Quatro imagens sobre um mesmo tema. Uma cidade de buracos - Jornal Cruzeiro do Vale

Quatro imagens sobre um mesmo tema. Uma cidade de buracos

28/11/2018

Capa do jornal Cruzeiro do Vale mostra como está principal rua que corta o município em direção a Blumenau; os gasparenses usam o humor para a crítica ácida; e o governo de Kleber continua embrulhado no mínimo e óbvio: a simples manutenção da cidade enquanto as prometidas grandes obras vão sendo postergadas.

 A força da credibilidade de quem relata a realidade da falta de simples manutenção programada

O prefeito de Gaspar, Kleber Edson Wan Dall, MDB, posta vídeos das redes sociais a torto e a direito, sem critério e estratégia. Vira e mexe, por falta de novidade, anuncia obras simples de manutenção e de obrigação, como se novidades fossem. Lembra-me um prefeito que por falta de assunto melhor e para aplacar os seus críticos, mandou divulgar e comemorou a reforma do motor de uma Kombi para o uso no Belchior, como se aquilo fosse uma realização governamental. Entrou para o anedotário. Marcou e não se apaga nunca mais.

A tira de fotos que ilustra esse comentário dá a dimensão e diminui o textão. O jornal Cruzeiro do Vale mostrou como a principal rua cartão postal da cidade e que vai dar a Blumenau, a Anfilóquio Nunes Pires, está uma buraqueira só. A reportagem não foi para perseguir o governo de plantão, como ele alega, reclamou e queria ver escondido, com outros fazem. Tudo isso está à vista de todos. Tanto que as montagens sobre o tema e reclamando da incúria governamental corre a rede.

E como reação ao jornal de credibilidade e verdadeiramente influenciador na cidade, na mesma tira, o prefeito Kleber – orientado e se sabe bem por quem – resolveu tirar uma foto com o seu secretário de Planejamento – mostrando que está trabalhando. Distribuiu até uma agenda de manutenções básicas e pequenas obras. Isso não diminuiu as queixas e as cobranças. Afinal, a rua Anfilóquio Nunes Pires como outras tantas continua lá exposta às reclamações.

Se eu citei o episódio da Kombi, para realçar no presente o que aconteceu no passado e foi para o anedotário, o atual governo vem construindo algo bem mais consistente que vai lhe causar – e já está – problemas mais adiante se ele resolver ir à reeleição. Vão faltar oração e pregadores.

Um: iniciou plantando flores pela cidade e não se sabe bem como isso se planejou, pois no outro lado, a cidade foi tragada pelo capim. Isso mesmo.

Dois: faz um ano exatamente que anunciou com magnifica propaganda que o trânsito de Gaspar mudaria entre o Natal e o Ano Novo de 2017. Até agora, nada, mas nada mesmo. O que se descobriu? Que se tinha plano e não planejamento, não se tinha legislação, não se tinha dinheiro e por isso não pode enfrentar os que eram contra. Ou seja, não tinha autoridade e nem argumento. De concreto? Que o secretário de Planejamento, Alexandre Gevaerd, acumulava dois cargos públicos irregularmente, e Kleber decidiu bancá-lo, mesmo correndo o risco de ser tornar improbo.

UMA COMUNICAÇÃO SEM NEXO E AMADORA

Kleber e a prefeitura continuam em campanha. Usa a rede social para aparecer do seu jeito e revelar que está trabalhando. Tudo coisa miúda. Nada pensado, planejado. Fica exposto. E quem lhe socorre? Os comissionados. E como funciona isso? De forma orquestrada e falsa. Uma mensagem de aplicativo já revelou isso.

E nestas postagens há dois tipos de comentários: os primeiros são os da turma que o prefeito já deixou claro que estão obrigados a elogiá-lo por serem comissionados e os que estão enxergando um governo sem realizações. Se ele mostra uma rua calçada ou remendada, já vem cobrança de outras, do hospital, dos postos de saúde... é um turbilhão. Kleber e os seus ficam se debatendo com os críticos. E por que? Falta-lhes um plano, foco e principalmente resultado. Já são dois anos de governo. A campanha dele para prefeito já acabou e Kleber parece que não percebeu. A de deputados, senadores, governador e presidente também com duras lições para Kleber e sua turma. E está se iniciando outra. Exigindo mudanças de postura. Aprendizado até agora? Zero!

Falta-lhe uma marca. A propalada “eficiência” já se perdeu há muito para a realidade. O “Avança Gaspar” se tornou algo comum. Vai da boa e grande ideia até a limpeza do bueiro. Tudo está no mesmo balaio, inclusive o motor da Kombi, se ele tivesse que ser consertado mais uma vez. A falta de uma grande promessa em vias de se concretizar como foi por exemplo, a ponte do Vale para o PT e Pedro Celso Zuchi – e que nada lhe adiantou devido à sua permanente teimosia e arrogância, incluindo os formadores de opinião -, obriga Kleber estar em permanente campanha varejo para dizer ao menos que ele está e é prefeito em Gaspar.

Na outra ponta, o jornal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, o de maior circulação, o de melhor retorno para seus investidores e o de maior credibilidade e para não perdê-la, teve que mostrar o óbvio da cidade mal cuidada pelo poder de plantão: os buracos das nossas ruas. O governo se desesperou. Nas redes, o mote pegou.

Na abertura deste artigo, publico duas críticas humoradas sobre o mesmo tema. E quando o humor abraça o sério, é que a coisa está mesmo enraizada. Só o governo, nú, não enxerga o seu próprio corpito como não enxerga os defeitos que se estampa no município. Faltam menos de dois anos para outubro de 2020. Serão mais rápidos do que os dois anos até aqui. Acorda, Gaspar!

As desculpas públicas dos políticos colocam água fria na fervura que os opositores fazem ao poder de plantão

É do jogo jogado. É do erro explícito

Primeiro foi o prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB. Quando se viu ameaçado pela formação de uma comissão especial na Câmara para investigar se ele teria cometido assédio moral ou não contra os funcionários públicos numa denúncia feita pelo Sintraspug, deu um passo atrás na inabilidade e naquilo que queria goela abaixo para o funcionalimsmo.

Kleber foi lá no plenário do Legislativo – onde já foi vereador e até presidente - e da tribuna reconheceu o excesso. Disse que errou por “excesso de zelo” nas “orientações” que “sugeriu” a um grupo “seleto” de comissionados. Ai, ai, ai. Ao final, pediu desculpas aos funcionários públicos e aos vereadores – principalmente os da oposição que estavam com o discurso afiado contra ele e nos votos. E deu certo! Kleber escapou e o assunto foi arquivado. Já tratei disso em duas colunas anteriores.

O segundo pedido de desculpas para destampar a chaleira e abrandar a fervura veio na sequência. Duas sessões seguintes a mesma tática. E desta vez foi o vereador Evandro Carlos Andrietti, MDB, segundo secretário da mesa e que por quase dois anos foi funcionário do Samae de Gaspar.

É que na sessão anterior houve um outro embate entre o governo de Kleber, Sintraspug e oposição no caso de pegar as sobras das taxas de água e recolha de lixo para suportar uma nova operação do Samae de Gaspar: o de limpar valas de águas da chuva e esgoto – que Gaspar não possui e se enrola por anos apesar de sempre afiançar nas entrevistas nas rádios que não fazem perguntas e nos discursos, que a grana existe e tudo está aprovado.

Naquela noite, empolgado no cerco aos adversários da trama do governo Kleber e do mais longevo dos vereadores e atual presidente do Samae, José Hilário Melato, PP, Andrietti, na tribuna, ao defender o projeto e o governo que integra, disse que os funcionários do Samae eram contra só porque a maioria deles era petista e trabalhava contra o governo e a cidade. A situação comemorou a afirmação. Mas, pegou mal. Andrietti foi cobrado. Até porque vive lá pedindo ajuda aos técnicos e servidores do Samae para atender o “seu eleitorado”.

Como a matéria foi aprovada e com os votos de dois oposicionistas – pois Kleber não ainda possui a maioria formal, depois que a perdeu por barbeiragem de liderança em dezembro do ano passado – Andrietti resolveu consertar o estrago feito. Na sessão seguinte ao da mancada, foi à tribuna se explicar antes que alguém iniciasse o malho e que estava programado.

“Queria pedir desculpas aos servidores do Samae e aos vereadores pelo que falei aqui na terça-feira passada. Estava de cabeça-quente. Reavaliei. Errei”, resumiu Andrietti. Bom! Com isso, o vereador pensa que tenha destravado as portas que se fecharam para ele na área do baixo clero no Samae, onde verdadeiramente as coisas funcionam e acontecem em favor da autarquia, da população e principalmente dos políticos do poder de plantão.

Ao mesmo tempo, naquela noite, com este gesto e logo no início dos discursos na Câmara, Andrietti impediu os discursos contra a fala que ele tinha feito na sessão anterior acusando os funcionários do Samae de agentes políticos e partidários contra a gestão de Kleber. E o primeiro que teve que colocar a viola no saco foi o funcionário do Samae, vereador e um ativo oposicionista, Cícero Giovane Amaro, PSD. O discurso estava prontinho e na ponta da língua. Não só o dele, mas como do ex-diretor da autarquia e aposentado, Rui Carlos Deschamps e a funcionária pública municipal, Mariluci Deschamps Rosa, ambos do PT. Acorda, Gaspar!

PROPAGANDA ENGANOSA SOBRE AS EMENDAS PARLAMENTARES QUE NUNCA CHEGAM E RESQUÍCIOS DE CAMPANHA QUE SE ARMA PARA A PRÓXIMA

A campanha de 2020 já começou e só o poder de plantão em Gaspar ainda não percebeu. E o PT vai começar por esclarecer os discursos panfletários feito na campanha deste ano e que mesmo assim, resultaram num desastre incomum ao MDB, PP e outros que estão na coligação de Kleber Edson Wan Dall, Luiz Carlos Spengler Filho e Carlos Roberto Pereira. Imagina-se o tamanho do estrago se não se tivesse apelado a esses “suplementos hormonais”.

O que apareceu ontem a noite na Câmara? O requerimento 180/2018 da bancada do PT. Ele é assinado pelos três vereadores - Dionísio Luiz Bertoldi, Mariluci Deschamps Rosa e Rui Carlos Deschamps. Eles pedem informações sobre às Emendas Parlamentares dos deputados estaduais, federais e senadores, a partir de janeiro de 2017 até agora. Ou seja, querem saber quem verdadeiramente destinou emendas, se elas chegaram e se efetivamente foram aplicadas como se anunciou em favor de Gaspar e dos gasparenses.

O que os vereadores petistas de Gaspar querem saber? A lista individual dos recursos recebidos através de emendas parlamentares; onde foram investidos os recursos recebidos, com a relação detalhada delas; se foi devolvido algum recurso por falta de execução de obra ou do projeto; se houve alguma obra em que seria utilizada emenda parlamentar e o recurso não chegou; se existe alguma obra iniciada, aguardando por recurso parlamentar. Ai, ai, ai!

Uma delas, super-badalada e no módico valor de R$ 500 mil a favor do então candidato a reeleição do deputado estadual – que foi secretário de Infraestrutura de Santa Catarina - Luiz Fernando Cardoso, o tal do Vampiro, MDB, para o recapeamento da Rua Pedro Simon, na Margem Esquerda, não chegou até as eleições de sete de outubro. E a obra foi terminada com recursos de Gaspar e na propaganda, ela era creditada ao candidato vampiro de votos.

Nos discursos, os políticos e a prefeitura fingiam que isso não tinha acontecido. A coluna esclareceu. Agora se os recursos efetivamente chegarem, vai se precisar de uma manobra contábil para se aproveitar esse dinheiro e não devolve-lo, porque, na verdade, a obra já está pronta e para testemunho de todos, bem como os discursos sobre ela.

Quando noticiei o que relato, o vereador Francisco Solano Anhaia, MDB, patrocinador do candidato, tentou desmentir a coluna. Foi desmentido pelas provas das liberações governamentais que a coluna teve que trazer aos leitores e leitoras e se provou que a quantia continua retida no governo do estado, que todos sabem, foi mal governado e está quebrado, a tal ponto que Raimundo Colombo não foi eleito para o Senado, como queria para reconhecimento.

Ah, Herculano! Mas todos fazem isso, inclusive o PT. Faz! Eu sei. Mas, está na hora de quem pede ética e transparência dar o exemplo. O problema é que os políticos no fundo se acertam para não serem expostos pelos próprios colegas. E quem perde com isso? O cidadão, o pagador dessa farra e o enganado no resultado coletivo, fruto dos seus pesados impostos.

Outra. Só a bancada do PT assinou o documento. O PDT e o PSD, não. Nem mesmo o presidente Silvio Cleffi, PSC, e que compõem a até então majoritária oposição. Acorda, Gaspar!

TRAPICHE

O radialista João Luiz Aguiar, ou Jota Aguiar, reúne nesta quinta-feira, no Engenho Quinta do Vale, na Rua Prefeito Leopoldo Schramm, em Gaspar, uma plateia eclética, que vai desde gente que foi de alguma forma vítima, bem como voluntários e “heróis” daquele fatídico novembro 2008. Iniciativa louvável contra o esquecimento de algo que nos remete à dor.

É um reencontro à vida e uma advertência às pessoas, os gestores públicos, políticos e aos da imprensa de uma forma em geral onde está o próprio Jota – e onde me incluo na essência das minhas observações, as quais tanto incomodam as que nos protocolos fazem questão de serem chamadas de autoridades. Autoridade é um reconhecimento e não uma simples nomenclatura.

A imprensa não tem apenas o papel de relatar, relembrar como bem faz agora, mas de cobrar e mostrar que pouco foi feito a favor da sociedade sobrecarregada de tantos pesados impostos e desprotegida no retorno mínimo. Ou seja, todos nós estamos tão expostos quanto naquela última semana de novembro de 2008 por culpa da nossa falta de consciência em primeiro lugar e por uma mão firme do estado aos que desafiam o perigo, inclusive na conscientização ou na mitigação daquilo para aquilo que está fora do nosso controle da nossa natureza.

Espero que o encontro desta quinta-feira seja a favor da comunidade, despido de vaidades pessoais, partidárias de grupos de poder do passado e do presente. O que está em jogo com a lição de recebemos da natureza em fúria daquele novembro é: o que estamos fazendo para que algo semelhante seja menos impactante sobre vidas e matrimônios no futuro. O jantar por adesão custará R$60,00

Ilegal e inconstitucional. Foi arquivado o Projeto de Lei 42/2018 do vereador Ciro André Quintino, MDB. Ele determinava que os donos de terrenos limpassem seus terrenos baldios. E se isso não acontecesse e diante de denúncias, ou fiscalização, eles poderiam ser limpos compulsoriamente pela prefeitura. Ela mandaria a conta para o proprietário.

Tem vereador em Gaspar que não sabe que em agosto deste ano o IBGE disse que o município possui 68.465 habitantes. Nas contas dele, e para inflar discurso, mostrar desconhecimento e falta de assessoramento, são mais de 75 mil. Ou é previsão de que vai faltar eleitor? Uau!

O prefeito Kleber Edson Wan Dall, MDB, mandou retirar da Câmara PL 43/2018. Nele pedia autorização para um empréstimo no Banco do Brasil no valor de R$4 milhões, dentro de um programa chamado de “Pró Eficiência Municipal”.

Este assunto deu entrada em junho e tinha o líder do governo Francisco Hostins Júnior, MDB, como relator estava enrolado. Hostins já tinha pedido o adiamento da matéria por duas sessões, prometendo levá-la na sessão de ontem a noite.

Estes recursos, na verdade, seriam aplicados, conforme justificativa do Executivo, na modernização da Administração Tributária. Era para a implantação informatizada e melhoria do cadastro imobiliário do município.

E por que o PL 43 foi para o arquivo? Primeiro porque os vereadores da oposição estão com uma marcação cerrada nesse negócio de empréstimos para a prefeitura. Segundo porque o governo Kleber encontrou outra fonte “mais adequada”, como revela o recente PL 109/2018 e que tem como relator o situacionista, suplente José Ademir de Moura, PSC. Ele não será louco de achar pelo em ovo neste assunto.

A nova operação de crédito é com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, até o valor de R$ 2,6 milhões. Ou seja, é menor do que os R$ 4 milhões para a mesma coisa.

O dinheiro do BRDE está no Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos – PMAT -, abrangendo o parque tecnológico da Administração Tributário e Gestão Territorial.

Como se vê, eficiência na administração de Gaspar é uma palavra da propaganda. Já na prática....Eu exagero? Isso deveria ser a primeira coisa que o então secretário de Fazenda e Gestão Administrativa, Carlos Roberto Pereira – hoje o advogado está na Saúde -, deveria ter feito logo que assumiu o governo, baseado naquilo que tinha auditado como deficiência no governo de transição.

Se tudo der certo, o resultado desse investimento – depois de adquirido, implantado e testado, só começará a aparecer em 2020. Acorda, Gaspar!

Boa notícia e que virou repetição por exemplo de eficácia, gestão e empreendedorismo. A revista Viagem concedeu ao Fazzenda Parque Hotel, de Gaspar, o prêmio de melhor hotel fazenda do Brasil.

Um bom exemplo da identidade gasparense. A abertura oficial do Natal de Gaspar nas escadarias do Igreja Matriz São Pedro Apóstolo. Quem não foi, perdeu o show de organização, vozes, luzes, fogos e cores. Veja na foto abaixo e imagine.

Comentários

Herculano
29/11/2018 19:27
A COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA E FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O DE MAIOR CIRCULAÇÃO E RETORNO PARA OS ANUNCIANTES EM GASPAR E ILHOTA, JÁ ESTÁ PRONTA

Daqui a pouco ela será liberada aos leitores e leitoras do portal Cruzeiro do Vale, o mais antigo, atualizado e acessado de Gaspar e Ilhota.
Herculano
29/11/2018 18:36
UMA CIDADE CONFUSA E CHEIA DE BURACOS.

O trânsito continuou lento, congestionado e a mobilidade dos gasparenses e passantes prejudicada nesta quinta-feira.

E os buracos? Continuaram como os da Rua Leopoldo Alberto Schramm, a popular rua do beco, por exemplo, estava praticamente intransitável. Toda esburacada e deformada pelo serviço feito pelo Samae. É a tal eficiência e respeito aos pagadores de pesados impostos. Acorda, Gaspar!
Miguel José Teixeira
29/11/2018 17:37
Senhores,

BALANÇA. Utensílio de origem caldéia, símbolo místico da justiça, quer dizer, da equivalência e equação entre o castigo e a culpa (CIRLOT, 1984, p. 112).

Para refletirem sobre o peso do "sem" e o do "com":

1) O condenado zédirceu está livre, leve e solto, sem delação e sem tornozeleira eletrônica.

2) o condenado antoniopalocci está livre, leve e solto, porém, com delação e com tornozeleira eletrônica
Na Duvida
29/11/2018 15:18
Sr. Herculano, ja que o senhor está sempre Antenado nos assuntos de Gaspar, vale a pena dar um atenção as idas frequentes a Brasilia por parte do Sr. Jorge Pereira e do Sr. Prefeito que vão uma vez por mês, quando não duas. Seria isso apenas para ganhar diárias? Até porque essa conta ja deve estar bem alta. Seria isso o motivo das idas escondidas? E uma pergunta que não quer calar, este irmão da Igreja passou uma semana fora pregando em assunção. Estes dias foram ou não descontados de folha? Afinal em pleno dia 20/11 ele mostrou que na prefeitura não estava. Seria um bom assunto para o Ministério Publico averiguar vc não acha?
Indignado
29/11/2018 15:06
A politica é ingrata mesmo. É quem mais pode tentando esconder sua vida pessoal... Aqui tem um senhor importante que vem cuidando e muito dos assuntos da cidade que andou se perdendo no meio do caminho. Deu umas paradinhas no Belchior e andou de mãos dadas com uma adolescente representante do bairro. Aiaiaiaiaiaiaiai, se essas mensagens vazam.
Herculano
29/11/2018 11:01
NÃO ERA AUXÍLIO E NÃO ERA PARA MORADIA, por Frederico Vasconcelos, no jornal Folha de S. Paulo

O acordo entre o presidente Michel Temer e o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, que permitiu o reajuste de 16,38% em troca do fim do auxílio-moradia - com a revogação das liminares engavetadas pelo ministro Luiz Fux desde 2014 -, foi definido como "conchavo vexatório" em editorial da Folha, nesta quarta-feira (28).

Segundo o jornal, o "teto salarial do funcionalismo sobe, em troca do fim do auxílio-moradia irrestrito para magistrados; manobra escancara desfaçatez no uso da benesse".

"De maneira enviesada e com o intuito de elevar sua remuneração, os mais altos representantes da Justiça fizeram valer para um amplo coletivo uma norma que seria destinada a poucos", afirma o editorial.

O Blog reproduz a seguir trechos de comentários do atual presidente e de três ex-presidentes do Tribunal de Justiça de São Paulo. Publicados neste espaço em fevereiro deste ano, confirmam as distorções do chamado auxílio-moradia.

***
Ivan Sartori, ex-presidente do TJ-SP, em entrevista à "Veja", em 2012:

Esse benefício surgiu porque, por lei, parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal têm de ter os vencimentos equiparados. Os parlamentares ganhavam, além do salário, um auxílio-moradia - e os juízes pediram para receber o mesmo. Ganhamos essa ação e tivemos esse crédito reconhecido. Toda a magistratura foi beneficiada.

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José Renato Nalini, ex-presidente do TJ-SP, em debate na TV Cultura, em 2014:

Esse auxílio-moradia, na verdade, ele disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo.

Hoje, aparentemente, o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de imposto de renda, ele tem que pagar plano de saúde, ele tem que comprar terno e não dá para ir toda hora a Miami comprar terno, porque a cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, uma camisa razoável, um sapato decente? Ele tem que ter um carro.

Espera-se que a Justiça, ali, que personifica uma expressão da soberania, esteja apresentável. E há muito tempo não há o reajuste do subsídio.

Então, o auxílio-moradia foi um disfarce para aumentar um pouquinho? e até para fazer com que o juiz fique um pouco mais animado, não tenha tanta depressão, tanta síndrome de pânico, tanto AVC e etc..

A população precisa entender isso. No momento em que eles perceberem o que o juiz trabalha, eles verão que não é a remuneração do juiz que vai fazer falta. Sa Justiça funcionar, vale a pena pagar bem o juiz.

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Paulo Dimas Mascaretti, ex-presidente do TJ-SP, em 2017, segundo o site G1:

O subsídio está defasado, não foi corrigido ao longo do tempo e ninguém está pedindo, como se vê na mídia, aumento real ou coisa parecida. Se nós tivéssemos esse subsidio de alguma maneira recomposto, tendo a sua correção anual como prevê a constituição, evidentemente que até se abriria mão desse auxílio-moradia nesse momento.

***

Manoel Pereira Calças, presidente do TJ-SP, em entrevista coletiva no dia da posse, 5 de fevereiro, segundo o UOL:

Eu recebo [o auxílio-moradia] e tenho vários imóveis? Acho muito pouco o valor do auxílio-moradia.
Herculano
29/11/2018 09:34
NO CASO DO INULTO DE TEMER, STF SE AUTOJULGA, por Josias de Souza

No julgamento sobre o caso do indulto, os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal não decidirão apenas se Michel Temer pode ou não livrar corruptos da cadeia por decreto. Os magistrados estão prestes a proferir um veredicto sobre a própria Suprema Corte brasileira. Retomarão nesta quinta-feira a análise iniciada na véspera. O risco de autocondenação lateja no plenário.

Relator da encrenca, Luís Roberto Barroso esboçou o pano de fundo contra o qual o Supremo julga a si mesmo. O ministro exibiu em seu voto uma "fotografia do momento atual". Começou por arrancar o manto diáfano que recobre a face do autor do decreto que perdoou 80% das penas dos larápios, livrando-os até do pagamento de multas.

"O presidente da República foi denunciado duas vezes, por corrupção passiva e obstrução de justiça, e é investigado em dois outros inquéritos por corrupção e lavagem de dinheiro", recordou Barroso, ele próprio responsável pelo caso dos postos, um dos inquéritos que correm contra Michel Temer no Supremo.

O ministro prosseguiu: "Um ex-presidente da República foi condenado por corrupção passiva; dois ex-chefes da Casa Civil foram condenados criminalmente, um por corrupção ativa e outro por corrupção passiva; o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República está preso, tendo sido encontrados em apartamento supostamente seu R$ 51 milhões."

Do Executivo federal, Barroso saltou para o Legislativo e os governos estaduais: "Dois ex-presidentes da Câmara dos Deputados foram presos, um deles já condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas; um presidente anterior da Câmara dos Deputados foi condenado por peculato e cumpriu pena; mais de um ex-governador de Estado se encontra preso sob acusações de corrupção passiva e outros crimes; um senador, ex-candidato a presidente da República, foi denunciado por corrupção passiva."

Exposta a fotografia dos "esquemas profissionais" que assaltam o Estado, Barroso empilhou sobre a bancada as quatro interrogações que intimam os magistrados a esboçar uma reação. Nem que seja uma cara de nojo. "Depois de tudo isso, para provar que o crime compensa, o Executivo concede indulto a essa gente e o Supremo chancela? Que mensagem vamos passar? Que país estamos criando? De que lado da história queremos estar?"

Primeiro a votar depois do relator, Alexandre de Moraes confirmou todos os receios de que um pedaço do Supremo está, sim, decidido a: 1) chancelar o indulto decretado por Temer, 2) passar uma mensagem pró-impunidade; 3) construir um país de descrentes; e 4) posicionar a Suprema Corte do lado avesso da história.

Guindado ao Supremo por indicação de Temer, Moraes sustentou que o decreto de indulto "é um ato discricionário do presidente da República.'' Ele reforçou: "...É um ato privativo do presidente da República, podemos gostar ou não gostar." O ministro tem toda razão. Mas o que está em questão não é o poder privativo de Temer, mas a forma como o presidente multi-encrencado exerce esse poder.

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol foi ao ponto: "Poder de indultar é discricionário, sim. Contudo, não é ilimitado. Presidente se submete à Constituição Federal. O decreto de Temer é um evidente abuso do poder de indultar. Esvazia o poder do Congresso, viola a individualização da pena e deixa a sociedade desprotegida contra a corrupção."

Alexandre de Moraes afirmou que o Supremo não tem poderes para reescrever o decreto de Temer, alterando os parâmetros do documento. "Se nós fixarmos requisitos para esse decreto, estaremos fixando requisitos para todos os decretos subsequentes. Estaremos legislando." Ora, a prevalecer esse entendimento, Temer viraria um super-presidente, com poderes insindicáveis.

Barroso esclareceu em seu voto que não se trata de sobrepor a vontade do juiz às prerrogativas do presidente da República. O que deve prevalecer é a Constituição. O ministro expôs o absurdo da cena ao iluminar o óbvio. No indulto natalino de 2017, sob julgamento, Temer impôs como pré-condição para a clemência o cumprimento de apenas 20% da pena.

Barroso declarou: "...Basta indagar-se se ele poderia reduzir o cumprimento das penas, não para 20% como pretendeu fazer aqui, mas para 10%, 5% ou 1%. Ou, quem sabe, abolir por decreto a pena de prisão no país. A resposta é desenganadamente não."

Levada ao pé da letra, a tese de Alexandre de Moraes sobre a impossibilidade de sindicar o decreto de Temer transformaria também o Legislativo numa instituição onipotente. Assim como o chefe do Executivo tem o poder discricionário de conceder indulto, os congressistas dispõem da prerrogativa exclusiva de legislar. Porém?

Se o Congresso produzir leis absurdas, estará sujeito a arrostar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade ?"a mesma ferramenta jurídica utilizada pela procuradora-geral da República Raquel Dodge para questionar o decreto de indulto baixado por Temer. Ao Supremo cabe defender o texto constitucional, que fixa as balizas para a ação dos agentes públicos.

O julgamento prosseguirá. Virão à luz mais nove votos. Pelo menos três ministros - Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski - sinalizaram em apartes a intenção de seguir a linha do voto divergente de Alexandre de Moraes. Ouvia-se um barulho ao fundo. Era o som dos fogos disparados no Planalto. Um auxiliar de Temer estimou que o presidente prevalecerá no plenário do Supremo por um placar de pelo menos 6 a 5. Sonha com um 7 a 4.

O cheiro de enxofre foi sentido em Curitiba: "A Lava Jato está em vias de sofrer a maior derrota de sua história", lamentou o procurador Deltan Dallagnol no Twitter. "E o presidente Temer ficará livre para indultar quem ele quiser neste ano."

Confirmando-se o placar pró-corruptos, Temer de fato estará liberado para editar no Natal de 2018 um novo decreto de indulto tão ou mais benevolente que o do ano passado. A força-tarefa de Curitiba estima que a decisão premiaria com o perdão das penas e das multas pelo menos 21 condenados da Lava Jato. Um acinte.

Há no ar uma fome convulsiva de limpeza. O brasileiro cordial foi extinto nas célebres jornadas de 2013. A passividade desapareceu junto com a ideia de que o Brasil está à beira do abismo. O país já caiu no abismo faz tempo. O mandato-tampão de Michel Temer é a vivência do abismo.

Por sorte, um país não se perde por cair no abismo. Uma nação se acaba por permanecer lá. E o que distingue o momento atual é a união ativa de forças que não estão dispostas a viver no abismo.

"Nos últimos tempos, houve uma expressiva reação da sociedade brasileira, que deixou de aceitar o inaceitável", constatou o ministro Barroso em seu voto. ''Onde se vai no Brasil hoje se vê uma imensa demanda por integridade, por idealismo e por patriotismo. E essa é a energia que muda paradigmas e empurra a história. A reação da sociedade impulsionou mudanças importantes de atitude que alcançaram as instituições, a legislação e a jurisprudência."

A tentativa de Michel Temer de premiar corruptos é parte de uma ofensiva daquilo que Barroso chama de "pacto oligárquico". Nas palavras do ministro, o Brasil não é atrasado por acaso. "Somos atrasados porque o atraso é bem defendido."

Alexandre de Moraes declarou a certa altura: "Aqui não se discute o combate ou não à corrupção. Eu entendo que independentemente do voto de casa um dos ministros, todos queiram combater a corrupção.'' Com essas palavras, o indicado o ministro divergente como que tentou afastar de sua calva uma carapuça que o colega lançara sobre o plenário minutos antes, sem citar nomes.

"O indulto dá incentivos errados para as pessoas erradas e cria o cenário para sermos o paraíso de corruptores, corruptos, peculatários, prevaricadores, fraudadores de licitações', dissera Barroso. "(...) Claro que ninguém diz que é a favor da corrupção. Todo mundo é contra. Mas, em seguida, encontra um fundamento formal para liberar a farra."

Noutro trecho do seu voto, Barroso soara ainda mais cáustico. "(...) Também aqui há risco do mesmo discurso. 'Claro, eu sou contra a corrupção. Mas não posso impedir o presidente da República de exercer suas competências'. O mal geralmente vem travestido de bem. Mas quem tem olhos de ver e coração de sentir, sabe quem é quem. E cada um escolhe o lado da história em que deseja estar. Só não dá para querer estar dos dois lados ao mesmo tempo: dizer que é contra a corrupção e ficar do lado dos corruptos."

A esse ponto chegou o Supremo Tribunal Federal. Num instante em que o brasileiro se esforça para sair do abismo, um pedaço da Corte máxima do Judiciário brasileiro revela-se disposta a jogar terra em cima. Alguns magistrados ainda não se deram conta. Mas estão enterrando a própria noção de supremacia. Muito mais do que a constitucionalidade do decreto de Temer, o Supremo decide no caso do indulto que tribunal deseja ser.
Herculano
29/11/2018 09:29
É PRECISO DAR DIGNIDADE AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E COM ISSO AREJAR O JUDICIÁRIO

PRIMEIRO É PRECISO REVOGAR A VERGONHOSA PEC DA BENGALA

SEGUNDO, É PRECISO CRIAR MECANISMOS DE AVALIAÇÃO ÉTICA PELA SOCIEDADE. O STF ESTÁ SE TORNANDO UM IMPÉRIO DE VONTADES QUE EXTRAPOLAM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL E PRIVILEGIAM RICOS, PODEROSOS E CRIMINOSOS ORGANIZADOS OU NÃO, EXATAMENTE OS QUE AFRONTAM A SOCIEDADE
Herculano
29/11/2018 09:25
CINISMO I

GENTE SABIDA, CORPORATIVISTA E SEM ALTRUÍSMO, TRATA TODOS OS PAGADORES DE PESADOS IMPOSTOS - MAL EMPREGADO, ROUBADO E QUE ATÉ SUSTENTA PRIVILÉGIOS DE GENTE QUE GANHA MUITO - COMO TOLOS, ANALFABETOS, IGNORANTES, MANSOS E DESINFORMADOS

LEWANDOWSKI AGORA ESTÁ PREOCUPADO COM A SITUAÇÃO FISCAL?

Conteúdo de O Antagonista. Ricardo Lewandowski resolveu acrescentar um argumento na defesa do indulto de Natal: o custo dos presidiários.

"Além da preocupação com a segurança pública, nós detectamos, há uma preocupação com a economia, com a grave situação fiscal pela qual passa o Estado brasileiro. Um preso, hoje, em média, custa R$ 3 mil. Tava fazendo um rápido cálculo aqui, para cada mil presos que não devem estar encarcerados, o custo é de R$ 3 milhões por mês."

Lewandowski, que receberá contracheque mais gordo no próximo mês.
Herculano
29/11/2018 09:20
SEJAMOS CLAROS: O INDULTO É PARA UM MONTE DE VIGARISTAS

Conteúdo de O Antagonista. Vamos ser claros: o que ministros do STF querem fazer é indultar um monte de vigaristas que roubaram dinheiro público.

Sim, o STF em parceria com Michel Temer.

Inacreditável que isso ainda possa ocorrer no Brasil.

Melhor abolir o Natal.
Herculano
29/11/2018 09:17
CINISMO II

De Felipe Moura Brasil, no Twitter

Quando Gilmar defende indulto a corruptos para evitar explosão do sistema carcerário; e Lewandowski, para evitar agravar situação fiscal do país com o custo de presos, eles tentam legitimar cinicamente a moralidade e o interesse público de um decreto, nesses pontos, indefensável.
Herculano
29/11/2018 08:41
AMANHÃ É DIA DE COLUNA OLHANDO A MARÉ INÉDITA FEITA ESPECIALMENTE PARA A EDIÇÃO IMPRESSA DO JORNAL CRUZEIRO DO VALE, O MAIS ANTIGO, O DE MAIOR CIRCULAÇÃO E CREDIBILIDADE DE GASPAR E ILHOTA

E o tema: o fim do mandato do presidente da Câmara de Gaspar, Silvio Cleffi, PSC, que de amigo, cria política e aliado, virou o verdadeiro pesadelo da administração de Kleber Edson Wan Dall, MDB. Acorda, Gaspar!
Herculano
29/11/2018 08:38
O DINHEIRO QUE NÃO EXISTIA SUMIU, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Estados e até Bolsonaro podem ficar sem recursos de megaleilão de petróleo em 2019

O futuro governo de Jair Bolsonaro pretendia entregar a estados e municípios parte de um dinheiro que talvez arrecade no ano que vem. Esse repasse viria de uma venda de direitos de exploração do petróleo do pré-sal. Nos sonhos de governadores e prefeitos, seriam mais de R$ 20 bilhões.

Em troca, economistas de Bolsonaro queriam apoio de governadores à reforma da Previdência e até compromissos de controle de gastos (ilusões). Deu chabu. Esse dinheiro que ainda não existia evaporava na tarde desta quarta-feira (28).

Mesmo se voltar a chover na horta de estados e cidades, não viriam tantos bilhões do petróleo. De resto, essa ajuda encrenca o governo federal. Repasse extra para estados e municípios é despesa, sujeita ao teto de gastos. Se repassa o dinheiro, o governo tem de cortar mais em outra área (reduzir o investimento em obras a quase nada).

No Senado, dizia-se que o governo poderia arrecadar até R$ 130 bilhões com esse leilão especial de petróleo. Na equipe bolsonarista, a projeção chegava a R$ 100 bilhões. Na estimativa mais pessimista do governo de Michel Temer, a R$ 60 bilhões.

Além das estimativas disparatadas, há mais problema. Parte desse dinheiro seria usada para pagar um acerto de contas do governo com a Petrobras. Quanto? O pessoal do governo Temer não pode revelar o valor. Há chutes em torno de R$ 20 bilhões.

Pelo acordo entre Senado e o pessoal de Bolsonaro, estados e cidades ficariam com 20% do dinheiro desse leilão de petróleo. Na pior das hipóteses dos chutes listados acima, o repasse federal ficaria então perto de uns R$ 8 bilhões.

Há mais problema.

Em 2010, o governo Lula vendeu à Petrobras o direito de explorar até 5 bilhões de barris de petróleo em áreas do pré-sal (isso teve o nome horrendo de "cessão onerosa"). Como não se sabia de fato quanto petróleo haveria ali, entre outras indefinições, esse contrato seria revisto assim que houvesse informação melhor (para piorar, o contrato da "cessão" tinha buracos).

Deve haver pelo menos mais 6 bilhões de barris naquela área do pré-sal, sabe-se agora. O governo pode leiloar o direito de explorar esse petróleo ("excedentes da cessão onerosa"). É dessa venda que se trata aqui.

A Petrobras acha que tem dinheiro a receber nessa revisão de contrato (teria pago caro demais etc.). União e Petrobras não chegaram a um acordo; o pessoal de Temer teme ser legalmente frito se assinar um contrato que leve o governo a pagar o que a Petrobras quer.

Para haver segurança, as bases de um acordo foram enfiadas em um projeto de lei, o qual permitiria à Petrobras vender áreas que levou na "cessão onerosa" (isso faz parte do programa de abatimento de dívida da petroleira).

Esse projeto estava para ser votado no Senado, que quer uma contrapartida, com apoio do pessoal de Bolsonaro: Temer teria de baixar medida provisória dando parte do dinheiro desse leilão de "excedentes da cessão onerosa" a estados e municípios. Não rolou.

A equipe econômica de Temer se opõe ao repasse a estados e municípios, que criaria outro rombo nas contas federais (a não ser que se inventasse uma gambiarra para contornar leis fiscais).

O Senado pode, claro, mudar a lei, mas sua tramitação demoraria. Com o atraso, dadas as exigências do TCU (Tribunal de Contas da União), esse leilão gordo de petróleo pode até ficar para 2020; Bolsonaro ficaria sem dinheiro para tapar rombos em 2019, com estados e cidades ainda pedindo dinheiro.
Herculano
29/11/2018 08:33
ABSURDO: CARLOS, FILHO DE BOLSONARO COTADO ATÉ PARA MINISTÉRIO, AFIRMA HAVER ALIADOS QUEM TEM INTERESSE NA MORTE DE PRESIDENTE ELEITO, por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, terá de dar um jeito de pôr um freio no "entusiasmo" - à falta de melhor palavra - de ao menos dois de seus filhos: o deputado Eduardo (PSL-SP), que está em viagem aos EUA, e o vereador Carlos (PSL-RJ), que reassumiu sua função na Câmara. O deputado estadual e senador eleito Flávio (PSL-RJ) mostra-se mais contido. Esse freio tem de se dar porque são seus filhos? Não! Porque são seus aliados políticos. Quando falam, há sempre a suspeita, muito fundada, de que o façam em nome do pai. A proximidade entre eles não precisa ser demonstrada. Carlos fez uma postagem no Twitter que chega a ser espantosa. Transcrevo:

"A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após de sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!"

Digam-me cá: quais "inimigos" pretendem matar Bolsonaro? O ataque a faca que sofreu, até onde se sabe - ou, então, que se apontem ao menos indícios do contrário - não fez parte de uma trama política. A menos que Carlos saiba mais do que saibamos - hipótese em que, espero, ele tenha comunicado à Polícia Federal o que descobriu. Mas isso, agora, é o de menos. O tuíte é de extrema gravidade: então existiriam pessoas "muito perto" de Bolsonaro que estariam querendo a sua morte e, destaca ele, "principalmente após a posse"? Bem, a quem isso interessaria? Notem que a afirmação dispara mecanismos especulativos no terreno da conspiração.

Carlos não é um qualquer. O próprio Bolsonaro especulou sobre a conveniência de fazê-lo ministro da Comunicação em razão de sua intimidade com as redes sociais. Sem dúvida, ele sabe movimentá-las.

Justamente porque Carlos não é um qualquer; justamente porque é político e um dos filhos de Bolsonaro; justamente porque é tido, entre eles, como o que é mais próximo ao pai, por tudo isso, a afirmação tem de ser esmiuçada. Se Bolsonaro morresse depois da posse, quem assumiria o poder? Segundo a Constituição, seria Hamílton Mourão, o vice. E se o evento trágico se desse antes. Resposta: Mourão se tornariam o presidente do mesmo jeito, ainda que possa haver alguma controvérsia, que logo se diluiria. O eleitor votou numa chapa.

Titular e vice foram eleitos. Mas notem o absurdo dessa conversa. Há, por acaso, a sugestão de que Mourão teria interesse na coisa? A mensagem é absurda.

É preciso que Bolsonaro e seus filhos tomem cuidado. Os movimentos disruptivos - e a eleição do capitão foi um deles - costumam engolir seus próprios aliados. E isso acontece à direita e à esquerda. Alguém com a importância que tem Carlos na trajetória política recente do presidente eleito não deveria fazer especulações dessa natureza nem contra adversários e inimigos. Tanto pior quando se refere a aliados. Fica parecendo que Bolsonaro está num ninho de cobras mesmo quando entre os seus. Se é assim antes de chegar ao poder, como pode ser depois?

PS; abaixo, leia sobre esse mesmo tema totalmente despropositado o comentário de Josias de Souza
Herculano
29/11/2018 08:22
BOLSONARO ACENA A VALDEMAR, DÁ CARGO A MDB E ENCONTRA POLÍTICA TRADICIONAL, por Bruno Boghossian, no jornal Folha de S.Paulo

Ministro encontra mensaleiro e novo governo abraça aos poucos as regras do jogo

Com passos desajeitados, a equipe de Jair Bolsonaro começa a procurar um espaço nas rodas da política tradicional. Onyx Lorenzoni, próximo chefe da Casa Civil, parou sua agenda nesta quarta (28) para cumprimentar o célebre Valdemar Costa Neto no almoço que o mensaleiro ofereceu à bancada do PR.

Apesar dos sinais em sentido contrário, aos poucos o novo governo abraça as regras do jogo. O aperto de mãos com Valdemar numa churrascaria foi um dos gestos de articulação política mais relevantes feitos pelo futuro ministro até agora.

Por mais que Bolsonaro e seus aliados insistam em inventar um novo modelo de governabilidade, algumas acomodações se mostram inevitáveis. Os votos dos 33 deputados do PR se encaixam nessa categoria.

O novo governo prometeu espremer a administração federal em 15 ministérios. Chegou a 19 nesta quarta e deve bater 21 ou 22 até o fim da semana que vem. A pressão de grupos de interesse e, principalmente, dos parlamentares obrigou o presidente eleito a desenhar puxadinhos no projeto de sua Esplanada ideal.

As concessões são feitas num momento em que o próprio Bolsonaro admite uma fragilidade na articulação política de seu futuro governo. Ele disse ao portal Poder 360 que Onyx "não daria conta do recado" e que, por isso, nomeou um general sem experiência direta na área para lidar com os congressistas.

As escolhas feitas pelo presidente eleito nas últimas 24 horas têm um DNA claramente político. O Turismo será entregue ao deputado Marcelo Álvaro, que é do PSL de Bolsonaro e tem o aval das bancadas evangélica e mineira. No Desenvolvimento Regional, ficará um servidor que era um dos responsáveis por destravar emendas dos políticos na Integração.

Era para ser um governo basicamente de técnicos e notáveis, mas quem vai cuidar do desenvolvimento social, do esporte e da cultura é um deputado do MDB de Michel Temer. Osmar Terra disse à Folha, inclusive, que não entende nada das duas últimas áreas: "Só toco berimbau".
Herculano
29/11/2018 08:18
da série: a conspiração agora está dentro da nova própria turma do poder? Hum!

HÁ "MUITO PERTO" DE BOLSONARO PESSOAS INTERESSADAS NA SUA MORTE, DIZ FILHO, por Josias de Souza

"A morte de Jair Bolsonaro não interessa somente aos inimigos declarados, mas também aos que estão muito perto. Principalmente após de sua posse! É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa. Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!"

A nota reproduzida acima foi veiculada na conta que o vereador carioca Carlos Bolsonaro mantém no Twitter. Nela, o 'Zero Dois', como Jair Bolsonaro se refere ao filho, escreveu que há pessoas interessadas na morte do pai. E não são apenas os "inimigos declarados". A eliminação física do futuro presidente da República interessa "também aos que estão muito perto", anotou Carlos. "Principalmente após sua posse", ele acrescentou.

De duas, uma: ou Jair Bolsonaro está despachando com inimigos camuflados ou alguma alucinação subiu à cabeça do segundo filho. A perturbação surge depois que Carlos Bolsonaro se afastou do escritório de transição e da gestão das redes sociais do pai por supostas divergências com Gustavo Bebianno, o futuro ministro-chefe da Segrataria-Geral da Presidência.

"É fácil mapear uma pessoa transparente e voluntariosa", escreveu o filho de Bolsonaro, antes do arremate enigmático: "Sempre fiz minha parte exaustivamente. Pensem e entendam todo o enredo diário!"

De volta ao Rio, Carlos Bolsonaro retomou o seu mandato na Câmara de Vereadores. Para não perder o hábito, criticou a mídia numa entrevista à emissora da Casa. Fez isso no instante em que recordou a facada desferida contra seu pai durante a campanha eleitoral. "...A imprensa faz questão de não divulgar", disse.
Herculano
29/11/2018 08:10
CONFIRMADO NO SENADO, JORGINHO VIRA PROTAGONISTA, por Upiara Boschi, no Diário Catarinense, da NSC Florianópolis

Jorginho Mello respirou aliviado na noite de terça-feira quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou por retumbantes sete votos a zero que a filiação de Beto Martins ao PSDB no início do ano estava regular. Senador eleito pelo PR em outubro com 1,17 milhão de votos, o deputado federal tinha a promoção em Brasília ameaçada pelo questionamento sobre a situação do segundo suplente da chapa, o tucano ex-prefeito de Imbituba.

O julgamento foi um recurso especial em uma ação já analisada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) e pelo próprio TSE, em questão levantada por Lucas Esmeraldino (PSL), terceiro colocado na corrida eleitoral pelas duas vagas ao Senado em disputa este ano. Jorginho e Esmeraldino protagonizaram alguns dos momentos mais eletrizantes da apuração dos votos no primeiro turno pela pequena diferença nas votações - 18 mil votos a mais para o candidato do PR.

O questionamento à filiação de Beto Martins manteve o clima de disputa por quase dois meses. Esmeraldino levantou a questão em uma tentativa de macular a eleição de toda a chapa. Embora nos bastidores se falasse que o candidato do PSL poderia assumir, a atual legislação eleitoral preveria nova eleição caso o resultado fosse contrário a Jorginho.

De certa forma, essa espera pela decisão judicial contribuiu para que o senador eleito adotasse um pouco usual recolhimento pós-eleitoral. No segundo turno para o governo do Estado, Jorginho Mello liberou os integrantes do PR em relação à escolha entre Carlos Moisés da Silva (PSL) e Gelson Merisio (PSD) e calou-se sobre essa disputa - apesar do favoritismo do primeiro, depois eleito, nas pesquisas realizadas durante o segundo turno.

Com a vitória confirmada no TSE, Jorginho voltou com força à cena. Em Brasília, já se movimenta para fazer parte da bancada de apoio ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no Senado. Ainda não é certo que o PR tenha participação no governo federal, mas há especulações sobre os cargos federais em Santa Catarina. Talvez sejam eles o termômetro para avaliar quem tem acesso maior a Bolsonaro e o novo núcleo de poder federal - os pesselistas locais de Moisés e Esmeraldino, Jorginho, o também senador eleito Esperidião Amin (PP), os emedebistas Rogério Peninha (reeleito deputado federal) e Valdir Colatto (não reeleito), etc. Por enquanto, tudo que temos são declarações ao vento e muita tentativa de emplacar notas em colunas.

Certo é que Jorginho será diplomado senador em 18 de dezembro, junto com Amin, e toma posse em fevereiro. Líder do PR no Estado, ele foi um dos principais vitoriosos na eleição catarinense. Foi promovido da Câmara para o Senado, derrotando tanto a onda de novidade representada por Esmeraldino quanto a política estabelecida que tinha o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) e o senador Paulo Bauer (PSDB) como principais rostos. Além disso, aumentou a bancada do partido de dois para três integrantes na Assembleia Legislativa. Jorginho já era um dos principais personagens da política estadual, agora ascende ao clube dos protagonistas.
Herculano
29/11/2018 07:53
CORRUPÇÃO COM LóGICA TOGADA

De Mário Sabino, editor da revista eletrônica Cruzoé, no twitter

O STF permite a Temer libertar condenados a granel, contrariando a Justiça, mas não o deixa cumprir o acordo de extradição com a Itália e expulsar o terrorista Battisti daqui. A corrupção atinge também a lógica.
Herculano
29/11/2018 07:51
da série: gente estranha- e não são poucos, não - que gosta de viver enganada acreditando naquilo que sabidamente não possui fundamento e até mesmo sabe que a fonte é duvidosa

PÁGINA PõE ALERTA DE FAKE NEWS, MAS AS PESSOAS ACREDITAM EM TUDO ASSIM MESMO, por Uirá Machado, no jornal Folha de S. Paulo

Reportagem mostra como os maiores absurdos são lidos como verdade por uma parcela do público

A indústria de fake news há muito não é novidade. Pelo menos desde a eleição de Trump, em 2016, circulam ótimas reportagens sobre o incrível mundo das fábricas de notícias falsas. E, no entanto, parece não diminuir o número de pessoas dispostas a acreditar em qualquer bobagem difundida na internet.

Um bom exemplo desse triste quadro veio em matéria recente publicada pelo jornal The Washington Post e reproduzida pela Ilustríssima.

O veículo americano não chegou a desbravar fronteiras. Reduzido às estruturas básicas, o texto pouco difere de outros conteúdos produzidos sobre o assunto. Ainda assim, trata-se de excelente leitura para quem gosta de refletir sobre o tema.

O Post conta a história de Christopher Blair, 46, um americano que mantém uma página de notícias falsas chamada America's Last Line of Defense (última linha de defesa da América). Ele não faz questão de disfarçar seu propósito enganoso. Ao contrário, destaca um alerta claríssimo: Nada nesta página é real.

Para sua surpresa, inúmeras pessoas acreditavam em tudo o que ele publicava, menos no alerta. "Não importa o quanto fôssemos racistas, preconceituosos, ofensivos e obviamente falsos naquilo que escrevíamos, as pessoas não paravam de nos visitar", Blair escreveu certa vez em sua página pessoal no Facebook. "Será que chega um ponto em que as pessoas decidem que aquilo que lhes estão servindo é lixo e decidem voltar à realidade?"

Infelizmente, tudo indica que a resposta a essa pergunta sempre será negativa para uma parcela do público. Há uma razão para isso, e ela atende pelo nome de viés de confirmação - a tendência que todos temos de valorizar as informações que reforçam as nossas próprias crenças.

Talvez seja impossível superar esse viés, mas quem quiser minimizar seus efeitos deletérios tem boas opções: sempre se perguntar se há outras explicações possíveis para uma "certeza" e procurar entrar em contato com quem pensa de forma diferente são ótimos pontos de partida.
Herculano
29/11/2018 07:37
CUSTO DA COP-25 FEZ BOLSONARO VETAR O EVENTO, por Cláudio Humberto, na coluna que fez publicar hoje nos jornais brasileiros

A decisão do Brasil de retirar a oferta para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-25, foi do novo governo de Jair Bolsonaro. O Ministério das Relações Exteriores consultou o futuro chanceler Ernesto Araújo, que levou o assunto ao presidente eleito. Para sediar o evento, o presidente eleito teria de se comprometer a bancar seus custos, estimados em US$100 milhões (R$400 milhões). Mas poderia atingir quase meio bilhão de reais.

ASSIM NÃO DÁ
Apesar de oferecer o Brasil para sediar a COP-25, o governo Michel Temer só colocou R$15 milhões no orçamento de 2019 para o evento.

QUE DINHEIRO?
Para juntar quase meio bilhão de reais dos custos da COP-25, o governo teria de sacar dinheiro do Tesouro e do Fundo do Clima.

TRABALHO INÚTIL
O Itamaraty teve trabalho para garantir a COP-25 no Brasil. Conseguiu apoio unânime no continente, inclusive da intratável Venezuela.

Só QUE NÃO
A confirmação do evento foi celebrada pelo governo Temer como prova da "liderança mundial" do Brasil em iniciativas sobre o tema.

PROCURADOR DIVERGE DO TCU: FICHAS SUJAS, NÃO
Procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União, Júlio Marcelo de Oliveira discorda da posição predominante dos ministros de não avaliar ações para afastar candidatos fichas sujas de disputas pela direção em órgãos do Sistema S. Recentemente, o TCU se negou a avaliar a eleição da CNC, confederação do comércio que recebe do governo federal R$10 bilhões anuais em recursos públicos.

TCU NÃO PODE PERMITIR
"Não deve o TCU permitir que tal investidura ocorra mediante a prática de graves irregularidades", opinou Júlio Marcelo em parecer.

DEU NO QUE DEU
A omissão dos ministros beneficiou novos dirigentes da CNC como José Tadros, presidente, que responde a 62 processos no próprio TCU.

CHAVE DO COFRE
Eleito na CNC sob os auspícios do TCU, José Tadros se candidatou à presidência do conselho do Sebrae, cujo orçamento é R$3,4 bilhões.

UM TÉCNICO NA CULTURA
Ex-secretário nacional de Infraestrutura Cultural, o pernambucano Alfredo Bertini é o preferido para ministro da Cultura dos valentes eleitores de Bolsonaro no meio. Técnico, gestor experiente e afinado com os ideais liberais, colaborou reservadamente com Paulo Guedes.

ELEIÇÃO SEM CHAPAS
Será individual, e não por chapa, a eleição para cada um dos cargos de direção no Sebrae Nacional, nesta quinta (29). O favorito para diretor-presidente é João Henrique Souza, um craque como gestor.

NÃO ERA BEM ASSIM
Deputado não-reeleito e ex-ministro, Carlos Melles (DEM-MG) registrou candidatura com pinta de contar com apoio do governo Bolsonaro. Mas o futuro multi-ministro Paulo Guedes (Fazenda) tinha outro nome.

PRISÃO ILUSóRIA
A manutenção da condenação e pena de 8 anos e 10 meses de prisão a José Dirceu é daquelas que nada mudam. O ex-ministro petista tem outra condenação em 2ª instância, mas está livre por decisão do STF.

ENTÃO É NATAL
Convenientemente, a negociação salarial de funcionários de empresas aéreas coincide com festas e férias de fim de ano, tornando a greve um elemento de chantagem. A pelega faz assembleia nesta quinta.

SENSIBILIDADE SELETIVA
O ministro Ricardo Lewandowski (STF), que votou a favor do aumento do próprio salário, com impacto bilionário nas contas públicas, diz estar preocupado com custo de presos na atual situação financeira do Brasil.

FONTE SEGURA
Ex-ministro da Justiça, o ministro Alexandre de Moraes (STF) disse que 70% da mulheres são presas por tráfico de drogas. Muitas aderem ao crime, diz ele, para pagar pela "segurança" dos companheiros presos.

QUASE 80 ANOS
No Brasil, o imposto sindical foi criado na década de 1940, na ditadura Vargas, e só foi extinto com a reforma trabalhista do governo Temer, em 2017. São quase 80 anos de cobranças contra o trabalhador.

PENSANDO BEM...
...livre, leve e solto, apesar de duas condenações em segunda instância, o reeducando Zé Dirceu já está bem ressocializado.
Herculano
29/11/2018 07:29
AVALIAR OS MÉDICOS, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Bolsonaro erra ao descartar de pronto um exame nacional que certifique a qualidade dos formados na área.

Em mais um desencontro entre o presidente eleito e sua equipe ministerial, Jair Bolsonaro (PSL) rebateu a defesa que seu indicado para comandar a pasta da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fizera da criação de um exame nacional de certificação profissional para os formados em medicina.

De acordo com Bolsonaro, que na campanha prometeu submeter ao Revalida todos os cubanos que atuavam no Mais Médicos, não há necessidade de testar a qualificação dos que estudaram no Brasil.

Fazê-lo, disse o futuro presidente, seria tão inconveniente quanto a aplicação do exame da OAB (obrigatório para todos os bacharéis em direito que querem advogar), ao qual ele também se opõe -aparentemente, por impedir que muitos graduados exerçam o ofício.

Tal diagnóstico está longe de ser unânime. A maioria dos especialistas concorda que o nível de preparo dos egressos se mostra ruim, tanto na medicina como no direito.

A taxa de reprovação no teste da ordem dos advogados transita entre 80% e 85%. Na área da saúde, a inexistência de uma avaliação nacional torna mais difícil estimar uma cifra, mas há evidências de que a situação não é confortável.

Em São Paulo, o Cremesp aplica uma prova a alunos do sexto ano e recém-formados. Hoje facultativa (algumas instituições a exigem ao contratar), esta apresenta uma taxa média de aprovação de 55% para os últimos quatro anos.

No entanto entre 2012 e 2014, período em que o procedimento foi obrigatório para todos (embora não houvesse nenhum requisito de desempenho para obter o registro profissional), o índice de sucesso não passou de 45%.

Isso, vale lembrar, em São Paulo, o estado mais rico da Federação e onde se encontram alguns dos melhores cursos do país.

Bolsonaro tem um argumento a seu favor ?"num momento em que se enfrentam dificuldades para levar médicos às áreas mais remotas e periféricas, criar mais restrições à oferta desses profissionais pode ser contraproducente. Estamos, porém, no que pode ser considerado um período de transição.

Em seus últimos anos, a administração petista autorizou inúmeras faculdades de medicina a entrar em funcionamento ou ampliar suas turmas. Isso significa que o contingente de formados aumentará rápida e significativamente.

Assim, ao mesmo tempo em que ficará mais fácil recrutar interessados em atuar nas regiões mais distantes, o problema da má formação ganhará um peso maior. Deve-se pensar desde já, pois, em modelo de avaliação de qualidade dos cursos e dos estudantes.

Quanto a Bolsonaro, convém que ouça mais os estudiosos e refreie os posicionamentos baseados em sua intuição, por mais que ela tenha sido bem-sucedida na campanha.
Herculano
29/11/2018 07:11
ESTAVA DEMORANDO.NO FIM DO GOVERNO,LUIZ FERNANDO É PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL NO RIO DE JANEIRO EM MAIS UMA ETAPA DA LAVA JATO

Ordem de prisão preventiva foi do Superior Tribunal de Justiça. Delator afirma que Pezão recebia mesada de R$ 150 mil quando era vice de Cabral.


Conteúdo é do portal G1. Apuração e texto de Arthur Guimarães, da TV Globo, do Rio de Janeiro. Está preso Luiz Fernando Pezão, governador do Rio de Janeiro. A força-tarefa da Lava Jato deu voz de prisão contra o político por volta das 6h desta quinta-feira (29) no Palácio Laranjeiras, residência oficial do chefe do estado. A Operação Boca de Lobo é baseada na delação premiada de Carlos Miranda, operador financeiro do antecessor de Pezão, Sérgio Cabral, que também está preso.

O G1 entrou em contato com a assessoria do governo do estado às 7h e aguarda resposta.

Segundo a PF, a Operação Boca de Lobo investiga os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, cometidos pela alta cúpula da administração do governo do Estado do Rio de Janeiro.

Resumo
A prisão preventiva foi determinada pelo STJ;

São nove mandados de prisão, incluindo a de Pezão, e 30 de busca e apreensão;

A decisão foi baseada em delação de Carlos Miranda;

O 'homem da mala afirmou que Pezão recebia mesada e acumulou R$ 1 milhão de propina.

A Polícia Federal cumpre ainda 30 mandados de busca e apreensão. Um deles é na casa de Pezão em Piraí, no Sul do estado, base do governador.

Há equipes também no Palácio Guanabara, sede do governo, em Laranjeiras. Motoristas que passavam em frente, na Rua Pinheiro Machado, buzinavam, em sinal de comemoração.

Além de Pezão, a força-tarefa da Lava Jato tenta prender outras oito pessoas. A ordem de prisão preventiva foi expedida pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde governadores têm foro. Com a prisão de Pezão, assume Francisco Dornelles, seu vice.

A ação também tem como alvo o atual secretário estadual de Obras do Rio, José Iran Peixoto. Há buscas e apreensão na casa de Hudson Braga, que foi secretário de Obras durante o governo de Sérgio Cabral.

Atualmente, dos três poderes do Estado do Rio, estão presos o governador e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani.

Boca de Lobo
Carlos Miranda detalhou o pagamento de mesada de R$ 150 mil para Pezão na época em que ele era vice do então governador Sérgio Cabral. Também houve, segundo a delação, pagamento de 13º de propina e ainda dois bônus de R$ 1 milhão como prêmio.

Segundo o depoimento à Justiça, o "homem da mala" do ex-governador Sérgio Cabral disse que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, guardou R$ 1 milhão em propina com um empresário do Sul Fluminense.

O nome da operação faz alusão aos desvios de recursos, revelados nas diversas fases da Operação Lava Jato, que causa a sensação na sociedade de que o dinheiro público vem escorrendo para o esgoto.

Boca de Lobo é o dispositivo instalados em vias públicas para receber o escoamento das águas da chuva drenadas pelas sarjetas com destino às galerias pluviais.

O trecho da delação, homologada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, foi revelado pelo jornal O Globo em abril.

O dinheiro vinha de empreiteiras e fornecedoras que tinham contrato com o governo do estado, afirmou o delator. Miranda acrescentou ainda que, de 2007 a 2014, Pezão, na época vice-governador, também ganhou um 13º salário, além de dois bônus, de R$ 1 milhão cada.

Nas duas ocasiões, o governador negou as acusações. Sobre a mesada, Pezão disse que "as afirmações eram absurdas e sem propósito". "O governador afirma que jamais recebeu recursos ilícitos e já teve sua vida amplamente investigada pela Polícia Federal", disse a nota.
Herculano
28/11/2018 17:37
OBRAS EM GASPAR TRAVAM O TRÂNSITO PARA O LITORAL, BRUSQUE, MARGEM ESQUERDA E ATÉ MESMO PARA BLUMENAU

O asfaltamento de parte da Avenida Duque de Caxias até o trevo da Parolli, deixou nesta tarde o trânsito travado.

A recomendação da Ditran é de que as obras fossem feitas à noite para o menor impacto - pois Gaspar não possui alternativas de mobilidade e ao mesmo tempo o contingente de agentes é diminuta para dar conta de operações desse tipo.

A secretaria de Planejamento, o setor de Obras e o próprio gabinete optaram pelo risco para não alterar os custos. É que a noite, tanto o preço do asfalto e à sua colocação, desvio o adicional noturno de trabalhadores na produção altera os custos.

A decisão também é de ordem política. Segundo alguns do poder de plantão, é uma forma da população perceber que estão sendo feito obras e com isso, garantir o reconhecimento. Para esses mesmos "pensadores" foi assim com outras grandes obras viárias por aqui, como a recuperação da Ponte Hercílio Deecke e a urbanização do centro executadas no governo do PT. Para eles, vale a pena correr o risco e o desgaste se o resultado vier, for de longo prazo e vier a reconhecimento com votos. Acorda, Gaspar!
Herculano
28/11/2018 16:44
O RECADO DO ELEITO

Enquanto o Supremo Tribunal Federal julgava se aquele escandaloso indulto de Natal concedido no passado pelo presidente Michel Temer, MDB, era constitucional, o presidente eleito, Jair Messias Bolsonaro, PSL, foi ao twitter se posicionar nesa tarde.

Fui escolhido presidente do Brasil para atender aos anseios do povo brasileiro. Pegar pesado na questão da violência e criminalidade foi um dos nossos principais compromissos de campanha. Garanto a vocês, se houver indulto para criminosos neste ano, certamente será o último. ?'??
Herculano
28/11/2018 16:40
INCENDIÁRIO. O PT CONTINUA TRAMANDO E CONSTRUINDO NARRATIVAS

De J.R.Guzzo, de Veja, no twitter

Começa a correr na praça a vigarice de que Lula deve ser solto porque "dá dó" - oito meses de cadeia é tudo que ele pode aguentar. Não cola. O único culpado pelo que está lhe acontecendo é ele mesmo. E se sair, vai fazer tudo para incendiar o país e derrubar o governo eleito.
Maria Goretti Silverado
28/11/2018 13:15
Sei Herculano,

A culpa da transferência do Estado para o Município é do PMDB ou MDB, do saudoso LHS, do ex-prefeito do Motor,da Kombi, que transferir para o Município, sem qualquer questionamento de vereadores da epoca. junto veio parte da Ivo Silveira.
Engraçado isso, se o Município não dava conta de suas estradas fizeram este deserviço ao município. Cambada de incompetente, o ex prefeito da Kombi, nem pra síndico se elege, tamanha sua incompetência.
Parabéns Herculano por levantar assuntos tão importante para Gaspar, se não fosse você a imprensa marrom continuaria calada.
Herculano
28/11/2018 12:40
MAIS UMA NARRATIVA DA ESQUERDA DO ATRASO QUE SE VAI

Cuba, antes do presidente Jair Messias Bolsonaro, PSL, assumir, e para afundar ainda mais Michel Temer, MDB, na saideira, rompeu unilateralmente o Mais Médicos.

O PT e a esquerda do atraso criaram o caos como narrativa nas manchetes dos veículos de comunicação.

1. Ficou claro que os médicos eram escravos para sustentar bilionariamente o regime comunista de Cuba (R$7 bilhões).

2. Ficou transparente que se montou uma farsa para criar o peograma "Mais Médicos" proposto não pelo governo brasileiro, mas o cubano.

3. E para completar, não está certo que os médicos cubanos efetivamente eram médicos. Cuba não quis que se apurasse isso ou os avaliassem.

4. Temer agiu rápido. Bolsonaro enfrentou os críticos. Resultado: mais de 95% das vagas dos cubanos estão preenchidos por brasileiros, empregando e gerando riquezas no Brasil.

5. O caos ficou nas manchetes. O PT está mais uma vez exposto e se conhece mais um golpe que tramou contra o Brasil, os brasileiros, usando os mais pobres, os analfabetos, os doentes, os ignorantes e desinformados. Tudo para favorecer os estrangeiros com os pesados impostos de todos nós. Wake up, Brazil!
Herculano
28/11/2018 12:26
COMPRAS PRESENCIAIS E ON-LINE NO EXTERIOR COM CARTÃO DE CRÉDITO CONVERTIDAS EM DóLARES AMERICANOS, AGORA SERÃO COM A COTAÇÃO DO REAL DO DIA DA COMPRA. CHEGA DE SURPRESAS E OS CONFUSOS - OU NADA CLAROS - AJUSTES SUPLEMENTARES
Herculano
28/11/2018 11:53
GENERAIS DO HAITI, ULTRALIBERAIS, BOLSONARO, por Vinicius Torres Freire, no jornal Folha de S. Paulo

Militares, muitos da missão da ONU, e ultraliberais dominam; grupo político vai mal

Sergio Moro almoça com uma dúzia de pessoas no restaurantezinho do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil), em uma espécie de marquise aberta para os gramados que circundam a sede do governo de transição de Jair Bolsonaro.

A dez metros da mesa do futuro ministro da Justiça, duas meninas gritam "Lula livre!", riem e correm. A mesa de Moro faz cara de desdém. Passam grupos de escolares em visita. Moro acaba de almoçar no Bom Demais, vizinho da Mão Brasileira, loja de artesanatos.

Passa então Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, a caminho de uma porta lateral do CCBB. É perseguido por um grupo de repórteres em correria estrepitosa.

Guedes, com pressa para a reunião com Bolsonaro, não diz grande coisa. Entram e saem assessores econômicos e parlamentares amigos ou à procura de amizade. Definição sobre a reforma da Previdência?

Por uma hora, parece que morreu de vez a hipótese de aprovar uma reforma de aprovação em tese mais rápida, que aproveite o projeto de Michel Temer, mesmo no início do ano que vem.

Volta a conversa de reformar e também de refundar logo a Previdência, com a criação do regime de capitalização (de poupança individualizada para a aposentadoria).

É ainda mais difícil de fazer. Se a reforma demora, a confiança econômica tremelica, as taxas de juros não caem. Com juros ainda altos, o preço das privatizações planejadas não sobe; fica mais caro o financiamento privado das obras de infraestrutura, sem o que o crescimento rateia, pois não haverá dinheiro para investimento público.

Logo, porém, ouve-se que a reforma Temer da Previdência não está morta. Que o governo em progresso estudaria maneiras de financiar a Previdência com receitas que não pesem sobre a folha de salários das empresas (outros impostos, talvez sobre transações financeiras). Que estaria definida a desvinculação de benefícios assistenciais do valor do salário mínimo. Verdade? A depender do assessor ou do parlamentar, sim ou não.

O governo de transição não tem coordenação de comunicações, se alguma outra. Como se tem visto, formam-se bolhas de nomeações ministeriais que parecem certas e se desmancham em uma tarde. As bolhas são lançadas e furadas pelos grupos que circundam Bolsonaro, um arquipélago sem balsas ou pontes de ligação.

De menos incerto, há dois centros fortes de poder inegáveis. Os militares e Paulo Guedes. O resto é névoa.

Os militares acabam de levar também o Ministério da Infraestrutura, com o capitão Tarcísio de Freitas, que fez carreira na alta burocracia federal quando saiu do Exército.

Esteve no Haiti, como tantos no governo Bolsonaro ?"compreensível, pois os militares devem ter enviado sua elite para a missão da ONU.

Vão ficar também com o Programa de Parceria de Investimentos, o PPI, central para deslanchar obras de infraestrutura. Por falar nisso, não se sabe se partes dos ministérios da Integração Nacional e das Cidades vão para o ministério de Tarcísio de Freitas.

Guedes levou seu círculo de colegas de universidade, de finança e de conselhos empresariais do Rio para comandar as estatais maiores. Seus vice-ministros na Economia são técnicos de Temer e gente ligada ao Instituto Millenium.

A ordem bolsonarista se compõe por ora de militares, muitos do Haiti, e ultraliberais. Seu comando político, porém, cada vez mais fraco, é só desordem.
Herculano
28/11/2018 11:49
ECONOMIA, ECONOMIA. E Só, por Carlos Brickmann

Se o governo de Bolsonaro der certo, a presença maciça de militares, a redução do número de ministérios e a redução das restrições ao porte de armas serão aprovadas com entusiasmo pelos eleitores. Se o governo de Bolsonaro não der certo, os eleitores dirão que os ministérios cortados fizeram falta, que arma deve ser proibida e que lugar de milico é no quartel.

Na verdade, esses itens são secundários: o importante é a economia. Se o cidadão tiver emprego, puder comprar alimentos, pagar o aluguel e as contas, o Governo terá dado certo. Simples assim: se a economia estiver em bom funcionamento, tudo estará bem. Lembre o grande Nelson Rodrigues, para quem o Maracanã vaiava até minuto de silêncio. O ditador Médici, em cujo governo a economia cresceu, foi aplaudido. Motivo? Pleno emprego.

No caso de Bolsonaro, se a economia crescer e se aproximar do pleno emprego, anote: ?"nix vira gênio político, Alexandre Frota passa a ser um parlamentar brilhante cuja vocação demorou a ser descoberta, a bancada da Bíblia recebeu uma ordem divina e a cumpriu juntando-se ao predestinado que iria salvar o país. Se a economia não crescer, o restante do Governo pode funcionar com perfeição que será sempre considerado muito ruim.

Oto Glória, técnico brasileiro que levou a Seleção portuguesa ao terceiro lugar na Copa de 1966 (eliminando o Brasil de Pelé), dizia que "em futebol é fácil passar de bestial a besta". Em Portugal, "bestial" significa "ótimo".

A VOZ DE LULA

Antes que comecem a insultar este colunista, quem disse que Médici era popular entre os trabalhadores e venceria uma eleição direta foi Lula. Lula corretamente atribuía a popularidade de Médici ao pleno emprego.

BONS SINAIS

Há bons sinais no caminho de Bolsonaro: a inflação está baixa, há sinais de confiança do mercado na recuperação da economia, o desemprego é um horror de alto, mas baixou, neste fim de ano, ao nível da época de Dilma.

MAUS SINAIS

E há maus sinais: parlamentares dispostos a aumentar as despesas se forem contrariados, magistrados que nesta época não se preocupam com o déficit público, coordenação política do bloco governista ainda inexistente. O buraco nas contas é grande e já se fala em retomar investimentos (aliás, necessários) em obras de infraestrutura e até mesmo em Angra 3, parada há dezenas de anos. De onde sairá o dinheiro?

Pergunte ao Posto Ipiranga: só o superministro da Economia, Paulo Guedes, para responder onde buscá-lo.

EDUCAÇÃO EM (BOM) DEBATE

Só feras: um debate promovido pelo MIT, Massachusetts Institute of Technology, uma das principais universidades do mundo, sobre Visões sobre o futuro da Educação no Brasil, com apoio da Fundação Lemann. "O Brasil precisa avançar na Educação para poder escapar da armadilha de renda média", diz o professor Ben Ross Schneider, do MIT, coordenador do debate e autor de pesquisa com análise comparativa das políticas públicas educacionais e reformas na América Latina, com foco no setor privado e nos sindicatos de professores. O debate, com Schneider, Lucas Rocha, da Fundação Lemann, Ari de Sá Neto (MIT Sloan Alumni do Brasil, CEO da Arco Educação) e Samir Iásbeck, da Qranio, ocorre nesta segunda, 3 de dezembro, das 18h30 às 21h. Inscrições até dia 30 (e detalhes) em https://goo.gl/forms/utE6oU2sXN95J31s2. Gratuito. Vale a pena: todos têm o que dizer e não entram em discussão de bobagem.

OLHA O INDULTO!

O Supremo deve decidir hoje se o indulto de Natal assinado no ano passado por Temer vale ou não integralmente. Em liminar, o ministro Luís Roberto Barroso suspendera trechos do indulto, para excluir do benefício os presos por crimes de colarinho branco. Hoje, se a decisão de Barroso for derrotada, condenados por corrupção ficarão livres após o cumprimento de 20% das penas, e sem pagar as multas que lhes foram impostas.

Barroso tinha liberado para o perdão de Temer só os condenados por crimes sem violência, com sentença de até oito anos, que já tivessem cumprido um terço da pena, sem liberação das multas e sem colarinho branco. Conforme a decisão do Supremo, Temer poderá conceder um indulto gigante.

Só?

Mais uma denúncia contra o ex-presidente Lula, esta oferecida pela Operação Lava Jato de São Paulo, sob acusação de lavagem de dinheiro em negócio na Guiné Equatorial, África. Segundo a denúncia (que, entre os papeis apresentados, traz e-mail do ex-presidente ao ditador Teodoro Obiang), Lula ajudou a empresa brasileira ARG a ganhar contrato na Guiné Equatorial, e em troca obteve propina de US$ 1 milhão (ou doação legal para o Instituto Lula).

Bem, se houve propina de US$ 1 milhão, quase nada diante dos números que têm circulado, Lula será processado por dumping.
Herculano
28/11/2018 11:41
O QUE GASPAR TEM A VER COM ESTA NOTÍCIA? TUDO! LEIA E CONCLUA VOCÊ MESMO SOBRE A RESPONSABILIDADE E CULPA DA GESTÃO DO SAMAE QUE AGORA VAI LIMPAR VALAS ENTUPIDAS E INFESTADAS DE ESGOTO SANITÁRIO

GOVERNO CORTA R$ 2 BILHõES DE VERBA PARA SANEAMENTO BÁSICO, por Maria Cristina Frias, no jornal Folha de S. Paulo

Até o fim de agosto deste ano, foram contratados R$ 783,26 milhões

O Ministério das Cidades reduziu de R$ 6 bilhões para R$ 4 bilhões a verba do FGTS disponível para projetos de saneamento básico neste ano.

A mudança ocorreu porque nem o setor privado nem o público conseguirão usar o capital disponível, enquanto outras áreas têm sofrido com falta de recursos, segundo o secretário nacional de saneamento, Adailton Trindade.

"O histórico de contratação realmente é ruim. Como [o setor de] habitação demandava dinheiro, houve um remanejamento", diz Trindade.

Até o fim de agosto, foram contratados R$ 783,26 milhões. A única captação da iniciativa privada, de R$ 130,8 milhões, foi para um empreendimento em Ribeirão Preto (SP). Outros R$ 584 milhões deverão ser liberados ainda neste ano.

"Demanda até existe, mas as empresas públicas enfrentam dificuldades de pagamento, e não temos visto grandes concessões nos últimos anos", afirma o secretário.

"Esperamos divulgar o orçamento para 2019 até meados de dezembro, mas a expectativa é manter em R$ 6 bilhões."

O processo de captação do FGTS para a empresa privada é moroso e burocrático, apesar de algumas melhoras recentes, segundo Percy Soares, diretor da Abcon (associação de concessionárias privadas).

"Há também uma baixa capacidade de captação pelas companhias [públicas]. Isso mostra que o sistema precisa ser reestruturado", diz ele.

"Há uma mudança em andamento [na governança das públicas], até devido a fatores como a lei das Estatais. A maioria não depende mais do Tesouro, o que é um bom sinal", diz Roberto Tavares, da Aesbe (de concessionárias estaduais).
Herculano
28/11/2018 11:36
BOLSONARO CONTRA O AGRONEG?"CIO. FILHO DE ELEITO ANUNCIA NOS ESTADOS UNIDOS MUDANÇA DE EMBAIXADA: "PERGUNTA NÃO É SE, MAS QUANDO", por Reinaldo Azevedo, na Rede TV

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, está em viagem aos EUA. Não está claro que fale com delegação expressa do pai, mas também não há evidências do contrário. Na área política, essa é uma constante da campanha eleitoral, que se estende agora nessa fase da transição. Loucura? Método? As duas coisas? Tanto faz? O fato é que ele confirmou a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. Nas suas palavras: "A questão não é perguntar se vai, a questão é perguntar quando será". Aí você pode se perguntar: "Mas isso não deveria ser anunciado, então, pelo próprio presidente, quando ocorrer, ou pelo ministro das Relações Exteriores?' A resposta: "É o que recomenda a sabedoria prudente e convencional". Mas estamos vivendo tempos em que a prudência e o bom convencionalismo são chamados de "política tradicional". E, por óbvio, falta tradição no bolsonarismo. Logo, não sobrariam nem prudência nem sabedoria. Ah, sim: se o governo Bosonaro fizer o que promete, pode levar à lona o agronegócio brasileiro. E não vai adiantar bater boca com o irrelevante MST para tentar agradar o setor. Explico.

Em seu primeiro dia nos Estados Unidos, Eduardo participou de encontros no Departamento de Estado, na OEA (Organização dos Estados Americanos), no Conselho de Segurança Nacional e no Departamento de Comércio. Esteve, de manhã, com Jared Kushner, genro e um dos conselheiros do presidente americano, Donald Trump. Os Estados Unidos transferiram sua embaixada para Jerusalém, no que foram seguidos pela Guatemala. Até agora, são os dois únicos países a terem tomado essa decisão. O deputado também participou de um almoço na Câmara de Comércio Brasil-EUA. Ao deixar o evento, estava com um boné "Trump 2020", com a marca: "Make America Great Again" ?" "Faça a América Grande de novo". Afirmou: "Ganhei aqui. Bonito? Ganhei dos apoiadores que estão aqui". O filho de Bolsonaro pôs a peça de propaganda eleitoral na cabeça e posou para fotos. Um dos alegados motivos de viagem é, como disse, "resgatar a credibilidade" do Brasil no exterior. É provável que os democratas considerem não ser esse um bom caminho.


Eduardo Bolsonaro resolveu navegar em águas um pouco perigosas quando lhe lembraram que a eventual transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém pode gerar uma reação negativa dos países árabes, com os quais o Brasil manteve um superávit comercial de US$ 8 bilhões no ano passado. É o segundo destino da exportação de proteína animal produzida em solo nativo. Ele deu, então, a seguinte resposta:

"Olha, todo mundo conhece Jair Bolsonaro. Ele falou bastante isso na campanha [a mudança da embaixada]. Se isso pode interferir alguma coisa no comércio, a gente tem que ter alguma maneira de tentar suprir caso venha a ocorrer esse tipo de retaliação. E eu acredito que a política no Oriente Médio já mudou bastante também. A maioria ali é sunita. E eles veem com grande perigo o Irã. Quem sabe apoiando políticas para frear o Irã, que quer dominar aquela região, a gente não consiga um apoio desses países árabes".

Destaco de saída o pensamento mágico. Caso sobreviesse um boicote de países árabes, ainda que parcial, às importações brasileira, isso seria, nas palavras do deputado, "suprido" de que maneira? Para lembrar uma entrevista concedida pelo general Hamílton Mourão, vice-presidente eleito, coisas dessa importância não podem ser ditas "de orelhada". Imaginar que o Brasil poderia, sei lá, apoiar medidas hostis ao Irã, de maioria xiita, para agradar os sunitas e, assim, amenizar uma eventual retaliação de países árabes em decorrência da mudança da embaixada é delírio de adolescente que joga "War", não uma escolha de política externa. Não só tal opção poderia significar um atentado contra os interesses comerciais do Brasil como poderia servir, e para isto também alertou Mourão, para atrair para o nosso país tensões que remetem a um conflito no Oriente Médio do qual temos conseguido ficar prudentemente distantes - e isso inclui o terrorismo.


O que Eduardo Bolsonaro tem na cabeça em relação ao Irã? Não dá para saber. Segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio, o intercâmbio bilateral Brasil-Irã movimentou, neste ano, até setembro, US$ 4,6 bilhões, e o superávit brasileiro é de US$ 4,551 bilhões. Sim, senhores! O Brasil exporta um volume considerável para aquele país e não importa praticamente nada: meros US$ 38 milhões no período. É o sexto destino das exportações brasileiras. O milho é o principal item da pauta: sozinho, responde por US$ 3,5 bilhões. Vai ver o filho de Bolsonaro já sabe para onde escoar também essa produção. Então ficamos assim:

digamos que, na lógica de Eduardo Bolsonaro, os países árabes não se incomodem com a decisão brasileira de mudar a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém desde que o Brasil, então, resolva ser parceiro de Donald Trump na ação contra o Irã. Nesse cenário já improvável, manteríamos aqueles US$ 8 bilhões de superávit com, para ficar nos seus termos, os "sunitas", mas poderíamos perder o, neste ano, já quase US$ 5 bilhões com os xiitas. Observem: esse e o cenário róseo. No mundo real, a coisa está mais para uma soma negativa contra o Brasil: perder parte considerável do superávit com os árabes e do superávit com o Irã, hipótese em que o espeto poderia ser bem superior a US$ 8 bilhões de dólares.

Ora, meus caros, minhas caras, é evidente que não é assim que se faz ainda que ao Brasil cumprisse, em sua aproximação com os EUA, ser parceiro servil da política de Donald Trump para o Oriente Médio. É a isso que Bolsonaro chama de política externa não ideológica? O que me parece nada ideológico e bastante pragmático e manter superávit de US$ 20 bilhões com a China, de US$ 8 bilhões com os árabes e de US$ 5 bilhões com o Irã. A menos que haja a determinação de quebrar o agronegócio brasileiro. Ou será que, nesse caso, basta ficar batendo boca com o irrelevante MST.

E não adianta ficar atacando a, como é mesmo?, "mídia tradicional". É uma questão matemática.
Herculano
28/11/2018 11:29
OS GENERAIS NO PALÁCIO DO CAPITÃO, por Elio Gaspari para os jornais O Globo e Folha de S. Paulo. Apenas para os leitoras e leitoras entenderem o contexto: o jornalista é autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Com vice e dois generais no Planalto, Bolsonaro conseguirá, pelo voto, algo inédito

A escolha do general Carlos Alberto dos Santos Cruz para a Secretaria de Governo do futuro presidente, Jair Bolsonaro, consolidou a inédita marca militar da próxima administração.

Considerando-se que um de seus antecessores foi o deputado Geddel Vieira Lima, hoje encarcerado, a melhoria de padrão será indiscutível. Santos Cruz junta-se aos generais da reserva Hamilton Mourão (vice-presidente) e Augusto Heleno (Segurança Institucional) na equipe que trabalhará no Planalto. Bolsonaro, o chefe de todos eles, é um capitão reformado que chegou à Presidência pelo voto.

Essa circunstância desautoriza qualquer comparação automática com os poderes palacianos durante a ditadura.

Os generais de Bolsonaro comandaram tropas das Nações Unidas no Haiti e no Congo.

Os da ditadura comandaram mesas em representações no exterior. Deles, só Castello Branco e Golbery do Couto e Silva estiveram na Segunda Guerra. (Golbery não ouviu um só tiro.)

Forçando-se a mão, pode-se comparar a presença de Santos Cruz na Secretaria de Governo com a ida de Golbery para a chefia do Gabinete Civil do presidente Ernesto Geisel, em 1974.

Contudo, há duas diferenças. Golbery nunca foi general no serviço ativo, pois foi para a reserva em 1962 como coronel e ganhou a promoção automática que a lei da época lhe assegurava. Depois de criar e dirigir o SNI, ele foi para o Tribunal de Contas e de 1969 ao início de 1974 esteve na iniciativa privada, presidindo a filial brasileira da Dow Química.

Os generais da ditadura viveram a anarquia e rebeliões políticas do século passado. Costa e Silva foi preso em 1922 e Golbery, detido em 1955, redigiu todos os manifestos da indisciplina de coronéis e generais das décadas de 50 e 60.

Médici e Geisel rebelaram-se em 30. Castello Branco, nunca. Todos participaram da deposição de João Goulart. Desde 1950, as Forças Armadas estavam publicamente divididas por motivos políticos. Hoje essa divisão não existe.

Bolsonaro e seus generais vieram de outra cepa, num período de profissionalismo e pacificação política dos quartéis. Ainda assim, em 1978, o capitão Augusto Heleno, ex-ajudante de ordens do general Sylvio Frota, viu-se observado, em pelo menos um documento do SNI. Em 2008, como comandante militar da Amazônia, ele criticou a política indigenista e foi aconselhado a evitar o assunto.

Há três anos, depois de um pronunciamento político, o general Hamilton Mourão perdeu a prestigiosa chefia da tropa do Sul. Ele mesmo reconheceu, citando o ex-comandante Enzo Peri, que "cada um tem que saber o tamanho de sua cadeira", e extrapolara o tamanho da sua.

Já o capitão Bolsonaro tomou uma cadeia por ter escrito um artigo defendendo o aumento do soldo dos militares e foi excluído do quadro da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais em 1987, por ter desenhado num croqui o que poderia ser a colocação de uma bomba na adutora do Guandu.

Ele negava a autoria do desenho. Uma perícia confirmou-a e outra, não. Mais tarde, o capitão foi absolvido pelo Superior Tribunal Militar, por voto de minerva em favor do réu.

A presença de militares da reserva no coração do Planalto durante um governo eleito é jogo jogado, desde que cada um saiba o tamanho de sua cadeira.

Um dos maiores secretários de Estado do governo americano foi o general George Marshall. Quando ele era chefe do Estado-Maior Conjunto, o general Douglas MacArthur desafiou o presidente Harry Truman. Comandando a tropa que guerreava na Coreia, tinha uma cadeira enorme. Marshall defendeu sua demissão, para confirmar a primazia do poder civil. A cadeira de Truman era maior.
Herculano
28/11/2018 11:20
AO CONFUSO

Boa confusão. Que tal se aplicar a recíproca aos gasparenses que passam pela Rua Itajaí, em Blumenau, para trabalhar, fazer compras ou estudar e até suas vidas se salvarem?

Boa confusão. Num mundo cada vez mais aberto, segregar e arrumar culpas nos outros para as nossas próprias mazelas, é um retorno ao que já foi superado.

Boa confusão. E para encerrar: quem é mesmo que quis municipalizar a Rodovia Jorge Lacerda, obrigação do estado em cuidá-la? Foram os políticos e os gasparenses, os primeiros para poder cobrar mais impostos municipais dos lindeiros e até multas dos passantes.

Boa confusão. Ora, se é possível "fazer receita" com a municipalização da Rodovia estadual, tornando-a uma rua urbana, mesmo sabendo que ela seria suposta e majoritariamente usada por forasteiros, é possível gastar então com a sua manutenção dela usando essa "receita". Ou esta conta não foi feita antes da municipalização que foi batalha de campanha política? Esses políticos e seus discursos fáceis para analfabetos, ignorantes e desinformados. Acorda, Gaspar!
Herculano
28/11/2018 11:08
da série: a vergonha do país dos criminosos e ladrões do dinheiro dos pagadores de pesados impostos que sustenta um legislativo, o "representante do povo", que é contra o cidadão e a favor da corrupção sem limites.

PROJETO IMPEDE PENA DE PRISÃO PARA CORRUPTOS
Parlamentares que malandramente tentam votar ainda este ano a reforma da Lei de Execução Penal tentam aprovar a regra que impede a condenação à prisão de acusados dos crimes considerados de "menor potencial ofensivo". Seriam enquadrados na nova regra os crimes que preveem pena de até três anos. O que eles não contam é que corrupção está entre os crimes em que a prisão seria dificultada.

SUSPENSÃO DE PENA
Entre os truques da reforma da Lei de Execução Penal está a previsão de suspender eventuais sentenças contra corruptos ou sua comutação.

MEU PIRÃO PRIMEIRO
Mais de 50 deputados federais são investigados e mais de cem citados na Lava Jato, todos sujeitos a julgamento e condenação por corrupção.

IMPUNIDADE RESISTE
Juiz experiente, o deputado federal eleito Luiz Flávio Gomes (PSB-SP) adverte que a aprovação desse projeto será o triunfo da impunidade.

FALTA LEGITIMIDADE
Para Luiz Flávio Gomes, o projeto não deveria ser votado pelos atuais deputados federais, até porque 52% foram derrotados nas urnas.

JOAO HENRIQUE PODE ASSUMIR O SEBRAE NACIONAL
O conselho deliberativo do Sebrae Nacional definirá nesta quinta (29) a sucessão de Guilherme Afif Domingos como diretor diretor-presidente, além de outros dois diretores. Amigo pessoal do presidente Michel Temer e atualmente no Sesi, o ex-deputado João Henrique Souza disputa a sucessão de Afif contra José Paulo Cairoli, ex-vice governador do Rio Grande do Sul. A disputa está pegando fogo.

TADROS FAVORITO
Também será eleito o novo presidente do conselho deliberativo, órgão máximo do Sebrae. José Roberto Tadros (CNC) é o favorito na disputa.

CNC X CACB
Tadros, que é da Confederação Nacional do Comércio (CNC), disputa contra George Pinheiro, da Confederação das associações comerciais.

DUAS DIRETORIAS
Os ex-ministros Carlos Melles e Vinícius Lages disputam as duas diretorias contra Merivaldo de Melo e Antonio Alvarenga Neto.

MENTIROSOS MILITANTES
O tempo passa, o tempo voa, a reforma trabalhista já completou um ano em vigor e até agora nenhum político ou sindicalista ligado ao PT conseguiu apontar um só direito que tenha sido "suprimido".

ASSIM É FÁCIL
Segundo o Contas Abertas, a empreiteira ARG, acusada pelo MPF de pagar R$ 1 milhão de propina a Lula por tráfico internacional de influência, recebeu R$ 246 milhões do governo petista de 2002 a 2005.

MORO MANDOU BEM
Políticos ligados ao presidiário Lula abrem as baterias contra o futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro. Mas cada ataque de gente dessa laia apenas engrandece a biografia de quem os fez perder noites de sono.

A TIETAGEM PROMETE
O deputado estadual mais votado da história do Mato Grosso do Sul chega a Brasília nesta quarta para encontrar o ídolo. O Capitão Contar (PSL) percorreu o Estado de moto pedindo votos para Jair Bolsonaro.

IGNORÂNCIA
Sindicalistas foram à Câmara reclamar dos planos de privatização do governo Bolsonaro. E ainda contaram a lorota de que a Lei das Estatais "enfraqueceu" as estatais. Sem sequer ler a lei. Não estudar dá nisso.

PROPAGANDA ENGANOSA
O Brasil tem mais de meio milhão de médicos, dos quais 250 mil atuam no setor público. Mas, por ignorância ou má fé, vários veículos ainda insinuam que sem os 8 mil meio-médicos cubanos será o caos.

ELEITOS FISCALIZADOS
O prazo para a Justiça Eleitoral julgar a prestação de contas de candidatos eleitos acaba no próximo dia 15 de dezembro, observado o prazo de três dias antes da data-limite para diplomação dos eleitos.

ENROLAR É A ORDEM
Sem quórum suficiente, às 14h, horário do início da sessão na Câmara, havia apenas sete deputados no plenário, a Ordem do Dia começou às 18h e suspensa 15 minutos depois porque não havia acordo para votar.

PERGUNTA NO AEROPORTO
Afinal, os médicos não pediram asilo porque estavam policiados ou porque gostam de ser explorados pela ditadura cubana?
Confuso
28/11/2018 11:02
Para recuperação a Anfiloquio NUnes Pires, o correto seria cobrar pedágio, pois 90% dos veículos que transitam por ela, são dos blumenauenses. Mas Gaspar que tem de arcar como os custos de manutenção???
Herculano
28/11/2018 10:59
CONCHAVO VEXATóRIO, editorial do jornal Folha de S. Paulo

Teto salarial do funcionalismo sobe, em troca do fim do auxílio-moradia irrestrito para magistrados

Num conchavo que expõe o desembaraço das altas autoridades do país em torcer normas para contemplar suas conveniências, o presidente da República, Michel Temer (MDB), e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, definiram o aumento salarial para os ministros da corte.

O reajuste de 16,38% - que eleva os vencimentos dos magistrados e o teto salarial do serviço público a R$ 39,3 mil mensais?" deverá gerar, segundo cálculos de técnicos do Congresso Nacional, um gasto suplementar total de ao menos R$ 4 bilhões por ano na Federação.

A medida, aprovada por um Senado em clima de fim de festa, estava à espera da sanção presidencial, que se concretizou na segunda-feira (26) após entendimentos entre Temer e Toffoli.

A contrapartida oferecida pelo STF foi o fim da concessão generalizada da benesse do auxílio-moradia, há quatro anos estendida de maneira aberrante a todos os magistrados e procuradores do país pelo ministro Luiz Fux.

Como se sabe, em setembro de 2014, no papel de relator de três ações movidas por juízes, Fux decidiu presentear seus colegas com o benefício, em decisão tomada em em caráter liminar. Desde então, a magistratura contava com um adicional de R$ 4.377 por mês, livre de tributos e do teto salarial.

Concebido para profissionais transferidos para comarcas longínquas, o auxílio-moradia em sua versão indiscriminada passou a engordar os vencimentos mesmo de quem trabalhasse na cidade onde mora e fosse proprietário de imóvel - caso, entre tantos, do ex-juiz Sergio Moro, ora nomeado ministro da Justiça do próximo governo.

Considerado por Fux um gesto de pragmatismo, não se deixou dúvida de que tal escárnio para com a sociedade foi um subterfúgio para compensar a ausência de reajustes pleiteados pela corporação.

Ou seja, de maneira enviesada e com o intuito de elevar sua remuneração, os mais altos representantes da Justiça fizeram valer para um amplo coletivo uma norma que seria destinada a poucos.

Note-se que a supressão da regalia não compensa a despesa provocada pelo aumento salarial, sancionado por um presidente que, por sua vez, foi pródigo, em seu breve mandato, nas concessões a categorias variadas de funcionários --na contramão das tentativas da equipe econômica de ajustar a dramática situação orçamentária.

O caso ressalta a necessidade de rever mecanismos que favorecem a propagação em cascata das mudanças salariais e de estabelecer regras para o cumprimento do teto remuneratório do serviço público.

Não se discute que autoridades tão qualificadas mereçam ganhar bem, mas há que respeitar os limites da realidade brasileira e os requisitos de transparência, hoje burlados por meio de penduricalhos diversos nas folhas de pagamento.

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