Cientistas descobrem método eficaz de prever erupções vulcânicas - Jornal Cruzeiro do Vale

Cientistas descobrem método eficaz de prever erupções vulcânicas

08/08/2019
Cientistas descobrem método eficaz de prever erupções vulcânicas

Cientistas descobriram um modo de prever algo muito difícil de se adivinhar: o local exato onde possa ocorrer uma erupção. Moradores do Havaí e de cidades como Nápoles, na Itália, vivem em constante risco de serem vítimas não apenas da lava, mas também do gás liberado pelo fenômeno geológico.

Isso porque, até hoje, nem sempre é possível determinar até onde os impactos de uma erupção podem chegar. O derramamento de lava pode ocorrer a quilômetros do centro da atividade vulcânica, devastando cidades e podendo causar inúmeras mortes.

Os pesquisadores então resolveram analisar as depressões que se formam bem no centro das erupções, zonas de impacto chamadas caldeiras. Essas estruturas costumam ter várias aberturas, por onde o magma escapa. “Essas aberturas possuem lava escorrendo como fontes, que depois vazam pela paisagem como se passassem por uma peneira”, afirmou a líder do estudo, Eleonora Rivalta, à revista Business Insider.

Estudos anteriores consideravam que o trecho onde o magma percorria era sempre por uma passagem já existente. Agora os cientistas descobriram que as caldeiras servem como meio de passagem, mas o magma só passa por elas uma única vez. Com isso, foram realizados modelos computadorizados para prever a passagem do material quente.

Para testar a tecnologia, foram comparadas as informações computadorizadas com as de erupções reais, como as do supervulcão Campos Flégreos, de Nápoles, que eclodiu pela última vez em 1538. O sistema foi capaz de mapear todas as 70 erupções do vulcão, que ocorreram nos últimos 15 mil anos.

A próxima meta será a de aplicar o modelo ao vulcão Etna, que também fica na Itália, e à Caldeira de Yellowstone, dos Estados Unidos. A última fez que ocorreu uma erupção na caldeira norte-americana, que tem mais de 90 quilômetros de extensão, foi há 640 mil anos. Mas, se ela voltar a ocorrer, o magma pode se espalhar por semanas e provocar efeitos globais. “A Yellowstone é uma caldeira com muitas e muitas aberturas”, disse Rivalta. “Saber onde a próxima será aberta será algo muito relevante”.

 

Via Galileu

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