Os riscos do som alto - Jornal Cruzeiro do Vale

Os riscos do som alto

21/08/2015
Os riscos do som alto

Seja nos engarrafamentos, cada vez mais visíveis nas grandes metrópoles, ou como forma de entretenimento a caminho de um compromisso, o ato de ouvir música no carro já se incorporou à rotina da maioria das pessoas. Porém, o que deveria ser uma fuga do estresse cotidiano também pode acarretar danos à saúde e ao tráfego. Isso porque o som alto, principalmente quando tocado em ambientes fechados como os carros, pode causar danos irreversíveis à audição, já que as células e os nervos do ouvido interno são destruídos por exposição contínua a barulho.

Assim como qualquer outro tipo de som ou ruído, o som total quando você está no carro, incluindo o do trânsito, das conversas e o da música, não deve ultrapassar 85 decibéis (dB). A exposição por um longo período de tempo a volumes superiores a esse índice pode causar lesões irreversíveis para a audição.

De acordo com fonoaudiólogos, sintomas como zumbidos, sensação de ouvido tampado e dificuldade para escutar são alguns dos sinais que indicam possíveis problemas auditivos. Nesses casos, a recomendação é procurar um especialista. O alerta é importante já que danos auditivos causados por exposição excessiva ao som alto são irreversíveis.

Volune e multas

A boa notícia aos amantes da música é que ela pode e deve continuar a ser ouvida com frequência no carro, desde que o volume escolhido respeite o nível aconselhado por profissionais. Além de prejudicarem a própria saúde e atrapalharem os demais motoristas e pedestres, os adeptos do som alto no carro também podem ser multados. Segundo o artigo 228 do Código de Trânsito Brasileiro, os motoristas que aumentarem os volumes dos equipamentos de sons de seus respectivos veículos acima do que está regulamentado pelo Contran cometem infração grave e estão sujeitos a multas de R$ 191,50. Além disso, eles também podem ter os seus carros apreendidos.

 

Edição 1712