Após polêmica, \'pulseira do sexo\' sai de moda na 25 de Março - Jornal Cruzeiro do Vale

Após polêmica, \'pulseira do sexo\' sai de moda na 25 de Março

14/04/2010

A venda de pulseiras do sexo praticamente parou na Rua 25 de Março, principal ponto de comércio popular do centro de São Paulo. Moda entre adolescentes, o acessório virou febre de consumo em dezembro de 2009, mas sua comercialização caiu drasticamente. Os ambulantes, que reclamam do prejuízo, consideram que a queda se deve à divulgação de que as pulseiras podem ser utilizadas em uma brincadeira sexual, que atrela cada cor de pulseira arrancada a uma carícia, mesmo entre jovens sem nenhuma intimidade. 

Nas últimas semanas, 'pulseiras do sexo' foram encontradas junto ao corpo de jovens estupradas e mortas em Londrina, no Paraná, e em Manaus, no Amazonas. A Câmara Municipal de São Paulo e a Assembleia Legislativa passaram a discutir a proibição do uso em escolas municipais e estaduais.

"A venda praticamente parou. Todo mundo comprava e agora não compra mais", disse Adir Ribeiro do Amaral, dono de uma das únicas barraquinhas onde a pulseira ainda podia ser encontrada na tarde de terça-feira (13). "Eu vendia dez dúzias por dia e agora a gente vende no máxima duas. Está saindo de moda", afirmou. O preço acompanhou a queda na demanda, passando de R$ 1 para R$ 0,50. "Estou vendendo o que tem aqui e quando acabar eu não compro mais", afirmou. Para Amaral, a polêmica em torno das pulseiras é uma grande besteira. "Pulseira não faz sexo, quem faz é o dono", brincou.

Elias Pereira, que tem barraca na esquina da 25 de Março com a Ladeira Porto Geral, parou de vender a pulseira no início do ano. "Joguei 800 peças no caminhão de lixo e perdi R$ 800. O povo não compra e não vale mais a pena manter. Se a polícia vê exposta, fica enchendo o saco. Os adolescentes não compram porque as mães não deixam mais usar", afirmou.

Foram encontrados apenas dois comerciantes com as pulseiras à venda no local durante a tarde de terça.

Além de Amaral, apenas Michele Araújo tinha poucas dúzias em exposição em sua barraca. O preço acompanhou o do colega e também caiu de R$ 1 para R$ 0,50. "Caiu a venda e quando acabar o estoque não vou comprar mais. Acho que pela violência que está virando é bom que acabe mesmo", afirmou.

Fonte Portal G1

Comentários

Thaynan Maiara Censi
19/04/2010 20:24
Na minha opinião,muitas pessoas não usam as ''pulseiras do sexo'' pelo o que elas significam,e sim por estética.Claro que quem que faz o que as cores indicam,são sem vergonhas!
Eu acho que elas deveriam sair das lojas pela violência que ela stá causando,pena que as pessoas que usam por estética não possam mais comprar e nem usar.

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