Destino ou escolha? - Jornal Cruzeiro do Vale

Destino ou escolha?

27/01/2012 16:59

Muitas pessoas acreditam que suas vidas estão pré-determinadas nas mãos misteriosas do destino, atribuem todos os fatos que enredam suas vidas ao pobre do destino. Eu acredito que destino não rima, por acaso, com a palavra caminho.
Somos nós que definimos o destino de nossa vida, para isso, o universo nos concede um presente chamado tempo, mais precisamente o hoje! Nosso futuro é fruto das escolhas que fazemos, dos caminhos que decidimos percorrer. Se as escolhas forem desastrosas, não vale querer culpar o destino, deixemo-lo em paz, o ideal é assumir as rédeas da própria vida e responsabilizar-se pelas consequências das escolhas que fazemos.
Chico Xavier escreveu uma frase que considero um lema: ?Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.?.
Vejam, que nem o próprio Chico, acreditava em destinos pré-determinados, isso fica claro quando ele nos diz que podemos começar agora e fazer um novo fim. Presume-se, daí, que somos nós, eu e você, os responsáveis pelas escolhas que fazemos.
Há pessoas que acreditam ser cedo demais para começar, enquanto outras, perseveram, acreditando ser cedo demais para desistir. Prefiro a segunda opção. Jamais conheceremos o gosto da vitória sem ter provado o gosto amargo das provações.
O problema é que vivemos num tempo apático, onde tantos e tantos jovens aprendem a desistir antes mesmo de começar. Uma sociedade consumista, alicerçada em valores superficiais e imediatistas, uma sociedade que ensina as crianças a preocuparem-se em ?ter? antes de ?ser?.
Quem já não ouviu a velha e famosa frase ?Ser ou não ser, eis a questão?, contida na da peça ?A tragédia de Hamlet? de William Shakespeare? Pois é, essa frase é frequentemente usada como um fundo filosófico profundo. Diferente da frase de Shakespeare, a questão aqui é outra. Ser ou ter, um grande dilema vivido por nós,uma filosofia superficial ditada pelo capitalismo. Numa sociedade extremamente consumista, o ideal de felicidade está associado a dinheiro, beleza e poder.
É triste pensar que para ser feliz é preciso ter isso ou aquilo, é preciso ser assim ou assado.
A vida passa depressa demais para fugirmos da responsabilidade de nossas escolhas. Não mergulhemos nossos sonhos na dúvida, na preguiça ou no comodismo. Antes, façamos nossos ideais emergirem da escuridão da incerteza para o alcance da concretização. Onde há uma vontade, há uma vitória, como dizia um grande amigo!

Casiane Schmidt | Gaspar

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