Calouro diz que foi obrigado a beber álcool combustível - Jornal Cruzeiro do Vale

Calouro diz que foi obrigado a beber álcool combustível

02/02/2010

trotePQ.jpgUm estudante de veterinária de Fernandópolis, a 553 km de São Paulo, foi mais uma vítima dos trotes violentos. Com o início das aulas, a prática faz novas vítimas. Desta vez, o jovem, que faz veterinária na Unicastelo, foi obrigado a beber álcool combustível. As agressões começaram dentro da faculdade.

Com dificuldades para falar e andar, o estudante foi levado para o hospital pela família. Os médicos fizeram exames de dosagem alcoólica para verificar a quantidade de álcool ingerida durante a agressão.

O jovem, que não quer se identificar, tem 18 anos e passou no vestibular para o curso de veterinária. Ele contou que o trote começou ainda dentro da faculdade. "Rasgaram a minha calça e deram uns três, quatro tapas na minha cara", afirmou.

O trote violento ocorreu em uma avenida movimentada da cidade. Durante oito horas, o estudante sofreu agressões físicas e psicológicas. Chegou a ser obrigado a beber álcool usado como combustível. "Segundo eles, eu fui rebelde. Se você se comportar bem, se fizer o que eles querem, você se dá bem", disse o estudante.

A família foi avisada do trote por uma amiga do estudante, que viu as agressões.

"Eu recebi um telefonema. A menina dizendo para ir buscar meu filho, porque ele estava mal, os meninos estavam judiando dele. Ele falou comigo, mas achei que fosse uma brincadeira, que ele estivesse chorando", conta a mãe do estudante Maria da Silva Bonesso.

Um boletim de ocorrência foi registrado. Alunos do quinto ano de veterinária que teriam participado do trote deverão ser ouvidos nesta semana.

A assessoria de imprensa da Unicastelo informou que deve abrir uma sindicância para apurar o caso.

Fonte Portal G1

Comentários

Odir Barni
02/02/2010 12:30
Caro Editor:
Estas agressões físicas e morais que fazem com os calouros é caso de cadeia. Vejo também as agressões que fazem com soldados em trabalho de campo. Como podemos admitir que as faculdades que devem preservar os bons costumes e dar educação ao povo permitem este tipo de agressão. Muitos já morreram em função dessas agressividades. Que confiança podemos ter num médico ou professor que teve a coragem de matar seu amigo vestibulando? Ainda acham graça. Se é tradição que façam com suas famílias, seus tansos. Cadeia Já!

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.