Gaspar demorou muito para incorporar o debate público sobre a estrutura de prevenção a incêndios colocado em pauta logo após à tragédia da boate Kiss, de Santa Maria (RS). Enquanto outros municípios montavam equipes técnicas para discutir a situação de bares, restaurantes e até mesmo de edifícios da administração pública, em Gaspar o assunto pareceu não emplacar.
As fiscalizações a estabelecimentos de comércio e diversão, é bem verdade, tiveram espaço na imprensa, mas outro viés desta discussão veio à tona apenas após solicitação oriunda da Câmara de Vereadores de Gaspar: a segurança nas instituições de ensino de Gaspar. A quantidade de alunos e familiares que passam nesses locais diariamente e a segurança exigida são fatores que forçam uma atenção maior, como a que a cidade passa a dispensar agora, aos assuntos ligados à regularização das instituições junto ao Corpo de Bombeiros.
De imediato, um relatório apresenta cenário preocupante para as escolas, sem fazer restrição sobre rede municipal, estadual ou particular. Passa a ser consenso que as adequações necessárias para evitar problemas em caso de acidentes é um tema que precisa receber mais atenção de todos os envolvidos no processo de formação: desde o poder público até os pais, que acompanham ? ou deveriam acompanhar ? de perto a vida dentro da célula escolar.
Pessoas menos preocupadas podem até alegar essa cobrança em torno das fiscalizações sejam excesso de zelo. Em função disso, é preciso reforçar que procurar soluções agora é muito mais eficiente, sensato e sábio do que deixar o tema de lado para procurar culpados após algum eventual problema.
Edição 1463
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