07/02/2019
Na segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-juiz Federal e principal ex-julgador na Operação Lava Jato, Sérgio Moro, reuniu governadores e secretários da área, em Brasília. Foi para apresentar um panorama geral do projeto Anticrime que o governo de Jair Messias Bolsonaro, PSL, levará ao Congresso Nacional. As ideias são, basicamente, reciclagens daquilo já foram apresentados e rejeitados no passado pelo Congresso. Os tempos são outros? São! Todavia, os políticos, mesmos os ditos novos, longe dos nossos olhos, mudam de cor e opinião. Um perigo mesmo com o clamor dos cidadãos por mudanças. E por que? Porque parte da lei que se quer mudar pode respingar nos próprios políticos, nas maracutaias que lhes sustentam ou fortalecem seus apoiadores, bem como deixam a classe política e os gestores públicos que nomeiam, mais expostos à sociedade, à lei, à tipificação como o caixa dois, à corrupção, o ato de meter a mão nos pesados impostos de todos nós que deviam estar na saúde, educação, segurança, obras estruturais...
Quem estava em Brasília com o ministro Moro? O gasparense, nascido em Blumenau e hoje Delegado Geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Paulo Norberto Koerich (foto), como um dos membros do Conselho Superior de Segurança Pública daqui liderado pelo Coronel PM Carlos Alberto de Araújo Gomes. E porque destaco Koerich e fujo do debate do crime organizado como o conhecemos e que a inteligência da polícia está obrigada a se aperfeiçoar para combate-lo, um dos focos da proposta de Moro? Porque Koerich foi integrante do Gaeco – Grupo de Ação Especial a Organizações Criminosas – e que não se restringem aos bandidos comuns, mas os de colarinho branco e os que tomaram de assalto a gestão pública. Para o delegado, diante da sua experiência neste ambiente, “essa proposta irá facilitar na verdade à investigação devido à regulamentação de ações que até então estavam fora da normativa”.
O pacote Moro e Bolsonaro contra a criminalidade é duro? É! Não apenas com os bandidos comuns, mas com os políticos, com os administradores públicos, com o funcionalismo envolvido em coisa duvidosa. E quem vai aprovar isso para virar lei a favor do cidadão? Os representantes dos cidadãos: os políticos. Será que desta vez os pagadores de pesados impostos terão vez, voz e voto com eles? A primeira reação das entidades, de uma forma em geral, foi positiva, talvez para contrariar a maioria e não virar alvo. Entretanto, já começam a pipocar vozes discordantes e entre elas a OAB, sob a justificativa que vai faltar cadeia para os bandidos, os do mundo corporativo e da gestão pública. Então os poderosos, os com dinheiro, mais uma vez, vão levar vantagens? É isso que a OAB advoga? Como não se pode criar privilégios na lei, já se antecipa uma anistia geral e irrestrita? Ai, ai, ai.
Avança Gaspar! Resolvi escrever menos na coluna de hoje sobre o Samae inundado. As três fotos – dizem mais e melhor. É o retrato da falta de planejamento, coordenação, desleixo, ineficiência e de como se joga dinheiro dos pesados impostos dos gasparenses fora. A Rua Anfilóquio Nunes Pires, acaba de ser asfaltada. Coisa cara. Esta semana, lá estava o Samae esburacando-a para uma ligação de esgotos (acima e à direita). A Rua Palmeiras, no Sertão Verde, foi asfaltada recentemente. Politicagem. Ficou assim: toda arrebentada pelo Samae (acima e à esquerda). O morro do Samae (ou da Matriz) na catástrofe ambiental severa de novembro 2008 veio abaixo sobre a Avenida das Comunidades, ameaçando o principal reservatório de água tratada dos gasparenses. Em seguida, o ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, construiu com verba federal, um muro de capim que custou cerca de R$3 milhões. Agora, o “muro” está tomado pelo mato. Especialistas que consultei (engenheiros de solo e florestal) dizem que as raízes das árvores que cresceram em meio ao capim, facilitam à infiltração e podem favorecer o colapso daquela barranca. Simples falta manutenção que poderá custar outros milhões.... Acorda, Gaspar!
Avança Gaspar I. Contando, poucos acreditariam. Desde dezembro que não há Área Azul em Gaspar. Falta de planejamento e gestão. É que terminaram os blocos, simples assim! Quando o titular da Ditran, Luciano Amaro Brandt, “descobriu”, iniciou-se na burocracia para mandar confeccioná-los. E aí...
Avança Gaspar II. A ordem na prefeitura não é diminuir ou economizar nas viagens aéreas e rodoviárias na administração de Kleber Edson Wan Dall,MDB, mas ampliá-las. É que no pregão do ano passado (58/18) o limite era R$75 mil. Foi “insuficiente”. Aditivou-se. Então para este ano (04/19) já se partiu de R$100 mil. E sabe para que? Para ultrapassar e estar dentro de novo patamar no aditivo. Este é o custo Brasília, num ambiente cada vez mais digital. Acorda, Gaspar!
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