Regulamentar sem prejudicar - Jornal Cruzeiro do Vale

Um grupo de taxistas esteve reunido nesta semana com representantes da Prefeitura. O motivo do encontro foi a busca por uma saída após o posicionamento do Ministério Público, que passou a exigir uma licitação para as concessões oferecidas aos taxistas da cidade. A categoria respondeu ao chamado e compareceu em peso, ainda que com muitas dúvidas, para saber quais as razões do processo que pode ameaçar as permissões já concedidas e que defende a realização de um processo licitatório.

Se por um lado o encontro mostra uma boa dose de maturidade entre as partes, que resolveram se reunir ao primeiro sinal de dificuldade para discutir uma solução viável, por outro é preciso registrar a tentativa de responsabilizar os denunciantes por um problema que já ocorreu com o transporte coletivo, por exemplo. Culpar o mensageiro pela mensagem ruim, além de ter ar de leviandade, pouco contribui para encontrar uma solução para o problema - o que deveria ser o ponto central.

Picuinhas à parte, a reunião definiu a criação de uma comissão de taxistas para buscar uma solução enquanto o processo tem sequência no Ministério Público. Uma saída para atender a todos os lados, que poderia ser manter as atuais concessões e realizar uma licitação para as novas licenças, não é algo descartado e pode ser uma saída para os envolvidos. É fundamental garantir que famílias inteiras não sejam prejudicadas com as medidas que precisarão ser tomadas. No entanto, quem está à frente da gestão pública não pode se furtar da responsabilidade de encontrar saídas e de manter suas ações sempre dentro dos parâmetros legais.

Edição 1604