A crise financeira fez o desemprego mundial bater recorde no ano passado, com 212 milhões de pessoas sem trabalho. A taxa de desocupados atingiu 6,6%, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (26) pela OIT (Organização Internacional do Trabalho).
Somente no Brasil, o total de desempregados somava até novembro do ano passado 2,6 milhões, segundo pesquisa da Fundação Seade nas seis regiões metropolitanas - Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal. O índice de desemprego anual será divulgado na próxima quinta-feira (28).
Entre 2007 e 2009, a taxa de desemprego no mundo aumentou 0,9 ponto percentual. Frente a uma situação econômica ainda frágil, a OIT pediu aos países que tomem medidas que favoreçam a criação de postos de trabalho, segundo o diretor-geral da agência, Juan Somavia.
- Está claro que a prioridade política atual é evitar uma reativação econômica sem empregos. A mesma vontade política que salvou os bancos deve ser aplicada para salvar e criar empregos. Podemos obter isso graças a uma forte convergência das políticas públicas e do investimento privado.
O grupo dos 30 países mais ricos do mundo, A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) prevê altas contínuas do desemprego ao longo de todo este ano, chegando a alcançar máximas em alguns países-membros.
2010
O secretário-geral da OCDE, o mexicano Ángel Gurrío afirmou que os índices de desemprego podem ultrapassar os valores atuais em alguns países. Em um encontro com a imprensa antes do Fórum Econômico Mundial que começa nesta quarta-feira (27), em Davos (Suíça), Gurría explicou que, durante 2010, haverá uma situação um tanto "paradoxal" em nível econômico, já que "veremos uma mistura de indicadores".
Por um lado, será marcado pelo aumento do desemprego e, ao mesmo tempo, por "bons sinais" em termos de crescimento. De fato, disse, é muito provável que a OCDE revise para cima suas mais recentes previsões de crescimento, publicadas em novembro do ano passado.
As novas previsões, que serão divulgadas em março e depois em maio, "serão melhores", o que indicaria que a recuperação pode se concretizar "um pouco mais rápido e antes". No entanto, Gurría alertou que não se deve ser triunfalista, que serão alguns "décimos" acima do previsto em novembro e que levará tempo para se chegar a taxas de crescimento semelhantes as anteriores à crise, devido, precisamente, ao aumento do desemprego, assim como ao dos juros.
Portal R7
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