Prefeitura de Gaspar orienta população sobre proliferação do caramujo africano - Jornal Cruzeiro do Vale

Prefeitura de Gaspar orienta população sobre proliferação do caramujo africano

12/05/2021
Prefeitura de Gaspar orienta população sobre proliferação do caramujo africano

Você sabia que o período chuvoso facilita a proliferação do caramujo africano, molusco que atua como vetor de doenças como hepatite e meningite? Diante desta preocupação, a Prefeitura Municipal de Gaspar orienta a comunidade para combate-lo. O primeiro passo é coletar os focos do animal de maneira segura. Depois, descarta-lo.

Conforme explica Jiceli Petró, diretora geral de Vigilância em Saúde, a remoção do caramujo pode ser realizada por qualquer adulto, desde que esteja com luvas e calçados fechados. “Deve-se quebrar as cascas antes da incineração dentro de um recipiente, com um cabo de madeira de ponta quebrada, evitando que se tornem reservatórios de água para mosquitos e outros organismos”.

Para a incinerar, a profissional destaca que o morador pode utilizar um copo de álcool em uma lata com pequenos furos no fundo, coberto por um pano (visto que os caramujos soltam exalam grande quantidade de água quando queimados). De preferência uma única pessoa adulta deve executar o procedimento.

Após a queima, é necessário dispor o resto do caramujo em valas com pelos menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas ou poços artesianos. Sempre que possível, sempre colocar uma pá de cal virgem para impermeabilizar o solo, principalmente se uma grande quantidade for coletada. Por fim, fechar a vala com terra.

Prevenção

Mas afinal, como podemos prevenir a presença de caramujos africanos em nossos terrenos? É muito importante manter o jardim, quintal e áreas verdes limpos e capinados, descartando resto de obra, entulho, pedras e acúmulo de material orgânico (capim, folhas, galhos, etc), pois são esconderijos ideais para os moluscos.

Não descartar os caramujos lançando-os em terrenos baldios, na rua ou diretamente no lixo, o que proporcionará um incremento na proliferação desta praga urbana em outros locais. Também não esmagar os caramujos no local, o que promove exposição, apodrecimento de sua carne e acúmulo de moscas, baratas e roedores com consequente produção de odor.

Doenças

O caramujo africano transmite duas doenças: a meningite eosinofílica e a estrongiloidíase. O verme Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica, pode se tornar parasita do caramujo africano de duas formas: penetração direta no corpo do molusco ou pela ingestão de fezes de roedores contaminadas.

A infecção em humanos ocorre quando é feita a ingestão do muco (gosma) que o caramujo libera para facilitar o seu deslizamento. Por isso, é tão importante lavar e deixar de molho as hortaliças. A doença tem evolução benigna, mas com sintomas que podem durar de dias a meses, como distúrbios visuais, dor de cabeça persistente, febre alta e sensação de formigamento, queimação e pressão na pele. Nem sempre ocorre rigidez na nuca, como em outros tipos de meningites.

Já a estrongiloidíase é causada pelo verme Strongyloides stercoralis, que pode penetrar na pele do ser humano, atingindo os pulmões, traqueia e epiglote. Depois migrando para o sistema digestivo, tornando-se parasita do intestino. Os sintomas mais comuns são tosse seca, dispneia ou broncoespasmo, edema pulmonar; diarreia, dor abdominal; podendo ser acompanhada por anorexia, náusea, vômitos, dor epigástrica.

Em sua forma grave, a estrongiloidíase apresenta febre, dor abdominal, anorexia, náuseas, vômitos, diarreias manifestações pulmonares (tosse, dispneia e broncoespasmos e, raramente, hemoptise e angústia respiratória). Quando não tratada, pode levar à morte.

Denúncias

A Secretaria de Saúde não realiza a eliminação dos caramujos africanos em locais particulares, mas orienta a realização da remoção dos moluscos. Qualquer pessoa pode solicitar a presença da Vigilância de Saúde para avaliar a situação e orientar o responsável com relação à eliminação desses moluscos.

 

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Edição 2002

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