Quem acredita que uma campanha a prefeito em Gaspar possa custar apenas R$153.401,21? - Jornal Cruzeiro do Vale

Quem acredita que uma campanha a prefeito em Gaspar possa custar apenas R$153.401,21?

01/10/2020

Sandálias do pecador I

Quem acredita que uma campanha a prefeito em Gaspar possa custar apenas R$153.401,21 (não estão neste limite advogados, contadores e consultorias e é por onde os políticos abriram uma perigosa e esperta brecha) e contratar no máximo 317 pessoas para movimentar a campanha deste ano? O Tribunal Superior Eleitoral, a legislação aprovada pelos parlamentares que nos representam no Congresso Nacional e os políticos que tomaram R$2 bilhões da Saúde, Educação, Assistência Social e Obras de Infraestrutura para o financiamento público de campanha. A ideia é muito boa: igualar economicamente todos os candidatos, deixá-los sob um “teto” de receitas e despesas, obrigá-los ao cabresto de recursos, diminuir a possibilidade de se não comprar votos, e quando ricos, não usarem o seu próprio dinheiro, desiquilibrando à disputa e torná-la mais propositiva. Na prática, a realidade é bem outra. 

Sandálias do pecador II

E por que? Porque quando começaram a se articular às alianças por aqui, por exemplo, o que mais se ouviu na cidade – e ainda é argumentação recorrente de convencimento para se descartar ou conseguir apoios – de que as candidaturas concorrentes contra o poder de plantão não decolariam, exatamente porque lhes faltavam musculatura financeira, cooptação de lideranças devido à falta de perspectiva real de se vencer por falta de fôlego econômico. Se há uma limitação de recursos dados pela legislação em vigor, como é que dinheiro pode ser sinônimo de vitória? Alguém é capaz de me explicar o que significa tudo isso? Até o então poderoso PT titular de três mandatos em Gaspar está choramingando pelos cantos. Se ele ganhou uma vez surfando na onda de protesto, ou propositiva como se auto engana, as outras duas fez valer à sua força econômica, à máquina pública à disposição e para cooptação. O PT entende – e outros – entende dessas lágrimas de crocodilo. Simples, assim! 

Sandálias do pecador III

Quem primeiro apresentou a lista de doadores e logo na abertura da campanha? A poderosa coligação que reúne o MDB, PP, PSD, PSDB e PDT. Disse a que veio e já espantou os concorrentes. O próprio candidato Kleber Edson Wan Dall, abriu a fila e colocou do seu próprio bolso, segundo o site do TSE, R$7 mil; os sócios da Color Química que vão instalar a empresa no Distrito do Belchior e ainda não viram o asfalto prometido na Vidal Flávio Dias, R$12 mil e pasmem, a superintendente de Comunicação, a comissionada Amanda Elisa Weber, R$4 mil. Na teça-feira foi a vez do vice Marcelo de Souza Brick, PSD, botar os seus R$7mil e o coringa do prefeito de fato, o procurador geral, Felipe Juliano Braz outros R$5 mil. Os demais partidos, até o fechamento da coluna na quinta-feira não tinham oficialmente revelados os seus primeiros doadores internos e externos. Falta-lhes até gente para preencher os dados no site do TSE, fácil, entendível e transparente. E dizem que vão ganhar. A desigualdade de condições é explícita. 

Sandálias do pecador IV

As sandálias de São Francisco de Assis inventadas pelos políticos no Congresso são disfarces intencionais de algo que se vê na quantidade de adesivos, bandeiras, material digital, seu impulsionamento e promoção, cabos eleitorais, negociações de bastidores, “doação” de serviços de modo indireto por prestadores onde nada se comprova como compra de votos. Entre os concorrentes daqui todos sabem das práticas – ou porque testemunham, ou porque recebem denúncias dos seus correligionários - mas ninguém se atreve a colocar o dedo na ferida. É preciso fazer campanha, alegam. Enquanto isso, são encurralados, enfraquecidos e comidos. Todos também sabem que existe uma regra escrita, mas a que vale, é a que não está escrita, do mais forte e por quem domina o cenário político há décadas. Do outro lado, os sonhadores, pensam em fazer campanha programática propondo mudanças, mas sem dinheiro e padrinhos. Então, vão morrer pagãos e nada vai mudar. Acorda, Gaspar! 

 

 Esta foto do 16.09.2016 é um divisor de águas. É o lançamento da candidatura do vereador Ciro André Quintino, no Canarinhos. O MDB barrou a entrada do ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt para não se encontrar com Kleber Edson Wan Dall no palanque. Humilhante e sem alternativa, Adilson foi ajudar a campanha de Marcelo de Souza Brick, PSD, hoje com o MDB. Adilson, separado da Jaqueline, filha do ex-prefeito Osvaldo Schneider, o Paca, diz que vai participar ativamente da campanha e desta vez, sem amarras familiares. Diz que não fez a escolha. MDB, PP, PSD e PSDB não o querem. Adilson prefere o diabo ao PT. O DEM desfiliou-o desrespeitosamente. Então... Na área de comentários desta coluna no portal Cruzeiro do Vale, o mais acessado e acreditado, publico uma longa carta dele sobre seus dilemas. 

 

TRAPICHE 

O limite financeiro de campanha de vereador em Gaspar é de R$19.609,39. E tem gente fazendo campanha de governador com essa merreca? 

A pandemia de Covid-19 mostrou o quanto se rouba na área da Saúde Pública no Brasil. É maracutaia e gente presa todos os dias. Bilhões. Usa-se a emergência, a urgência e especificidade para burlar a Lei das Licitações. 

Neste rolo estão as Organizações Sociais que administram para os políticos os hospitais públicos ou sob intervenção. Entende-se agora, a razão deles e dos gestores - que agem como máfia - em não dar transparência e de processar quem tenta esclarecer nas redes sociais e na imprensa, principalmente, o que está oculto. Muita coisa poderosa em jogo.  

São duas coisas diferentes: contribuição partidária de comissionados que ganham “vagas” nas administrações públicas e as tais rachadinhas. A contribuição partidária tem regra, tem recibo e prestação de contas. Está no estatuto do partido. Se não for assim, é ilícito, é por fora, é rachadinha. 

Em Gaspar, Osnildo Moreira, que já foi comissionado do MDB, vem denunciando nas redes sociais a cobrança indevida de pedágios aos comissionados na prefeitura. Está o maior bafafá.  

Simples. Enquanto Osnildo não for ao Promotor Eleitoral da Comarca e apresentar todas as provas que ele diz possuir ficará desacreditado e poderá ser punido. 

Agora, o prefeito Kleber arrumou candidatos buldogues para protege-lo e enfrentar gente como o Osnildo e outros adversários. No vídeo que um desses buldogues despreparado e sem crédito fez, afirmou com todas as letras, que não existe mais rachadinhas no atual governo. Não entendi! Então existia?  

Cada coisa I. O DEM não abria ser cabeça de chapa com o PL e para isso fez a interlocução em paralelo. Na hora da verdade duas constatações: conseguiu registrar apenas três vereadores. O candidato a prefeito, a vice e o presidente do partido são especialistas em TI. Até o fechamento da coluna na quinta-feira, no site do TSE, o DEM era o único sem link de site dos candidatos e partidos. 

Cada coisa II. O candidato do PSL, o funcionário público e sindicalista Sérgio Luiz de Almeida, registrou em cartório que se eleito cortaria o salário dele pela metade. Eu publiquei, mas com a observação: de que deveria propor a renúncia se não a cumprisse. Ele disse que reformaria o documento. Até fechamento da coluna, nada! 

Cada coisa III. Outra que os candidatos devem esclarecer aos seus eleitores antes de 15 de novembro: quem vai de fato mandar no governo se eleitos: o presidente do partido, a mulher, o marqueteiro, o financiador, o sujeito oculto... 

 

Edição 1971

Comentários

Miguel José Teixeira
05/10/2020 08:37
Senhores,

1) Nano presidente

"Kassio Marques "está 100% alinhado comigo", diz Bolsonaro" (O Antagonista)

Nem o desprezível ex-presidiário lula, quando na presidência da República, apequenou-se tanto!

2) Nano juiz

Ora, ora, um ministro do STF alinhado à um presidente da república que já explicitou seu interesse em defender seus familiares e amigos da justiça, por ilícitos praticados.

3)Tera despautério

Se tivesse algum escrúpulo, o tal kassio se manifestaria à respeito desse tamanho despautério.

4)Tera burros-de-cargas

E nós, palhaços, carregando esse respeitável público!
Herculano
05/10/2020 05:25
HOJE É DIA COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA FEITA ESPECIALMENTE PARA O PORTAL CRUZEIRO DO VALE, O PIONEIRO, MAIS ACESSADO E DE CREDIBILIDADE EM GASPAR E ILHOTA
Miguel José Teixeira
04/10/2020 21:04
Senhores,

"O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo. . .(GG)

Embora a Cidade Maravilhosa "ande tão down" o Brasil ainda depende tanto dela que até um gari dançando com uma vassoura viraliza.

Assista ao vídeo:

https://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2020-10-04/gari-viraliza-ao-dancar-com-vassoura-no-rio-de-janeiro-veja-video.html
Miguel José Teixeira
04/10/2020 20:48
Senhores,

1) Enquanto isso. . .no tio sam

Gagá gabola sái da gaiola e recebe bilhete:

"Gagá gago, aumenta vantagem"

Gagá gabola volta para a gaiola. . .

2) Enquanto isso. . .em Pindorama

Aprendiz de trump envolve-se com a toga!

Valha-nos Deus!
Herculano
04/10/2020 17:49
AS REDES SOCIAIS CONSERVADORAS ESTÃO NERVOSAS

De Felipe Moura Brasil, no twitter:

#BolsonaroTraidor passou pelo menos 6 horas consecutivas nos trend topics, os assuntos mais comentados do Twitter, em pleno domingo, chegando ao terceiro lugar; enquanto #DeixaOToffoliTeLeitar ficou cerca de 12 horas, desde a noite de sábado, chegando ao segundo.
Herculano
04/10/2020 17:43
da série: pode-se enganar alguns por alguns por algum tempo, mas não todos o tempo todo.

Do pastor Silas Malafaia, bolsonarista até então irrecuperável, no twitter, neste domingo.

ATENÇÃO POVO BRASILEIRO ! Amanhã vou postar um vídeo falando da indicação de Bolsonaro para o STF e as questões que envolvem minhas posições sobe o assunto . NÃO SERÁ FÁCIL ! Vou citar nomes ! Não jogo indiretas , tenho compromisso com a verdade.SERÁ QUENTÍSSIMO !
Herculano
04/10/2020 17:27
da série: depois da repercussão negativa, tem gente esperta pulando fora dessa indicação de Bolsonaro. Ele vai acabar ficando sozinho.

"FOI UMA CONFRATERNIZAÇÃO"
Dias Toffoli negou neste domingo que ele e Gilmar Mendes tenham participado da escolha de Kassio Marques para o STF.

"Não participei do processo de escolha. Quando fui informado, ele já tinha sido escolhido. Foi uma surpresa para mim e para o Gilmar [Mendes]" disse ao Globo.

O ex-presidente do STF afirmou ainda que o encontro de ontem em sua casa, com a participação de Jair Bolsonaro, Kassio e Davi Alcolumbre, não foi previamente planejado.

"Eu sou um cara que gosta de unir as pessoas, que todo mundo se divirta. Confraternizar. Foi uma confraternização, ninguém falou de trabalho. Não estávamos aqui para discutir assunto sério."
Herculano
04/10/2020 17:25
VISTA PELO CONTRACHEQUE, JUSTIÇA TEM CARA DE RÉ, por Josias de Souza, no UOL.

Num país em que a Justiça tarda, mas não chega, a existência de juízes que embolsam contracheques de mais de R$ 500 mil é um ultraje. Pela lei, nenhum juiz poderia receber salário superior ao de um ministro do Supremo: R$ 39,2 mil mensais. Mas os doutores especializam-se em contornar a lei.

Num passeio pelos arquivos do Conselho Nacional de Justiça, os repórteres Fábio Fabrini, Leonardo Diegues e Diana Yukari percorreram 871,2 mil contracheques de magistrados. Os valores foram informados pelos tribunais. Referem-se ao período de setembro de 2017 a agosto de 2020.
Somados, custaram ao erário R$ 35,2 bilhões. Desse total, R$ 12,6 bilhões escoaram para as contas dos doutores na forma de penduricalhos - desde indenizações autoatribuídas até mimos como vale creche e uma espécie de bolsa natalidade, para custear as despesas inaugurais dos filhos.

Detectaram-se 203 mil remunerações mensais entre R$ 50 mil e 100 mil. Espanto!

Descobriram-se 14 mil contracheques com valores entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. Pasmo!!

Desencavaram-se 659 holerites com cifras entre R$ 200 mil e R$ 500 mil. Assombro!!!

Farejaram-se 27 felizardos que embolsaram em algum mês mais de R$ 500 mil. Estupefação!!!!

A Justiça, como se vê, é cega. Mas que olfato desenvolveram os juízes! Quando o privilégio se institucionaliza, vira religião. Os supersalários tornaram-se um dogma para o qual o CNJ se ajoelha. Na reforma administrativa que enviou ao Congresso, Jair Bolsonaro tampouco ousou bulir com castas como a dos juízes.

Obviamente, os doutores consideram justo, muito justo, justíssimo o recebimento de cada centavo acima do teto. Não há, porém, argumento capaz de soar bem numa fila de desempregados ou numa mesa de bar.

É como se a Justiça, sentindo-se invulnerável, não percebesse que está se ilegalizando. Vista pelo ângulo do contracheque, a Justiça ganhou uma cara de ré.
Miguel José Teixeira
04/10/2020 14:05
Senhores,

Saiu do casulo

"Igrejas neopentecostais praticam um abuso da religião", diz Boff (UOL)

Finalmente, após Ratzinger, o abdicante, embrulhá-lo em sua Teologia da Libertação e defenestrá-lo do Vaticano, começou a enxergar.
Miguel José Teixeira
04/10/2020 13:39
Senhores,

Um rasgo de lucidez

"Heleno diz que governo Bolsonaro "não teve tempo" de cuidar da Amazônia" (O Antagonista).

Também, puderá! O capitão zero-zero está à dedicar-se exclusivamente com os seus enrolados familiares e amigos!

Atentem:

"Encontro de Bolsonaro com Toffoli na boca do povo" (O Antagonista)

Pois é. . ."Mateus, primeiros os meus, depois os teus."
Herculano
04/10/2020 08:59
HOJE É DIA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, O RICO QUE FEZ VOTOS DE POBREZA, O PATRONO DOS ANIMAIS.

SÃO FRANCISCO NÃO PODE SER EXEMPLO PARA MUITOS DOS NOSSOS POLÍTICOS QUE SE DIZEM DEVOTOS DELE. MENTIROSOS, DISSIMULADOS E PECADORES CONTUMAZES.

NÃO PODE SER EXEMPLO PARA POLÍTICOS QUE ESTÃO À CATA DE VOTOS,MAS MALTRATAM ANIMAIS COMO SE ESPECIALISTAS NO ASSUNTO FOSSEM E TUDO COM A PROTEÇÃO DE GENTE PODEROSA NO PODER. IMPRESSIONANTE.
Herculano
04/10/2020 07:39
O APLICATIVO PARDAL DA JUSTIÇA ELEITORAL - E QUE VOCÊ PODE BAIXAR NO SEU CELULAR - ESTÁ SENDO INUNDADO COM DENÚNCIAS DE ABUSO ECONôMICO E INFRAÇõES VARIADAS AS REGRAS ELEITORAIS EM GASPAR

E OS ABUSADORES SÃO DO RAMO, HÁ ANOS. E DIZEM QUE ESTÃO DE CORPO FECHADO. SEGUNDO ELES, LEIS SÃO PARA OS FRACOS E TROUXAS. ACORDA, GASPAR!
Herculano
04/10/2020 07:35
HOJE É DIA DE ELEIÇÃO. AS 17H VAMOS CONHECER O PREFEITO DE GASPAR E ILHOTA

Esta manchete estava pronta, mas antes da pandemia, como outra: quinta-feira começa aa Oktoberfest, em Blumenau e Gaspar continuará sendo um corredor dos que festejam lá.

Será se a eleição fosse hoje teríamos em Gaspar cinco candidatos como temos hoje? Acorda, Gaspar!
Herculano
04/10/2020 07:32
BOLSONARO NÃO ENTENDE PLANOS ECONôMICOS, GUEDES TEM MANIAS E INDECISÃO AMEAÇA O PAÍS, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

'Paulo Guedes precisa falar menos', teria dito o presidente

No furdunço da pedalada desta semana, Jair Bolsonaro ouviu também conselhos de Roberto Campos, presidente do Banco Central, e gostou. Disse a um assessor do Planalto que Campos não entra em "brigalhada", não faz barulho, é calmo e "joga para o time, sem vaidade".

O assessor conta que perguntou se Bolsonaro estava então convencido de que seria preciso evitar manobras "fura-teto" para fazer o Renda Cidadã. O presidente respondeu algo como "é, isso a gente vai ver depois". Importante mesmo era todo mundo do governo fechar a boca e deixar de "brigalhada".

O presidente teria dito algo assim: "O Paulo Guedes precisa falar menos, precisa ficar uns dois meses quieto. O Braga Netto não fala nada. O Heleno parou de falar".

Esse assessor pede para ressaltar que não há perspectiva de Guedes sair do governo e que os rumores velhos de que Campos ocuparia o lugar do ministro teriam sido plantados por inimigos pessoais.

Pelos relatos de quem anda perto de Bolsonaro, o presidente parece acreditar na última conversa que ouve a respeito de algum plano econômico, desde que o projeto não mexa com militares, policiais, aposentados e servidores. Fica feliz quando um grupo de políticos ou assessores apresenta o que parece ser uma solução definitiva e rápida, de modo efusivo e efervescente; "vai na onda". Se o plano dá errado ou é mal recebido, tem dificuldade de entender os motivos e procura um culpado ou conspirador.

O presidente teria grande desconfiança da equipe econômica, que "não joga para o time", não acha soluções, que inventa soluções burocráticas. Não seria o caso de Guedes, que teria ingenuidades e vaidades, mas seria leal e merece gratidão por ter apoiado Bolsonaro desde antes da campanha eleitoral.

Seja como for, Guedes é incapaz de convencer Bolsonaro de um plano ordenado e completo a respeito de quase qualquer coisa, vide a novela do Renda Cidadã. Por outro lado, acredita que vai tourear o presidente e convencê-lo de suas ideias fixas, como a CPMF. Mesmo com os vetos gritantes de Bolsonaro ao imposto, desde antes da posse do governo, o ministro jamais desistiu da ideia, como ficou evidente. São dois anos de cabo de guerra, problema que ora ameaça afundar a reforma tributária.


Gente do próprio ministério da Economia diz, de resto, que o ministro leva a Bolsonaro ideias que ainda não estão prontas, que acabam sendo chanceladas com pouca base, ou volta do Planalto com planos novos que acertou com o Planalto, mas que ainda não têm ou não terão fundamento. Sim, além do mais há secretários de Guedes que não gostam de Guedes.

E daí? É fácil perceber que esse método, digamos, produz indecisão sistemática, problema até para um governo que é fundamentalmente desvairado e apartado do universo da razão.

Os economistas do governo agora trabalham em um plano de cortes de despesas sociais "aos poucos", de modo a não afrontar Bolsonaro, evitar um estouro do teto de gastos e financiar um Renda Cidadã, enquanto tentam ainda levar adiante as emendas emergenciais que permitirão um talho na renda dos servidores. Políticos do governismo e parte do ministério tentam ainda uma saída alternativa, que envolve sim um fura-teto, talvez extraordinário, como uma extensão do período de calamidade, do que Guedes está bem ciente e fala em público.

Não, não é esse o grande debate sobre o Brasil, mas é o que temos. É do acerto de pelo menos essa desordem vulgar que depende o futuro imediato da economia, goste-se ou não da solução.
Herculano
04/10/2020 07:27
REGALIAS NA CÂMARA CUSTAM R$358 MILHõES POR ANO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou hoje nos jornais brasileiros

Enquanto brasileiros cobram um País mais justo com o corte de regalias e penduricalhos do serviço público, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, prega uma reforma administrativa tabajara, que não corta privilégio e só terá efeitos práticos no futuro. Segundo dados da Câmara, serão gastos R$358 milhões este ano apenas com auxílio-moradia, assistência médica e odontológica e outros benefícios tidos como "obrigatórios".

SEM VOLTA

Os "benefícios obrigatórios aos servidores" já tiveram os recursos empenhados e devem custar R$218 milhões até o final do ano.

NA NOSSA CONTA

No caso da "assistência médica e odontológica", os gastos previstos na Câmara são da ordem de R$116,1 milhões. Sem chance de diminuir.

CÂMARA AIRLINES

Parlamentares, servidores e "convidados" gastaram R$13,6 milhões em passagens aéreas. Sem pandemia, o total seria de R$78,8 milhões.

ESCORPIÃO NO BOLSO

Cada deputado recebe R$33,7 mil e cota de cerca de R$45 mil mensais para gastar como quiser. Além disso, mais R$4,2 mil de auxílio-moradia.

PANDEMIA CORTA QUASE 80% DAS VIAGENS DO GOVERNO

A pandemia do Covid forçou alguns cortes de despesas do governo federal. As viagens "a serviço" bancadas com dinheiro público, que são usadas para engordar salários, despencaram de quase 767 mil, em 2019, para 175 mil este ano, equivalente a uma redução de 77,2%. Os gastos com passagens e diárias na conta do pagador de impostos foram de R$1,13 bilhão no ano passado, para R$307,8 milhões em 2020. Os dados são do painel de viagens do Ministério da Economia.

GASTO AINDA ELEVADO

As mais de 885 mil diárias pagas a servidores públicos, terceirizados e "colaboradores eventuais" custaram R$224 milhões em 2020.

ESTADO GIGANTESCO

O governo federal comemorou o corte de 14% nas diárias entre 2018 e 2019, mas ainda assim torrou R$658 milhões nessa rubrica.

SEM COMPARAÇÃO

As 89,1 mil passagens custaram R$83 milhões até agora, este ano. Em 2019 foram emitidos 463 mil bilhetes, ao custo de R$467 milhões.

RECADO RECEBIDO

O Planalto interpretou que ao acusar o ministro Paulo Guedes de não ter votos para aprovar privatizações, com a pergunta "e a culpa é minha?", Rodrigo Maia mandou o recado de que ele é quem tem votos, por isso o governo terá de "ajoelhar e rezar" para aprovar projetos na Câmara.

JUIZ DO SUPREMO

Marco Aurélio reage quando se referem ao futuro colega Kassio Marques como "desembargador", afirmando que a denominação, a rigor, não existe. Revelou que preferia ser chamado de juiz, em vez de ministro.

PENOSA GESTAÇÃO

Quem reclama da rapidez de Bolsonaro na escolha do futuro ministro do STF certamente não se incomodou com a demora da então presidente Dilma, que levou 9 meses para apontar o substituto de Joaquim Barbosa.

EXIGÊNCIAS ABSURDAS

Na Bahia, a prefeitura de Ilhéus seguiu o governo estadual e acrescentou exigências que tornam impossível, para 90% dos artistas, o acesso ao auxílio emergencial, definido pela Lei Aldir Blanc. E a fome continua.

PT DISFARÇADO

Em Maceió, é amarelo o "13" da marca multicolorida do petista Ricardo Barbosa. É o caso de Paulo Opuszka, em Curitiba (PR), que também optou pela logomarca multicolorida e tem delegado como vice.

É VERGONHA?

A eleição em Porto Alegre viu sumir a estrela do PT e o "13". O ex-ministro Miguel Rossetto virou vice de Manuela D'Ávila, do PCdoB, e sumiu com qualquer identidade visual petista. Até o vermelho escureceu.

ALô, SUCESSOR DE MAIA

Ao contrário da Câmara dos Deputados, os vereadores de Goianésia (GO) cortaram "gastos e regalias", economizando R$ 1,5 milhão que foram repassados à prefeitura para bancar investimentos em Saúde.

VAI SABER

As ações da BHP Billiton ainda não sofreram com a informação de que o MP retomou a ação de R$155 bilhões (U$27,4 bi) contra a Samarco, a 'joint-venture' com a Vale que destruiu o meio-ambiente, em Mariana.

PENSANDO BEM...

...se debate fosse reality, a audiência seria histórica.
Herculano
04/10/2020 07:20
QUEBRAR O TETO SOMENTE REACELERARÁ A REINFLAÇÃO DA ECONOMIA, por Samuel Pessôa, economista, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (FGV) e sócio da consultoria Reliance, no jornal Folha de S. Paulo

Voltar às pedaladas fiscais não resolverá, como não resolveu em passado recente

Nos últimos meses o Índice de Preços ao Produtor (IPA) da FGV apresentou forte aceleração. De maio a agosto, rodou a cada mês, sequencialmente, a 9%, 11%, 14% e 22%, em comparação com os mesmos meses de 2019.

O IPA é fortemente afetado pela elevação do preço do minério de ferro e das commodities agrícolas. O preço no mercado internacional tem subido, com a robusta recuperação da economia chinesa e com as políticas de sustentação de renda que têm bancado o consumo de alimentos mundo afora.

O preço das mercadorias que exportamos tem se elevado no mercado internacional. De fato, nossos ganhos de termos de troca, entre março de 2019 e junho de 2020, superam os de nossos parceiros comerciais em 13%.

Em geral, há um efeito gangorra entre variações de termos de troca com o câmbio nominal: sempre que temos expressivos ganhos de termos de troca o câmbio se valoriza e vice-versa. A gangorra insula a economia brasileira dos efeitos inflacionários da elevação dos preços das commodities. Trata-se de uma das maravilhas do câmbio flutuante.

A evolução do diferencial dos termos de troca com nossos parceiros comerciais explica aproximadamente 50% dos movimentos da taxa de câmbio, para uma série trimestral da moeda.

Os 50% restantes dos movimentos do câmbio na frequência trimestral estão associados aos movimentos de curto prazo da conta financeira.

A piora da percepção de risco desde 2019, recentemente agravada pela deterioração fiscal em consequência das medidas de enfrentamento da epidemia e pelas incertezas ligadas ao orçamento de 2021, desfez o efeito gangorra. Em um período em que o câmbio, pelos movimentos dos termos de troca, deveria ter se valorizado 14%, desvalorizou-se 28%. Segundo nossa medida, o câmbio se encontra, frente ao equilíbrio de longo prazo, 26% mais fraco. Trata-se da posição mais depreciada desde o início da série em 1998.

Os ganhos dos termos de troca, isto é, a alta no mercado internacional da cotação das commodities, associada a um real mais fraco, resultou na inflação no IPA.

No relatório de inflação do Banco Central, divulgado há duas semanas, há estudo sobre o repasse do IPA no IPCA. O repasse nos alimentos tem sido pleno, mas a transmissão para outros itens, principalmente combustíveis, tem sido, provavelmente em função da redução da atividade econômica com a pandemia, reduzida.

Como afirmou o diretor do Banco Central, Fabio Kanczuk, em sua entrevista coletiva de divulgação do RI, o IPCA está "um pouco grávido do IPA".

A dinâmica da inflação é o resultado de quatro forças: inércia, expectativas, câmbio e ociosidade. Se expectativas e câmbio apontarem para uma trajetória de elevação da inflação, a ociosidade não conseguirá segurar por muito tempo. Mesmo com salários contidos pelo desemprego, observaremos IPCA caminhando para 4% em 2021.

Quando esse momento chegar, o Banco Central se verá em difícil situação: com 100% do PIB de dívida pública de reduzido prazo médio de vencimento, talvez não seja possível segurar a inflação com subida de juros. Talvez o BC mande o seguinte recado à sociedade: "Ou vocês ajustam o fiscal e façam a gestão do conflito distributivo de outra forma ou teremos que aceitar a inflação".

Quebrar o teto não será menos dolorido. Somente acelerará a reinflação da economia.

Temos que construir um orçamento de 2021 que restaure a solvência do Tesouro. Se o equilíbrio político demandar aumento de carga tributária, mesmo com os efeitos colaterais de redução da eficiência e do crescimento, que assim seja. Voltar às pedaladas fiscais não resolverá, como não resolveu em passado recente de triste memória.
Herculano
04/10/2020 06:54
A VITóRIA NOS DEBATES, por Carlos Brickmann

No debate americano, só faltou um candidato pular no pescoço do outro. Nos debates brasileiros, houve mais educação, mais civilidade, apesar do gigantesco número de debatedores. Mas o resultado de ambos foi igual: em todos os casos, não houve um vitorioso no debate. Quem apoiava Joe Biden acha que ele venceu; quem apoiava Trump o viu como claro vencedor. O que se pode imaginar é que, como os pesquisados apontam como vitorioso o seu preferido, Joe Biden leva alguma vantagem no número de votos ?" algo como 10%. Isso não quer dizer que esteja ganhando as eleições: o pleito americano é decidido Estado por Estado, e o número de delegados eleitorais, decisivo, é dificílimo de calcular. Apenas como exemplo, Hillary venceu Trump no número de votos, e foi derrotada na contagem dos delegados eleitorais.

O sistema brasileiro é mais simples, um eleitor, um voto. Mas é muito cedo ainda para prever o vitorioso. Primeiro, faltam os outros debates. Falta a tomada de posição de alguns eleitores importantes ?" Bolsonaro, por exemplo. Martha Suplicy, dizem, deve dar apoio a Bruno Covas. Martha Suplicy criou o Bilhete Único de transporte e investiu pesadamente em CEUs, excelentes escolas gratuitas de período integral. Falta que o candidato preferido de Martha saiba divulgar esse apoio, falta esperar eventos que influenciem o resultado. Erundina era terceira e em três dias virou o jogo, derrotando o favorito Maluf. Erundina, agora, é vice de Boulos.

LEMBRANDO A HISTóRIA

No final de seus discursos, Bolsonaro diz que prefere os candidatos que se comprometam com o lema Deus, Pátria, Família. É o lema da Ação Integralista Brasileira, cópia do fascismo italiano. O dirigente máximo da Ação Integralista Brasileira, Plínio Salgado, tentou um golpe contra Getúlio Vargas, até então seu aliado. E poucos anos depois o Brasil enviou tropas à Itália, comandadas pelo marechal Mascarenhas de Moraes, para lutar contra o fascismo, inspirador do integralismo.

Ou Bolsonaro não sabe o que está falando, e isso é péssimo, ou sabe, e é pior ainda.

OS PROBLEMAS ARGENTINOS

Tenho uma opinião firmada sobre os problemas argentinos: um dos países mais ricos do mundo, com analfabetismo próximo de zero, autossuficiente em carne, trigo e petróleo, não resistiu à devastação peronista. Pior: a coisa foi tão longe que há peronistas de esquerda, de direita, extremistas. É normal que as eleições envolvam disputas entre peronistas de um lado e de outro. Já vi eleições em que o hino peronista de direita louvava a segunda mulher de Perón ("Perón, Isabelita, la Patria peronista"); o peronismo de esquerda era favorável à primeira mulher de Perón, ("Perón, Evita, la Patria socialista"). E Cristina Kirchner dificilmente poderia ser pior do que já é. Bom, mas isso não significa que sejam verdadeiras as notícias sobre a vida na Argentina. A informação de que a pobreza atinge 40,9% da população argentina é falha. Pobreza, lá, significa receber menos de 45 mil pesos mensais - R$ 3.300,00. E indigente é quem ganha abaixo de 18.500 pesos, R$ 1.370,00.

Estão mal, mas há pelo menos um país vizinho que está bem pior.

O CUSTO DE VIDA

A empregada doméstica de um executivo de empresa multinacional ganha 20 mil pesos mensais, trabalhando seis horas por dia. Cabe ao patrão pagar condução, almoço e o metade do seguro-saúde (dois mil pesos) que garante a ela e aos filhos o atendimento hospitalar ?" que ele prefere pagar integralmente. Os três filhos estudam em boas escolas públicas, a filha faz Direito na Universidade de Buenos Aires, e ela se queixa, dizendo que a Argentina é um desastre. Quanto à situação do Brasil, ela simplesmente não acredita no que lhe contam.

MUDANDO A COCA-COLA

A informação de que a Coca-Cola está deixando a Argentina também não é bem assim. O que sai da Argentina (com destino ao Rio) é o escritório regional da América Latina. As fábricas continuam produzindo onde estão.

SUPER LIBERAL

Tanto o presidente Bolsonaro quando seu superministro da Economia, o Imposto Ipiranga, cansaram de dizer que os preços são determinados pela lei da oferta e da procura. Cansaram de dizer - e o Procon de São Paulo não concordou. Já notificou quase 600 estabelecimentos no Estado, "na operação de enfrentamento ao aumento injustificado de preços de alimentos". O Procon exige que as lojas apresentem notas fiscais de compra e venda de itens da cesta básica, para verificar "eventual prática de preços abusivos".

Pois é: no Governo Sarney, o secretário da Receita Federal, xerife Romeu Tuma, foi aos pastos intimar os bois a se apresentar dentro de normas dos preços congelados. Não resolveu nada. O Plano Real, sem congelamento, sem "teje preso" no pasto, derrubou a inflação. E justo um ministro que se considera liberal, e que sabe perfeitamente que não adianta tabelar preços, aceita de bom grado trabalhar com órgãos estatais que querem controlar preços.
Herculano
04/10/2020 06:49
GUEDES E MARINHO TÊM DIREITO ÀS SUAS PRóPRIAS OPINIõES, MAS NÃO SÃO DONOS DOS FATOS, por Elio Gaspari, nos jornais O Globo e Folha de S. Paulo

Concentrar poder já é difícil, repassar responsabilidade é impossível.

Os ministros Paulo Guedes e Rogério Marinho têm direito às suas próprias opiniões, mas não são donos dos fatos.

Como ministro da Economia, Guedes propôs a taxação do seguro-desemprego. Pegou mal e ele atribuiu a ideia a Marinho, que à época estava na sua equipe. Ele tornou-se um defensor delirante da ideia e não desmentiu a afirmação. Contudo, confidenciava que a girafa veio do circo de Guedes.

Passaram-se os meses e a ekipekonômika meteu-se em outra trombada, querendo avançar sobre os precatórios. Novamente, Guedes revelou que a ideia partiu de Marinho, atual ministro do Desenvolvimento Regional.

Há dois anos, Guedes tornou-se um çupeministro incorporando atribuições e repartições. Concentrar poder já é difícil. Repassar responsabilidade é impossível.

O MUNDO DA $AÚDE

Desde que começou a pandemia, governadores e secretários de saúde foram apanhados com a mão na bolsa da Viúva.

A operação Monte Cristo, do Ministério Público de São Paulo, bateu em empresas e associações de distribuidoras de medicamentos. Numa casa acharam R$ 9 milhões em moeda corrente. Noutra, R$ 200 mil em sacos de lixo.

É só juntar lé com cré: não haveria político corrupto no setor de saúde sem empresário pagando.

PUSERAM MICHELLE NUMA FRIA

Usando-se a marca da mulher do presidente atraem-se áulicos e espertalhões

A repórter Constança Rezende mostrou que o vírus dos áulicos capturou R$ 7,5 milhões que o frigorífico Marfrig doou ao governo em março para a compra de 100 mil testes rápidos para detectar o coronavírus. Testaram zero e a história dessa maluquice é uma viagem ao mundo da burocracia, da bajulação e das espertezas.

Aos fatos:
No dia 23 de março a Marfrig ofereceu o dinheiro à Casa Civil da Presidência da República.

A primeira encrenca. Dias depois o Itaú-Unibanco fez o certo. Anunciou a doação de R$ 1 bilhão para o combate à pandemia sem colocar um só tostão na máquina do governo. Bolsonaro dizia que "brevemente o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus".

No dia 20 de maio a Casa Civil informou que o dinheiro seria usado "com fim específico de aquisição e aplicação de testes de Covid-19". Levaram dois meses para processar a informação. Já haviam morrido 18.959 pessoas. O ministro Paulo Guedes dizia que tinha um amigo inglês capaz de fornecer 40 milhões de testes por mês ao Brasil.

Passaram maio e junho. A 1º de julho a Casa Civil mudou de ideia e perguntou à Marfig se o dinheiro dos testes podia ser usado no projeto Arrecadação Solidária, vinculado ao programa Pátria Voluntária, de Michelle Bolsonaro, mulher do presidente. Diante de tantos nomes bonitos, quem seria capaz de dizer não? A essa altura já tinham morrido 60.194 pessoas.

Juntaram-se dois erros. Num, o dinheiro iria sabe-se lá para onde. No segundo, caiu na velha cumbuca das obras assistenciais da mulher do presidente. Salvo no Comunidade Solidária de Ruth Cardoso, elas quase sempre foram uma fábrica de encrencas. Geridas por áulicos, apurrinharam as vidas de Maria Thereza Goulart e de Rosane Collor de Mello.

O dinheiro da Marfrig foi doado para a compra de testes, mas os çábios expandiram o alcance. Iria também para medicamentos, comida ou material de limpeza. Qualquer coisa, enfim. A Associação de Missões Transculturais Brasileiras, outro nome bonito, recebeu R$ 240 mil. No seu endereço funcionava um restaurante, mas seu presidente informa que, por ser uma associação, "só tem endereço fiscal". Fica combinado assim.

Marquetagens e manobras burocráticas puseram Michelle Bolsonaro numa fria. Ela, como acontecia com Maria Thereza Goulart e Rosane Collor de Mello, não administra o dinheiro dos programas a que empresta seu nome. Usando-se a marca da mulher do presidente atraem-se áulicos e espertalhões. Ao final a conta vai para a senhora.

A Casa Civil informa que só a Fundação Banco do Brasil sabe o destino exato dos R$ 7,5 milhões da Marfrig. Se o dinheiro não serviu para testar pessoas, o caso pode servir para testar a capacidade do governo e do Banco do Brasil de dizer que aconteceu com o ervanário. O Itaú-Unibanco sabe para onde foi cada centavo do bilhão que doou.

UM GRANDE REPUBLICANO

Acaba de sair nos Estados Unidos o livro "The Man Who Ran Washington" ("O Homem que Mandou em Washington - A Vida e os Tempos de James Baker III"). Ele comandou as campanhas de três presidentes republicanos. Foi chefe da Casa Civil de Ronald Reagan e George Bush 1º, secretário de Estado e do Tesouro.

Junto com seu parceiro de duplas de tênis Bush 1º, administrou a diplomacia americana durante o colapso da União Soviética e a reunificação da Alemanha. Se isso fosse pouco, articulou a equipe de advogados que garantiu a presidência dos Estados Unidos para Bush 2º. Nela incluiu John Roberts, atual presidente da Corte Suprema.

Nascido numa família de advogados texanos, James Baker foi criado no conforto. Para quem viu as baixarias de Donald Trump no debate de terça-feira, sua vida mostra que existem conservadores e republicanos decentes.

A única eleição que disputou mostra quem ele era. Seus marqueteiros mostraram-lhe que o adversário deixara em liberdade um criminoso que mais tarde mataria duas pessoas. Baker recusou o tema. Ele achou que a acusação seria pessoal. Perdeu a eleição.

O autor do livro é o jornalista Peter Baker, sem parentesco com o biografado. A fábrica que produzia conservadores craques como Bush 1º e James Baker está temporariamente fechada. Aos 90 anos, leva a vida em Houston, caçando e pescando.

BASTIDORES DAA INDICAÇÃO DE KASSIO NUNES PARA STF TRAZEM FATO INÉDITO

Encontro formalizou o beneplácito público de Gilmar Mendes à escolha

Para a crônica da indicação de Kassio Nunes para o Supremo Tribunal Federal: Jair Bolsonaro sinalizou há um mês que pensava num nome estranho à lista de favoritos de Brasília.

Na terça-feira, Gilmar Mendes tinha hora marcada com Bolsonaro para um encontro no Planalto. Foi o presidente quem mudou o local para a casa do ministro, levando consigo o futuro colega.

Esse minueto formalizou o beneplácito público de Gilmar Mendes à indicação. Coisa inédita.


EREMILDO, O IDIOTA

Eremildo é um idiota e resolveu atender ao pedido do presidente para tirá-lo da enrascada do Renda Bolsonaro. Mesmo apoiando todas as medidas de qualquer governo em qualquer época, o cretino achou que o avanço no precatórios (e sua indústria) seria uma dose muito forte.

Com o arquivamento da tunga, o idiota resolveu mandar sua sugestão. Na conta de Eremildo o Brasil tem cerca de 500 mil pessoas presas por crimes que não envolveram violência e outras 500 mil condenadas em alguma instância, recorrendo em liberdade. Assim chega-se a 1 milhão de pessoas.

Admitindo-se que estão sentenciadas na média a três anos de prisão, Eremildo propõe que o programa seja financiado pela Anistia Cidadã. Cada condenado paga R$ 1.000 por ano de condenação e extingue-se o processo. Seriam R$ 3 bilhões na veia do povo, como diria o doutor Paulo Guedes.

O idiota acredita que sua proposta é mais simples que as da ekipekonômika.
Miguel José Teixeira
03/10/2020 21:56
Senhores,

Vergonhosamente vergonhosa, mas é a história!

"Ação da Lava Jato sobre palestras de Lula faz parte de história vergonhosa" (Reinaldo Azevedo/UOL).

Realmente, é a de lula, história vergonhosa!

Eu mesmo tenho vergonha de já ter votado nele contra o collor.

E o pior, foi eu ter incentivado a minha Saudosa Mãe, a Gasparense Dona Infância, à também votar no MALDITO contra o collor!

Já imaginaram o que seria da História se o lula tivesse vencido o collor?

Nós nunca teríamos o Plano Real que tirou a Nação das sombras.
João Barroso
03/10/2020 19:08
Herculano

A campanha do Partido dos Trabalhadores PT, está uma piada só. Estão com vergonha de mostrar a BANDEIRA VERMELHA e o nome do partido na propaganda eleitoral. Acham eles que com essa tática vai funcionar para enganar o eleitorado. O eleitor hoje não e mais bobo, percebe que está sendo enganado, o tiro vai sair pela culatra, como se diz aqui em Gaspar, desse jeito vai fechar a porteira. Tenham vergonha nessa cara, bando de sem vergonhas.
Eleutério Wan Deu
03/10/2020 16:46
Quem o prefeito mais arrojado de Gaspar?
Foi este que pouco fez e indivíduo o município de Gaspar em 230 milhões de reais.
Pensa que é brincadeira ? vai no Google
Herculano
03/10/2020 16:34
VEM AÍ O DOUTOR MORTE. ELE PODE ESTAR NA SUA CASA NESTE MOMENTO PEDINDO VOTOS
Herculano
03/10/2020 08:18
CANDIDATO OUSA E PROMETE TRAZER A PONTE DA INTEGRAÇÃO DO VALE

O engenheiro e professor, ex-secretário de Planejamento de Gaspar, Rodrigo Boeing Althoff, PL, saiu na frente e anunciou nesta sexta-feira nas redes sociais que se eleito, vai construir a tal ponte da Integração do Vale.

Ela está projetada para ser erguida ao lado da Loja da Havan (fechada há anos), ligando a Rua Anfilóquio Nunes Pires, Marinha, no Bela Vista com a Rua Vidal Flávio Dias, no Belchior Baixo, no Distrito do Belchior, acessando na terceira ligação rápida com a BR 470 duplicada e corredor de escoamento e acesso ao litoral, zona norte de Blumenau e aos municípios do Alto Vale, da Serra e até do Vale do Itapocu.

É a terceira ponte de Gaspar. Integrará Gaspar com o Distrito do Belchior. Facilitará a ampliação do distrito logístico e industrial do Belchior Baixo em fase natural de implantação.

E como aconteceu com a ponte do Vale construída no governo do ex-prefeito Pedro Celso Zuchi, PT, a nova ponte quando pronta vai facilitar à mobilidade regional entre Blumenau, Gaspar, Brusque e o Litoral e o Alto Vale deixando o centro de Gaspar mais livre de tráfego pesado e de longo curso.

Como no ex-governo petista, a nova ponte, a da Integração do Vale, terá recursos federais e não endividará os gasparenses ou a prefeitura. E para isso, o engenheiro Rodrigo Althoff, jura contar com o apoio do senador Jorginho Mello na articulação desse assunto em Brasília.

Como Rodrigo é engenheiro, como é professor nessa área, como já foi secretário de planejamento de Gaspar, no mínimo deve estar falando como um técnico, e não um político e mero candidato sobre este assunto.
Herculano
03/10/2020 08:02
OS CANDIDATOS A PREFEITO DE GASPAR. ATUALIZAÇÃO

O site do TSE registra que todos os cinco concorrentes continuam esperando o julgamento para a oficialização da candidatura. Essa demora é normal para análise da documentação diante da quantidade de postulantes.

Dinheiro.

Na coluna informei sobre os R$35.000,00 que o candidato Kleber Edson Wan Dall da poderosa coligação MDB, PP, PSDB, PSD e PDT já tem na conta.

Neste sábado, o PT de Amarildo José Rampelotti, colocou na conta R$1.963,00 sob a rubrica de financiamento coletivo.

Já Wanderlei Rogério Konop, DEM, colocou do seu próprio bolso, R$15 mil para movimentar a campanha. E como havia informado na coluna da edição impressa do jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo em circulação, o que mais circula, o mais acreditado em Gaspar e Ilhota, o site do candidato continua sem links da candidatura e da campanha.

O engenheiro Rodrigo Boeing Althoff, PL e sindicalista e funcionário público Sérgio Luiz Batista de Almeida, PSL, estão fazendo campanha, pelo jeito, sem nada no caixa, usando o fundo partidário ou devendo na praça, pois material já há em circulação.
Herculano
03/10/2020 07:32
A SEGUNDA ONDA DOS PLANOS ECONôMICOS, por Rodrigo Zeidan, professor da New York University Shanghai (China) e da Fundação Dom Cabral. É doutor em economia pela UFRJ, no jornal Folha de S. Paulo

Lição é a importância de previsibilidade e credibilidade na transição

A segunda onda da Covid-19 está em curso em muitos países e com ela chega também a segunda rodada de planos econômicos em reação à pandemia. Um dos modelos na resposta de segurança social para a pandemia é a Alemanha.

O objetivo inicial do país era manter parte da economia fechada, sem destruição da capacidade produtiva. Agora, busca-se permitir que as empresas viáveis economicamente sobrevivam. Até artigos da lei de falências foram suspensos temporariamente. O que temos a aprender com a experiência internacional?

Assim como no Brasil, a Alemanha suspendeu seu limite de gastos públicos. Lá, o governo não podia gastar mais que arrecada (Schwarze Null) e só podia emitir dívida de 0,35% do PIB, por ano. Sem essas amarras, o governo ampliou o programa Kurzarbeit.

Inicialmente, o Estado passou a pagar 60% do salário dos empregados que tiveram horas cortadas (67% para os funcionários com filhos).

Na segunda rodada de apoio, se a redução de jornada for maior que 50% por quatro meses, o auxílio do governo chega a 77% enquanto se a redução continuar a partir do sétimo mês, 87%. Além disso, 3 milhões de microempresas recebem entre 9.000 e 15 mil euros (R$ 60 mil a R$ 100 mil) para cobrir custos fixos, como aluguel.

As grandes empresas contam com empréstimos do Fundo de Estabilização Europeu, que o governo capitalizou em 400 bilhões de euros (R$ 2,6 trilhões). Por último, o governo separou 100 bilhões de euros (R$ 665 bilhões) para compra de participações em empresas em situação de fragilidade financeira. E tudo isso foi possível, em parte, porque o país tem como marca registrada a responsabilidade fiscal de longo prazo.

Mais importante, porém, que os recursos e a competência na implementação das medidas é que as regras são transparentes e previsíveis.

Sem a Kurzarbeit, que hoje protege 7,5 milhões de trabalhadores, o número de desempregados, de 2,95 milhões, poderia ter mais que triplicado. Com ela, o número de desempregados é de somente 636 mil a mais que no ano passado. E já começou a diminuir, com a economia gerando 9.000 empregos em agosto passado.

O nível de desemprego está em 6,4% e a economia deve se retrair somente 5% este ano, valor bem menor que o tombo de 10% esperado no começo da pandemia. A população pode contar com o programa até o final de 2021.

Há riscos, como fraude nos pedidos de auxílio e a criação de empresas zumbis, que não têm futuro e só se mantêm devido aos subsídios. Mas, com a previsibilidade das medidas, o governo agora atua para minimizar esses riscos.

As lições alemãs já estão servindo de base para a segunda onda de políticas em países como a Inglaterra, onde a ajuda inicial atingiu 1 milhão de empresas e 25% da população economicamente ativa.

Para o Brasil, onde não há segunda onda porque não saímos da primeira, a lição é a importância da previsibilidade e da credibilidade nas políticas de transição, já que ninguém sabe o que vai acontecer com programas importantíssimos, como a renda básica emergencial.

Não é para o governo brasileiro comprar participação em empresas, mas ele podia pelo menos parar de bater cabeça. Parece que, mais uma vez, o congresso é que vai forçar políticas goela abaixo da equipe econômica.

Do Ministério da Economia, as ações insuficientes, mal executadas e com esforços duplicados, vieram a conta-gotas. Quem dera fosse só questão de falta de dinheiro. Sem políticas coordenadas e abrangentes para que a sociedade se planeje por pelo menos mais seis meses, a emenda vai sair muito mais cara que o soneto.
Herculano
03/10/2020 07:17
UM MILHÃO DE MORTOS PELO CORONAVÍRUS ASSOMBRA ARAUTOS DA "GRIPEZINHA" E DESMENTE PROFETAS, por Demétrio Magnoli, geógrafo e sociólogo, no jornal Folha de S. Paulo

Marcos redondos têm valor simbólico, mas pouco significam na análise estatística

Marcos numéricos redondos têm valor simbólico, mas pouco significam para a análise estatística. Dias atrás, mundo afora, as manchetes destacaram a (falsa) ultrapassagem da fronteira do milhão de mortos por Covid-19. Certamente o limite foi rompido antes, mas não enxergamos a placa graças à subnotificação generalizada. De qualquer forma, é um sinal da escala da pandemia - e, ainda, um alerta sobre a arrogância humana.

Um milhão é muito ou pouco? Não vale comparar a pandemia com fenômenos cujas causas, temporalidades e espacialidades são distintas, como guerras, atentados terroristas, mortes no trânsito ou tsunamis. Pandemias devem ser cotejadas com pandemias; doenças com doenças.

A tuberculose mata, anualmente, cerca de 1,5 milhão; a diarreia infecciosa, 1,4 milhão; a Aids, 950 mil; a malária, 620 mil; as gripes comuns, 650 mil. A OMS estima até mais um milhão de óbitos pelo coronavírus antes da vacinação em massa ?"e isso com o cortejo de restrições sanitárias aplicadas pelos governos. É muito.

Ninguém sabe ao certo quantos morreram na gripe espanhola de 1918. As estimativas variam de 18 milhões a 50 milhões. A mortalidade giraria, portanto, entre 1% e 2,7% da população mundial de 1,8 bilhão. Naquele ano, pela última vez na história, registrou-se crescimento demográfico global negativo. A Covid, em contraste, ceifará menos que 0,03% da população do planeta e será praticamente indetectável nos gráficos da dinâmica demográfica. É pouco.

Muito ou pouco, depende do ponto de vista. O número assombra os arautos da "gripezinha". Osmar Terra, guru especialista de Bolsonaro, profetizou um máximo de 2.000 mortes no Brasil, num ciclo epidêmico limitado a 13 semanas. Qual seria o saldo de óbitos pelo vírus se, como queria o presidente, tivéssemos escolhido prosseguir a "vida normal"?

Na ponta oposta, o milhão global de mortos desmente os profetas que, inspirados pelo Imperial College, imaginaram algo como uma reedição da gripe espanhola. Atila Iamarino projetou "um milhão de pessoas mortas" ?"mas apenas no Brasil e somente até o final de agosto. Isso, no "cenário de mitigação que a gente está fazendo", ou seja, fechando "escola, transporte, trabalho". Qual seria nosso saldo de miséria, desemprego, desespero e violência social se, como queria o fundamentalismo epidemiológico, tivéssemos optado pela via do "lockdown" eterno?

O erro é parte da experiência humana: ninguém deve ser estigmatizado por equívocos de boa-fé. Mas as profecias hiperbólicas simétricas evidenciaram complexos intercâmbios entre o discurso científico e as narrativas políticas.

Os 2.000 de Terra ajudaram a extrema-direita a conferir um simulacro de legitimidade científica ao negacionismo criminoso de Bolsonaro. O milhão de Iamarino contribuiu com o esforço da esquerda de reivindicar o impossível para, na sequência, acusar todos os governantes adversários de negligência criminosa. A polarização política fecha caminhos à difícil busca do equilíbrio entre as demandas contraditórias da saúde, da economia e das liberdades públicas.

Até aí, porém, singramos na superfície. Atrás das profecias minimalistas oculta-se a arrogância diante da natureza: o vírus pode ser ignorado, pois a economia é tudo. Já as profecias maximalistas expressam a arrogância diante da sociedade: a vida social, o emprego, os direitos individuais podem ser cancelados indefinidamente, pois o vírus é tudo. Numa ponta, despreza-se a perspectiva aterradora de pessoas morrendo sem atendimento às portas de hospitais superlotados. Na outra, a paisagem perversa da militarização das cidades, de suas periferias e favelas, decorrente da estratégia utópica de supressão completa dos contágios.

Um milhão é muito ou pouco? Sei lá. No meu mundo ideal, seria um chamado à humildade, à dúvida e ao diálogo.
Arnaldo Xexeu
03/10/2020 06:12
Sr. Herculano

Ratificando o post de ontem: Melado,além de ?' Ã O ter feito a interligação do reservatório do centro a região sul
S, pois nao teve a capavidade de de pegar a autorização de DENIT, mas isso é compreensível, pois o Ex Deputado Federal e ex presidiario João Pizolatti, saiu de sena, o seu verdadeiro GURU.
Miguel José Teixeira
02/10/2020 23:08
Senhores,

Depois do 3º "mercedinho" da Moendão

Sei não. . . pelo andar da viatura, logo, logo, Moro será um presidiário!

"O que será, que será?
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurrando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas". . .

(O Que Será (À Flor da Terra)Chico Buarque)

Revisitando:

Que andam combinando no breu das togas. . .
Miguel José Teixeira
02/10/2020 19:27
Senhores,

Pergunta de boteco

Será que a Covid-19 está para trump assim como a facada esteve para o bolsonaro?

Respostas somente após a 3ª Moendão. . .
Herculano
02/10/2020 19:09
da série: atirou pedras e as recebeu de volta no seu telhado de vidro. Agora é esperar que o vidro seja a provas de pedras.

JULIO ESTÁ SOB ATAQUES INTERMITENTES, por Roberto Azevedo, no Making of

Toda a resiliência e influência do presidente da Assembleia Julio Garcia (PSD) serão colocados à prova com a segunda denúncia feita pelo Ministério Público Federal, em 17 dias, desta vez por fraude em licitação, peculato e corrupção, dentro de uma organização criminosa, que se juntam a anterior, por lavagem de dinheiro e corrupção na mesma Operação Alcatraz.

Mesmo que não deva ser pré-julgado, pois sequer é réu, a situação de Julio é tão delicada que todo o apoio que tem recebido é velado e nem mesmo seus pares, os maiores defensores do presidente do Legislativo, tratam do assunto abertamente ou em plenário.

Em vez disso, os deputados preferem disparar todas as cargas contra Carlos Moisés, que somente é investigado pela Polícia Federal e MPF, a pedido do ministro Benedito Gonçalves, do STJ, porque o empresário Samuel Rodovalho, que afirma não conhecer o chefe do Executivo, usou a palavra governador em uma conversa transcrita nas investigações do MP Estadual, Polícia Civil e TCE.

Para os parlamentares, Moisés deveria ser afastado do cargo por conta disso, mas sobre a situação de Julio nenhuma palavra, embora o experiente presidente da Assembleia, hábil articulador, saiba que o mudar o apoio de deputado é similar ao apertar um interruptor de luz: é só pressionar.

SEM FALAR

O presidente da Assembleia não fará, por ora, qualquer manifestação sobre a nova denúncia do MPF.

Mas seu advogado, Cesar Abreu, se manifestou a alguns colegas de imprensa em uma nota onde trata da "Queima de reputações", o risco da pré-condenação feita pela sociedade, que você confere na sequência:

"A Operac?a?o Alcatraz, com a denu?ncia do Deputado Ju?lio Garcia, protagoniza mais um exemplo, no farto rol catarinense, de queima de reputac?o?es. Na?o bastassem os insucessos em diversas Operac?o?es passadas, ao envolverem inocentes, as quais serviram apenas para manchar a honra e a dignidade de destacados concidada?os, agora temos esta, pautada na meia- verdade, que e? o modo de arruinar biografias, disseminando a suspeita, mesmo que na?o se confirme, ao final, a versa?o acusadora, sabido que depois da afirmac?a?o de uma inverdade, toda a verdade vira uma du?vida.

A denu?ncia rece?m ofertada, ta?o insubsistente quanto a que lhe antecedeu, e? a prova mais eloquente de que se esta? a acusar, indevidamente, um homem de Estado, porquanto toda a descric?a?o fa?tica lanc?ada na pro?pria denu?ncia quanto a? sua carreira conduz ao reconhecimento de Ju?lio Garcia como uma das pessoas que, em nosso Estado, exerce lideranc?a poli?tica com sabedoria e sem limitac?o?es partida?rias, o que e? a narrativa pro?pria de um estadista.

A meia-verdade se apresenta nessa acusac?a?o quando a partir dessa descric?a?o da vida pu?blica e poli?tica de Ju?lio Garcia se passa a tirar ilac?o?es, fazer suposic?o?es ou criar especulac?o?es, por conta de relac?o?es pessoais de amizade ou familiares com outros suspeitos, codenunciados, para o efeito de lanc?a?-lo ao a?pice de uma estrutura ili?cita que supostamente agiria por dentro da administrac?a?o pu?blica.

Em determinada passagem a denu?ncia revela que na?o ha? qualquer elemento de prova da participac?a?o direta de Ju?lio Garcia em qualquer dos fatos ili?citos apontados, decorrendo a acusac?a?o, portanto, a partir de meras conjecturas, como se isso justificasse massacrar a sua honra, nesse momento cri?tico e delicado da histo?ria de Santa Catarina. Alia?s, nem antes, nem depois.

Essa denu?ncia, ademais, busca anteparo numa delac?a?o premiada, negociada pelo Ministe?rio Pu?blico Federal, de valor juri?dico nenhum, a qual, ademais, dissemina aleivosias contra outros respeita?veis homens de Estado, que sa?o deixados a? margem dessa denu?ncia, porque bem sabem os acusadores da debilidade dessa delac?a?o.

A acusac?a?o descreve supostas fraudes em licitac?o?es no Executivo Estadual, quando Ju?lio Garcia era Conselheiro no Tribunal de Contas, decorrendo a sua incriminac?a?o da suposic?a?o de que, tendo poder poli?tico e influe?ncia em nomeac?o?es para cargos pu?blicos, toda e qualquer imputac?a?o que couber a um dos seus indicados, sugeriria o seu conhecimento e participac?a?o, numa responsabilizac?a?o objetiva por eventual fato de terceiro.

Despesas particulares, pagas por familiar, em ressarcimento de di?vida prete?rita, sa?o expostas como sendo decorre?ncia de algum ili?cito. Bens de terceiros sa?o apontados como bens pro?prios, em nome alheio. A aquisic?a?o conjunta de uma pequena embarcac?a?o, com 5 donos, e? tratada como se traduzisse exposic?a?o de riqueza.

Penas lanc?adas ao vento, essas especulac?o?es traduzem o retrato da cupidez de que se cerca a meia-verdade, que Winston Churchill, em grave momento da histo?ria, assim retratou: "Se algo existe pior do que a mentira, e? a meia-verdade. A mentira dificilmente resiste a?s ana?lises que sofre, no tempo da histo?ria. Ja? a meia-verdade, quando denunciada, mostra o pequeno pedac?o de verdade que conte?m e assim sobrevive, solerte e insidiosa".

O que temos, portanto, e? a caricatura de mais uma queima de reputac?a?o, pessoal e poli?tica. Cesar Abreu"

O PIOR CENÁRIO

Se a situação do presidente da Assembleia subir um degrau e ele virar réu no processo da Alcatraz, será necessário mais do que procurar justificar que todas as desgraças contra ele emanam do Executivo, leia-se Moisés - se tivesse esta força não estava na mira da PF, MPF e STJ -, pois não faltarão arautos da moralidade que passem a avaliar o pior cenário.

Em determinado momento, os deputados moralistas, muitos deles que promoveram a articulação pelo impeachment do governador e da vice Daniela Reinehr, terão que pesar se não seria melhor Julio se afastar da presidência da Assembleia para evitar a contaminação do Poder em denúncias que nem têm a ver com o mandato.

BOLA DE CRISTAL?

Na entrevista que concedeu ao SCC SBT, nesta quinta (1º), o governador Carlos Moisés subiu o tom de voz, quase sempre retilíneo, para dizer que Santa Catarina, em breve, conheceria a organização criminosa que se instalou no governo de Santa Catarina, não apenas no Executivo.

Dito e feito, horas depois a força-tarefa do MPF anunciava a entrada com a nova denúncia, baseada na Operação Alcatraz, junto à Justiça Federal de Florianópolis. Resta saber se foi informação privilegiada ou as abundantes provas que o governo dispõe e que devem ser reveladas em futuras operações. É só esperar.

JÁ NA COMISSÃO ESPECIAL

Alheia ao que ocorre no entorno, a Comissão Especial do segundo processo de impeachment se apega aos prazos legais e prepara o relatório para ser analisado no próximo dia 13, quase véspera da votação pelo afastamento ou não de Moisés e Daniela pelo Tribunal Especial de Julgamento.

O deputado Valdir Cobalchini (MDB) promete um texto técnico, mas alerta que nada foi preciso acrescentar pela robustez da peça que pediu a saída do governador e da vice, bem como o que veio da CPI dos Respiradores, da qual fez parte. Não há a menor dúvida do que virá, a admissibilidade.
Herculano
02/10/2020 19:01
MORO APAGA COMENTÁRIO SOBRE INDICAÇÃO DE BOLSONARO PARA O STF

Conteúdo de O Antagonista. Sergio Moro apagou do Twitter o post no qual comentava a indicação de Bolsonaro para o STF.

Como publicamos ontem, o post dizia:

"Simples assim, se o PR @jairbolsonaro não indicar alguém ao STF comprometido com o combate à corrupção ou com a execução da condenação criminal em segunda instância, todos já saberão a sua verdadeira natureza (muitos já sabem)."

Kassio Marques deve julgar, na Segunda Turma, a ação que pede a suspeição de Moro na condenação de Lula.
Arnaldo Xexeu
02/10/2020 14:54
Sr. Herculano

Ao ler sua coluna anterior, sobre o FEDOR LIXO, mas o EXECUTIVO DA INICIATIVA PRIVADA, Sr. Melado não iria resolver todos os problemas do SAMAE?
Pois é a região Sul, vai ficar sem água, pois além de ter feito a interligação rã rede central ao Bateias, vamos ficar reservatório ampliado ou contiaremos recebendo água em caminhão pipa que régua às ruas, ou seja supostamente contaminada.
E ainda tem a cara e pau de pedir votos aqui.
Armandinho da nona
02/10/2020 12:38
BOCUDO

Sr. Herculano, o senhor não é mais o mesmo.

O sr. escreveu:

Cada coisa I. O DEM não abria ser cabeça de chapa com o PL e para isso fez a interlocução em paralelo. Na hora da verdade duas constatações: conseguiu registrar apenas três vereadores. O candidato a prefeito, a vice e o presidente do partido são especialistas em TI. Até o fechamento da coluna na quinta-feira, no site do TSE, o DEM era o único sem link de site dos candidatos e partidos.

1. É mentira ou verdade que o DEM só queria coligar se ele fosse cabeça de chapa? Está na cara de todos os gasparenses.

2. É mentira ou verdade que o DEM só inscreveu três candidatos a vereadores? Está no site do TSE.

3. É verdade que o candidato a prefeito, a vice e presidente do DEM são ligados e possuem empresas de Tecnologia da Informação? São o que eles alegam ser, especialistas.

4. É verdade ou mentira que o DEM era ou é o único que não tinha ou não tem link de seus sites e candidatos no portal do TSE?

5. Para esta nova situação, vou colar a resposta do próprio presidente do DEM, esclareceu-nos:

"Se seu ódio não te cegasse tanto, você teria lido os arquivos de RRC e DRAP e descoberto que nós informamos todas nossas redes sociais e sites no ato do registro, e foi o sistema do TSE que não acatou. Por isso peticionamos eles por isso e solicitamos a correção deste equívoco da parte deles. Erro esse que se repetiu em diversas cidades, inclusive. Se você militasse menos e se informasse mais, não perderia tempo tentando nos atacar com algo tão bobo".

6. Então não se trata de ódio, mas de um fato que se tornou público pela sua coluna - a qual agradecemos - e que o DEM queria ver escondido. Pois se quisesse ver resolvido, já teria ido as rede sociais reclamar que estava sendo prejudicado pelo TSE.

7. Como o presidente do DEM de Gaspar, não tem link, o senhor não é culpado, não mentiu apenas expos. Agradecemos por não ter lado.

8. Finalmente, vão pedir votos ao invés de ficarem de nhenhenhen. Gaspar está uma maravilha. Ou já estão justificando a incapacidade de buscar os votos da vitória, ainda mais com os mirrados três vereadores que conseguiram inscrever, por perder tempo com picuinhas, como deletar gente do partido.

9. Só falta a estes sabidos acharem que discutir com colunista e com dono do jornal - além de perda de tempo - vai trazer algum voto a mais para eles. Nem a menos. Se atenham as propostas e vão em busca dos seus eleitores, meninos mimados.

Como o senhor sem diz, acorda Gaspar!
Herculano
02/10/2020 10:34
Ao Paulo.

Para quem vive me chamando de mentiroso, desinformado só porque dei a informação em primeira mão de que o ex-prefeito Adilson Luiz Schmitt, sem partido, foi deletado do DEM, e porque informou que o Demetrius Wolff tinha pedido a desfiliação do DEM, as suas qualificações soam-me como um balsamo.

Como sempre escrevi, o tempo é senhor da razão
Paulo Filippus
02/10/2020 10:28
Que engraçado ver teus amigos, Herculano, aqueles covardes de sempre que nem o nome possuem coragem de dizer, como fizeram na suposta "Nota do Aliança", tentando puxar o saco do PL e dizendo que nosso candidato está para ajudar o Kleber. Sendo que ao contrário do candidato do PL, o nosso é o UNICO que tem coragem e isenção pra criticar com todas as letras o atual prefeito. Ao contrário do próprio Rodrigo que sempre contorna esses momentos e fala, como já disse em nossas reuniões, que é íntimo do prefeito. Ora, não seria diferente mesmo, tendo ido até de vice dele numa eleição.

E mais engraçado ainda, Herculano, é ver você, que parecia inteligente, tentando nos atacar com esse papo de "foram os únicos que não cadastram site no TSE". Se seu ódio não te cegasse tanto, você teria lido os arquivos de RRC e DRAP e descoberto que nós informamos todas nossas redes sociais e sites no ato do registro, e foi o sistema do TSE que não acatou. Por isso peticionamos eles por isso e solicitamos a correção deste equívoco da parte deles. Erro esse que se repetiu em diversas cidades, inclusive. Se você militasse menos e se informasse mais, não perderia tempo tentando nos atacar com algo tão bobo.

E vê se publica esse comentário desta vez, né? Não vai censurar de novo, como já fizesse comigo em outro caso ou fizeram com o nosso candidato naquela conversa que tive com o Gilberto.

E boa sorte nessa jornada "isenta" de vocês. Como você mesmo diz, o tempo é o senhor da razão.
Herculano
02/10/2020 10:07
AS REDES SOCIAIS, NEM TUDO É CONTROLADO E NÃO MARAVIULHOSO ASSIM

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, posou com a família, para sensibilizar os eleitores.

Ele não vai ser candidato a chefe de família e nem os eleitores deveria fazer esse julgamento. É algo íntimo, pessoal e familiar

Kleber é candidato a ser gestor de um município. Aliás, está sendo reavaliado, neste quesito.

Uma moradora e eleitora gasparense, chamada Elaine Reinert de Souza, na rede social, vendo a postagem familiar, respondeu o seguinte e que viralizou:

"Parabéns pela sua família! Muito linda! Mas se você deseja apoiar as famílias de Gaspar comece pela Educação que ficou abandonada.

Seu filho merece uma educação de qualidade, os nossos também. E o direito.

E o direito que a Constituição garante não é ter simplesmente uma escola de graça como se diz, mas Educação de qualidade.

Esse é o nosso direito e teu compromisso!

Ruas boas eu também gosto, mas gosto mais de ver nossas crianças crescendo em sabedoria, entendimento e conhecimento".
Armandinho da nona
02/10/2020 08:16
sr. Herculano

O DEM de Gaspar foi armado pelo Kleinubing para estar a serviço do Kleber. Só isso. E nem isso conseguiu, por enquanto.

A meta é enfraquecer o PL. E por que? O PT sabe que está morto. O PSL não existe e tem dono, um sindicalista que o povo não quer mais, ou seja, está sem fôlego. Sobra quem? O PL. E o pessoal do 15 não quer que o 22 cresça, mesmo não vencendo. Entendeu?

Miguel José Teixeira
02/10/2020 08:15
Senhores,

Reforço na quadrilha?

"Kassio Marques defendeu a tese de Wassef sobre Coaf que fez Toffoli suspender investigação de Flávio Bolsonaro" (Crusoé)

. . .
"Chega suado e veloz do batente
E traz sempre um presente pra me encabular
Tanta corrente de ouro, seu moço
Que haja pescoço pra enfiar
Me trouxe uma bolsa já com tudo dentro
Chave, caderneta, terço e patuá
Um lenço e uma penca de documentos
Pra finalmente eu me identificar, olha aí
Olha aí, ai o meu guri, olha aí
Olha aí, é o meu guri
E ele chega". . .
(O Meu Guri - Chico Buarque)
Miguel José Teixeira
02/10/2020 07:58
Senhores,

Fonte de desinformação

"Estudo coloca Trump como maior fonte de desinformação sobre a covid" (GloboNews).

Bem feito para o capitão zero-zero!

Bem feito para o general da enfermaria!

Foram desbancados!
Herculano
02/10/2020 07:37
TEM MAIS ESSA

De Elena Landau, no twitter:

Servidores candidatos com licença remunerada durante as eleições podem custar 1 bilhão. Não deixa de ser um financiamento público de campanha. Mais um privilégio que setor privado não tem. Mais um item para a reforma administrativa
Herculano
02/10/2020 06:41
GOVERNISTAS SUGEREM ALTA DE IMPOSTO, MAS BOLSONARO SABE SOBREVIVER NA SUA SELVA, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Certo é que presidente mostra capacidade de sobrevivência, favorecido pela inexistência de oposição

Bancar o Renda Cidadã com aumento de imposto é de fato uma conversa entre deputados governistas. Alguns ainda parecem não entender que o governo apenas poderia gastar essa receita extra caso fosse alterado o teto de gastos. A pergunta mais importante, no entanto, é se Jair Bolsonaro arrumaria de fato alguma dessas encrencas.

Pode sair aumento de imposto? Ou pode se armar outro arranjo com o Congresso? Por exemplo, uma extensão do estado de calamidade casado com "reformas" grandes de cortes de despesas, uma gambiarra de alto nível, por assim dizer. Assim, seria possível pagar algum auxílio emergencial a mais, haveria sobra de dinheiro advinda de arrochos (sobre servidores, por exemplo) e algum tempo para arrumar financiamento permanente para um Renda Cidadã. Até mesmo neste governo, algum pouco de organização política poderia parir uma solução dessa espécie.

Na política, Bolsonaro se desdiz sem vergonha, o que tem saído de graça. Na economia, apesar dos arreganhos por si só daninhos, não chegou a tomar ou patrocinar nenhuma decisão final contra o teto ou a favor de aumento de impostos. É omisso, inepto ou avacalha projetos de "reformas" política e socialmente mais sensíveis, mas até agora não ultrapassou de fato o sinal vermelho dos donos do dinheiro grosso, apesar da baderna financeira que seu governo causa.

Na política, é diferente. Bolsonaro escorraçou o lavajatismo, aliou-se à "velha política", montou bancada mínima para evitar impeachment e interrompeu os comícios golpistas e os ataques ao Supremo, com quem negocia acordão ou acordões. Limitou (mas não cassou) as graças concedidas a "terrivelmente evangélicos", aos "ideológicos" ainda mais lunáticos e aos adeptos da propaganda do "gabinete do ódio", até porque tem contas a pagar no Congresso e no Supremo.

Parou também de vociferar naquelas saidinhas do Alvorada. Agora faz comício para inaugurar bica d'água, caminho de vaca e pedra fundamental de ponte.

É verdade que Bolsonaro, Paulo Guedes e o governismo são capazes de dar tiros no pé tais como o vexame ridículo, contraproducente e alienado da pedalada dos precatórios. É verdade também que, dados os vetos de Bolsonaro a cortes de gastos sociais e as ideias de Guedes, restaria nenhuma alternativa a não ser gambiarra, mexida de fato no teto ou uma negociação mais complicada no Congresso (trocar uma extensão da calamidade por grandes "reformas").

Dados os estranhamentos entre governo e centrão, de um lado, e Rodrigo Maia mais partes de DEM, MDB e PSDB, essa negociação complicada parece remota. Por ora.


Essa novela toda parece ainda mais tediosa a pessoas normais, mas é preciso repetir: desse rolo dependem a fome de milhões e as taxas de juros e o dólar que podem ou não encrencar o crescimento. Do ponto de vista do ocupante da cadeira de presidente, desse rolo depende parte relevante de sua popularidade. O Congresso, de resto, vai ficar parado até acabar o auxílio?

Outras incertezas obscurecem o caminho da solução, claro: o ritmo da economia no final do ano, a possibilidade de vacina, de recuo menos vagaroso da epidemia ou a disputa pelo comando do Congresso em 2021 (conflito que não é besteirinha: foi o começo do fim de Dilma Rousseff, em 2015). Certo é que Bolsonaro tem mostrado capacidade de sobrevivência na selva que ele mesmo cria, se ajeitando politicamente, favorecido ainda pela inexistência de oposição. Não é fácil descartar a hipótese que faça um acordão que o beneficie também nessa história do Renda Cidadã.
Herculano
02/10/2020 06:37
"O AVESSO DE MORO",

Conteúdo de O Antagonista. A Crusoé resumiu perfeitamente o currículo do desembargador indicado por Jair Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello no STF.

"Para o Planalto, o Centrão e a ala anti-Lava Jato do STF, que compõem hoje o suprassumo do establishment, o desembargador é o sujeito certo na hora certa. É contra os 'excessos da Lava Jato', não acha que prisão em segunda instância deva ser algo automático e carrega a fama de tarefeiro, uma pessoa para quem a fidelidade aos padrinhos deve estar acima de tudo e todos - atributo muito valorizado na capital federal, uma ilha de códigos e princípios bem particulares. Por causa disso, entre uma parcela relevante de seus colegas de toga, ele não goza de boa reputação."
Herculano
02/10/2020 06:35
da série: 0,01% que valem muito mais na cagada do que os 99,9%

BOLSONONARO DIZ TER "99,9% DE CONFIANÇA EM GUEDES: 0,01% É MEU, Pô"

Conteúdo de O Antagonista. Na live de quinta-feira, além de confirmar a indicação de Kassio Marques para o STF, Jair Bolsonaro disse que Paulo Guedes continua sendo "o cara" da política econômica.

"Paulo Guedes continua 99,9% de confiança comigo. Deixo 0,1% porque às vezes, eu quero mudar alguma coisinha", disse o presidente.

"Eu falo com ele: 'PG, porra, não é 100% não, porra. 0,1% é meu, pô. Qual é, pô? Você quer tudo pra você, pô? Você é muito guloso. Daqui a pouco você vai ficar gordo igual ao Tarcísio [de Freitas, que estava ao lado do presidente na live]. Não quero você engordando não, ô PG", brincou Bolsonaro.

"Ele é o cara da política econômica, tá certo? A palavra final é dele e ponto final", acrescentou.

Falta combinar com os congressistas e o pessoal do governo que estão loucos para financiar o Renda Cidadã furando - ou driblando - o teto de gastos.
Herculano
02/10/2020 06:30
da série: vergonha

O CALOTE DO CALOTE DO CONFISCO, por Helio Beltrão, engenheiro com especialização em finanças e MBA na universidade Columbia, é presidente do instituto Mises Brasil, no jornal Folha de S. Paulo

O governo quer criar outro teto para não pagar parte das dívidas com cidadãos

"O precatório é quando a Justiça manda pagar um calote. Calotear um calote é uma reincidência", sintetizou com primor Gustavo Franco em suas redes sociais. Caso a disputa se refira a uma desapropriação sem devido pagamento, será ainda pior: calote do calote do confisco.

Precatório deriva do latim precare, que significa "relativo a reza, súplica". Faz sentido: só apelando aos céus para receber o que o Estado deve ao cidadão.

Os governos brasileiros do passado, de todos os entes da federação, foram maquinistas de um longo trem de confiscos e usurpações, de quebras de lei e de contratos, muitas vezes sem consequências legais para os governantes. Após o Plano Real, tem havido um esforço de reconhecimento dos esqueletos do passado e de um arcabouço de mais responsabilidade fiscal e legal. Até esta semana, ao menos.

Boa parte dos cidadãos e empresas abusados pelos governos nem chega a processar o setor público.

Afinal, aquele que escolhe o caminho da Justiça enfrenta uma enorme assimetria: (i) o tribunal é parte do Estado e por desenho não é equidistante entre as partes, nem no papel ; (ii) a administração pública tem o dobro de dias que o cidadão para cumprir prazos de recursos da sentença; (iii) são muitos anos, quiçá décadas de disputas até uma sentença final.

Segundo o Conselho Nacional de Justiça, são várias dezenas de milhões de processos aguardando a sentença definitiva.

Depois desta via crúcis, caso o cidadão ganhe a ação, no calvário encontrará seu precatório.

Agora, o governo federal, que tenta driblar o teto de gastos por todos lados, quer criar um outro teto para não pagar parte das dívidas com os cidadãos. Triste Brasil.

MUDAR PARA MELHOR

A campanha eleitoral começou e ganhou as redes. Em 2018, a chapa vencedora teve componente liberal e foram eleitos dezenas de deputados federais e estaduais que defendem maior liberdade individual e econômica, além do governador do terceiro maior estado da federação.

Desde então, aumentou a participação das ideias liberais na grande imprensa e nas redes sociais. Políticos, celebridades e jornalistas com histórico de simpatia às ideias da esquerda se autoproclamam liberais e se comportam como franceses falando tupi-guarani, como dizia Roberto Campos. Em 2020, é preciso seguir ocupando espaços, tanto nas câmaras municipais como nas prefeituras, com atenção redobrada contra falsos liberais.

Em São Paulo, a campanha tem uma maioria esmagadora de candidatos do campo da esquerda, por exemplo: o populista Russomano, o social-democrata Covas e o socialista Boulos.

Com meus respeitos aos demais competidores do campo liberal-conservador, apoiarei a candidatura do jovem Arthur Moledo do Val.

É um político promissor e valente, em início de carreira, que tem sido um consistente defensor das ideias liberais. No meio liberal, frequentou eventos, debateu e militou de forma sempre independente. Como deputado estadual, combate enfaticamente os privilégios.

Arthur é excelente comunicador ?"formou-se em suas próprias mídias sociais. Assertivo, sincero e questionador, construiu público cativo com base nessas virtudes. Foi um dos primeiros empreendedores de sucesso entre youtubers, focando em tópicos pertinentes ao dia a dia de gente simples como ele.

A capital paulista (com mais de 12 milhões de habitantes e orçamento público de quase R$70 bilhões) tem um oceano de desafios nas áreas de educação, saúde, segurança, mobilidade, entre outras. O jovem candidato carece de experiência em gestão e sabe que terá que compor uma equipe de notáveis para dar conta do recado. Será seu maior desafio.
Herculano
02/10/2020 06:22
MAIA USOU PANDEMIA PARA TENTAR PARALISAR GOVERNO, por Cláudio Humberto, na coluna que publicou nesta sexta-feira nos jornais brasileiros

A proximidade do fim do mandato de presidente da Câmara deixou Rodrigo Maia (DEM-RJ) mais nervoso que o normal e acabou expondo sua estratégia para tentar paralisar o governo. A ideia de não instalar as comissões temáticas, usando a pandemia como justificativa, tinha como objetivo inviabilizar a agenda de privatizações, atrapalhar a tramitação das reformas e colocar a culpa no ministro Paulo Guedes (Economia).

PRIMEIRO VACILO

Maia começou a deixar escapar a estratégia quando decidiu chamar Paulo Guedes de "ex-liberal" por não dar seguimento às privatizações.

ASSUNÇÃO DE CULPA

A manobra foi escancarada quando Maia questionou no STF a venda de subsidiárias de estatais sem aval do Congresso. Foi derrotado ontem.

LIQUIDAÇÃO

A agenda de privatizações conta com pelo menos 20 estatais a serem vendidas incluindo Eletrobras, Correios, Telebras, Serpro, Dataprev...

QUASE FUNCIONOU

Os que caíram na armadilha de Maia dizem que o governo só enviou um projeto de privatização. Sem instalar comissões, o envio seria inútil.

APROVAÇÃO SUPERA CHANCE DE REELEIÇÃO NO RIO, SP E BH

Os eleitores têm razões que a própria razão desconhece. Levantamento do Paraná Pesquisas desta quinta (1º) atesta que a avaliação positiva dos atuais prefeitos de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte é bem maior que suas intenções de voto. Em São Paulo, Bruno Covas (PSDB) tem a gestão bem avaliada por 31,8% dos paulistanos, que a consideram ótima (5,8%) ou boa, mas só 21,5% dos 'votos'. No Rio, 24,8% aprovam a gestão de Marcelo Crivella (Rep), mas só 13,6% o admitem reeleito.

MESMA TENDÊNCIA

Em Belo Horizonte, a gestão do prefeito Alexandre Kalil é aprovada por 73,5% dos eleitores, mas a intenção de votos se limita a 56,5%.

O MELHOR ELEITOR

O Paraná Pesquisa verificou também que o presidente Jair Bolsonaro influenciará mais a vontade do eleitor que os respectivos governadores.

PESQUISAS REGISTRADAS

Os levantamentos do Paraná Pesquisa foram registrados na Justiça Eleitoral sob números SP-06440/20, RJ-08624/20 e MG-06842/20.

MAMÃE, EU NÃO FALEI?

Arthur do Val, o "Mamãe Falei", entrou na política com o MBL e foi eleito deputado há dois anos. Candidato a prefeito de São Paulo, já empatou com Jilmar Tato (PT) e tem o dobro de Joice Hasselman (PSL).

CONDIÇõES PARA QUITAR

Afif Domingos, do Ministério da Economia, elogiou a dedicação da Procuradoria da Fazenda Nacional no novo programa renegociação de dívidas tributárias, que vai tratar "com mais carinho" os endividados.

CHUTE NA CANELA

Carteiros advertem em condomínios residenciais de Brasília que agora "encomendas pequenas" serão deixadas na portaria, apesar dos 15 reais que os Correios tomam dos clientes para entregá-las em casa. Já a concorrência privada continua tratando bem a clientela que a sustenta.

VIAJANDO NA MAIONESE

A deputada Erika Kokay (DF) foi às redes sociais materializar a fantasia de opositores de que até o aquecimento global é culpa do presidente. Para a petista, os 43 graus de quinta-feira "é o apocalipse do Bolsonaro".

SEM OBRIGAÇÃO

Segundo o governo da Bahia, a Lei Aldir Blanc obriga peças culturais financiadas com verba pública a fazer publicidade do governo como "comprovação da aplicação do recurso". E diz que pessoas beneficiadas com o auxílio emergencial da Cultura não precisam fazer a propaganda.

O QUADRO MELHORA

O Ipea, uma das fontes prediletas dos "profetas" do desmatamento da floresta amazônica, reviu ontem a previsão de queda do PIB brasileiro de 6% para 5%. Metade da previsão catastrófica de 10% do início da crise.

VALE TUDO

A disputa pela prefeitura de São Paulo está pegando fogo. Segundo o vereador Fernando Holiday, o candidato do Psol, Guilherme Boulos, vai criar o StalinBnB, um "app que encontra propriedades para invadir".

JORNALISTA ASSASSINADO

Completa dois anos nesta sexta-feira (2) a última vez que o jornalista Jamal Khashoggi foi visto com vida ao entrar no consulado saudita, em Istambul (Turquia). Ele foi assassinado pelo governo da Arábia Saudita.

PENSANDO BEM...

...muitos ex-aliados já sentem nas pesquisas a falta que um Bolsonaro faz.
Herculano
02/10/2020 06:15
AS VEZES PARECE ATÉ QUE NÃO HÁ UM PROCESSO DE IMPEACHMENT EM CURSO CONTRA O GOVERNADOR CARLOS MOISES DA SILVA, PSL

NEM O ASSUNTO "EMPOLGA" NUM AMBIENTE DE CORRIDA ELEITORAL MUNICIPAL, ALÉM DO PRóPRIO PALÁCIO BARRIGA-VERDE, CENTRO ADMINISTRATIVO, CASA D'AGRONôMICA E ALGUNS POLÍTICOS COM INTERESSE DIRETO NO RESULTADO

AS VEZES OS 71% DOS VOTOS DADOS A CARLOS MOISÉS DA SILVA PARECEM FARELO. ASSUSTADOR!
Herculano
02/10/2020 06:09
OS MEMES QUE CIRCULAM NOS APLICATIVOS DE MENSAGENS SOBRE AS INCOERÊNCIAS DOS GOVERNO, DÚVIDAS, ALIANÇAS, RESULTADOS E PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS TÊM SIDO O MAIOR PROBLEMA DO CANDIDATO A REELEIÇÃO, PREFEITO KLEBER EDSON WAN DALL, MDB.

ESTÁ DESNUDAMDO-O E DEIXANDO-O EXPOSTO, AO MESMO TEMPO QUE A PROFISSIONAL E CARA MÁQUINA BEM COMO OS SEUS BULDOGUES E SEUS GUARDIÃES ESCLADOS PARA EXBIRRAR NÃO CONSEGUEM COMBATÊ-LA A ORIGEM E O CONTEÚDO DESSES MEMES
Herculano
02/10/2020 06:04
RECEIO DE APARELHAMENTO TOMA PROPORÇÃO COM ESCOLHA DE BOLSONARO PARA STF, por Eloísa Machado de Almeida
Professora e coordenadora do Supremo em Pauta da FGV Direito SP, no jornal Folha de S. Paulo

Está no horizonte uma nova indicação ao tribunal a justificar uma agenda de reformas que torne o processo mais transparente

Com a aposentadoria do ministro Celso de Mello e a abertura de uma vaga a ser preenchida no Supremo Tribunal Federal, eclodiram os debates com críticas e propostas de reforma à maneira como se dá a indicação de ministros ao tribunal.

Atualmente, a Constituição diz que os ministros do Supremo serão escolhidos entre cidadãos, brasileiros natos, com mais de 35 e menos de 65 anos de idade. Exige, também, notável saber jurídico e reputação ilibada.

Estabelece que a indicação deve ser feita pelo presidente da República e controlada pelo Senado Federal.

No âmbito do Senado Federal, cabe à Comissão de Constituição e Justiça proceder à sabatina dos candidatos e a uma votação para encaminhamento do nome ao plenário que, por maioria absoluta, aprovará ou reprovará definitivamente a indicação.

As maiores críticas a este procedimento de nomeação se concentram na indeterminação dos critérios de notável saber jurídico e reputação ilibada e na concentração de poder nas mãos do presidente da República.

Como pano de fundo dessas críticas, o receio de que o presidente da República poderia instrumentalizar o Supremo a seus interesses através da indicação de ministros.

Quando tentam endereçar soluções, as propostas de emenda à Constituição constroem procedimentos de formação de listas (a partir de prévia indicação vinda de tribunais, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil) que irão limitar as hipóteses de escolha do presidente da República e, supõe-se, aferir a qualidade dos indicados.

A crítica a estas propostas estaria no reforço à endogenia: um sistema de Justiça ensimesmado estaria propenso a reproduzir seus vícios.

Outras vertentes pleiteiam mudanças mais simples no processo de indicação, para torná-lo mais transparente, prevendo, por exemplo, a divulgação dos nomes e justificativas para possíveis indicáveis e realização de audiências públicas com a sociedade, sem a necessidade de nenhuma alteração na Constituição.

Não foram aprovadas quaisquer reformas. Porém, em compensação, a sabatina no Senado se tornou menos protocolar. Se antes eram vistas como um momento de confraternização, as últimas sabatinas tomaram longas horas dos indicados a responder perguntas formuladas por senadores.

Evidentemente, por se tratar de controle político, reflete os ânimos da relação entre presidente e Senado.

Exemplo maior parece ser a sabatina de Edson Fachin, indicado no auge da crise da Presidência de Dilma Rousseff, e que contou com o maior número de votos de reprovação, dentre os atuais ministros do tribunal.

O receio de instrumentalização do STF tem se tornado mais forte e fundado com a constância de processos penais contra presidentes da República no Supremo.

Um ministro do Supremo, indicado por um presidente da República acusado de eventuais práticas criminosas, poderá julgar o caso de seu nomeador.

Um problema minorado pela colegialidade - afinal, será um ministro dentre 11 -, mas ainda assim um problema, sobretudo diante dos enormes poderes monocráticos dados aos ministros.

Agora, com a indicação de um novo ministro do Supremo pelo presidente Jair Bolsonaro, o receio de instrumentalização do tribunal toma novas proporções.

Bolsonaro acenou a vaga aberta no Supremo ao ex-ministro Sergio Moro, ao ex-advogado-geral da União e atual ministro da Justiça, André Mendonça, ao procurador-geral da República, Augusto Aras, ao ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça João Octávio de Noronha.

Em todas essas oportunidades, o preço parece ter sido um alinhamento que minou o papel das instituições no controle de legalidade e constitucionalidade dos atos do governo.

Nenhum deles acabou sendo indicado e, para evitar a instrumentalização destas outras funções, aqui também há espaço para se pensar reformas, como um período de quarentena aos ocupantes destes cargos antes que possam assumir outras funções.

Como também se trata de um presidente com problemas no tribunal - segue em andamento um inquérito que investiga potenciais crimes na troca da diretoria-geral da Polícia Federal - e com familiares com problemas em outras instâncias do Judiciário, hão de serem redobradas a atenção e a cautela sobre a sua indicação de ministro ao Supremo.

Hoje, os controles sobre a indicação à vaga deixada por Celso de Mello competem ao Senado e, sobre seus efeitos da indicação, à colegialidade do Supremo.

Está no horizonte - e sempre estará - uma nova indicação ao tribunal a justificar a retomada de uma agenda de reformas que torne este processo mais transparente, democrático e com menos riscos.
Herculano
02/10/2020 05:57
TRUMP ESTÁ COM COVID-19

Donald Trump anunciou que está com Covid-19.

Ele já está em quarentena, com a primeira-dama, que também foi infectada.
Herculano
02/10/2020 05:54
SC: ESTADO COM FUTURO INCERTO, por Moacir Pereira no jornal Notícias do Dia

Não há bola de cristal capaz de desenhar o horizonte proximo

Não há Piton ou a mais qualificada cartomante que possa hoje prever o que vai acontecer em Santa Catarina neste final de ano. O cenário, que já era imponderável nestes meses turbulentos, misturando pandemia com denúncias de corrupção, tornou-se ainda mais nebuloso com a operação da Polícia Federal, cumprindo mandados determinados pelo Superior Tribunal de Justiça, a requerimento do Ministério Público Federal.

O governo da "Nova Politica" está escrevendo as páginas mais tristes da história política do Estado. Começa por iniciativas contestadas pelas forças politicas e econômicas do Estado desde os primeiros meses, seguiu por um inexplicável isolamento total na Casa da Agronômica, avançou ao dar as costas para prefeitos, deputados e representantes da sociedade civil, o desprezo pela imprensa. E culminou com esta visita inédita da Federal na residência oficial, pela primeira vez na história.

A operação não condena ninguém. Ao sr. Carlos Moisés continua prevalecendo a presunção de inocência, porque sequer está indiciado em inquérito policial.

Contudo, o impacto político da operação é demolidor, arrasador. E compromete sua atuação na Chefia do Executivo de forma irrecuperável, ainda que na frente as acusações de que está sendo alvo sejam descartadas.
O governador reiterou que é inocente e que não participou da compra dos respiradores e muito menos autorizou o pagamento antecipado.

A imagem entre os catarinenses, porém, está mortalmente ferida.
Herculano
02/10/2020 05:47
da série: um a um Bolsonaro vai eliminando quem lhe deu ou dá lustro a seu governo. Foi assim com Moro, foi com Mandetta, foi com outra penca, está sendo assim com Paulo Guedes. Está rodeado de gente sem noção e velhos políticos que apoiam fantasiosas pedaladas, que aumentam e não suprimem os privilégios fiscais ou contábeis. Aos poucos, Bolsonaro vai entrando numa armadilha que levou à cassação de Dilma Vana Rousseff, PT.

BOLSONARO TOCA A VIDA COMO GUEDES NÃO ESTIVESSE MAIS ALI, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S. Paulo

Nem os pilares da equipe econômica têm sido levados muito a sério dentro do governo

Paulo Guedes pode até completar mais uma semana no cargo, mas o governo já deixou o ministro no chão. Nas últimas 24 horas, Jair Bolsonaro e seus aliados tocaram a vida como se o chefe da equipe econômica nem estivesse mais por ali.

Pela manhã, o presidente embarcou para o Nordeste pela sétima vez desde junho. A agenda era parte de uma turnê pela reeleição coordenada pelo ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). Ele se tornou o antípoda de Guedes no governo ao formar uma aliança a favor do aumento de gastos com obras.

Os dois ministros já se estranharam em reuniões fechadas e trocaram hostilidades em público. Interessado em extrair ganhos políticos da máquina do governo, o chefe da dupla se mostra inclinado a escolher o lado de um deles.

No sertão de Pernambuco, Bolsonaro prometeu entregar "cada vez mais obras" na região e disse que seus aliados lutam por dinheiro "para que o ministério do Marinho possa realmente trabalhar". Guedes, como se sabe, já negou mais de uma vez os pedidos do colega para aumentar despesas com esses investimentos.

A turma política também parece disposta a atropelar o ministro nas caóticas discussões sobre o novo programa social de Bolsonaro. Nesta quinta (1º), aliados do presidente chegaram a anunciar em público a criação do benefício, embora Guedes ainda não tenha conseguido encontrar o dinheiro para bancá-lo.

Ao lado de Bolsonaro, o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho, disse que o Planalto entregaria "o maior programa de solidariedade social da história desse país". Depois, o parlamentar ganhou uma citação elogiosa do presidente.

Nem os pilares da equipe econômica têm sido levados muito a sério. Ainda que Guedes precise mandar recados semanais a investidores em sentido contrário, o vice-presidente Hamilton Mourão sugeriu a execução de uma manobra "fora do teto de gastos" para financiar o novo Bolsa Família. Cada vez menos gente quer saber da cartilha do ministro.
Miguel José Teixeira
02/10/2020 04:18
Senhores,

PT isolado

"PT isolado e avanço do bolsonarismo marcam candidaturas nas maiores cidades do país" (Folha de São Paulo)

"Visto que semearam ventos, colherão tempestades; não terão sequer uma espiga, e o grão não dará farinha; e, mesmo que a desse, seria comida pelos estrangeiros" (Oseias 8, 7)
Herculano
01/10/2020 19:06
da série: a cara de pau foi convidar Sérgio Moro para ser ministro da Justiça quando o plano de verdade era outro. Os ladrões dos nossos pesados impostos e as organizações, facções criminosas e milícias, penhoradamente agradecem

KASSIO É PREGO QUE FALTA NO CAIXÃO DA LAVA JATO, por Josias de Souza, no Uol.

Jair Bolsonaro facilitará a vida da banda anti-Lava Jato do Supremo ao confirmar a escolha do desembargador Kássio Nunes para a vaga de Celso de Mello. Levada ao Diário Oficial, a indicação consolidará a Segunda Turma da Corte como túmulo da operação anticorrupção.

Ao deixar a presidência do Supremo, Dias Toffoli foi à cadeira de Luiz Fux na Primeira Turma. Cogitou-se executar uma manobra para levar Toffoli à Segunda Turma, que cuida da Lava Jato. Acomodado na poltrona de Celso de Mello, Kássio tornaria o movimento desnecessário.

O novo ministro comporia com Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski o triunvirato dito "garantista" na Segundona. Sem a perspectiva de encostar seus votos no balão de oxigênio que enxergam em Celso de Mello, Edson Fachin e Cármen Lúcia passariam a viver em estado crônico de minoria.

O "garantismo" atribuído a Gilmar, Lewandowski e, agora, também a Kássio comporta dois tipos de interpretação. Num, é visto como garantia de que os réus serão tratados nos limites do devido processo legal. Noutro, o "garantismo" é enxergado como eufemismo para complacência com malfeitores amigos.

Encontra-se na fila da Segunda Turma, por exemplo, o julgamento do pedido de suspeição que a defesa de Lula formulou contra o ex-juiz Sergio Moro. Fachin e Cármen já votaram contra a anulação da sentença do caso do tríplex. Gilmar e Lewandowski devem votar a favor. Nesse cenário, Kássio representaria o derradeiro prego no caixão.
Herculano
01/10/2020 18:57
O EX-PREFEITO ADILSON ESTÁ COMO O DIABO GOSTA: SOLTO. PERGUNTEI A ELE: QUEM O SEU CANDIDATO? NÃO RESPONDEU. MAS, ELE ESTÁ SEM ALTERNATIVAS. E ME RESPONDEU COM UMA CARTA QUE PUBLICO NA ÍNTEGRA PARA QUE DELA NÃO PAIRE NENHUMA DÚVIDA E NINGUÉM DIGA QUE EU A INTERPRETEI.

Adilson Luiz Schmitt, médico veterinário, memória invejável, ex-prefeito (2005-2008)na segunda tentativa e derrotado numa reeleição. Era a promessa do MDB jovem e de renovação. Eleito, ambos se desentenderam. E parte da cidade também. Ele saiu da política, mas a política ainda não saiu dele até hoje.

Queremos "Estórias" ou a História de Gaspar?

Poucos dias, 15 de novembro, nos separam de mais uma eleição municipal para escolhas de Prefeito e Legisladores. Período de campanha mais curto, pandemia chinesa, mudanças na legislação, recursos reduzidos, mas com nossos suados impostos, ajudas mais controladas. Campanha talvez mais econômica, menos arroubos, mais uso de ferramentas da informática, mais fake news. Mas sempre tivemos e teremos mais um pleito, talvez disputado!!!

Gaspar vive já há décadas de uma gloriosa história. Vieram os primeiros migrantes e imigrantes, de uma economia baseada no extrativismo e agricultura evoluiu para a industrialização e a prestação de serviços. As belezas naturais foram incorporadas ao turismo de lazer e a localização no Vale do Itajaí, trouxeram benefícios e COM CERTEZA alguns incômodos. Que precisam ser enfrentados, pois dos atuais mais de 70 mil habitantes, poderemos ter o dobro em até 20 anos.

A História registra em Gaspar, nos mais de oitenta anos de emancipação, a governança de pessoas comprometidas com as tradições e respeito aos habitantes. Muitos desses governantes ainda vivos e participantes. Podemos relacionar o Sr. Evaristo Spengler e a sua gloriosa participação na vida musical da cidade, o Sr. Luiz Fernando Poli, filho de um grande maestro o saudoso Luiz Eurídes Poli e alfaiate e sua bondosa mãe, temos ainda participando o Sr. Osvaldo Schneider, popular PACA, figura carismática e polêmica, odiado e amado, hoje Comendador e benemérito, por muitos e que foi único que fez o seu sucessor. Em 1976 por míseros 34 votos!!! Soma-se o Sr. Celso Zuchi com seus três mandatos.

E por fim o Médico Veterinário Adilson Schmitt, que irei deixar ao juízo dos Gasparenses nascidos e ou de coração, para que me julguem devido a minha Trajetória e História e modo de ser. Pois todos nós temos acertos e erros. Diz um ditado: "Que mais vale uma lágrima da derrota, do que a vergonha de não ter disputado!"

Agora, neste embate, teremos cinco candidatos, disputando as eleições de 2020 e um número robusto de pretendentes a casa legislativa, são 153 candidatos e candidatas a Vereador. Pessoas da terra, filhos de pessoas comprometidas com as nossas tradições e que deram a sua contribuição, a seu tempo, no crescimento social e econômico da Cidade:

a) Amarildo Rampelotti ex- Vereador ligado ao PT - 13, tendo como Vice, também do PT o jovem advogado João Pedro Sansão, escolhidos após desistência do Sr. Celso Zuchi em nome de uma renovação de nominata, mas ligados aos PETRALHAS, causadores de tantos transtornos econômicos e sociais ao Brasil. Está lançado o desafio
b) Kleber Wan-Dall (MDB - 15), nascido e residente no Bairro Sete de Setembro, neto do Sr Lico Wan-Dall. Bacharel em Direito, Ex Vereador e Ex Gerente da SDR Blumenau e também do IPREV em Blumenau. Coligação na Majoritária PMDB + PP + PSDB + PSD + PDT, tendo como Vice o MARCELO BRIK (PSD). O Kleber Wan-Dall, concorre a reeleição em 2020, mudando o seu parceiro. São dois nomes de curriculum muito semelhantes, pois só viveram, vivem e pensam em continuar vivendo a sombra dos cargos comissionados, representam o somatório dos chamados " Donos da Cidade", uma coligação sem nenhuma coerência de programas e objetivos. Ontem adversários, hoje aliados. Uma das mais fortes explicações é a troca de parceria com o Vice Lu Spengler por Marcelo Brick. `Possui um time de 83 candidatos a Vereadores, apesar de a legislação não permitir as coligações na proporcional, bastante numeroso, recursos, simpatizantes e comissionados.

c) Rodrigo Boeing Althoff, com Vice o ex-Vereador Vino Schmidt do Belchior pelo PL 22. Rodrigo migrou de outras siglas e coligações para o PL. Também ex-Vereador, Secretário Municipal e funcionário da Prefeitura , hoje é professor concursado do IFSC. Usou e bem as oportunidades como funcionário e coleciona diversas atividades acadêmicas além de Engenheiro, obtendo um curriculum recheado de especialidades. Apresenta-se como a dupla e partido diferente, velha cantilena política para convencer o eleitorado. Apesar de ter sido Vereador, a sua experiência administrativa, diferente do seu número de diplomas nunca foi testado.

d) Sérgio Almeida e Rejane Ferretti pelo PSL - 17, apresentam-se como candidatos a Prefeito e Vice pelo PSL. Funcionário Público, sindicalista, psicólogo já participou de outras eleições ora como candidato ora como apoiador. Foi suplente de Vereador. Tem nominata ao Legislativo pequena. Apresenta-se como um nome da nova "politica", mas não se sabe se é ou não defensor do programa de sua sigla.

e) Wanderlei Knopp e Lelo Piava pelo DEM - 25 são os nomes escolhidos para compor o grupo de candidatos ao Executivo. Pequena lista de apoiadores ao cargo no Legislativo. O Wanderlei se apresenta como empresário do ramo de TI e nunca participou de eleiçoes como canditado nem ocupou cargos comissionados. Seu Vice Lelo Piava é atualmente suplente de Vereador. Aposta que precisa ser avaliada.

Não tivemos ainda a divulgação das chamadas plataformas políticas para uma melhor avaliação. Algumas realidades são necessárias discutir e fazer parte dos programas de Governo. Pós Pandemia, endividamento da Prefeitura, Mobilidade, Plano Diretor e sua legislação a luz do Código das Cidades, Saneamento, Tratamento e abastecimento de água, Rodovias Nacionais e Estaduais que cortam a cidade, Educação, e um sem número de outras prioridades da Cidade.

É evidente que os nomes, cada qual com suas propostas, plano de governo e apoiadores, terão nesta disputa que mostrar a que vieram e como irão enfrentar o quadro caótico e desesperador das finanças, pós Pandemia do COVID - 19.

O Brasil, ainda vive, nas páginas policiais onde o volume de recursos subtraídos da educação, da saúde, da mobilidade, da infraestrutura merecem destaques nacionais e internacionais. O modelo de poder corrompido que nos últimos anos ousaram implantar, acobertados pelo discurso do social e bem estar, sem respeito às regras mínimas do bom uso dos caros impostos cobrados, levaram o país ao desemprego e ao aumento dos desvios. As novas governanças nacionais estão tentando com algum sucesso quebrar os paradigmas da corrupção

Gaspar merece e deve apoiar pessoas comprometidas com a nossa História e não com aventureiros e aliados às teorias bolivarianas e seus seguidores. Precisa escolher o melhor. Precisa apoiar propostas exequíveis e verificar de onde virão os recursos. Largar de mão as velhas e carcomidas lideranças pelo novo jeito de governar e apoiar o candidato preparado para enfrentar os próximos anos de desafios.

Após anos de governo bolivariano, precisamos nos unir em torno daquele que herdará a difícil tarefa de reconstruir a nossa História. Não somos um povo que vive e viverá de migalhas, mentiras, "estórias" e de alguns aproveitadores da situação.

Gaspar, certamente, irá escolher o melhor, com menor rejeição e mais competente. Mas precisará eliminar os habituais conchavos e montagens de grupelhos que vivem outras realidades. Não merecemos mais o atraso e os ditos ou que se acham "PSEUDO CORONÉIS", em pleno Século XXI".

Tem uma passagem que diz: "Pois muitos são os convidados, mas poucos os escolhidos"!!!



Eu como tantos eleitores aptos, ainda não defini o voto. Esta parcela de indecisivos é considerável!!!



Melhor dizendo somente um PREFEITO SERÁ ESCOLHIDO E DECLARADO ELEITO PELO JUIZ ELEITORAL PARA ADMINISTRAR GASPAR, CIDADE CORAÇÃO DO VALE A PARTIR DE 01/01/2.021!!!

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