Depois de conquistar sede própria, Bombeiros Voluntários de Ilhota buscam melhorias - Jornal Cruzeiro do Vale

Depois de conquistar sede própria, Bombeiros Voluntários de Ilhota buscam melhorias

17/07/2016
Depois de conquistar sede própria, Bombeiros Voluntários de Ilhota buscam melhorias

Por Geraldo Genovez

Há sete meses, a sede do Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota tornou-se própria e a corporação passou a investir em melhorias. A missão de 55 bombeiros agora é maior com essa conquista: adquirir mais equipamentos, investir na manutenção de toda a estrutura e em treinamentos dos trabalhadores. Unidos e dispostos a encarar qualquer desafio para salvar vidas, a equipe está se fortalecendo e consolidando no município. De acordo com o fundador da sede, Pedro Paulo Batista Neto, a base do Corpo de Bombeiros e toda a equipe têm a ajuda da prefeitura e que isso vai, a longo prazo, efetivar o sonho de melhorar as condições dos voluntários. Talles Lima, de 20 anos, é um dos destemidos. Há três anos integrando o grupo, ele considera seus amigos de profissão uma segunda família e seu ambiente de trabalho é sagrado.

“Todos seguimos regras e obedecemos um regimento, fazemos tudo da melhor forma possível. Vivemos o nosso sonho e damos duro para exercer nossa profissão com dignidade”, conta. Prestes a se tornar técnico em Enfermagem, é socorrista, resgatista e também coordena e dá aulas no curso de bombeiro mirim oferecido pelo quartel. “Sempre sonhei em ser bombeiro e quero atuar nessa área a vida toda. Para isso, pretendo buscar mais qualificações a fim de aperfeiçoar o meu trabalho”, conclui Talles.

Ser bombeiro exige muito amor, sentimento que o quartel de Ilhota está repleto. O quartel nunca teve problema com o efetivo, pelo contrário. Sobram pessoas que querem ser voluntários. Exemplo disso, é Luiz Carlos de Souza, atuante na corporação há dois anos. “Minha profissão é gratificante, me orgulho muito de ser o que sou”, garante. Luiz largou o emprego anterior para seguir a carreira de bombeiro e se dedicar inteiramente aquilo que realmente o faz feliz. Como Luiz, alguns bombeiros voluntários são contratados, mas eles ingressam na corporação para prestar serviços à comunidade de forma gratuita.

A história da corporação de Ilhota

O bombeiro Pedro Paulo Batista Neto juntou forças com empresarios de Ilhota e teve o apoio do Corpo de Bombeiros de Penha para fundar o Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota, em 2005. Inicialmente, a corporação ficava localizada no antigo prédio da prefeitura, mas depois das enchentes de 2008 a equipe pôde se mudar para o antigo Centro de Tradição Gaúcha, o CTG, onde se encontra até hoje. Em outubro do ano passado a sede do quartel, que até então era alugada, passou a ser própria. A notícia trouxe ainda mais empenho aos determinados bombeiros, que poderão investir em melhorias. A sede conta um ambiente amplo e há um projeto que contempla a criação de cozinha, sala para guardar materiais, sala de informática, escritório, dormitórios masculinos e femininos com banheiros, espaço para treinamentos e sala para os cursos de bombeiro voluntário e mirim.

De acordo com Pedro Paulo, atualmente a equipe conta com três carros para socorro e um para transporte de funcionários para cursos e capacitações. “Temos veículos apropriados para todos os serviços e pessoas capacitadas na nossa equipe, mas seria ótimo que pudessemos realizar as melhorias que a sede merece rapidamente. Recemos ajuda da prefeitura e isso é muito bom, com o tempo conseguiremos deixar nosso ambiente de trabalho ainda melhor”, conta. O curso para pessoas maiores de 18 anos que desejam fazer parte da corporação iniciam sempre no mês de março e tem duração de nove meses. As inscrições para o próximo ano ainda não têm data definida e custará R$100, que serão revertidos para ajudar na compra de equipamentos. Já as crianças e adolescentes que têm interesse em aprender sobre a profissão podem participar das aulas gratuitamente. O curso para bombeiros mirins, destinado a crianças de dez a 14 anos, e de bombeiros aspirantes, para jovens de 15 a 17 anos, começam em fevereiro e se estendem até as férias de dezembro.

 

Edição 1758

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