Devagar, quase parando - Jornal Cruzeiro do Vale

Devagar, quase parando

24/07/2012 08:27

A cena presenciada pela equipe de reportagem do Jornal Cruzeiro do Vale na ponte Hercílio Deeke na manhã desta segunda-feira, 23, é rara. Um grupo formado por quase dez homens trabalhava nas obras de recuperação da ponte e o fato chamou a atenção de todos que estão acostumados a passar diariamente pelo local, pois, desde que as obras de reforma foram iniciadas, em outubro do ano passado, nunca se viu um grupo tão grande trabalhando no local.

O baixo número de profissionais já gerou uma notificação para a empresa vencedora da licitação e vem sendo apontado pela comunidade como principal fator causador do atraso da obra, que deveria ser entregue em outubro deste ano, mas será prorrogada, sem prazo de conclusão.

A justificativa do Poder Público é que os Administradores não podem obrigar a empresa responsável pelos serviços a colocar mais funcionários no local e nem fazê-los trabalhar à noite ou aos finais de semana. Ou seja, com poucas pessoas trabalhando a obra segue devagar, quase parando.

E quem é o culpado de tudo isso? A legislação brasileira, que determina que a escolha de uma empresa para executar obras públicas seja apenas e tão somente delimitada pelo menor preço, fazendo com que empreiteiras despreparadas assumam grandes obras, como a reforma da única ponte sobre o rio Itajaí-Açu em Gaspar. O resultado é este: obras atrasadas pela falta de capacidade da empresa responsável pelo serviço. E quem mais uma vez sofre com isso? Aí não é preciso nem responder, certo?! 

Edição 1408

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