, é o exemplo típico do militante petista, de origem sindical, bem sucedido na vida pública e privada, identificado com o estilo e os métodos do chefão Lula, de quem é considerado, dentro do próprio PT, como uma versão "envernizada". Hoje é um dos principais protagonistas da cena política e chega a ser apontado, dentro e fora de seu partido, como uma possível opção petista para disputar a sucessão de Dilma Rousseff em 2018, um plano B para a hipótese de Lula desistir de se candidatar.

Tal qual muitos altos dirigentes petistas, Jaques Wagner vê-se às voltas com denúncias de seu envolvimento em transações financeiras estranhas, de acordo com o que revelam mensagens entre ele e o ex-presidente da construtora OAS, Léo Pinheiro, gravadas em aparelhos celulares apreendidos do ex-presidente da empreiteira, já condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Além disso, em delação premiada do ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró ?" outro condenado por corrupção ?" Wagner é acusado de ter recebido recursos desviados da estatal para a campanha de sua primeira eleição ao governo da Bahia, em 2006.

A trajetória política de Wagner, sempre dentro do PT, do qual foi fundador quando ainda era dirigente sindical dos trabalhadores na petroquímica em Salvador, ganhou projeção a partir da eleição de Lula à Presidência da República, quando foi nomeado ministro do Trabalho e, dois anos depois, titular da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, onde passou a ter papel de destaque na coordenação política do governo, logo após a saída de José Dirceu da chefia da Casa Civil. Este último foi substituído por Dilma Rousseff, a quem Lula atribuiu a responsabilidade pela coordenação administrativa. Wagner deixou Brasília para se candidatar ao governo da Bahia em 2006. Reelegeu-se em 2010. Em 2015, quando Dilma assumiu seu segundo mandato, voltou à capital federal como ministro da Defesa. E naquela pasta ficou até outubro último, quando Dilma finalmente cedeu à pressão de Lula e o transferiu para a Casa Civil em substituição ao notório Aloizio Mercadante.

Nas novas funções, Wagner dedicou-se desde logo ao desafio de promover a distensão das relações do PT com seu principal aliado, o PMDB, atendendo à prioridade de esvaziar a campanha do impeachment de Dilma. Sendo a habilidade política a sua principal credencial para o cargo que ocupa, Wagner, em evidente articulação com Lula, passou a fazer declarações calculadamente ousadas, na tarefa de mais longo prazo de recuperar a imagem do PT.

Foi com esse objetivo que, a pretexto de fazer uma autocrítica do partido diante dos erros que resultaram na crise política, econômica e moral em que o País está mergulhado, Wagner admitiu que o PT deixou de fazer as necessárias reformas políticas quando tinha força para isso, porque seus quadros preferiram "lambuzar-se" com as delícias do poder. Esse é o tipo da afirmação que Lula jamais faria ?" seria abusar da credulidade até dos mais desavisados ?", mas, na boca de outro, pode sensibilizar antigos militantes e simpatizantes de boa-fé que estão hoje recolhidos a um constrangido desapontamento diante da evidência de que os governos petistas não conseguiram garantir aos brasileiros honestos as mesmas possibilidades de prosperidade que ofereceram a políticos, funcionários e empresários inescrupulosos.

Assim, o fato de mais um figurão do PT, agora o ministro Jaques Wagner, tornar-se alvo de denúncias de corrupção demonstra apenas o óbvio: a começar por Lula ?" que se disse traído e pediu desculpas ao País pelo mensalão e depois, do alto de sua enorme popularidade, passou a chamar de "farsa" o escândalo que levou a Suprema Corte a colocar na cadeia uma quadrilha de "guerreiros do povo brasileiro" ?", a grande proeza dos petistas e aliados em 13 anos de "lambuzação" no poder foi criar a mais seleta e ousada elite de amigos do alheio que enriqueceram à custa do desvio dos recursos que faltam para a educação, a saúde, a segurança, etc.

A presidente Dilma vive repetindo que é honesta, que não admite e combate a corrupção no governo. Dá para imaginar, então, o enorme constrangimento que lhe é imposto pela obrigação de conviver com pessoas que não sabe se amanhã deixarão de ser apenas suspeitas de graves malfeitos.
Chico Silva
12/01/2016 11:16
Tambem fui no Procon hoje, não tinha ninguem lá pra atender cade o pessoal do Procon, essa turma do PT são uns enganadores mesmo quando a gente mais precisa somem.
Herculano
12/01/2016 10:13
A SANTA ALIANÇA CONTRA A LAVA-JATO, por Carlos Alberto Torres, professor da UNB, para o jornal Correio Braziliense

A sociedade brasileira, pouco a pouco, vai compreendendo quem são e como reagem os que temem a Operação Lava-Jato. Contra ela se levanta, tacitamente, uma poderosa "santa aliança", que é necessário reconhecer e denunciar.

Essa aliança é poderosa, porque os implicados ocupam ou ocuparam os cargos mais altos e destacados da república, e estão presentes na vida política e empresarial. Ela é "santa" porque não é santa, nem ética; e, acima de qualquer matiz político-ideológico, o que os une é o seu temor à Lava-Jato. A maioria dos parlamentares nem sequer consegue esconder o seu desconforto diante dela. No Congresso Nacional, mesmo os que a apoiam se sentem constrangidos diante de seus pares! Duro dizê-lo, e ouvi-lo, não é verdade? Mas, essa é a realidade.

Os implicados têm muito a perder! Aqui, são patrimônios físicos e financeiros milionários obtidos em operações fraudulentas; ali, mandatos, biografias e relações de negócio construídos a golpes de esperteza e de ilegalidade, raramente conquistados pela capacitação, pelo mérito com o trabalho duro, ou pelo compromisso cidadão! Esses, até aqui, têm se beneficiado da notória tolerância com os criminosos de colarinho branco que assaltam a sociedade brasileira!

Mas, acostumados a escapar impunes, o que realmente os assusta é constatar a inexorabilidade do andamento das ações da justiça. A Lava Jato, que é o símbolo dessas ações, se converteu na mais importante e bem-sucedida operação anticorrupção da história da justiça brasileira. Basta ver o balanço concreto dos seus resultados. Desesperam-se, porque não tem sido mais suficiente a contratação de bons e caros advogados, um ingrediente do estado de direito, para impedir que as ações da justiça estejam expondo e punindo os seus crimes!

Como se chegou à Lava-Jato? Em primeiro lugar, ela representa um fenômeno novo de protagonismo da justiça na luta contra a impunidade dos crimes de colarinho branco, cujo suporte legal é a Constituição de 1988 e a evolução da legislação anticorrupção que a ela se seguiu. Em segundo lugar, porque surgiu uma nova geração de servidores da justiça, filhos legítimos da nova Constituição democrática, policiais federais, procuradores do MPF e juízes federais, dispostos a abraçar a missão da luta contra a impunidade. Eles são jovens e concursados, e o juiz Sérgio Moro simboliza a competência, firmeza e coragem de todo esse time. Poucas vezes, no Brasil, tantos deveram tanto a tão poucos!

Sem reticências, a Operação Lava-Jato está desnudando o papel da corrupção para financiar a conquista e a manutenção do poder político. Essa é a sua importância histórica! Em particular, após a chegada do PT ao poder em 2002, isso ficou mais claro com os fatos trazidos à luz pelo mensalão e pelo petrolão. Ficou evidenciada a existência de um sistema inovador, o da "corrupção estratégica", orientada por um projeto político, e por possuir um comando e planejamento centralizado para atingir os seus objetivos. Ela se diferencia da velha e conhecida "corrupção laissez faire", que não possui comando ou planejamento centralizado.

As ações da "santa aliança" contra a Lava Jato se revelam a cada dia. Para resumir, sem esgotar, tentam: (1) táticas de desmoralização, acusando-a de seletividade, de parcialidade, de "judicializar a política"etc., e colocam em dúvida a seriedade ética dos seus membros; (2) ameaças e intimidações veladas a seus membros e familiares; (3) fragilizar o aparato legal que sustenta as ações anticorrupção, como com o envio para o Congresso, no apagar das luzes de 2015, da MP nº 703, que visa diminuir a prerrogativa do ministério público de celebrar acordos de leniência, e dificultar o instituto da delação premiada; (4) diminuir os recursos para as operações anticorrupção, como aconteceu com a redução em cerca de R$ 100 milhões do orçamento de 2016 destinados à polícia federal.

O que intentam são "acordos por cima" para garantir a impunidade! Se isso acontecer, mais uma vez, serão lesados os interesses dos brasileiros. Estaríamos cegos a isso? A sociedade estaria indefesa? Não creio, a não ser que, com o seu silêncio, ela queira participar, também, dessa conspiração!

Existiria para a sociedade maior radicalidade democrática e republicana do que apoiar e garantir as ações anticorrupção da justiça, e a integridade da Lava-Jato, para construir, passo a passo, a cultura da intolerância contra a impunidade dos crimes de colarinho branco?
Herculano
12/01/2016 10:10
BARAFUNDA POLÍTICA, por Merval Pereira para o jornal O Globo

Pelo jeitão que está tomando, a próxima disputa presidencial, seja em 2018, ou antes, dependendo do que venha a acontecer, será tão ou mais diversificada do que a de 1989, quando simplesmente todos os principais líderes políticos aquela época participaram da campanha. E deu no que deu, Collor vitorioso, sem condições de governar o país, acabou impedido, contra um Lula que já admitiu que não estava preparado para ser presidente naquele momento.

Se naquela época não se sentia pronto, imagine-se o que faria, diante do que se sabe que fez 13 anos depois. A barafunda que se avizinha pode ser percebida pelos candidatos que se colocam em campo e pela divisão profunda no PSDB, o maior partido de oposição.

Com o senador Aécio Neves dominando a máquina partidária e aparecendo nas pesquisas como o favorito de uma hipotética corrida presidencial, outros líderes tucanos buscam alternativas. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, ele mesmo um potencial candidato do PMDB "se o cavalo passar encilhado", declarou que gostaria de ver o senador José Serra nas hostes peemedebistas como o candidato oficial do partido.

Essa possibilidade esteve mais visível quando o impeachment parecia mais viável, com Serra podendo tornar-se um superministro da Fazenda num governo de coalizão presidido por Michel Temer. A viabilidade da candidatura dependeria do seu sucesso no cargo, o que desde já parece uma missão impossível: recuperar a economia sem cometer maldades que lhe inviabilizem a candidatura.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmim, outro eterno candidato, começa a se colocar mais claramente, mas parece disposto a cometer o mesmo erro pela segunda vez: se aproxima do MST. Um erro, aliás, que acometeu também Serra na campanha de 20010: tentar se afastar do governo Fernando Henrique e se vender como próximo de Lula, ou da esquerda de maneira geral.

Alckimin em 2006, para rebater as acusações de que era favorável às privatizações até de ícones da esquerda como a Petrobras ou o Banco do Brasil, em vez de defender a lógica das privatizações do governo Fernando Henrique, enfiou-se em um ridículo colete com as logomarcas de todas as estatais, para garantir quer elas seriam intocáveis em um eventual governo seu.

O próprio marqueteiro João Santana, depois de vencida a batalha que parecia ameaçada ?" Alckmin terminou o primeiro turno com uma votação inesperada de 41%, mas no segundo teve menos votos -, deu entrevistas dizendo-se surpreso com a falta de defesa da privatização da telefonia, por exemplo, que ajudara muito até mesmo os trabalhadores.

Pois agora Alckmin se abraça ao MST, como se fosse possível tirar daí alguma vantagem política. Revelando uma ambigüidade só comparável à sua inabilidade ao implantar uma reforma de ensino sem prévio debate entre educadores e alunos que encaminhasse a mudança de maneira menos autoritária.

Os benefícios que a reforma traria, na opinião de especialistas não engajados politicamente, ficaram ofuscados pela atitude imprudente do governo. Para se ter uma ideia do que a atitude de Alckmin pode produzir, o máximo de elogio que o líder do MST Gilmar Mauro conseguiu dizer foi: "É surpreendente e bom que esse projeto venha de um governo tucano. Isso ajuda a pressionar a esquerda e o governo".

Alckmin estaria disposto a entrar para o PSB, partido de seu vice, para disputar a presidência. E o senador tucano Álvaro Dias, sem espaço, vai para o Partido Verde para ser candidato. Mas não parece ter futuro nesse campo, pois terá pela frente a ex-ministra Marina, a verdadeira candidata ecológica. Só de origem do PSDB teríamos então, num cenário radical, quatro candidatos.

O ex-ministro Ciro Gomes começa a afiar sua língua para se lançar mais uma vez à presidência da República, o que pode ser um trunfo nesse debate que se avizinha, mas também uma fonte de autodestruição, como já aconteceu na eleição de 2002. Sua chegada ao PDT retirou do senador Cristovam Buarque a chance de ser novamente o candidato, e ele busca outra legenda.

A direita já aparece com dois candidatos, Jair Bolsonaro e Ronaldo Caiado. E o PT busca uma candidatura alternativa à de Lula, que pode ser a única opção, mas depende da Operação Lava-Jato e da Zelotes. Os demais potenciais candidatos petistas são abatidos como moscas sempre que tentam voar mais alto, vide o ministro-chefe do Gabinete Civil Jaques Wagner, vítima da maldição da Casa Civil nos governos petistas.
Jeronimo Santos
12/01/2016 09:12
HERCULANO

Outras vezes escrevi e vc não publica, mas vamos tentar mais uma ve! Porquê tanta mLdade nesse coração e pq tanta mentira?

Vc não vê vc deixa claro q vc se tornou um cabo eleitoral da Andreia? Será devido aquele terreninho q vc comprou do estado por uma bagatela, ofericido a vc pelo mentor intelectual da Andreia, o Sr Adilson Schmitz?

Porque essa perseguição com o Marcelo Brick, vc sabe q somos contra o PT e a Andreia pode ser até nossa visse, pense nisso, é ótima chance para vcs!

Dificilmwnte vc irá publicar, mas o recado é principalmente para vc!
Gergeval
12/01/2016 08:39
Sr. Herculano,

O senhor não falar nada da delação do Cerveró sobre a propina do FHC tão bandido quanto a todos os demais ja delatados?

Qual o motivo de vocês da grande imprensa e a vocês da imprensa marrom calarem-se?

E a proteção da maçonaria ou que diabos é isso?
Aposto que não vai falar nada.
herculano
12/01/2016 07:19
A NOSSA MALDIÇÃO DO PETROLEO, por Vinicius Torres Freire

O barril de petróleo pode baixar a US$ 20, alardeiam grandes bancões do mundo em suas previsões. Ontem, baixou a US$ 32. Até meados de 2014, o preço andava pela casa de US$ 100. E daí?

O preço importa, entre vários motivos, pois: 1) Levanta perguntas importantes sobre o que a Petrobras vai ser quando deixar de decrescer; 2) Suscita perguntas ainda mais graves sobre a política de energia do Brasil, não apenas no médio prazo; 3) Indica que há receios importantes sobre o que vai acontecer com a China, o que nos afeta diretamente.

No curto prazo, pelo menos, a queda do preço do petróleo não arrebenta a Petrobras, que vende um diesel quase 50% mais caro que o do mercado internacional (e gasolina 35% mais cara). Porém, o que a empresa planeja fazer da vida, caso o preço permaneça em baixa, além do mais sabendo-se que sua produção não é barata, no pré-sal?

A pergunta sobre os planos futuros da Petrobras não seria tão dramática se a petroleira não fosse amarrada por tantas normas, intervenções e manipulações do governo, que a arruinou, nos anos Dilma Rousseff. A Petrobras é obrigada a comprar máquinas e equipamentos caros por causa de ordem do governo (comprar produto nacional, até certa medida), para ficar num exemplo.

A Petrobras não é uma empresa qualquer. Já foi responsável por mais de 10% do investimento do país. Arruinada como foi, contribuiu para afundar a economia do Brasil. Uma empresa mais livre poderia ter repensado suas estratégias, antes do desastre.

Quais são seus planos, dado que está superendividada, tendo de lidar com essa baixa medonha de seu principal produto, ora sustentada pelo sobrepreço dos combustíveis no mercado nacional, desacreditada, dada a roubança e o excesso de dívida? Aliás, quais são os planos do governo?

Decerto as previsões de preço de petróleo são chutes terríveis, talvez tão ruins quando os prognósticos sobre taxas de câmbio.

A Energy Information Agency, dos EUA, prevê barril a US$ 56 em 2016 (Brent). Há bancões prevendo, na média, US$ 46. Prevê-se que a produção fora da Opep vá baixar neste ano, que os estoques vão crescer menos que em 2015, apesar de a Arábia Saudita ainda comandar o movimento de inundar o mundo de petróleo, a fim de arrebentar a concorrência. Logo, apesar das projeções baixistas de curto prazo dos bancões, em tese haveria recuperação de preços. O curto prazo, porém, não é bom guia para políticas de energia.

Como serão tomadas as decisões de investir em energia no país? O governo vai engessar o mercado a ponto de impedir soluções criativas? O que se deve esperar do pré-sal? A política de preços de combustíveis será razoável o bastante para não arruinar o setor?

Considere-se: no ano passado, o consumo de derivados de petróleo caiu mais de 5% no Brasil. O consumo de etanol subiu 35%, recuperando-se da desgraça dos preços artificialmente baixos e tabelados da gasolina, obra dos anos Dilma que arrebentou tanto a indústria de álcool quanto a Petrobras. No médio e longo prazo, quanta energia virá de petróleo e hidrelétricas, em vez de fontes alternativas mais limpas?

Não há falta de rumo apenas na política econômica. O governo do Brasil todo está atolado.
herculano
12/01/2016 07:11
MP DE DILMA BARRA O TCU E PROTEGE EMPREITEIRAS

A medida provisória que neutralizou os rigores da Lei Anticorrupção, assinada por Dilma enquanto o País se distraía com as festas de fim de ano, segundo ministros do Tribunal de Contas da União (TCU), é parte da estratégia do Planalto de impedir o acesso de auditores da Corte ao passo-a-passo dos indecorosos "acordos de leniência", e preservar o negócio dos controladores das empresas que roubaram a Petrobras.

Eles venceram

Acordos de leniência autorizam o governo a contratar as empresas da gatunagem à Petrobras, o que era vedado pela Lei Anticorrupção.

Tudo dominado

A MP da Vergonha, assim batizada no TCU, retarda indefinidamente a conclusão dos acordos e autoriza o governo a contratar as empresas.

Mantenha distância

Além de isolar o TCU, a MP de Dilma também objetiva manter o Ministério Público Federal distante dos "acordos de leniência".

Conchavo blindado

O TCU fiscalizava acordos de leniência desde as tratativas. Com a MP da Vergonha, só tomará conhecimento após a CGU, e assiná-los.

Governo vai à feira e torra R$ 52,5 mil em hortifruti

A Secretaria de Governo da Presidência da República, chefiada pelo ministro Ricardo Berzoini, decidiu ir às compras sem a preocupação de economizar. Segundo edital liberado nesta segunda-feira (11), vai gastar mais de R$ 52,5 mil apenas em produtos hortifrutigranjeiros. No carrinho de compras do exigente chef de cozinha da turma de Dilma, estão cinco tipos de batata, três de maçã e outros quatro de pepino.

Especialidade da casa

Oficialmente, as compras da Secretaria de Governo seriam para a Aeronáutica, que tem histórico de gastanças na área de gastronomia.

Qualidade 'tipo 1'

O edital para a "feira" de R$ 52,5 mil no âmbito da Presidência da República condiciona a compra à alta qualidade dos produtos.

Por nossa conta

Em outros escândalos, militares gastaram sem piedade dinheiro público em bebidas e iguarias como bombons, filés de salmão, até sushis.

Política na Holanda

Resgatando compromissos de campanha, o parlamento da Holanda discute a redução de salários dos políticos e cortes no orçamento da família real. E a capital, Amsterdã, registrou em 2015 o menor número de assassinatos das últimas duas décadas: 14. Durante o ano todo.

Política no Brasil

Projeto do deputado Heráclito Fortes (PSB-PI) torna os ventos patrimônio da União. Logo haverá alguém criando uma estatal chamada Ventobrás. Silvio Costa (PTB-PE) acha burocracia bobagem: quer tornar obrigatórios o emplacamento e licenciamento de bicicletas.

Balão de ensaio

Aliados do governo suspeitam da proposta para discutir a Reforma da Previdência. Dilma não conseguiu tocá-la no primeiro mandato, quando tinha amplo apoio. Com impeachment à porta, a situação piora.

Mudança no TST

O paulista Ives Gandra da Silva Martins Filho, 56, será o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST) nos dois próximos anos. Sua posse será em 25 de fevereiro. O potiguar Emmanoel Pereira e o carioca Renato de Lacerda Paiva serão os novos vices.

Alívio

Conhecida por ser grosseira no tratamento a subordinados, Dilma proporcionou uma alegria inesperada aos funcionários do Planalto: passou a semana fora. Despachou do Palácio da Alvorada.

Afrísio, 86

Morreu aos 86 anos em Salvador o ex-deputado Afrísio Vieira Lima, pai do ex-ministro Geddel e do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). Ele virou ídolo da oposição, certa vez, quando aplicou um certeiro cruzado de direita no queixo do temido ACM, então governador da Bahia.

Fim do carnaval

Virou notícia no Financial Times os efeitos "da pior recessão desde 1930" no Brasil: o cancelamento de festividades do Carnaval em várias cidades como Campinas, Porto Ferreira, Macapá, Lavras do Sul etc.

Lula, o inimputável

A Receita apura se bancos deram aspecto lícito a operações ilegais de crédito, no Brasil, entre o grupo Schahin e a Petrobras. Segundo o Ministério Público Federal, José Carlos Bumlai, amigo de Lula, mediou contratos entre o grupo e a Petrobras. E Lula não investigado?!

Pensando bem...

?o ano mal começou, mas o governo queria mesmo é que já fosse 2017.
herculano
12/01/2016 07:04
CADA VEZ MAIS PERTO. PRINCIPAL MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTA TERÇA-FEIRA: DELAÇÃO DE CERVERO LIGA LULA A EMPRÉSTIMO SOB INVESTIGAÇÃO

Parte 1

Texto de Rubens Valente, Aguirre Talento e Márcio Falcão, da sucursal de Brasília. O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró afirmou, em delação premiada, que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu-lhe um cargo público em 2008 como "reconhecimento" pela ajuda que ele prestou para quitar um empréstimo de R$ 12 milhões considerado fraudulento pela Operação Lava Jato.

É a primeira vez que um delator do caso envolve Lula diretamente no episódio.

Em 2004, o fazendeiro José Carlos Bumlai obteve empréstimo do Banco Schahin e diz ter repassado R$ 6 milhões para o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto, que, segundo a Lava Jato, detinha informações comprometedoras sobre o PT na região.

Anos depois, sob o comando de Nestor Cerveró, a diretoria Internacional da Petrobras aceitou contratar a Schahin Engenharia por US$ 1,6 bilhão para a operação de um navio-sonda, o Vitoria 10.000.

Segundo as investigações, o contrato seria uma forma de o PT retribuir o grupo Schahin pelo empréstimo.

Cerveró ficou na diretoria entre 2003 e 2008, e em seguida, foi nomeado diretor financeiro e de serviços de uma subsidiária da estatal petroleira, a BR Distribuidora.

O delator contou que Lula "decidiu indicar" seu nome para o novo cargo "como reconhecimento da ajuda do declarante [Cerveró]", ou seja, por ele "ter viabilizado a contratação da Schahin como operadora da sonda". A atuação também rendeu a Cerveró "um sentimento de gratidão do PT".

No termo de colaboração, não consta que Cerveró tenha sido indagado diretamente pelos investigadores se Lula sabia da finalidade do empréstimo concedido pela Schahin ou do sistema de "quitação" da dívida por meio do navio-sonda.

Em seu depoimento, Bumlai admitiu que o empréstimo contraído no Banco Schahin foi usado para quitar dívidas do PT, mas isentou Lula de participação no negócio. O empréstimo, disse o pecuarista, nunca foi pago. A contratação do navio-sonda implicou no pagamento de propina estimada em US$ 25 milhões a funcionários da Petrobras, políticos e lobistas.

'ESVAZIAR' CPI

No mesmo depoimento, de 7 de dezembro, Cerveró também afirmou que Lula atribuiu ao então senador José Eduardo Dutra (PT-SE) "missão de participar do 'esvaziamento' da CPI da Petrobras" instalada no Congresso em 2009.
herculano
12/01/2016 07:04
CADA VEZ MAIS PERTO. PRINCIPAL MANCHETE DO JORNAL FOLHA DE S. PAULO DESTA TERÇA-FEIRA: DELAÇÃO DE CERVERO LIGA LULA A EMPRÉSTIMO SOB INVESTIGAÇÃO

Parte 2

Dutra, morto em outubro passado, tinha "facilidade de diálogo, inclusive com a oposição", segundo Cerveró. Dutra havia sido presidente da Petrobras, e deixara a chefia da BR Distribuidora em 2009. O argumento para a saída divulgado na época foi sua candidatura à presidência do PT. Ele foi escolhido para presidir sigla a partir de 2010.

COLLOR

Cerveró, no depoimento, também atribuiu a Lula decisão de ter "concedido influência sobre a BR Distribuidora" ao senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL). Poder semelhante teria sido dado ao alagoano pela presidente Dilma Rousseff, conforme o delator alegou ter ouvido do senador.

Segundo Cerveró, por volta de setembro de 2013 ele foi chamado a Brasília para uma reunião com Collor na Casa da Dinda, residência do senador. Na ocasião, o senador disse ter falado com Dilma, "a qual teria dito que estavam à disposição de Fernando Collor a presidência e todas as diretorias da BR Distribuidora".

Cerveró foi mantido no cargo de diretor financeiro. Para ele, isso ocorreu para que "não atrapalhasse os negócios conduzidos" por Collor na estatal.

OUTRO LADO

O Instituto Lula informou nesta segunda que não iria se manifestar sobre as declarações do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

"Não comentamos vazamentos ilegais, seletivos e parciais de supostas alegações que alimentam a um mercado de delações sem provas em troca de benefícios penais", afirmou o instituto.

O Palácio do Planalto também não quis comentar. A Folha não conseguiu localizar os advogados nem a assessoria do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL).

Em depoimento à Polícia Federal, o pecuarista José Carlos Bumlai afirmou que pegou emprestado R$ 12 milhões do Banco Schahin em 2004 para repassar ao caixa dois do PT. Bumlai relatou aos policiais que metade desse valor foi destinado ao PT de Santo André, onde o partido teria sido chantageado por um empresário, Ronan Maria Pinto, que teria pedido R$ 6 milhões para não contar o que sabia sobre o caixa dois do diretório local e a relação desses recursos com o assassinato do prefeito Celso Daniel, ocorrida em 2002.

Os outros R$ 6 milhões foram enviados ao PT de Campinas para quitar dívidas de campanha, segundo a confissão de Bumlai.

O PT não se manifestou nesta segunda. Após as declarações de Bumlai, o PT refutou que tenha recebido recursos ilegais do pecuarista e disse que "todas as doações recebidas pelo PT aconteceram estritamente dentro da legalidade e foram posteriormente declaradas à Justiça".
Sidnei Luis Reinert
12/01/2016 06:49
PF pediu indiciamento de Pimentel. PGR negou.

Governador mineiro é investigado por lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos

Por Implicante |




A Procuradoria Geral da República negou pedido da PF para indiciar o governador de MG, Fernando Pimentel, investigado na Operação Acrônimo. A justificativa foi que o requerimento deve partir de um magistrado, não de um delegado.

Segundo a coluna de Lauro Jardim, após a conclusão do inquérito o caso deve ser remetido para o STJ, onde dificilmente o governador escapará de ser indiciado pelo suposto envolvimento no esquema de lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos que irrigaram sua campanha.
Herculano
11/01/2016 20:46
POR QUE MARCOS VALÉRIO TIRA O SONO DO PT, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 1

Empresário condenado a 37 anos de cadeia negocia acordo de delação premiada: vejam por que Lula, Okamotto e Palocci estão tomando ansiolíticos

Há muita gente que tira o sono do governo, dos petistas como um todo e de Lula em particular. Um deles retorna do passado. Trata-se do empresário Marcos Valério, que foi apontado como operador do mensalão e que amarga uma condenação de 37 anos, a mais dura pena pelo escândalo, o que, convenham, é uma piada. Os agentes políticos daquela tramoia estão soltos. José Dirceu voltou à cadeia, sim, mas por causa do petrolão.

Pois é? VEJA já havia informado que Valério estava propenso a fazer um acordo de delação premiada. Agora, Marcelo Leonardo, seu advogado, confirma a possibilidade e diz que já está negociando os termos. Afirmou ele ao Globo: "Estive em Curitiba para tratar de outros casos, e os procuradores perguntaram se o Marcos Valério teria interesse em colaborar. Fui encontrá-lo em Belo Horizonte, e ele disse que está disposto, desde que o Ministério Público faça um acordo com todos os benefícios que a lei da delação permite. Eu e os procuradores ficamos de voltar a nos encontrar talvez já na próxima semana".

A Lei 12.850, que trata da formação da organização criminosa e que define as condições do que lá é chamado de "colaboração premiada", estabelece, no Parágrafo 5º do Artigo 4º: "Se a colaboração for posterior à sentença, a pena poderá ser reduzida até a metade ou será admitida a progressão de regime, ainda que ausentes os requisitos objetivos".

Convenham: para quem amarga 37 anos, trata-se de um benefício considerável ?" desde, é evidente, que a colaboração traga elementos novos, que elucidem o crime cometido e contribuam para a investigação.

Valério já tentou antes um acordo com o Ministério Público. Por alguma razão, a coisa não prosperou. Leiam, abaixo, uma síntese do que ele afirmou ao MP em depoimento dado em dezembro de 2012:

1 ?" O esquema do mensalão pagou as despesas pessoais de Lula em 2003;
2 ?" dinheiro foi depositado na conta de seu carregador de malas, Freud Godoy (aquele do escândalo do aloprados);
3 ?" Lula participou pessoalmente das operações de "empréstimos" fraudulentos dos bancos Rural e BMG ao PT;
4 ?" os "empréstimos foram acertados dentro do Palácio do Planalto;
5 ?" Valério diz que é o PT quem paga seus advogados (R$ 4 milhões);
6 ?" Paulo Okamotto, que hoje preside o Instituto Lula, o ameaçou pessoalmente de morte;
7 ?" Lula e Palocci negociaram com o então presidente da Portugal Telecom a transferência de recursos ilegais para o PT;
8 ?" Luiz Marinho, agora prefeito de São Bernardo, foi quem negociou as facilidades para o BMG nos empréstimos consignados;
9 ?" o dinheiro que pagou chantagistas que ameaçavam envolver Lula no assassinato de Celso Daniel foi intermediado pelo pecuarista José Carlos Bumlai;
10 ?" o senador Humberto Costa (PT-PE) também recebeu dinheiro do esquema.
Herculano
11/01/2016 20:45
POR QUE MARCOS VALÉRIO TIRA O SONO DO PT, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 2

Hoje já se sabe que José Carlos Bumlai foi uma espécie de laranja de um empréstimo do Banco Schahin para o PT e que o dinheiro teria sido usado para pagar pessoas que ameaçavam envolver Lula e Gilberto Carvalho no assassinato do prefeito de Santo André. Agora preso, Bumlai admite, sim, a condição de laranja. E o dinheiro foi mesmo para aquela cidade.

Reportagem da VEJA
Reportagem da VEJA de setembro de 2012 revelara o que a revista chamou de conversas que Valério mantinha com seus interlocutores. Boa parte bate com o conteúdo do que ele afirmou depois ao Ministério Público. Leiam trechos da reportagem.

"O CAIXA DO PT FOI DE R$ 350 MILHÕES"
A acusação do Ministério Público Federal sustenta que o mensalão foi abastecido com R$ 55 milhões de reais tomados por empréstimo por Marcos Valério junto aos bancos Rural e BMG, que se somaram a R$ 74 milhões desviados da Visanet, fundo abastecido com dinheiro público e controlado pelo Banco do Brasil. Segundo Marcos Valério, esse valor é subestimado. Ele conta que o caixa real do mensalão era o triplo do descoberto pela polícia e denunciado pelo MP. (?) "Da SM P&B vão achar só os R$ 55 milhões, mas o caixa era muito maior. O caixa do PT foi de R$ 350 milhões, com dinheiro de outras empresas que nada tinham a ver com a SMP&B nem com a DNA".

LULA ERA O CHEFE DO ESQUEMA, COM JOSÉ DIRCEU
Lula teria se empenhado pessoalmente na coleta de dinheiro para a engrenagem clandestina, cujos contribuintes tinham algum interesse no governo federal. Tudo corria por fora, sem registros formais, sem deixar nenhum rastro. Muitos empresários, relata Marcos Valério, se reuniam com o presidente, combinavam a contribuição e em seguida despejavam dinheiro no cofre secreto petista. O controle dessa contabilidade cabia ao então tesoureiro do partido, Delúbio Soares, que é réu no processo do mensalão e começa a ser julgado nos próximos dias pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa. O papel de Delúbio era, além de ajudar na administração da captação, definir o nome dos políticos que deveriam receber os pagamentos determinados pela cúpula do PT, com o aval do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado no processo como o chefe da quadrilha do mensalão: "Dirceu era o braço direito do Lula, um braço que comandava".
(?)

VALÉRIO SE ENCONTROU COM LULA NO PALÁCIO DO PLANALTO VÁRIAS VEZES
A narrativa de Valério coloca Lula não apenas como sabedor do que se passava, mas no comando da operação. Valério não esconde que se encontrou com Lula diversas vezes no Palácio do Planalto. Ele faz outra revelação: "Do Zé ao Lula era só descer a escada. Isso se faz sem marcar. Ele dizia vamos lá embaixo, vamos". O Zé é o ex-ministro José Dirceu, cujo gabinete ficava no 4º andar do Palácio do Planalto, um andar acima do gabinete presidencial. (?) Marcos Valério reafirma que Dirceu não pode nem deve ser absolvido pelo Supremo Tribunal, mas faz uma sombria ressalva. "Não podem condenar apenas os mequetrefes. Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio e o Zé não falamos", disse, na semana passada, em Belo Horizonte. Indagado, o ex-presidente não respondeu.
(?)
Herculano
11/01/2016 20:44
POR QUE MARCOS VALÉRIO TIRA O SONO DO PT, por Reinaldo Azevedo, de Veja.

Parte 3

PAULO OKAMOTTO, ESCALADO PARA SILENCIAR VALÉRIO, TERIA AGREDIDO FISICAMENTE A MULHER DO PUBLICITÁRIO
"Eu não falo com todo mundo no PT. O meu contato com o PT era o Paulo Okamotto", disse Valério em uma conversa reservada dias atrás. É o próprio Valério quem explica a missão de Okamotto: "O papel dele era tentar me acalmar". O empresário conta que conheceu o Japonês, como o petista é chamado, no ápice do escândalo. Valério diz que, na véspera de seu primeiro depoimento à CPI que investigava o mensalão, Okamotto o procurou. "A conversa foi na casa de uma funcionária minha. Era para dizer o que eu não devia falar na CPI", relembra. O pedido era óbvio. Okamotto queria evitar que Valério implicasse Lula no escândalo. Deu certo durante muito tempo. Em troca do silêncio de Valério, o PT, por intermédio de Okamotto, prometia dinheiro e proteção. A relação se tornaria duradoura, mas nunca foi pacífica. Em momentos de dificuldade, Okamotto era sempre procurado. Quando Valério foi preso pela primeira vez, sua mulher viajou a São Paulo com a filha para falar com Okamotto. Renilda Santiago queria que o assessor de Lula desse um jeito de tirar seu marido da cadeia. Disse que ele estava preso injustamente e que o PT precisava resolver a situação. A reação de Okamotto causa revolta em Valério até hoje. "Ele deu um safanão na minha esposa. Ela foi correndo para o banheiro, chorando."

O PT PROMETEU A VALÉRIO QUE RETARDARIA AO MÁXIMO O JULGAMENTO NO STF
O empresário jura que nunca recebeu nada do PT. Já a promessa de proteção, segundo Valério, girava em torno de um esforço que o partido faria para retardar o julgamento do mensalão no Supremo e, em último caso, tentar amenizar a sua pena. "Prometeram não exatamente absolver, mas diziam: 'Vamos segurar, vamos isso, vamos aquilo'? Amenizar", conta. Por muito tempo, Marcos Valério acreditou que daria certo. Procurado, Okamotto não se pronunciou.

"O DELÚBIO DORMIA NO PALÁCIO DA ALVORADA"
Nos tempos em que gozava da intimidade do poder em Brasília, Marcos Valério diz guardar muitas lembranças. Algumas revelam a desenvoltura com que personagens centrais do mensalão transitavam no coração do governo Lula antes da eclosão do maior escândalo de corrupção da história política do país. Valério lembra das vezes em que Delúbio Soares, seu interlocutor frequente até a descoberta do esquema, participava de animados encontros à noite no Palácio da Alvorada, que não raro servia de pernoite para o ex-tesoureiro petista. "O Delúbio dormia no Alvorada. Ele e a mulher dele iam jogar baralho com Lula à noite. Alguma vez isso ficou registrado lá dentro? Quando você quer encontrar (alguém), você encontra, e sem registro." O operador do mensalão deixa transparecer que ele próprio foi a uma dessas reuniões noturnas no Alvorada. Sobre sua aproximação com o PT, Valério conta que, diferentemente do que os petistas dizem há sete anos, ele conheceu Delúbio durante a campanha de 2002. Quem apresentou a ele o petista foi Cristiano Paz, seu ex-sócio, que intermediava uma doação à campanha de Lula.
(?)

EMPRÉSTIMOS DO RURAL FORAM FEITOS COM AVAL DE LULA E DIRCEU
"O banco ia emprestar dinheiro para uma agência quebrada?" Os ministros do STF já consideraram fraudulentos os empréstimos concedidos pelo Banco Rural às agências de publicidade que abasteceram o mensalão. Para Valério, a decisão do Rural de liberar o dinheiro ?" com garantias fajutas e José Genoino e Delúbio Soares como fiadores ?" não foi um favor a ele, mas ao governo Lula. "Você acha que chegou lá o Marcos Valério com duas agências quebradas e pediu: 'Me empresta aí 30 milhões de reais pra eu dar pro PT'? O que um dono de banco ia responder?" Valério se lembra sempre de José Augusto Dumont, então presidente do Rural. "O Zé Augusto, que não era bobo, falou assim: 'Pra você eu não empresto'. Eu respondi: 'Vai lá e conversa com o Delúbio'. "A partir daí a solução foi encaminhada. Os empréstimos, diz Valério, não existiriam sem o aval de Lula e Dirceu. "Se você é um banqueiro, você nega um pedido do presidente da República?"

Concluo
Dá para entender por que deve ter aumentado muito o consumo de remédio para dormir depois que Valério passou a negociar a delação premiada?

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