Aumenta o número de adeptos da reciclagem em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Aumenta o número de adeptos da reciclagem em Gaspar

30/08/2016
Aumenta o número de adeptos da reciclagem em Gaspar

Por Geraldo Genovez

Coleta de lixo reciclável, descarte de madeira e eletroeletrônicos, reutilização de oléo de cozinha e remoção correta de restos de materiais de construções civis. São muitas as alternativas para tornar o mundo menos poluído, mas praticar a sustentabilidade requer tempo e precisa estar na rotina da população. De acordo com dados apresentados pela Gerência de Resíduos Sólidos do Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto, o Samae, o primeiro semestre de 2016 contou com um aumento na participação dos moradores. Entre janeiro e junho do ano passado, 605,5 toletadas de lixo foram reciclados. Já em 2016, neste mesmo período de tempo, foram 752,6 toledas.

A responsável pelo setor, Fernanda Gelatti, afirma que há serviços para atender a demanda da cidade, e que o interesse do cidadão pelo bem do meio ambiente está maior. “Nós trabalhamos com a coleta convencional e seletiva nos bairros, e apesar de haver grande descarte irregular de alguns moradores, tivemos um aumento de participação, que quanto maior, melhor será para a cidade”, explica. Fernanda ainda reintera que o Samae conta com o projeto Ecodescarte e vem, desde 2015, dando o rumo certo a madeiras e materiais eletrônicos. No caso das madeiras, o interessado que deseja ajudar o meio ambiente deve entrar em contato com o Samae e combinar uma data para que a empresa busque a mobília. Já os eletroeletrônicos podem ser levados aos ecopontos, localizados na sede do Samae, no bairro Santa Terezinha, e na Superintendência do Belchior.

Doriana Maria Stiz Beduschi, superintendente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustetável de Gaspar, afirma que há uma fiscalização efetiva no município, principalmente em áreas mais afastadas, onde muitos descartam lixo. “Nós temos como objetivo cuidar do meio ambiente e sempre que recebemos denúncias, tomamos as providências legais. Mas a concientização das pessoas é essencial para diminuir a poluição”, observa. Entre outras missões da superintendência, o descarte correto de óleo de cozinha usado e restos de construções civis também são preocupações. “Para fazer o licenciamento de lanchonetes e bares é exigido que o estabelecimento contrate uma empresa que faça a coleta do óleo e dê o rumo correto ao material. Além disso, há alguns pontos na cidade que recebem as substâncias, como nos supermercados Galegão e Arno Goedert e a Escola Honório Miranda. Nos casos de construções civis a orientação é a mesma, os responsáveis pela obra devem procurar alguma empresa que retire as sobras”, conclui Doriana.

Tarefa feita em casa 

O acadêmico de Engenharia Ambiental e Sanitária, Bruno Vinícius Wilwert, é adepto da reciclagem e faz a sua parte. “Reciclar é importantíssimo e separar o lixo é tarefa simples, o maior desafio é conscientizar a população sobre isso. Existem muitas vantagens, inclusive financeiras, onde você pode separar e vender alguns materiais mais comuns, como papelão e alumínio. Além disso, as pilhas e baterias, óleos vegetais e minerais e lâmpadas fluorescentes devem ser direcionados para pontos de coletas específicos, jamais devem ser destinados a coleta de lixo comum, pois são extremamente prejudiciais a saúde e ao meio ambiente. 

Escola Estadual de Gaspar recebe óleo de cozinha

Como forma de ensinar os alunos a preservarem a natureza, a Escola Professor Honório Miranda adota o projeto “De óleo no futuro”, uma iniciativa da Secretaria do Estado de Desenvolvimento Econômico Sustentável. Para Antônio Mercês, atual diretor da instituição, há uma grande participação dos alunos na causa. “Os estudantes estão sempre trazendo o óleo em garrafas pet para o descarte correto. Aqui na escola nós temos dois tambores onde armazenamos os recipientes e quando está cheio, uma empresa especializada vem buscar. Depois que o óleo é levado, nós recebemos produtos de limpeza em troca, para fazer a higienização do colégio”, conta.

Conforme a Lei Municipal n° 3378 de 2011, cabe aos geradores promoverem o acondicionamento correto dos seus resíduos sólidos. Para isso, é recomendado que estes sejam colocados em sacos plásticos e dispostos em local apropriado para a coleta, evitando que se espalhem em via pública. Os condomínios prediais e horizontais, residenciais ou comerciais, deverão providenciar a aquisição, instalação e identificação de recipientes próprios para o armazenamento temporário dos resíduos. O não cumprimento das determinações supracitadas pode gerar penalidades previstas em lei. Outra questão importante, é que o morador disponha os resíduos na lixeira apenas nos dias de coleta definidos pelo Samae.

 

Comentários

Deixe seu comentário


Seu e-mail não será divulgado.

Seu telefone não será divulgado.