O leitor opina - Jornal Cruzeiro do Vale

O leitor opina

27/05/2011 02:30

Professores I
Queridos colegas de Gaspar, sou professora em Navegantes e moro em Balneário, viajo 34 km até a escola que trabalho, gasto dois tanques de gasolina por mês pois não tem ônibus até o bairro que leciono. Além de não termos ajuda de custo, pois o vale transporte só vale para transporte público, ganhamos uma miséria de salário, estudei entre graduação e pós durante sete anos, então agora me digam aqueles que criticam nosso movimento, se não temos razão de nos indignarmos com a situação? 
Sandra Morastoni de Campos | Balneário Camboriu


Professores II

Os professores estão brigando pelos seus direitos e devem ser apoiados por nós. Não podemos admitir que os mesmos que estão ali cuidando de nossos filhos sejam prejudicados. O movimento deles é justo, só espero que tirem do meio deles pessoas que estão ali por questões políticas e não pela causa. Se um dia aceitassem o projeto do Senador Cristovão Buarque, que pede para os filhos dos políticos estudarem em escola pública, aí sim os professores seriam melhor remunerados e trabalhariam em ambientes de qualidade, e não teriam que dar aula em várias escolas para aumentar sua renda.
Luis Cesar Hening | Gaspar


Professores III
Estou cursando o terceiro ano do ensino médio no Frei Godofredo. Hoje foi o último dia que tivemos aula, acho que devemos entrar em consenso, se é para entrar em greve, porque todos os professores não entram? No Frei, 60% dos professores não aderiram à greve, ocasionando transtorno durante o dia, aulas vagas, etc. Na minha opinião, se é para lutar pelos nossos direitos, por que todos os professores não entram em um senso comum e elaboram uma paralisação geral? Desse modo duvido que o Governo não entraria em ação! De fato, sou um mero e simples aluno, mas estou preocupado, pois este ano tenho vestibular para prestar.
Jonata Cardoso de Souza | Gaspar


Professores IV
Como já comentei em outras matérias, o povo do Vale e de Santa Catarina tem que aprender a votar, aproveitar as oportunidades quando elas aparecem, depois não adianta ficar chorando. Este caos na educação do Estado já é figurinha carimbada, basta ter memória e lembrar de outros governos. É sempre a mesma coisa, quando determinado partido entra no nosso Estado a educação ?sai?.
Eusélio Deocar Zimmermann | Gaspar


Professores V 

Eu sei que quem critica o trabalho árduo de um professor da rede pública nunca foi professor. Um professor trabalha além do que aquela carga horária pelo qual foi contratado. Além das aulas, faz parte do seu cotidiano; planejamentos, correções, formação continuada, PPP, Regimentos, Propostas Pedagógicas, eventos e mais, e muito mais. Fora os anos de estudos para alcançar uma graduação, pós-graduação, e quando se consegue pagar, um mestrado.
Se a vida de professor fosse tão fácil como dizem, estes profissionais estariam sobrando e não faltando. Os que não amam a profissão já estão fora, pois hoje o que não falta é emprego. Sorte da sociedade é que sempre tem alguém que possui vocação, mas estes também precisam comer.
Cleusa Elisabete Zimmermann | Gaspar


Cemitério Barracão
Em 2009 fiz a Indicação n° 14 solicitando que o Executivo providenciasse  a ampliação do espaço físico do Cemitério do Barracão. Atendendo ao nosso pedido, o Prefeito Pedro Celso Zuchi enviou a Câmara Projeto de Lei solicitando autorização legislativa para que o Município pudesse permutar áreas de sua posse e propriedade, localizadas no Sete Setembro, de 712,82m²,  por outra área no Barracão, anexa ao cemitério com área de 2.813,33m², de propriedade de Gilberto Schmitt Filho.
Apesar das áreas possuírem tamanhos diferentes, o valor dos imóveis era o mesmo da área de propriedade particular descrita no projeto, possibilitando a permuta pura e simples. Tal permuta era necessária para a ampliação do Cemitério, cuja falta de espaço tem sido um grande problema para a localidade, uma vez que a execução de novos sepultamentos encontra-se restringida. Eis que o referido Projeto foi à votação em 10/05 e foi rejeitado, numa atitude irresponsável, com os votos contrários dos vereadores Luiz Carlos Spengler Filho, Celso de Oliveira, Laércio José Krauss, Raul Schiller e Rodrigo Althoff, impedindo assim que o Cemitério seja ampliado e feito as demais melhorias. Para que possamos achar uma saída para este problema, convido todos os moradores das comunidades envolvidas para a reunião que acontecerá no próximo dia 27 de maio no Salão da Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Barracão.
Antonio C. Dalsóchio | Vereador


Correções
*Informamos que, diferente do que foi divulgado na coluna Chumbo edição 1293, onde uma entidade nos informou de que só receberia os recursos da FME no mês de junho, o diretor da Fundação, Renato Zimmermann, garante que os recursos foram liberados logo após a cerimônia de entrega dos cheques.
*Informamos ainda que a audiência pública que acontece no dia 27 para discutir a situação do cemitério do Barracão, será no salão de festas da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário e não no plenário da Câmara de Vereadores, conforme divulgado na edição 1294 do Jornal Cruzeiro do Vale.


Agradecimento
Quero agradecer o comparecimento da impressa que acompanhou a comissão de deputados e o secretário de infra estrutura em visita ao Complexo do Baú. Agradecimento especial também ao povo que se fez presente mostrando a seriedade e a confiança que tem em relação aos trabalhos prestados pela ADARB. Com a união de todos com certeza construiremos um futuro melhor.
Tatiana R. Reichert | Ilhota

 

edição 1295

Comentários

Sonia
30/05/2011 09:54
Ontem assistindo o programa do Fausto Silva, vi uma coisa que muito me emocionou.... "Os Caras de Pau", Leandro e Márcio falando da importância da escola e dos professores em suas vidas...Eles emocionados referindo-se aos professores como uma "jóia" preciosa.....
Porque os governos municipal, estadual e federal não dão essa importância a essa classe tão especial, eles esquecem que tiveram que passar pela escola, serem guiados por um professor para estarem aonde estão?????
LUIZ ORLANDO POLI - SOCIOLOGO
29/05/2011 11:29
EM UMA DE SUAS PREGAÇÕES ELE AFIRMAVA: "CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTÁRÁ". QUE CAMINHOS DEVEMOS PERCORRER PARA CONHECÊ-LA ! QUE INSTRUMENTOS DEVERMOS TER EM NOSSAS MÃOS PARA FAZÊ-LA PRAVALECER!. UMA SOCIEDADE SOMENTE SERÁ LIVRE EM CIMA DA VERDADE. POIS BEM, VAMOS A MANCHETE : " PROFESSORES QUEIMAM EM PRAÇA PUBLICA SEUS DIPLOMAS PARA CHAMAR A ATENÇÃO DE DEPUTADOS". A DRAMATICIDADE DESSA MANCHETE NOS REMETE A UMA PROFUNDA REFLEXÃO. QUE SOCIEDADE ESTAMOS CONSTRUINDO? PARA ONDE QUEREMOS IR ? PORQUE A CLASSE QUE DEVERIA SER A MAIS IMPORTANTE DE UMA SOCIEDADE É TRATADA COMO ALGO DE SEGUNDA CATEGORIA ? PORQUE A SOCIEDADE NÃO REAGE A ESSAS ATROCIDADES QUE FAZEM COM NOSSA EDUCAÇÃO ? PORQUE NA FILÂNDIA PAÍS COM UM ALTÍSSIMO IDH PROFESSORES SÃO ELEVADOS A CATERGORIA DE CELBRIDADES , ENQUANTO AQUI SÃO BBBs, JOGADORES DE FUTEBOL ? ORA, O ATRASO, O SUBDESENVOLVIMENTO SE JUSTIFICAM COM ESSA REALIDADE. ENQUANTO A SOCIEDADE NÃO DISPERTAR PARA COLOCAR A EDUCAÇÃO NO TOPO DAS PRIORIDADES COM A VALORIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DE NOSSOS PROFISSIONAIS DA AREA DA EDUCAÇÃO. O SALTO DE DESENVOLVIMENTO SOCIO-ECONOMICO QUE TANTO DESEJAMOS, CONTINUARÁ A SER ADIADO. OU FAZEMOS DA EDUCAÇÃO UMA POLITICA DE ESTADO OU ESTAREMOS CONDENADOS A SERMOS EMERGENTES POR MUITO MAIS TEMPO .
Lindair Maria Lanz Schneider
27/05/2011 23:34
Audiência pública promovida pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina em 26/05/2011.

O evento que ocorreu no Cristo Rei para homenagear os 150 anos da Freguesia São Pedro Apóstolo, me fez refletir sobre inúmeros fatos que a história nos conta, e que foi esquecida no referido acontecimento. O que eu vi além de uma enorme troca de gentilezas entre os deputados e as demais autoridades que compunham a mesa, foi um enorme estado de amnésia , pois no decorrer da cerimônia, a maioria das pessoas simplesmente levantavam-se e iam embora, pudera, os discursos das autoridades foram simples demais, não havia emoção ou algo que realmente trouxesse lembranças do quanto foi sofrido construir a nossa linda Igreja Matriz. Questiono pelo fato de não haver uma homenagem, pelo menos aos descendentes de quem realmente colocou "a mão na massa" ao que hoje é o cartão postal da cidade de Gaspar, lembro-me que fiquei impressionada quando uma professora de história contou-me quando eu estava no ensino médio, sobre as dificuldades enfrentadas por inúmeros gasparenses que traziam as enormes pedras que estão nas escadarias da Igreja,o transporte era feito por carroças, as mulheres faziam mutirões na cozinha enquanto os homens trabalhavam arduamente para que o sonho se realizasse, todo trabalho era voluntário e, aprendi com essa história, do quanto a união faz a diferença.
O melhor da Audiência foi ouvir a Banda São Pedro tocar, e fiquei frustrada em ver o coral Santa Cecília, vê-los, pois não cantaram, e eu esperando, talvez estavam de castigo...
Não podemos esquecer que a história é construída por laços sociais, é necessário entendermos o passado, para valorizarmos e presente, e construirmos melhor o futuro.
Aproveito esse espaço para homenagear os verdadeiros heróis dessa história, que não mediram esforços nem distâncias, que foram valentes, e por mais simples que foram, fizeram muita diferença, fizeram história, foram realmente importantes, se assim não fosse, não seriam lembrados agora.

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