18/06/2020
O já declarado candidato a prefeito pelo PL de Gaspar, o engenheiro, professor e ex-vereador Rodrigo Boeing Althoff (foto), surpreendeu no discurso. Ele diz que não quer fazer campanha apontando os erros da gestão dos atuais mandatários eleitos para o poder de plantão, Kleber Edson Wan Dall, MDB e Luiz Carlos Spengler Filho, PP, bem como do prefeito de fato, Carlos Roberto Pereira, secretário da Fazenda e Gestão Administrativa, presidente do MDB e ex-coordenador de campanha de Kleber.
Rodrigo diz que possui o fundamento da proposta de governo. É com ela que ele quer “vender” e sensibilizar os eleitores e eleitoras de Gaspar. Ponto final. Bom, a única vez que vi isso de alguém que ganhou eleição para prefeito por aqui, foi em 1988 com o professor e já falecido Francisco Hostins (1989/92). Ele se elegeu pelo nanico PDC porque o que era o PDS que veio dar hoje no que é o PP, não o quis como candidato para suceder à administração também já falecido, o contador Tarcísio Deschamps (1983/88), PDS. Ele entregou a cidaderm pandarecos. E Hostins, com a equipe de profissionais que aceitou, em apenas dois anos de governo virou até hoje ícone de administração por aqui. Dispenso-a, por erro do prefeito de fato da época, aninhou-se com o MDB e nunca mais conseguiu uma eleição. Bom, essa é outra história...
Por que Rodrigo sai logo de cara com um fundamento? Primeiro, porque é parte do perfil dele. Aliás, não só dele, mas de uma geração inteira que prometia renovar a política em Gaspar: Kleber de quem Rodrigo foi vice em 2012 pelo PV; Luiz Carlos que se tornou vice eleito de Kleber e mais tarde, Marcelo de Souza Brick, PSD, que se ensaia ser o novo vice de Kleber na reeleição, depois de quase conseguir batê-lo na eleição de 2016. Rodrigo, Kleber e Luiz Carlos, cada um em seus partidos, foram os vereadores ativos que “infernizaram” a vida do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT. Segundo, porque para Rodrigo não adianta bater, é preciso resolver o que está supostamente errado como o alto endividamento da prefeitura, uma arrecadação em queda assustadora, obras por acabar e outras por fazer, isto sem falar nas demandas da saúde, educação e assistência social. Então quem bota sangue nos olhos de Kleber? O prefeito de fato, os históricos do MDB que se escondem, mas realmente interferem na administração de Kleber e fazem dele um mero garoto propaganda. E Kleber está desgastado nos resultados.
Rodrigo, dos políticos votados que citei (Kleber, Luiz Carlos e Marcelo) é o único que não depende do poder público para sobreviver. Procurou os caminhos próprios como engenheiro e professor. Articulado, aprendeu a empreender e deixou para trás o serviço público em Gaspar. É o mais culto e realizador de todos. Agora, diz que se eleito, vai governar atento às queixas da comunidade, ou seja, fazer o simples e óbvio, relegados por Kleber; vai enxugar a máquina pública feita atualmente de comissionados cabos-eleitorais; vai modernizar os processos administrativos para diminuir custos em favor do cidadão; reduzir os gastos e valorizar os servidores efetivos. E com essas bandeiras não é preciso brigar com o seu amigo Kleber? Talvez! Elas por si só, denunciam, sem brigas e confronto verbal, tudo o que de errado Kleber faz contra a cidade e os mais simples. O gesto de Rodrigo para mostrar as diferenças, é claro. É ou não é um confronto? É uma briga. Rodrigo, por exemplo, pensa num, uma vice que já possa ser um secretário, tudo para economizar. “Minha equipe será antes de tudo, técnica, de confiança e não apenas partidária”. Exatamente, por isso, Rodrigo ainda resiste a fazer uma coligação com outro partido. Kleber ao contrário, está pendurado com meia dúzia de partidos para se salvar; e está com medo. Rodrigo precisa ir mais além. Precisa dizer a cidade que se eleito não será fantoche de gente que não tem votos. Personalidade, ele tem para isso.
Por essa, Kleber, Luiz Carlos e Roberto não esperavam. Querem briga. Ela os favorece. Devia a atenção dos erros e os tornam “vítimas” do confronto. E com o PL ao que parece não vai ter. A esperança de Kleber é que a máquina de comissionados cara, cheia de partidos e paga com dinheiro público, funcione mais uma vez. E para piorar: Rodrigo estuda não usar o indecente Fundo Partidário e fazer disso uma bandeira de respeito ao dinheiro público que deveria estar em outras prioridades para a população. E se Golias (MDB, PP, PDT, PSDB, PDC, PSD e outros) perder para o David (PL) será um vexame sem precedentes. Ah, ainda tem o PT que se arma para concorrer por aqui, confiante de que vai ter samba. Por fora, vêm o PSL com Sérgio Almeida e o DEM, com um nome que tem medo das perseguições dos que estão na prefeitura. Acorda, Gaspar!
Alô classe empresarial. Esta foi a manchete da semana: "em um grande galpão, os policiais encontraram cerca de 30 mil peças de roupas, 473 pares de chinelos, 400 etiquetas e 17.500 tags de marcas como Colcci, John John, Calvin Klein e Tommy Hilfiger. Todos os produtos foram avaliados em um preço de venda que gira em torno de R$6 milhões". Uau.
Por que isso não é bom para a cidade? Exatamente porque Gaspar quer ser reconhecida como a "Capital da Moda Infantil". E o meio empresarial precisa se posicionar firme. Esta não é a primeira vez que a Polícia pega gente daqui nesta situação. E a origem das dúvidas começam na “comercialização” dos fios.
O quase formado em Direito, mas com OAB já garantida e suplente de vereador pelo PT de Gaspar, João Pedro Sansão, fez uma pertinente observação à coluna de oito sextas-feiras atrás. Nela, eu lhes relatei o justo reconhecimento ao visionário, pioneiro e fundador das Linhas Círculo, Leopoldo Jorge Theodoro Schmalz, para nominar o Arquivo Histórico e Documental de Gaspar.
E não me ocorreu lembrar, o que sabia, talvez até pelo restrito espaço daqui na edição impressa, o mesmo que me vez deixá-la na gaveta por esse tempo todo. Escreveu João Pedro:
“Lendo a coluna de sexta sobre a homenagem ao Leopoldo Schmalz e o impacto das Linhas Círculo em Gaspar, lembrei-me de conversas com meus familiares e um assunto que pode ter ficado de fora: o papel da Círculo na integração dos gasparenses. Até então, a rivalidade entre os bairros era muito forte. E as brigas nas festas e jogos entre bairros eram constantes.
Na Círculo, os gasparenses de diversos bairros, começaram a conviver e fazer amizade, o que fez com que esse clima de rivalidade fosse superado. Mais um grande legado!”
Participei esta semana da Live do PSL. Bombou. Para quem diz por aí que sou uma invenção da redação do Cruzeiro do Vale, com 30 anos de circulação e um portal líder de acessos, ofereço o link se tiverem paciência e tempo: ttps://www.facebook.com/sergioalmeida17psl/videos/575318423166757/?t=1
A família Spengler não está nada satisfeita com o tratamento dado pelo MDB, o prefeito eleito e o de fato ao presente e futuro do vice Luiz Carlos Spengler Filho. Uma reunião nesta semana o café foi amargo. Acorda, Gaspar!
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