Irresponsabilidade
Lamentavelmente, a irresponsabilidades de poucos tem afetado em muito a tranquilidade e saúde de muitos moradores do bairro Bela Vista. Já por inúmeras vezes, como morador do bairro, advertimos alguns que insistem em jogar lixos em terrenos vagos e com a agravante de que colocam fogo, exalando muita fumaça e mal cheiro em todo o bairro.
Há poucos dias atrás, quando pedi a alguns moradores que não jogassem e muito menos ateassem fogo em lixo no terreno vago na rua Amazonas, cheguei a ser agredido e gravemente ameaçado.
As fotos demonstram a que ponto chega a irresponsabilidade, ou seja, alguém colocou fogo em um terreno vago próximo à mata da rua Goiás, e o fogo rapidamente se alastrou, botando em risco a saúde e o patrimônio alheio.
Se não fosse o rápido atendimento e providências do corpo de bombeiros de Gaspar, o pior com certeza teria acontecido.
Precisamos cuidar mais de nosso bairro, precisamos evitar proliferação de caramujos, baratas, lixo em geral, e principalmente, abolir de vez o fogo próximo a moradias e à mata.
Alceu Torres Jr. | Gaspar
Trabalho para adolescentes
Li a reportagem sobre trabalho de adolescentes, da edição do Jornal Cruzeiro de sexta passada, e gostaria de dizer que trabalhar é maravilhoso e não mata ninguém.
Melhor trabalhar do que ficar na rua sem fazer nada, aprendendo a fazer coisas errada, como usar drogas! Essa lei está toda erradas!
Por que a Justiça não abre uma empresa enorme aqui em Gaspar e coloca essa turminha de adolescente que tá vendendo drogas para trabalhar? Tenho certeza que vai lotar uma fábrica de tantos que estão por aí.
Tenho filhos e eles trabalham comigo na facção sim. É o que posso ensinar a eles, ter educação e trabalhar, ser gente do bem! Eles me ajudam e vão muito bem na escola.
Juliana Roncaglio | Gaspar
Radar
Gostaria de opinar sobre a aquisição de um equipamento adquirido recentemente pela Polícia Militar, o radar móvel. Acho que a escolha foi infeliz ou feliz para o bolso de alguém, na minha opinião, ao invés de comprarem este equipamento deveriam comprar mais bafômetros e fazer mais blitz, se andarmos na rodovia Jorge Lacerda (rodovia de via rápida) na velocidade de 50Km/h, isso vai gerar muito transtorno e congestionamento. Imaginem no horário de pico todos andando a 50km/h?
Falta estudo no projeto, falta engenharia qualificada. Esta compra é pré-texto para arrecadar mais dinheiro do povo! E o povo é quem paga a conta!
Temos que lembrar que precisam arrecadar dinheiro para o Natal, décimo, e férias! E quem paga? Claro que somos nós.
Marcos Augusto dos Santos Souza | Gaspar
Um trilhão e trinta Bilhões
Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional) destaca que temos atualmente 85 tributos no Brasil (?tributos demais, tributos injustos?) e conforme dados da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), até a data do 2º turno das eleições/2010, os brasileiros pagaram um trilhão e trinta bilhões de reais em tributos, somente nestes primeiros dez meses do ano.
Em pesquisa recente, realizada pela BBC World Service, destaca-se que ?no Brasil, 63% dos contribuintes consideram que os tributos não são investidos no bem-estar da sociedade?. A pesquisa realizada pela Escola de Administração Fazendária (Esaf) ressalta que ?53,7% dos brasileiros não estão dispostos a ter aumentado sua carga tributária, mesmo com maior contrapartida governamental (direito a mais serviços públicos)?. O Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) realça que ?a legislação tributária avançou, mas os tributos ainda são entraves para os micros e pequenos empresários?, atravancando o crescimento e prejudicando a competitividade, trazendo graves impactos à operacionalização das empresas (?voracidade e ganância exacerbada do Fisco?), revelando que ?são editadas 46 normas tributárias por dia/útil no Brasil?, constituindo-se num emaranhado de legislações inconstantes, nem sempre claras e objetivas.
Em entrevista, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), destaca de que ?o próximo governo precisará encarar a reforma tributária, emperrada há anos no Congresso Nacional, para desonerar os investidores e manter a expansão da economia?.
Durante a campanha eleitoral, a candidata Dilma Rousseff enfatizou da necessidade de que ?a primeira reforma tem de ser a tributária, que pode e vai permitir que o Brasil dê um salto de competitividade e, com isto, cresça mais?. No pronunciamento da presidenta eleita, a mesma destacou que ?faremos todos os esforços pela simplificação e atenuação da tributação?. Conforme destacado na imprensa, a futura presidenta tem como uma de suas prioridades, a mudança na matriz tributária (?reforma tributária?), com a consequente implementação de um ?duro ajuste fiscal, desonerar a folha de pagamento dos servidores públicos e aumento do índice de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública)?.
O renomado economista Paulo Guedes é enfático ao afirmar de que ?precisamos de uma proposta que trate as reformas tributária, fiscal, trabalhista e previdenciária como um sistema integrado, em que a soma das partes seja maior que o todo?, caso contrário, a proposta de reforma tributária será ?uma mudança para não mudar?. Acredito que a saída é simplificar o sistema tributário, cobrando menos tributos (com maior fiscalização) para ampliar o número de contribuintes (formais) e, consequentemente, aumentar a arrecadação.
Prof. Marioly Oze Mendes
Correção
Informamos que, diferente do que foi divulgado na Coluna Chumbo da edição 1243, desta terça-feira, 2 de novembro, Gilmar Ternus é diretor de Incubadora e não diretor de Turismo.
Franquias empresariais: uma forma de investimento
Com o aquecimento da economia, cresce a oferta de crédito, e, junto, o consumo. Não é à toa que se vê um significativo aumento da demanda por moradia e por bens de consumo duráveis e não-duráveis. Os brasileiros estão consumindo mais.
Pensando nesse aumento de consumo, os empresários, principalmente do ramo de varejo, vislumbram oportunidades de aumentar seus lucros por meio do aumento nas vendas. O desafio é saber qual caminho trilhar para atingir esse objetivo, o que, em regra, acaba resultando na expansão de sua rede de negócios e no consequente fortalecimento de suas marcas.
Ao tentar identificar essas oportunidades, os empresários se deparam com pelo menos 3 opções de negócios, como: investir na abertura de lojas próprias, adquirir redes concorrentes ou expandir através do sistema de franquias, considerando também a possibilidade de conversão de bandeiras.
As duas primeiras opções demandam injeção de capital próprio ou captação de dinheiro no mercado (empréstimos, abertura de capital, venda de participação etc.), o que, dependendo do tamanho da operação, mostra-se muitas vezes inviável.
A expansão via franquia é uma saída viável para todos os tipos e portes de operações, guardados, evidentemente, os cuidados de praxe na formatação. Antes de discorrer sobre essa hipótese, contudo, vale uma breve introdução sobre esse sistema de negócios.
Franquia, por definição legal (Lei 8.955/94, artigo 2º) ?é o sistema pelo qual um franqueador cede ao franqueado o direito de uso de marca ou patente, associado ao direito de distribuição exclusiva ou semi-exclusiva de produtos ou serviços e, eventualmente, também ao direito de uso de tecnologia de implantação e administração de negócio ou sistema operacional desenvolvidos ou detidos pelo franqueador, mediante remuneração direta ou indireta, sem que, no entanto, fique caracterizado vínculo empregatício?.
Em outras palavras, é a exploração de um modelo de negócio por um parceiro. Parceiro, porque da mesma maneira que irá investir numa nova atividade empresarial, utilizando um modelo de negócio já criado e consagrado, será capaz de expandir a rede, aumentar a lucratividade e fortalecer a marca na qual está investindo.
O modelo de franquia atual é muito diferente daquele que foi criado nos anos 1960, quando o sistema chegou ao Brasil. No início, o franqueado mais parecia um ?empregado?, pois injetava dinheiro num negócio sem regras bem definidas e, muitas vezes, os direitos sobre o negócio e o lucro acabavam nas mãos do franqueador.
Atualmente, em especial após a vigência da Lei 8.955/94, o modelo de franquia sofreu uma drástica modificação. Agora, cada parte na relação de franquia tem seus direitos e obrigações bem definidos. O franqueador é obrigado a apresentar uma Circular de Oferta de Franquia, na qual estão contidas as informações básicas/necessárias ao entendimento do negócio, tais como: investimento necessário, projeção de faturamento, expectativa de retorno etc. Estão contidas, também, informações sobre a marca que está sendo oferecida (registros etc.), grau de solvência da empresa franqueadora, relação de franqueados da rede, qual o suporte oferecido pelos franqueadores, entre outros. Junto com a Circular de Oferta, a franqueadora é obrigada a fornecer uma cópia do contrato-padrão de franquia, que regerá a relação entre as partes; com a apresentação de todas essas informações, fica consagrado princípio da transparência das relações, o que, no mais das vezes, busca afastar os riscos daqueles empreendedores mais desavisados,
De fato, com a maior estabilidade econômica e consequente facilidade na obtenção de recursos financeiros, as franquias se tornaram uma excelente oportunidade de expansão e fortalecimento de marca, além de uma excelente opção de investimento para pessoas que querem abrir seu próprio negócio.
É claro que tudo isso requer um estudo prévio, com uma boa análise do mercado de interesse, contratos bem elaborados, obrigações bem definidas e afinidade com um novo modo de gestão, no qual o conhecimento se renova a cada dia, e boas e más experiências passam a ser compartilhadas.
Que sejam vistas, portanto, as oportunidades futuras através das franquias empresariais, e que fique para trás aquela velha impressão de que entrar numa franquia é entrar numa fria.
Por Luiz Carlos Amorim ? Escritor
Raul Monegaglia e Thais Mayumi Kurita*
edição 1244
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