A Polícia Civil, por meio das Delegacias de Braço do Norte e de Jaguaruna, prenderam três pessoas envolvidas com tráfico internacional de mulheres para a prostituição, no sábado de madrugada (13), em Jaguaruna, município do Sul do Estado.
A agenciadora das meninas de programa, Lurdes Carolina Machuca, 24 anos, e os proprietários da boate onde ocorria a prostituição, Antônio Teixeira, 51 anos, e Gilson Rosa Gabriel, 52 anos, foram presos em flagrante.
Eles foram encaminhados para o Presídio Regional de Tubarão e a Polícia Federal foi comunicada do fato pela Autoridade Policial, visto que este crime é de competência da PF.
Após recebimento de denúncia de que as margens da BR-101, Km 350, Bairro Costa da Lagoa, em Jaguaruna, havia uma boate onde jovens paraguaias se prostituíam, as equipes de investigação de Braço do Norte e de Jaguaruna se dirigiram ao local para investigar as informações recebidas.
Os policiais civis apuraram que lá havia jovens paraguaias que estavam se prostituindo. Durante a diligência, nove pessoas foram encaminhadas à Delegacia de Jaguaruna. Três ficaram presos em flagrante e o restante, após depoimento, foi liberado.
Como funcionava o esquema
As paraguaias vinham para o Brasil depois de realizado contato com a agenciadora Lurdes, também paraguaia, que se encarregava das passagens e da entrada delas no Brasil.
As jovens ficavam com uma dívida com a boate referente às despesas da viagem, as quais deveriam pagar com o dinheiro dos programas. Lurdes ficava com a custódia do dinheiro dos programas realizados pelas jovens.
Como o visto no Brasil era de 45 a 90 dias, assim que estivesse para vencer o prazo era feito o ?acerto? (descontado as despesas) e as jovens voltavam para o Paraguai. Chegando lá, pegavam novo visto e retornavam ao Brasil.
Segundo os depoimentos das jovens dados à Polícia Civil, a vida no país vizinho é muito difícil e para que possam sustentar suas famílias, para que não passem fome, acabam se prostituindo no Brasil.
Entre as mulheres paraguaias que estavam se prostituindo, duas têm 18 anos, outra 20 anos, outra 24 anos e outra 40 anos. Depois de prestarem depoimento, como estavam com o visto ainda em vigência, foram liberadas e voltarão ao Paraguai logo que vencer o visto. Caso retornem ao Brasil para prostituição, a PF pode bloquear o visto.
Texto: Assessoria de Imprensa da Polícia Civil de Santa Catarina
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