28/11/2018
Capa do jornal Cruzeiro do Vale mostra como está principal rua que corta o município em direção a Blumenau; os gasparenses usam o humor para a crítica ácida; e o governo de Kleber continua embrulhado no mínimo e óbvio: a simples manutenção da cidade enquanto as prometidas grandes obras vão sendo postergadas.
O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, posta vídeos das redes sociais a torto e a direito, sem critério e estratégia. Vira e mexe, por falta de novidade, anuncia obras simples de manutenção e de obrigação, como se novidades fossem. Lembra-me um prefeito que por falta de assunto melhor e para aplacar os seus críticos, mandou divulgar e comemorou a reforma do motor de uma Kombi para o uso no Belchior, como se aquilo fosse uma realização governamental. Entrou para o anedotário. Marcou e não se apaga nunca mais.
A tira de fotos que ilustra esse comentário dá a dimensão e diminui o textão. O jornal Cruzeiro do Vale mostrou como a principal rua cartão postal da cidade e que vai dar a Blumenau, a Anfilóquio Nunes Pires, está uma buraqueira só. A reportagem não foi para perseguir o governo de plantão, como ele alega, reclamou e queria ver escondido, com outros fazem. Tudo isso está à vista de todos. Tanto que as montagens sobre o tema e reclamando da incúria governamental corre a rede.
E como reação ao jornal de credibilidade e verdadeiramente influenciador na cidade, na mesma tira, o prefeito Kleber – orientado e se sabe bem por quem – resolveu tirar uma foto com o seu secretário de Planejamento – mostrando que está trabalhando. Distribuiu até uma agenda de manutenções básicas e pequenas obras. Isso não diminuiu as queixas e as cobranças. Afinal, a rua Anfilóquio Nunes Pires como outras tantas continua lá exposta às reclamações.
Se eu citei o episódio da Kombi, para realçar no presente o que aconteceu no passado e foi para o anedotário, o atual governo vem construindo algo bem mais consistente que vai lhe causar – e já está – problemas mais adiante se ele resolver ir à reeleição. Vão faltar oração e pregadores.
Um: iniciou plantando flores pela cidade e não se sabe bem como isso se planejou, pois no outro lado, a cidade foi tragada pelo capim. Isso mesmo.
Dois: faz um ano exatamente que anunciou com magnifica propaganda que o trânsito de Gaspar mudaria entre o Natal e o Ano Novo de 2017. Até agora, nada, mas nada mesmo. O que se descobriu? Que se tinha plano e não planejamento, não se tinha legislação, não se tinha dinheiro e por isso não pode enfrentar os que eram contra. Ou seja, não tinha autoridade e nem argumento. De concreto? Que o secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd, acumulava dois cargos públicos irregularmente, e Kleber decidiu bancá-lo, mesmo correndo o risco de ser tornar improbo.
UMA COMUNICAÇÃO SEM NEXO E AMADORA
Kleber e a prefeitura continuam em campanha. Usa a rede social para aparecer do seu jeito e revelar que está trabalhando. Tudo coisa miúda. Nada pensado, planejado. Fica exposto. E quem lhe socorre? Os comissionados. E como funciona isso? De forma orquestrada e falsa. Uma mensagem de aplicativo já revelou isso.
E nestas postagens há dois tipos de comentários: os primeiros são os da turma que o prefeito já deixou claro que estão obrigados a elogiá-lo por serem comissionados e os que estão enxergando um governo sem realizações. Se ele mostra uma rua calçada ou remendada, já vem cobrança de outras, do hospital, dos postos de saúde... é um turbilhão. Kleber e os seus ficam se debatendo com os críticos. E por que? Falta-lhes um plano, foco e principalmente resultado. Já são dois anos de governo. A campanha dele para prefeito já acabou e Kleber parece que não percebeu. A de deputados, senadores, governador e presidente também com duras lições para Kleber e sua turma. E está se iniciando outra. Exigindo mudanças de postura. Aprendizado até agora? Zero!
Falta-lhe uma marca. A propalada “eficiência” já se perdeu há muito para a realidade. O “Avança Gaspar” se tornou algo comum. Vai da boa e grande ideia até a limpeza do bueiro. Tudo está no mesmo balaio, inclusive o motor da Kombi, se ele tivesse que ser consertado mais uma vez. A falta de uma grande promessa em vias de se concretizar como foi por exemplo, a ponte do Vale para o PT e Pedro Celso Zuchi – e que nada lhe adiantou devido à sua permanente teimosia e arrogância, incluindo os formadores de opinião -, obriga Kleber estar em permanente campanha varejo para dizer ao menos que ele está e é prefeito em Gaspar.
Na outra ponta, o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, o de melhor retorno para seus investidores e o de maior credibilidade e para não perdê-la, teve que mostrar o óbvio da cidade mal cuidada pelo poder de plantão: os buracos das nossas ruas. O governo se desesperou. Nas redes, o mote pegou.
Na abertura deste artigo, publico duas críticas humoradas sobre o mesmo tema. E quando o humor abraça o sério, é que a coisa está mesmo enraizada. Só o governo, nú, não enxerga o seu próprio corpito como não enxerga os defeitos que se estampa no município. Faltam menos de dois anos para outubro de 2020. Serão mais rápidos do que os dois anos até aqui. Acorda, Gaspar!
Primeiro foi o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Quando se viu ameaçado pela formação de uma comissão especial na Câmara para investigar se ele teria cometido assédio moral ou não contra os funcionários públicos numa denúncia feita pelo Sintraspug, deu um passo atrás na inabilidade e naquilo que queria goela abaixo para o funcionalimsmo.
Kleber foi lá no plenário do Legislativo – onde já foi vereador e até presidente - e da tribuna reconheceu o excesso. Disse que errou por “excesso de zelo” nas “orientações” que “sugeriu” a um grupo “seleto” de comissionados. Ai, ai, ai. Ao final, pediu desculpas aos funcionários públicos e aos vereadores – principalmente os da oposição que estavam com o discurso afiado contra ele e nos votos. E deu certo! Kleber escapou e o assunto foi arquivado. Já tratei disso em duas colunas anteriores.
O segundo pedido de desculpas para destampar a chaleira e abrandar a fervura veio na sequência. Duas sessões seguintes a mesma tática. E desta vez foi o vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, segundo secretário da mesa e que por quase dois anos foi funcionário do Samae de Gaspar.
É que na sessão anterior houve um outro embate entre o governo de Kleber, Sintraspug e oposição no caso de pegar as sobras das taxas de água e recolha de lixo para suportar uma nova operação do Samae de Gaspar: o de limpar valas de águas da chuva e esgoto – que Gaspar não possui e se enrola por anos apesar de sempre afiançar nas entrevistas nas rádios que não fazem perguntas e nos discursos, que a grana existe e tudo está aprovado.
Naquela noite, empolgado no cerco aos adversários da trama do governo Kleber e do mais longevo dos vereadores e atual presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, Andrietti, na tribuna, ao defender o projeto e o governo que integra, disse que os funcionários do Samae eram contra só porque a maioria deles era petista e trabalhava contra o governo e a cidade. A situação comemorou a afirmação. Mas, pegou mal. Andrietti foi cobrado. Até porque vive lá pedindo ajuda aos técnicos e servidores do Samae para atender o “seu eleitorado”.
Como a matéria foi aprovada e com os votos de dois oposicionistas – pois Kleber não ainda possui a maioria formal, depois que a perdeu por barbeiragem de liderança em dezembro do ano passado – Andrietti resolveu consertar o estrago feito. Na sessão seguinte ao da mancada, foi à tribuna se explicar antes que alguém iniciasse o malho e que estava programado.
“Queria pedir desculpas aos servidores do Samae e aos vereadores pelo que falei aqui na terça-feira passada. Estava de cabeça-quente. Reavaliei. Errei”, resumiu Andrietti. Bom! Com isso, o vereador pensa que tenha destravado as portas que se fecharam para ele na área do baixo clero no Samae, onde verdadeiramente as coisas funcionam e acontecem em favor da autarquia, da população e principalmente dos políticos do poder de plantão.
Ao mesmo tempo, naquela noite, com este gesto e logo no início dos discursos na Câmara, Andrietti impediu os discursos contra a fala que ele tinha feito na sessão anterior acusando os funcionários do Samae de agentes políticos e partidários contra a gestão de Kleber. E o primeiro que teve que colocar a viola no saco foi o funcionário do Samae, vereador e um ativo oposicionista, Cícero Giovane Amaro, PSD. O discurso estava prontinho e na ponta da língua. Não só o dele, mas como do ex-diretor da autarquia e aposentado, Rui Carlos Deschamps e a funcionária pública municipal, Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. Acorda, Gaspar!
PROPAGANDA ENGANOSA SOBRE AS EMENDAS PARLAMENTARES QUE NUNCA CHEGAM E RESQUÍCIOS DE CAMPANHA QUE SE ARMA PARA A PRÓXIMA
A campanha de 2020 já começou e só o poder de plantão em Gaspar ainda não percebeu. E o PT vai começar por esclarecer os discursos panfletários feito na campanha deste ano e que mesmo assim, resultaram num desastre incomum ao MDB, PP e outros que estão na coligação de Kleber Edson Wan Dall, Luiz Carlos Spengler Filho e Carlos Roberto Pereira. Imagina-se o tamanho do estrago se não se tivesse apelado a esses “suplementos hormonais”.
O que apareceu ontem a noite na Câmara? O requerimento 180/2018 da bancada do PT. Ele é assinado pelos três vereadores - Dionísio Luiz Bertoldi, Mariluci Deschamps Rosa e Rui Carlos Deschamps. Eles pedem informações sobre às Emendas Parlamentares dos deputados estaduais, federais e senadores, a partir de janeiro de 2017 até agora. Ou seja, querem saber quem verdadeiramente destinou emendas, se elas chegaram e se efetivamente foram aplicadas como se anunciou em favor de Gaspar e dos gasparenses.
O que os vereadores petistas de Gaspar querem saber? A lista individual dos recursos recebidos através de emendas parlamentares; onde foram investidos os recursos recebidos, com a relação detalhada delas; se foi devolvido algum recurso por falta de execução de obra ou do projeto; se houve alguma obra em que seria utilizada emenda parlamentar e o recurso não chegou; se existe alguma obra iniciada, aguardando por recurso parlamentar. Ai, ai, ai!
Uma delas, super-badalada e no módico valor de R$ 500 mil a favor do então candidato a reeleição do deputado estadual – que foi secretário de Infraestrutura de Santa Catarina - Luiz Fernando Cardoso, o tal do Vampiro, MDB, para o recapeamento da Rua Pedro Simon, na Margem Esquerda, não chegou até as eleições de sete de outubro. E a obra foi terminada com recursos de Gaspar e na propaganda, ela era creditada ao candidato vampiro de votos.
Nos discursos, os políticos e a prefeitura fingiam que isso não tinha acontecido. A coluna esclareceu. Agora se os recursos efetivamente chegarem, vai se precisar de uma manobra contábil para se aproveitar esse dinheiro e não devolve-lo, porque, na verdade, a obra já está pronta e para testemunho de todos, bem como os discursos sobre ela.
Quando noticiei o que relato, o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, patrocinador do candidato, tentou desmentir a coluna. Foi desmentido pelas provas das liberações governamentais que a coluna teve que trazer aos leitores e leitoras e se provou que a quantia continua retida no governo do estado, que todos sabem, foi mal governado e está quebrado, a tal ponto que Raimundo Colombo não foi eleito para o Senado, como queria para reconhecimento.
Ah, Herculano! Mas todos fazem isso, inclusive o PT. Faz! Eu sei. Mas, está na hora de quem pede ética e transparência dar o exemplo. O problema é que os políticos no fundo se acertam para não serem expostos pelos próprios colegas. E quem perde com isso? O cidadão, o pagador dessa farra e o enganado no resultado coletivo, fruto dos seus pesados impostos.
Outra. Só a bancada do PT assinou o documento. O PDT e o PSD, não. Nem mesmo o presidente Silvio Cleffi, PSC, e que compõem a até então majoritária oposição. Acorda, Gaspar!
O radialista João Luiz Aguiar, ou Jota Aguiar, reúne nesta quinta-feira, no Engenho Quinta do Vale, na Rua Prefeito Leopoldo Schramm, em Gaspar, uma plateia eclética, que vai desde gente que foi de alguma forma vítima, bem como voluntários e “heróis” daquele fatídico novembro 2008. Iniciativa louvável contra o esquecimento de algo que nos remete à dor.
É um reencontro à vida e uma advertência às pessoas, os gestores públicos, políticos e aos da imprensa de uma forma em geral onde está o próprio Jota – e onde me incluo na essência das minhas observações, as quais tanto incomodam as que nos protocolos fazem questão de serem chamadas de autoridades. Autoridade é um reconhecimento e não uma simples nomenclatura.
A imprensa não tem apenas o papel de relatar, relembrar como bem faz agora, mas de cobrar e mostrar que pouco foi feito a favor da sociedade sobrecarregada de tantos pesados impostos e desprotegida no retorno mínimo. Ou seja, todos nós estamos tão expostos quanto naquela última semana de novembro de 2008 por culpa da nossa falta de consciência em primeiro lugar e por uma mão firme do estado aos que desafiam o perigo, inclusive na conscientização ou na mitigação daquilo para aquilo que está fora do nosso controle da nossa natureza.
Espero que o encontro desta quinta-feira seja a favor da comunidade, despido de vaidades pessoais, partidárias de grupos de poder do passado e do presente. O que está em jogo com a lição de recebemos da natureza em fúria daquele novembro é: o que estamos fazendo para que algo semelhante seja menos impactante sobre vidas e matrimônios no futuro. O jantar por adesão custará R$60,00
Ilegal e inconstitucional. Foi arquivado o Projeto de Lei 42/2018 do vereador Ciro André Quintino, MDB. Ele determinava que os donos de terrenos limpassem seus terrenos baldios. E se isso não acontecesse e diante de denúncias, ou fiscalização, eles poderiam ser limpos compulsoriamente pela prefeitura. Ela mandaria a conta para o proprietário.
Tem vereador em Gaspar que não sabe que em agosto deste ano o IBGE disse que o município possui 68.465 habitantes. Nas contas dele, e para inflar discurso, mostrar desconhecimento e falta de assessoramento, são mais de 75 mil. Ou é previsão de que vai faltar eleitor? Uau!
O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mandou retirar da Câmara PL 43/2018. Nele pedia autorização para um empréstimo no Banco do Brasil no valor de R$4 milhões, dentro de um programa chamado de “Pró Eficiência Municipal”.
Este assunto deu entrada em junho e tinha o líder do governo Francisco Hostins Júnior, MDB, como relator estava enrolado. Hostins já tinha pedido o adiamento da matéria por duas sessões, prometendo levá-la na sessão de ontem a noite.
Estes recursos, na verdade, seriam aplicados, conforme justificativa do Executivo, na modernização da Administração Tributária. Era para a implantação informatizada e melhoria do cadastro imobiliário do município.
E por que o PL 43 foi para o arquivo? Primeiro porque os vereadores da oposição estão com uma marcação cerrada nesse negócio de empréstimos para a prefeitura. Segundo porque o governo Kleber encontrou outra fonte “mais adequada”, como revela o recente PL 109/2018 e que tem como relator o situacionista, suplente José Ademir de Moura, PSC. Ele não será louco de achar pelo em ovo neste assunto.
A nova operação de crédito é com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, até o valor de R$ 2,6 milhões. Ou seja, é menor do que os R$ 4 milhões para a mesma coisa.
O dinheiro do BRDE está no Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos – PMAT -, abrangendo o parque tecnológico da Administração Tributário e Gestão Territorial.
Como se vê, eficiência na administração de Gaspar é uma palavra da propaganda. Já na prática....Eu exagero? Isso deveria ser a primeira coisa que o então secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira – hoje o advogado está na Saúde -, deveria ter feito logo que assumiu o governo, baseado naquilo que tinha auditado como deficiência no governo de transição.
Se tudo der certo, o resultado desse investimento – depois de adquirido, implantado e testado, só começará a aparecer em 2020. Acorda, Gaspar!
Boa notícia e que virou repetição por exemplo de eficácia, gestão e empreendedorismo. A revista Viagem concedeu ao Fazzenda Parque Hotel, de Gaspar, o prêmio de melhor hotel fazenda do Brasil.
Um bom exemplo da identidade gasparense. A abertura oficial do Natal de Gaspar nas escadarias do Igreja Matriz São Pedro Apóstolo. Quem não foi, perdeu o show de organização, vozes, luzes, fogos e cores. Veja na foto abaixo e imagine.
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