Polícia Civil prende múltiplo homicida em Balneário Piçarras - Jornal Cruzeiro do Vale

Um homem que vivia há cerca de 11 anos em Balneário Piçarras, utilizando nome e documentos falsos, foi identificado e preso pela Polícia Civil da cidade, com apoio da Polícia Rodoviária federal, segunda (29). Ricieri Cirilo dos Santos tinha em seu desfavor três mandados de prisão por crimes contra a vida. Usando o nome de Artemio dos Santos, ele era um cidadão conhecido na cidade, pois era proprietário de estabelecimentos comerciais, como bares e casas de tolerância (prostituição).

Os mandados de prisão são referentes a homicídios ocorridos na década de 90, sendo dois expedidos pela Justiça do estado do Paraná e um mandado de prisão por sentença condenatória pela comarca de Jaraguá do Sul, onde teria assassinado uma pessoa e tentado contra outra.

Através das informações trazidas pela Polícia Rodoviária Federal, Ricieri foi conduzido a Delegacia da Comarca de Piçarras onde negou veementemente os fatos, afirmando que seu nome era Artemio e que Ricieri era seu irmão. Foram feitas diversas consultas, porém a única foto do suspeito que foi encontrada era datada de 1980, em preto e branco, o que não permitia a certeza de que ambos seriam a mesma pessoa.

A confirmação veio depois, através da ajuda do setor de microfilmagens do Instituto de Identificação do estado do Paraná. Por meio deste setor, conseguiu-se o prontuário datiloscópico de Ricieri e, em posse destes documentos, foi requisitada ao IGP a coleta e comparação de material datiloscópico do suspeito, resultando positivamente como sendo Artemio a mesma pessoa identificada no Paraná como Ricieri Cirilo Dos Santos.

O Mandado de prisão foi feito logo em seguida. A 1.ª Câmara do Tribunal de Justiça de Santa Catarina enviou as fotos digitalizadas inclusas no procedimento que originou o mandado de prisão, contribuindo para a demonstração da falsidade.

Na residência de Ricieri, ainda, foi encontrado um revólver calibre .38 municiado.

Também se investiga a participação de Ricieri em ameaças realizadas contra uma Delegada de Polícia Civil, já aposentada, fato acontecido há alguns anos e, até o presente momento, ainda não foi confirmado.

Texto: Isabel Muniz Corradini | Assessoria de Imprensa