Há dez dias, foi feita a primeira transfusão de plasma sanguíneo de um paciente que se recuperou da Covid-19 em Santa Catarina. O procedimento, estudado como forma de tratamento contra a doença, ainda não tem eficácia comprovada, mas é autorizado pelo Ministério da Saúde para pacientes graves. Até então, o estado de saúde das pessoas envolvidas não foi divulgado.
O uso compassivo do plasma funciona assim: quando uma pessoa contrai um vírus, o organismo cria células de defesa (anticorpos). Eles ficam no plasma, que é um componente do sangue. Isso dá uma força ao sistema imunológico e pode acelerar a recuperação. A transfusão é a transferência da defesa montada no corpo de quem já se curou para aqueles que ainda estão doentes.
Além de coletar as doações de plasma para o uso compassivo, o Hemosc também vai desenvolver o próprio estudo, em fase de aprovação pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. No Brasil, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, em São Paulo, está mais adiantado.
As doações podem ser feitas com agendamento em todos os hemocentros do estado. Para isso, o candidato precisa preencher um formulário no site do Hemosc e se atentar aos critérios para ser um doador. É necessário nunca ter engravidado (incluindo aborto), ter entre 18 e 60 anos, pesar mais de 60 quilos, ter exame laboratorial da Covid-19, estar saudável e sem sintomas há 30 dias, além de apresentar documento oficial com foto.
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