Ministério da Saúde amplia o tratamento do câncer de mama pelo SUS - Jornal Cruzeiro do Vale

O Ministério da Saúde anunciou a ampliação do tratamento de câncer de mama pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com a introdução de novas abordagens terapêuticas e técnicas. O lançamento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) visa integrar cinco novos procedimentos no SUS, incluindo o uso de videolaparoscopia e tratamentos mais avançados, com o objetivo de reduzir o tempo de espera e melhorar o acesso da população a cuidados de ponta.
A nova abordagem inclui a utilização de medicamentos inovadores, como os inibidores de quinases dependentes de ciclina (CDK 4 e 6) e o trastuzumabe entansina, além de opções aprimoradas de hormonioterapia e quimioterapia para pacientes em estágios mais precoces da doença. Para a deputada federal Ana Paula Lima (PT-SC), membro da Comissão de Saúde e vice-líder do governo na Câmara, essa atualização no protocolo representa um marco na saúde pública, proporcionando melhores opções terapêuticas para mulheres com câncer de mama em todo o Brasil.
Outro avanço importante é a incorporação da videolaparoscopia ao SUS, uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que promete reduzir o tempo de internação e acelerar a recuperação dos pacientes. O Ministério da Saúde destacou que essa inovação traz não apenas benefícios diretos aos pacientes, mas também contribui para a gestão eficiente do sistema, ao diminuir a necessidade de reintervenções e otimizar o uso de recursos em um contexto de alta demanda.
Além disso, o novo protocolo estabelece um modelo de cuidado integrado por meio do Programa Mais Acesso a Especialistas, o que facilita o acesso das pacientes a uma rede de atendimento contínuo, desde consultas com mastologistas até exames e acompanhamento por equipes de atenção básica. O principal objetivo dessa integração é reduzir o tempo médio para o diagnóstico de câncer de mama de 18 meses para 30 dias, promovendo um tratamento mais rápido e eficiente.
O câncer de mama é o tipo mais comum de câncer entre mulheres no Brasil e a principal causa de morte por câncer no país. Com a implementação desse protocolo, o Ministério da Saúde busca reverter essa realidade, oferecendo um diagnóstico precoce e acesso a tratamentos de alta qualidade, fundamental para a melhoria do prognóstico das pacientes.

Edição 2183