Parte da quadrilha que abastecia com explosivos assaltantes de caixas eletrônicos em Santa Catarina foi presa na madrugada de ontem em São Bento do Sul, Norte de SC. A prisão envolveu policiais militares e civis que formaram uma força-tarefa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), batizada de Operação Rastro.
Nove quilos de dinamite foram apreendidos com a quadrilha, o suficiente para explodir 20 caixas eletrônicos. Só na revenda dessa carga, o bando lucraria R$ 8 mil. O explosivo é controlado pelo Exército.
O grupo comprava e revendia dinamite para outras duas quadrilhas que usam armamento pesado, restrito das polícias e das Forças Armadas. Estes dois grupos, clientes da quadrilha presa neste domingo, seriam os responsáveis pelos 13 ataques a caixas eletrônicos registrados no Estado e roubaram mais de R$ 1 milhão dos caixas. Os ataques foram entre agosto e o último dia 13 de outubro, quando o caixa do Bradesco foi dinamitado em Itapema, Litoral Norte. Eles são de SC e do Paraná e ainda não foram presos.
Cinco pessoas foram presas na Operação Rastro. Francisco Franco, o Chiquito, 31 anos e Anésio Pereira Machado, 53 anos são de São Bento. Diogo Sagaz, o Doido, 22 anos, Geovane da Silva, 22 anos e Ariane Zin da Silva, 23 anos são de Itajaí. Todos serão indiciados por formação de quadrilha e posse de material explosivo.
De acordo com o cordenador operacional da Força Tarefa, delegado Daniel Régis, o Chiquito é uma peça importante da quadrilha, mas não é o grande articulador. O "cabeça" do grupo mora na região Norte de SC e tem origem nos caixeiros de Joinville. Pelo menos 15 pessoas da quadrilha parcialmente desarticulada ainda estão em liberdade, mas já foram identificadas.
A quadrilha presa comprava dinamite em várias partes do país, inclusive em SC. Eles compravam de funcionários de pedreiras, assaltantes que interceptavam caminhões de transporte de explosivos e de gente que comercializa com autorização do Exército e desvia parte da carga, como por exemplo, pedreiras e empresas detonadoras de rocha.
O dinamite apreendido com a quadrilha será periciado nesta segunda-feira. O Exército tem como saber a origem dos explosivos porque cada banana de dinamite tem um número de registro.
De acordo com o delegado Régis, Chiquito fazia os contatos com os quadrilheiros que explodiam os caixas eletrônicos. Sua ficha criminal vem de 1999 com crime de roubo, assalto e interceptação. O segundo homem mais forte preso neste domingo, Anésio Machado é considerado o peão do grupo. Ele guardava os explosivos em uma chácara em São bento do Sul, ainda não localizada e de difícil acesso.
Fonte: clicrbs.com.br
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