Por onde passarão os pedestres após a duplicação da BR-470? - Jornal Cruzeiro do Vale

Por onde passarão os pedestres após a duplicação da BR-470?

28/08/2015

Com as obras paradas há mais de oito meses no lote 3 e sequer iniciadas no lote 4, o lote 2 da duplicação da BR-470, entre Ilhota e Gaspar, é o que inspira mais confiança de uma conclusão rápida da ampliação da rodovia. No entanto, isso também aumenta a preocupação de moradores com as mudanças e os efeitos da duplicação no dia a dia da comunidade.

O trecho entre o trevo da rua Hercílio Fides Zimmermann e a entrada do bairro Arraial, onde também será a saída da Ponte do Vale, conta com cinco ruas transversais, como Lagoa Vermelha e Ricardo Stanke, e até mesmo vias cortadas pela BR-470, como a Albertina Maba. A incerteza sobre a realização de marginais e passarelas de pedestres nesse trecho tem se tornado uma preocupação para os moradores.

Uma comissão formada por membros da Associação de Moradores da rua Pedro Simon já esteve reunida no início de agosto com engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Dnit. Segundo o presidente da comissão, Francisco Anhaia, o Chico, a equipe do Dnit informou que o projeto original não prevê a construção de passarelas nesse trecho. Já as vias marginais não contemplariam todo o trecho entre os dois viadutos previstos, entre os km 34 e 37. ?O engenheiro Elifas (Marques, do Dnit de Rio do Sul), que esteve conosco, disse que estava trabalhando em um pós-projeto que prevê ao menos duas passarelas e marginais em todo o trecho. Mas para isso pretendemos fazer essa audiência pública, para que seja elaborado um documento conjunto que firme um compromisso com essas mudanças, porque elas são essenciais para nossa comunidade?, argumenta Chico.


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Rua Albertina Maba é ponto mais crítico

No entendimento de Chico Anhaia, dois pontos são os mais críticos para os pedestres e exigem a construção de passarelas: a rua Bonifácio Zendron, que cruza a BR-470 para dar acesso à Sociedade Ferroviário, e a rua Albertina Maba, cortada pela rodovia. Nesta última, cerca de 150 famílias precisam atravessar a rodovia diariamente.

Todos os dias, por volta das 17h, o morador da rua Albertina Maba, Adriano de Moura Vas (foto abaixo), vai buscar o filho na escola Vitório Anacleto Cardoso e precisa atravessar a BR-470, na ida e na volta. Ele já se mostra preocupado com a necessidade de passarelas no local. ?Hoje já é muito perigoso, nem mesmo a lombada eletrônica resolve. Se a duplicação sair e não forem feitas passarelas, aí ficará inviável para nós moradores passarmos por aqui?, afirma.

Além desses locais citados pela comissão, o vereador Ciro Quintino, PMDB, também cita o Sertão Verde e o Loteamento das Arábias como pontos que exigem soluções para os pedestres. 


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Audiência com Dnit deve buscar definições

Esta semana, o vereador Ciro Quintino, PMDB, conseguiu aprovar na Câmara de Vereadores um requerimento para agendar uma audiência pública sobre as passarelas na BR-470 com o superintendente do Dnit em SC, Vissilar Pretto. A data do encontro ainda vai ser definida e depende da agenda do superintendente. Segundo Ciro, em março foi apresentado um requerimento questionando sobre a existência de passarelas no projeto e, no mês seguinte, o órgão informou que elas só seriam vistas após a conclusão da duplicação. ?Já estivemos com a comunidade e com ele (Vissilar) levando fotos e apresentando a preocupação da comunidade. Agora, queremos que ele venha até Gaspar para explicar para nós e para a comunidade se vão ser feitas passarelas, quantas e onde elas ficarão?, argumenta Ciro.


Edição 1713
 

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